Rosh Hodesh

O calendário judaico é baseado na Lua. Ela aparece no céu no início de cada mês judaico como um crescente estreito, que gradualmente se torna mais pleno a cada noite, até ficar perfeitamente cheio e redondo, no meio do mês.

 

Então a Lua “encolhe” até desaparecer totalmente por volta do fim do mês, apenas para reaparecer no começo do novo mês.

 

Quando a Lua surge primeiramente como um estreito crescente, é chamada de  “Molad” que é o “nascimento da Lua”( “novilúnio” ).

 

No Shabat antes da Lua nova, anunciamos e abençoamos o novo mês exceto o mês de Tishrei, que é abençoado unicamente pelo próprio D’us.

 

De um Molad ao seguinte passam-se pouco mais de vinte e nove dias e meio, e essa é a duração do mês judaico.

 

Mas sendo que não podemos ter metade do dia pertencendo a um mês e a outra metade ao seguinte, o calendário foi construído de um jeito que às vezes temos vinte e nove dias no mês, e as vezes, trinta, mas nunca mais do que trinta e nunca menos do que vinte e nove.

 

É por isso que às vezes temos somente um dia de Rosh Hodesh que é o início do mês e às vezes dois.

 

Quando temos somente um dia de Rosh Hodesh, significa que o mês que terminou porque tinha somente 29 dias.

 

Quando temos dois dias de Rosh Hodesh, o primeiro dia de Rosh Hodesh  pertence ao mês anterior, ou seja, é o 30º dia do mês que terminou, e o segundo dia de Rosh Hodesh é o primeiro dia do novo mês.

 

Num ano “comum” temos seis meses “cheios”, ou seja, “completos”, que são os meses de 30 dias cada, e seis meses “curtos” de 29 dias, seguindo-se um ao outro (30, 29, 30, 29, etc).

 

Isso nos dá um total de 354 dias no ano judaico. Em certos anos “perdemos” um dia, e em outros “ganhamos” um, fazendo com que o número total de dias num ano seja de 353, 354, ou 355, conforme o caso.

 

As vezes o motivo para isso é para evitar que o Yom Kipur caia numa sexta-feira, ou num domingo, para não se seguirem dois dias de Shabat.

 

A Torá nos diz que Pessa’h deve ser na primavera, considerando-se as estações do hemisfério norte, que é a estação em que nossos antepassados saíram do Egito

 

Portanto, não devemos ignorar o sistema solar que determina as quatro estações do ano que em Hebraico são chamadas de “Tekufot”.

 

O Ano Solar tem pouco menos de 365 dias e meio, enquanto o Ano Lunar tem cerca de onze dias a menos!

 

Portanto, se ignorássemos inteiramente o Ano Solar, nossas festas não seriam na mesma época a cada ano com relação à estação do ano, e iriam atrasar onze dias.

 

Em cerca de três anos, sairiam fora de sua respectiva estação por aproximadamente um mês e em nove anos, por cerca de três meses. Nesse caso Pessa’h não seria mais na primavera, e sim no inverno!

 

Por isso fazemos a sincronização entre o Ano Lunar e o Ano Solar. fazemos essa sincronização adicionando mais um mês de Adar para empurrar o mês de Nissan para frente, para o seu lugar apropriado na primavera. acrescentando um mês a mais a cada dois ou três anos de acordo com a necessidade, e assim o nosso calendário se sincroniza tanto com o ciclo da lua quanto com o ciclo do Sol.

 

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