data Judaica

Ha’Hodesh

Nesse Shabat, depois da Parashá da semana vamos ler uma Parashá especial sempre lida em Rosh Hodesh Nissan. Ela é na verdade a primeira Mitzvá da Torá

 


Kidush Ha’Hodesh

 

Parashat HaHodesh nos conta sobre a primeira Mitzvá da Torá que é chamada de Kidush HaHodesh (santificação do mês).

 

No calendário Judaico você pode apontar com o dedo e mostrar para uma criança a mudança de um dia para o outro e a mudança de um mês para o outro.

 

Você mostra para a criança um dia terminando com o pôr do sol e o próximo nascendo com a saída das estrelas, o mês nascendo com o nascimento da lua e terminando com o desaparecimento dela.

 

A Mitzvá chamada “Kidush Ha’Hodesh” começou a ser oficialmente cumprida com a saída do Egito e foi praticada por mais de 1700 anos .

 

Essa Mitzvá consiste em dois Judeus testemunharem em frente ao Beit Hadin Hagadol (supremo tribunal rabínico) que viram o nascimento da lua.

 

Assim era decretado o nascimento do novo mês e as datas das suas respectivas festas judaicas.

 

Sempre que chegava o mês de Adar e a primavera ainda não tinha chegado o “Beit Hadin Hagadol” acrescentava um mês de Adar a mais fazendo o equilíbrio entre o ano lunar e o ano solar.

 

Esse procedimentocedimento começa com a saída do Egito e continua até a época de Hilel Nessía , época em que o imperador romano Constantino apoiou o cristianismo causando sérios problemas para os judeus da terra santa , fechamento de Yeshivot e dispersão da comunidade.

 

Hilel Nessía que era o descendente direto do grande Sábio Hilel Hazaken, em vista à situação escreveu o calendário judaico fixo que é um ciclo de dezenove anos que intercala doze anos de doze meses com sete de treze meses fazendo o maior equilíbrio possível entre o ciclo do sol e o da lua .

 

O Rambam nos explicou que esse calendário fixo vinha desde Moshe Rabeinu e por meio dele os Sábios do Beit Hadin Hagadol sabiam se as testemunhas estavam certas e também usavam esse calendário em meses de céu coberto.

 

Com o recebimento da Mitzvá de Kidush Ha’Hodesh começamos a contar os meses e os anos a partir da criação do mundo.

 

Por que nosso calendário não começa a partir do dia que começamos a contar?

 

Porque a Torá já nos foi entregue com todos os detalhes da criação do mundo incluindo os anos de vida do primeiro homem e de seus descendentes nos dando o cálculo exato de quantos anos se passaram desde a criação do mundo até a entrega dessa primeira Mitzvá.

 

Os dois fatores se uniram e começamos a contar os meses e anos em continuação à contagem anterior que a Torá nos revelou.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

Começamos a nos preparar para Pessa’h

Pessach

 

Dizem nossos Sábios: “Trinta dias antes da festa temos que revisar as leis da festa”.

 

Aprendemos isso de Moshe Rabeinu que no primeiro Pessa’h no deserto ensinou ao povo de Israel as leis de “Pessa’h Sheini” que aconteceria um mês depois.

 

Agora estamos na fase de começar a limpar a casa para Pessa’h e depois vendemos o “hametz” para um “não judeu”.

 

Sendo que essa venda tem que ser feita de acordo com todos os tipos de venda da Torá, temos que delegar essa função à um Rabino ortodoxo que sabe como fazer isso.

 

Muitos sites judaicos religiosos no mundo inteiro já abriram essa venda pelo internet.

 

Sendo que essa venda precisa ser feita de acordo com todos os meios de venda da Torá , a própria venda não pode ser feita pelo internet, mas o que fazemos pelo internet é somente dar a permissão para o Rabino vender o nosso “hametz” pessoalmente para o “não judeu” na véspera de Pessa’h , e essa permissão podemos dar pelo internet e já a partir de agora.

 

Uma das regras da Torá é: “Mezakim Laadam Sheló Befanaiv”, isso quer dizer que você pode dar um mérito para alguém mesmo sem ele saber.

 

Por causa disso você pode dar autorização para o Rabino vender o “hametz” de um judeu que pode vir a esquecer de fazer isso, e essa autorização para o Rabino vender o seu hametz e o hametz dessa pessoa você pode fazer pelo internet.

 

Mas prestando toda a atenção no fuso horário do lugar aonde você mora e do lugar aonde seu amigo mora.

 

Por exemplo, alguém que mora em S.Paulo e tem um amigo em Israel que com certeza vai esquecer de vender o hametz e vai ficar feliz de você ter autorizado ao Rabino a venda do hametz dele.

 

Se você entrar em um site de um Beit Chabad em Israel e autorizar a venda do seu hametz e do dele lá em Israel, o hametz dele vai ser vendido nos horários certos, mas o seu vai ser vendido antes da hora e comprado para você de volta pelo Rabino um dia e meio antes de terminar o seu Pessa’h em S.Paulo.

 

Conclusão, você tem que autorizar a venda do hametz do seu amigo que mora em Israel para um Rabino em Israel.

 

Mas para autorizar a venda do seu hametz você tem que procurar um Beit Chabad dentro do seu fuso horário que no caso de S.Paulo é o fuso horário de Brasília conhecido como “-3” .

 

Acesse ao site:

 

https://pt.chabad.org/holidays/passover/sell_chometz_cdo/jewish/Venda-seu-Chamts-Online.htm

 

e autorize a venda do seu hametz para Pessa’h 2025

 

 

Por trás dos bastidores da Meguilá


Por trás dos bastidores da Meguilá

 

Pergunta o Zohar: porque aquela geração teve que passar por um susto desses? E a resposta do Zohar é: porque eles tiveram o prazer em participar da festa daquele criminoso que era Ahashverosh, o Rei da Pérsia.

 

Mas esse motivo sozinho, diz o Zohar, ainda não seria o suficiente para justificar um susto dessa proporção. Então o próprio Zohar traz mais um motivo: Aquela geração é a mesma que tinha se prostrado na frente da estátua de Nabucodonosor antes dos persas conquistarem a Babilônia

 

Ou seja, aquela geração tinha uma pendência anterior de ter se prostrado na frente da estátua de Nabucodonosor mesmo sem acreditar nisso, e tiveram a oportunidade de retificar essa transgressão se não tivessem participado da festa que Ahashverosh fez para todos os habitantes de Shushan Habirá

 

Naquela festa Ahashverosh se vestiu com as roupas do Cohen Gadol e distribuiu vinho nos copos de ouro do Beit Hamikdash, expressando dessa maneira que a nossa religião é um assunto puramente cultural, somente um folklore, mas que não tem um D’us de verdade que interage com a sua criação dando um prêmio para quem faz o bem e um castigo para quem faz o mal

 

Então aparece um Haman que faz um decreto de morte à todos os judeus que professam a religião judaica colocando todo o nosso povo em uma situação de morrer como judeus ou salvar a própria vida trocando de religião

 

Por trás do decreto de Haman

 

A Meguilá nos conta que em Shushan Habirá havia um judeu, e o seu nome era Mordehai ben Yair ben Shim’i ben Kish e ele era da tribo de Biniamin

 

Surge a pergunta: Se ele era da tribo de Biniamin, porque ele é chamado de judeu que é alguém que pertence à tribo de Judá?

 

Explica a Guemará que a palavra “Judeu” recai sobre todos aqueles que não se prostram na frente da idolatria, e portanto tanto os Cohanim quanto os Leviim daquela época foram chamados de judeus pelo motivo de professarem a religião judaica e não se curvarem na frente da idolatria, e não pelo motivo de pertencerem à tribo de Judá

 

O Midrash nos conta que Haman, à exemplo do faraó do Egito e de Nabucodonosor rei da Babilônia, se considerou um deus. E por isso Mordehai não se prostrava na frente dele mesmo sendo isso uma ordem do Rei

 

O Ralbag, um grande Rabino da idade média, nos conta que explicaram para Haman que Mordehai não pode se prostrar na frente dele por motivos religiosos, por ser judeu, e que por esse motivo Haman decidiu fazer um decreto de morte à todos os judeus,  ou seja, à todos os que professam a religião judaica!

 

Mas se um judeu se convertesse à outras religiões, para Haman ele não seria mais judeu, e esse decreto não recairia mais sobre ele

 

O povo de Israel se manteve firme na sua religião mesmo consciente de todas as consequências, sendo que aquele decreto foi feito para todos os 127 países do mundo que naquela época pertenciam ao império persa e não tinha para onde fugir.

 

Ou seja, todos os judeus estavam dispostos a morrer pela nossa religião

 

Diz a Guemará que quando nós fazemos Teshuvá e voltamos a nos comportar de acordo com a Torá, descobrimos que D’us já tinha criado o remédio antes de criar a doença.

 

Ou seja, D’us cria a solução antes de criar o problema, e por meio da nossa Teshuvá Hashem nos revela a solução

 

Antes de Haman fazer o decreto contra o nosso povo aconteceram algumas coisas que somente depois do decreto vimos que aqueles acontecimentos tinham sido milagres sobrenaturais e indispensáveis para a nossa salvação

 

A morte da Rainha

 

Vashti, a rainha da Pérsia, vinha de uma linhagem real, ela era a neta do rei da Babilônia.

 

Quando Ahashverosh se casou com ela, ele também entrou na família real, e portanto ela era o motivo da sua realeza e a última pessoa no mundo a quem ele teria interesse em prejudicar

 

No sétimo dia do banquete que Ahashverosh fez para os habitantes de Shushan, banquete no qual ele expressou que a profecia do profeta Yermiahu (Jeremias) de os judeus voltarem para Jerusalém depois de setenta anos não aconteceu e portanto esse profeta é falso e esse D’us não existe

 

Ele mandou os sete ministros da Babilônia chamarem a rainha Vashti para mostrar toda a sua beleza no banquete dos homens

 

Aquele dia era Shabat. A rainha Vashti, uma antissemita diplomada e pós graduada que propositalmente recrutava jovens judias para fazer com que elas profanassem o Shabat, e quando elas se recusavam eram obrigadas a desfilarem por toda a cidade nuas e montadas a um cavalo

 

Essa mesma rainha Vashti é chamada pelo Rei para desfilar totalmente nua no Shabat no banquete dos homens, mostrando que esse D’us que está sendo proclamado nesse mesmo banquete como “inexistente” está interagindo no mundo e fazendo as coisas mais surreais acontecerem como se fossem as coisas mais naturais

 

Hashem fez um milagre e a rainha Vashti antes da sua “apresentação” tem uma grave doença estética e não pode se apresentar.

 

Um dos sete ministros, que de acordo com o Midrash era o próprio Haman, aconselhou o rei a matar a rainha por ter desobedecido o rei e ter dado um mau exemplo para o povo

 

O Rei, ao contrário da sua própria ideologia, manda matar a rainha Vashti, fazendo com que a profecia do próprio profeta Yermiahu sobre a Babilônia que incluía a morte da neta do rei da Babilônia acontecesse

 

Yermiahu era esse profeta que o rei estava desacreditando no seu banquete pelo fato de o próprio rei ter errado na conta de setenta anos que o profeta Yermiahu fez, e não pelo profeta ter errado

 

Afinal das contas com esse grande milagre sobrenatural que aconteceu sem que ninguém percebesse, o “status quo” mais sólido da época foi destruído abrindo as portas para uma grande mudança

 

Quando passou a fúria do rei ele teve um grande remorso pelo que fez, por ter matado a sua rainha, demonstrando que tudo tinha acontecido por um motivo superior a própria vontade dele.

 

Vendo a tristeza do rei, seus servos o aconselharam a fazer um concurso de miss universo entre todos os 127 países para encontrar a mulher mais bonita do mundo e se casar com ela

 

A nova rainha, mais um milagre surreal

 

A Guemará nos conta que Ester era esverdeada e só por milagre alguém poderia achar ela bonita.

 

Hashem fez um milagre surreal e todos acharam que ela era a mulher mais bonita do mundo

 

Ester era uma judia religiosa que não entendia nada sobre relações íntimas, e a parte mais importante desse concurso era passar uma noite com o rei.

 

Diz o Ari Zal que uma demônia em forma humana substituía Ester nessas horas e deixava o rei  “louquinho”.

 

Ou seja, a artista principal é substituída por alguém muito parecida para as cenas de “perigo”, e nesse caso, essa personagem espiritual negativa se materializava na aparência perfeita de Ester

 

Bigtan e Teresh

 

Mordehai era membro do grande tribunal rabínico de Yerushaláim conhecido como Sanedrin. Lá cada pessoa era ouvida na sua própria língua, e o Sábio que não soubesse setenta línguas não era aceito como membro do tribunal

 

Dois funcionários públicos de Ahashverosh provenientes de um país distante com uma língua rara que ninguém conhecia a não ser quem era de lá, conversaram entre si na frente de Mordehai e planejaram assassinar o rei.

 

Ninguém conhecia essa língua, fora Mordehai, e a pessoa mais interessada no mundo em receber essa informação era o próprio Mordehai, e tudo isso acontece na frente dele por milagre surreal

 

Porque se eles assassinassem o rei que não tinha um filho para o suceder, a segunda figura na corte era Haman e o decreto contra o nosso povo aconteceria sem impecilhos.

 

O único jeito de anular o decreto de Haman era por meio do rei, e esse rei quase foi assassinado se não fosse esse milagre.

 

Mordehai repassa essa informação para Ester que a repassa para o rei em nome de Mordehai, e esse fator vai ser importantíssimo para mudar o imutável “Status quo” de Haman ser a pessoa tomadora das decisões da potência mundial  que domina o mundo inteiro

 

Nossos profetas e o anel do rei 

 

A Guemará nos conta que desde que o povo de Israel recebeu a Torá até a época em que aconteceu o milagre de Purim, nosso povo teve 48 profetas e sete profetizas que fizeram o possível e o impossível para nos trazer de volta ao judaísmo e não conseguiram, mas quando Ahashverosh tirou seu anel e o entregou à Haman para fazer os seus decretos, nosso povo fez Teshuvá

 

Mordehai pede para Ester pedir ao rei para anular o decreto. Ela responde que o rei não a chamou já faz um mês, e todo aquele que entrar no pátio do rei sem ser convidado é condenado à morte, e como sabemos, a rainha Vashti tinha sido executada por muito menos do que isso

 

Só há um jeito de a pessoa sobreviver, que é o rei abrindo uma excessão e estendendo seu cedro de ouro para aquela pessoa, e Ester não queria se arriscar.

 

Mordehai pede para ela fazer isso de qualquer maneira. Então ela pede para Mordehai reunir todos os judeus da cidade e fazer três dias de jejum e rezas, e ela e as suas jovens ajudantes também vão fazer igual

 

Todo o povo faz Teshuvá, e depois de três dias de jejum e rezas Ester entra no pátio do rei sem ser chamada

 

Sabemos que esse rei era obsecado por mulheres bonitas e não existe pessoa mais feia no mundo como alguém que está três dias sem comer, como nos lembram as “vacas magras” do Egito, feias e ruins

 

Hashem faz um milagre surreal e desperta no rei uma enorme paixão por Ester, e ele diz que ela pode pedir qualquer coisa até metade do império. Ela diz que veio convidá-lo para o banquete que ela fez para Haman…

 

O plano de Ester

 

Ester queria que o rei perguntasse à si próprio: será que uma pessoa normal arriscaria a própria vida para convidar alguém para uma festa que ela está fazendo para outra pessoa? E dessa maneira despertar os ciúmes do rei em relação à Haman.

 

O rei suspeitando de alguma coisa entre os dois entraria em pânico sendo que se o rei fosse assassinado e Haman se casasse com a rainha, o império continuaria funcionando sem nenhum problema, ninguém precisaria mais do rei e ele seria esquecido

 

No final do banquete o rei oferece à Ester até metade do reino, e ela pede para ele vir amanhã também no próximo banquete que ela vai fazer para Haman

 

Naquela noite o Rei não conseguiu dormir. Ele se questionou : “Porque ninguém passaria para ele a informação de que alguém poderia estar querendo assassiná-lo? “

 

Talvez alguma vez alguém já salvou a vida do rei e o rei não fez nenhuma honraria para aquela pessoa, e por isso ninguém mais estaria motivado para passar alguma informação que salvasse a vida do rei?

 

Com esses pensamentos atrapalhando o seu sono ele pede para lerem na frente dele o “diário” dos principais acontecimentos do reino.

 

Com certeza muitas páginas se passaram desde que Mordehai salvou a vida do rei e nada foi dado à ele, e milagrosamente o longo pergaminho se abre por si só naquela página

 

O rei pergunta se Mordehai recebeu algo por ter salvo a vida do rei e a resposta é negativa. O rei pergunta se há alguém esperando ele no pátio, e lá estava só Haman esperando para pedir permissão ao rei para enforcar Mordehai em uma forca de cinquenta metros de altura que ele preparou no pátio da sua casa para enforcar Mordehai.

 

O milagre da construção da forca 

 

Por incrível que pareça o fato de ele ter mandado construir essa forca tão alta no pátio da sua casa para enforcar Mordehai também entra na lista dos milagres da Meguilá, porque se não fosse essa forca Haman não seria enforcado

 

O Rei pergunta para Haman o que fazer para a pessoa que o Rei tem interesse na sua honra. Haman imagina que obviamente está se tratando somente dele

 

Haman sugere para o Rei vestir essa pessoa de rei, montá-lo no cavalo do rei e um dos maiores ministros levá-lo para um desfile em toda a cidade proclamando na sua frente que esse é o homem que o rei está interessado na sua honra, o homen que salvou a vida do rei. O rei pede para Haman fazer tudo isso para Mordehai

 

Naquela noite, no segundo banquete de Ester, o Rei pergunta à ela qual é o seu pedido até a metade do império. Aí ela declara que ela quer a própria vida de presente, porque ela e o povo dela foram vendidos para serem mortos

 

O Rei fica furioso e pergunta: quem teve a ousadia de fazer uma coisa assim? E ela diz: um homem sádico e inimigo, Haman, esse criminoso

 

O rei saiu um pouquinho para o Jardim, e quando volta vê Haman deitado sobre o divã de Ester pedindo desculpas para ela.

 

O rei que já estava com medo desse “relacionamento” desde que Ester arriscou a própria vida para convidar o rei ao banquete que fez para Haman, exclamou: e também violentar a rainha comigo em casa?

 

Sendo que essa palavra saiu da boca do rei, já seria um bom motivo para Haman ser condenado, mas sendo que o “status quo” de Haman como primeiro ministro da Pérsia era muito sólido, o rei ainda poderia se acalmar e entrar em um acordo com Haman.

 

Nessa hora vimos o milagre de Haman ter feito a forca para Mordehai. Hashem faz mais um milagre surreal e Eliahu Hanavi aparece em forma material de um dos encarregados do rei, aponta para a forca de 25 metros visível da casa de Haman e diz ao rei: olha também a forca que fez Haman para Mordehai que salvou a vida do rei, 25 metros de altura.

O reflexo imediato do rei é ordenar o enforcamento de Haman na forca que ele preparou para Mordehai, nos mostrando que: se faltou criar alguma parte do “remédio antes da doença” Hashem dá um jeitinho e sempre manda Eliahu Hanavi em um caso de emergência

 

O decreto do Rei de sermos obrigados a matar todos os nossos inimigos

 

Mais um milagre surreal, o decreto do Rei não pode ser revogado e os judeus são obrigados a matar os antissemitas

 

Você poderia imaginar que simplesmente fomos salvos mas que os 127 países do império persa seriam como nosso estado de Israel de hoje com setenta anos de existência e cada vez mais atentados terroristas. Mas não,o milagre foi muito maior do que isso

 

Ahashverosh não tinha como revogar o próprio decreto de morte aos judeus incluindo sua própria rainha, e por isso deu o seu anel para Mordehai fazer o decreto contra os antissemitas que era o único jeito de resolver o problema.

 

O rei deu a casa de Haman para Ester e Ester colocou nela Mordehai. Haman tinha sido enforcado, e quando os 127 países receberam o decreto do rei escrito por Mordehai autorizando aos judeus de matarem todos os seus inimigos

 

Eles compararam com o decreto de Haman vigente para a mesma data aonde os inimigos dos judeus poderiam matar os judeus, levaram em conta que Haman estava enforcado, a rainha era judia e o novo primeiro ministro da Pérsia era o Rabino Mordehai que recebeu da rainha a casa de Haman, e com certeza ninguém queria se complicar com esse novo governo.

Nem precisamos dizer que nosso povo se defendeu dos seus inimigos, 75.800 antissemitas foram mortos e todos os povos de todo o império ficaram nossos amigos

Purim Samea’h 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

A clone da Rainha Esther

A festa de Purim começa com a leitura da Meguilá.

 

A primeira pergunta que poderemos fazer é:

 

Se esse rei da Pérsia ficou famoso por entender de mulheres , como vemos no concurso miss universo que foi feito para ele que era o rei de todos os 127 pais que existiam na época, como pode ser que Esther, uma Judia religiosa que não entendia nada desse assunto, ganha um concurso desses onde a prova principal era passar a noite com o rei?

 

Diz o Ari Zal que Hashem fazia um milagre e entrava sempre uma demônia no lugar dela.

 

De acordo com essa opinião o rei da Pérsia Dariavesh é filho daquela figura espiritual negativa que se materializava para “substituir” Esther.

 

A Guemará nos conta que nosso povo teve 48 profetas e sete profetisas.

 

Vemos no Tana’h que o profeta Ovadiahu escondeu 100 profetas em duas cavernas em uma época da perseguição.

 

Só desse exemplo vemos que tivemos mais do que 48 profetas.

 

Dizem nossos Sábios que esses 48 profetas e sete profetisas foram os que escreveram as profecias para outras gerações e Esther é uma das sete profetisas.

 

Haman é chamado de Haman Ha Agagui, ou seja, descendente de Agag, rei de Amalek que sobreviveu por erro de Shaul, o primeiro rei de Israel.

 

Shaul recebeu a Mitzvá de exterminar Amalek, mas deixou Agag vivo com uma escrava que engravidou dele antes de o profeta Shmuel matá-lo.

 

Esther era a descendente de Shaul e por isso a Divina providência trouxe ela para ser a pessoa que vai exterminar a descendência de Agag.

 

E aonde vimos que isso aconteceu totalmente?

 

A Guemará nos conta que os descendentes de Haman se converteram ao judaísmo e se tornaram grandes Sábios de Israel, ensinaram Torá em Bnei Brak.

 

A lei judaica determina que  “Alguém que se converte ao judaísmo é como uma criança que nasceu” e até o aniversário dele passa a ser pelo dia que ele se converteu e não pela data do nascimento biológico.

 

Daqui  vemos que Esther fez totalmente o conserto do erro do ancestral dela, o rei Shaul!

 

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Shabat Za’hor


Shabat Za’hor

 

Esse Shabat, dia 8 de Adar, é chamado de Shabat Za’hor

 

Nesse Shabat devemos ouvir a leitura de Parashat Za’hor, na Torá

 

Todo ano na manhã do Shabat que antecede Purim, após a leitura da porção semanal da Torá, lemos uma passagem especial chamada Za’hor (“Lembre-se”).

 

Ouvir a leitura dessa passagem chamada de Parashat Za’hor é um dos Mandamentos da Torá.

 

Nela Hashem (D’us) ordena a todo o Povo Judeu se lembrar do mal que nos fez o povo chamado de Amalek que eram os ancestrais de Haman, cujo objetivo é exterminar o nosso povo.

 

A porção de Za’hor nos recorda que Amalek e seus descendentes como Haman são os inimigos de D’us, do Povo Judeu, e de toda a humanidade.

 

Amalek personifica todas as formas de escuridão e mal que há no mundo.

 

Esse povo assume diversas formas, físicas e espirituais, e há um Mandamento na Torá para erradicá-lo da face da Terra.

 

Todos os anos, no Shabat que antecede a festa de Purim, ouvimos a leitura da parte da Torá chamada de Parashat Za’hor.

 

Porque nosso povo precisa se lembrar que Amalek, ou seja, homens como Haman e aqueles que demonstraram explicitamente que estão nessa mesma categoria, não podem ser desculpados com a justificativa de serem pessoas anormais que tem um ódio irracional contra o nosso povo.

 

Esses filhos de Amalek são a essência do mal e estão plenamente conscientes do que estão fazendo.

 

Tanto quando tentaram exterminar o Povo Judeu no passado quanto agora que continuam tentando nos exterminar para poderem estabelecer o reino da escuridão no mundo.

 

O maior inimigo de Amalek somos nós, o Povo de Israel, o Povo da Luz (Isaías 60:3).

 

A Parashá de Za’hor recorda ao nosso povo que uma das nossas missões nesse mundo é a de combater e vencer Amalek, total e definitivamente.

 

Somente quando isso acontecer, na época do Mashia’h, haverá paz e harmonia no mundo.

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você ❤️🥰🌻

 

 

 

Shabat Shekalim

Costumes de antes de Purim:

Shabat Shekalim  שַׁבָּת שְׁקָלִים 

Shabat antes de Rosh Hodesh Adar ou Shabat Rosh Hodesh Adar

Shabat Shekalim, ou seja, o “Sábado dos shekels” שבת שקלים é o Shabat no qual lemos “Parashat Shekalim”(Êxodo 30:11-16) em preparação para Purim.

Shabat Shekalim é sempre o Shabat antes do 1º dia do mês de Adar em um ano normal, ou antes do 1° dia de Adar 2 em um ano “Meuberet” que tem dois meses de Adar.

Pode ser também no próprio 1º de Adar quando o dia 1° de Adar cai no Shabat como acontece nesse ano

Quando a Torá nos conta sobre o Mandamento Divino de doar meio shekel para o resgate da nossa Alma depois de terem feito o bezerro de ouro, diz o Midrash que Hashem  (D’us) mostrou para Moshe uma “moeda de fogo” para explicar a ele como deve ser a verdadeira doação.

Dois tipos de doação 

O primeiro tipo de doação é quando você  quer fazer a doação porque simplesmente “sente vontade de dar”.

Esse pensamento é lindo, mas limitado.

O segundo tipo de doação que é muito mais alto do que o nível anterior é quanto você faz uma doação porque Hashem nos deu o Mandamento de fazer essa doação.

Nesse caso, mesmo que você não sinta vontade de dar essa doação, mesmo assim você dirá. Porque uma Mitzvá é algo absoluto, ela não depende de eu sentir vontade de fazê-la ou não. Há um poder muito maior aqui.

No hassidismo, isso é chamado de ” Kabalat Ol “: fazer o que é necessário porque o Criador ordenou.

A diferença entre esses dois tipos de doação vai ser :

Quando você doa porque você entende que isso é uma coisa boa, ou porque seu coração sente, você doa com o máximo de calor e entusiasmo.

Quando você doa porque “precisa doar”, você não doa com entusiasmo, mas faz isso somente por obrigação

E foi isso o que Hashem (D’us) ensinou à Moshe mostrando para ele uma  ” Moeda de Fogo”.

A Moeda tem o mesmo valor para todos

Meio Shekel vale exatamente meio Shekel, tanto para você, quanto para mim e para outras pessoas totalmente  diferentes de nós, independentemente de quem somos, independentemente de nossos pensamentos e sentimentos.

Nesse caso a moeda é comparada ao fato de aceitarmos fazer o trabalho Divino, “aceitar o jugo”.

Você contribui como o outro contribui, porque D’us ordenou, independentemente do seu caráter, das suas inclinações e dos seus sentimentos pessoais.

Essa doação é real, permanente e incondicional, sem considerações e cálculos do nosso ego.

Mas e o calor e o entusiasmo? Quando você doa por compromisso, onde eles entram em cena?

É por isso que você precisa viver essa fusão de dois opostos aparentemente impossível que é representada pela moeda de fogo.

O fogo sempre sobe ao topo. Não importa para qual lado  você inclina a vela, a chama sempre sobe para cima, ele representa o entusiasmo.

Ou seja, mesmo quando você faz uma doação “por obrigação” você tem que adicionar a ela o “fogo” – o calor e o entusiasmo que vem de dentro de você.

O poder de fazer isso é um poder especial que recebemos de Hashem (D’us), que é o único que consegue fazer com que os opostos não só que não se destruam, mas ao contrário, que dêem vida um para o outro.

Hashem nos deu esses poderes, agora você só precisa trabalhar para que isso se expresse na sua natureza

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você ❤️

 

 

data Judaica

Yud Shvat

 

 

Yud Shvat

10 Shvat  5710 (1950)

 

O Rabi Raiat’z, antecessor do Rebe de Lubavitch, líder da nossa geração, “deixou” este mundo físico material. O Rebe atual, Rabi Menachem Mendel Schneerson, genro do Rabi anterior, se tornou o líder do povo Judeu até hoje.

 

Embora só tenha sucedido oficialmente o seu sogro apenas um ano depois, a partir do 10 de Shvat 5710-1950 o Rebe se tornou para todos os hassidim aquele que era o “Moshe rabeinu da geração”, o chefe da nossa geração, o pilar do mundo, consultado para fazer uma pergunta ou solicitar uma bênção, e ativar a vinda da Gueulá.

 

10 Shvat 5711  (1951) – O Rebe atual falou seu primeiro discurso hassídico, introduzido pelo versículo “vim para meu jardim”.

 

10 Shvat 5730  (1970) – Pela primeira vez o discurso do Rebe foi retransmitido no mundo inteiro. Assim começou a conquista da terra pela difusão da hassidut.

 

Em menos de meio século ele se tornou o Tzadik da nossa geração até a Gueulá, nossa redenção final, para o qual uma geração inteira se dirigiu.

 

Quem não pediu uma bênção para ele? Quem não conhece alguém que foi milagrosamente salvo por ele? Nunca na história do povo Judeu, um Tzadik alcançou uma tal notoriedade em sua geração.

 

Após a revelação Divina no Monte Sinai, Moshe, definindo seu papel ao povo Judeu, disse: “Eu estou entre D’us e vocês para transmitir para vocês a Palavra de Hashem”.

 

Rashi, o comentarista tradicional da Torá, diz: “transmitir a vocês: colocar ao alcance de vocês”.

 

Assim, cada um de nós tem o mérito de viver numa época literalmente ao alcance de cada Judeu. Temos o direito então de perguntar-nos: será que cada um de nós está compenetrado das formidáveis forças que o Rebe distribui amplamente?

 

Será que elas foram usadas na sua justa medida, para participar da revolução da Teshuvá, o fato marcante da presente geração?

 

O Rebe anunciou a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final. A profecia do Rebe salvou milhares de Judeus com suas orações e com suas bênçãos.

 

O Dia dez de Shvat é certamente um dia propício para a meditação: será que temos o comportamento de um Judeu de Mashia’h?

 

Aquele que compara a atitude do Rebe com a dos grandes do nosso povo, como por exemplo o Hafets Haim, que, em outras épocas, estavam animados por um intenso desejo de conhecer a libertação, a Gueulá, comete um profundo erro.

 

O Rebe não se limita a reavivar a esperança. Ele anunciou claramente a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final, repetidas vezes.

 

A vinda de Mashia’h não é uma esperança, é uma realidade.. Ele profetizou claramente a sua vinda. O Rebe proclamou: “O TEMPO DA SUA LIBERTAÇÃO CHEGOU” e “EIS QUE MASHIA’H ESTÁ CHEGANDO”. A redenção é iminente e é preciso preparar-se para ela.

 

O Rebe pediu que cada um de nós se reforçasse na espera ativa de Mashia’h aumentando o trabalho Divino em três categorias:

 

TORÁ (estudo de assuntos religiosos judaicos) TEFILOT (rezas)

 

TZEDACÁ (Ajuda ao Próximo)

 

E proclamando: LONGA VIDA AO REBE, O REI MASHIA’H PARA SEMPRE.

 

 

BATI LEGANI

 

….vim ao meu jardim… (Cântico dos Cânticos, 5:1). Não está escrito no jardim e sim no MEU jardim, na Minha residência, no lugar onde me encontrava anteriormente. (Midrash Rabá sobre o versículo).

 

Este versículo evoca o reaparecimento da presença Divina sobre a terra no momento em que Moshé edifica o Mishkan, o Templo móvel do deserto.

 

A luz que o Midrash projeta sobre este versículo está na fonte dos ensinamentos mais fundamentais do Hassidismo.

 

É também a este versículo que se refere o último ensinamento escrito pelo Rebe anterior, o Rebe Yossef Yitzhak, do qual comemoramos a Hilula no dia 10 de Shvat.

 

Também, a cada ano, o Rebe, no seu discurso público de 10 de Shvat, extrai deste versículo (a partir da explicação dada pelo Rebe anterior) novos ensinamentos cujo alcance se estende à vida judaica de todos os dias.

 

 

Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiah vai chegar.

 

Esse princípio consiste em que no fim do “Galut” (exílio) um descendente direto do rei David que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot constrói o Beit Hamikdash (Templo Sagrado de Jerusalém) no lugar sagrado chamado o “Monte do Templo” onde hoje se encontra o Kotel, vence as guerras contra os povos do mundo que se opõem à Gueulá e traz todos os judeus de volta para Israel.

 

Fazendo isso ele se torna o Mashiah que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”, sendo que ele é um descendente direto do rei David o qual foi ungido rei de Israel pelo profeta Shmuel e portanto não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel

 

Daqui aprendemos que a solução para o fim do problema do exílio judaico não é um presidente eleito mas sim o Mashiah

 

Na época da Guemará os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério

 

Ou seja, eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe deles era o Mashiah, como vemos na Guemará em Sanhedrin

 

Com isso queriam dizer que caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashiah seria aquele sábio

 

Na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado como candidato dentro desses critérios dos antigos sábios da Guemará

 

Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém e as guerras vencidas, o candidato a Mashiah se torna o Mashiach na prática

 

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashiah (dentro dessa intenção) e isso não consistiu em um problema de lei judaica

 

O mesmo se aplica hoje à quem aponta o Rebe de Lubavitch como candidato a Mashiah da nossa geração

 

A Guemará em Sanhedrin também diz que o fato de o Mashiah ser dos vivos ou dos mortos não é de relevante nesse caso contanto que ele venha construir o Beit Hamikdash, vença as guerras e traga o nosso povo de volta para a terra prometida

 

Passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna

 

Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashiah e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashiah

 

Em resumo, dizer que o Rebe é Mashiah não é contra a lei judaica sendo que a intenção é de apontá-lo como candidato aos grandes milagres da Gueulá que estão para acontecer

 

Rabino Gloiber

Sempre rezando por você