A guerra contra Amalek

 

Nossos Sábios nos contam que Ytró optou por se converter ao judaísmo depois que ouviu sobre a abertura do mar vermelho e a guerra de Amalek.

 

O que tem a ver a abertura do mar vermelho com a guerra de Amalek?

 

A abertura do mar vermelho nos lembra o carinho que Hashem tem por nós, nos fazendo milagres revelados, cuidando de nós e nos protegendo.

 

Depois de todos esses milagres enormes aparece o extremo de baixo dos povos, o mais prepotente e arrogante, e faz o que todos os outros povos gostariam de ter feito mas tinham medo, lutam contra nós!

 

Ytró vê os dois extremos. O amor que D’us tem por cada judeu e a frieza dos povos do mundo, que mesmo vendo os milagres revelados que Hashem faz para nós, no lugar de se unir à D’us lutam contra ele.

 

E qualquer meio termo sempre vai estar vinculado a um desses dois extremos.

 

Ou seja, os outros povos estavam felizes com a atitude de Amalek mesmo não tendo a coragem de fazer igual.

 

A Torá nos conta que a guerra contra Amalek acontece em cada geração.

 

Na prática ela aconteceu somente duas vezes, e na época do Mashia’h vai acontecer mais uma vez.

 

Entre essa primeira guerra de Amalek no deserto e a segunda guerra na época do rei Shaul não tínhamos a Mitzvá de exterminar o Amalek até que fosse nomeado o primeiro rei de Israel.

 

Depois que Shaul não fez isso totalmente, perdemos a possibilidade de saber quem é Amalek.

 

Na época do Mashia’h acontecerá a terceira guerra contra Amalek e depois disso eles já não existirão mais.

 

Então, se são somente três guerras na história, como podemos cumprir o mandamento que nos foi dado na Parashá de lutar contra Amalek em cada geração?

 

Diz o Rebe que esse assunto extremamente importante é totalmente espiritual.

 

Amalek representa uma força espiritual negativa que chamamos de “Klipá”.

 

Essa Klipá de Amalek causa a frieza e a insensibilidade em todos os assuntos espirituais.

 

A consequência dela em cada um de nós é:

 

Mesmo vendo milagres no dia a dia, mesmo conscientes de que D’us está cuidando de nós o tempo todo como crianças pequenas, mesmo assim somos capazes de rezar com frieza, cumprir os mandamentos Divinos sem entusiasmo, fazendo “nada mais que a obrigação”.

 

Achando que mesmo Hashem tendo nos ajudado no passado, com certeza ele não vai mais nos ajudar.

 

E por último estudando Torá e cumprindo as Mitzvot SEM a mínima consciência de que D’us existe e achando que tudo está dependendo somente de nós.

 

Assim era Caim, e agora dá para entender porque a guerra de Amalek sensibilizou tanto Ytró!

 

Como lutar contra esse Amalek espiritual :

 

1-Todo dia se conscientizar de que D’us existe, de que ele é a essência do bem e que a natureza de quem é bom é fazer o bem. E de que ele está cuidando de cada um de nós e nos protegendo a cada instante!

 

2- Rezar todo dia com muita alegria e entusiasmo e saber que Hashem está ouvindo com muito prazer cada palavra da nossa reza e está cheio de orgulho de nós!

 

3-Cumprir os mandamentos Divinos com muita alegria , muito entusiasmo e muito capricho, sabendo que Hashem está cheio de alegria por cada mandamento que cumprimos!

 

4- Se lembrar de todas as vezes que Hashem te ajudou no passado, se lembrar de todos os pequenos milagres do dia a dia e saber que agora Hashem vai te ajudar muito mais e te fazer muito mais milagres!

 

E o principal, expulsar todos os pensamentos contrários aos quatro itens anteriores alinhando nosso intelecto dessa maneira todo dia e toda hora 365 dias por ano!

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

 

O conselho de Ytró

 

A Torá nos conta que Ytró, o sogro de Moshe , levou sua filha Tzipora junto com os dois filhos dela para Moshe no deserto.

 

Porque Ytró teve que se arriscar dessa maneira entrando deserto adentro e não poderia esperar com que Moshe viesse pessoalmente buscar sua família?

 

O Ari Zal nos conta que Ytró era a reencarnação de Caim e Moshe era a reencarnação de Abel.

 

A Torá nos conta que Caim teve um filho com sua esposa e o chamou de Hano’h.

 

Quem era essa esposa que a Torá não conta de onde ela nasceu? É claro que ela não era sua própria mãe!

 

Então quem era essa mulher que estava lá e se casou com Cain?

 

Quando a Torá nos conta sobre o nascimento de Cain e Hevel aparece três vezes a palavra “et”.

 

O Midrash decifra essa palavra aparentemente desnecessária nesse lugar revelando que junto com Cain nasceu uma irmã gêmea e com Hevel nasceram duas, e elas seriam suas futuras esposas.

 

Cain ficou indignado por ter uma esposa só enquanto seu irmão teria duas.

 

Encontrou um motivo para briga, justificando como sendo um assunto religioso. O fato de seu korban (sacrifício) não ter sido aceito e o de seu irmão sim.

 

E terminou assassinando seu irmão por achar que não tem no mundo nem lei e nem juiz e que nada vai acontecer para ele.

 

Os três se reencarnam novamente.

 

Caim é Ytró, Abel é Moshe, e aquela gêmea, pivô da briga entre eles é Tzipora.

 

Por isso Ytró tinha que tomar a iniciativa de ele levar Tzipora para Moshe, porque esse era o “Tikun” (o conserto) da alma do Cain.

 

Devolver aquela “Alma gêmea” que foi roubada por ele na reencarnação anterior, e também salvar a vida do “irmão”, ou seja, irmão da reencarnação anterior. Isso para consertar o fato de tê-la roubado e tê-lo assassinado por causa dela.

 

Ytró leva Tzipora para Moshe, e por meio de seus conselhos salva a vida de Moshe de um infarto por stress.

 

Delegando o trabalho que Moshe estava fazendo a nada mais e nada menos que:

 

600 juízes, responsáveis por mil pessoas cada um

 

6.000 juizes responsáveis por 100 pessoas cada um.

 

12.000 juízes responsáveis por 50 pessoas cada um

 

60.000 juízes responsáveis por 10 pessoas cada um

 

Ou seja, 78.600 juízes para fazer o trabalho que Moshê tinha feito sozinho!

 

Ytro de verdade salvou a vida de Moshe, construindo uma estrutura de governo jamais vista antes.

 

Sendo que Cain tinha assassinado Hevel porque achava que o mundo não tinha um juiz , essa parte da Torá que é chamada de “Parashat Hadaianim”, “a Parashá dos juízes”, teve que chegar até nós por meio de Ytró. E assim ele “acrescentou” uma Parashá na Torá.

 

Aprendendo com Ytró:

 

Aprendemos com Ytró que se até o próprio Moshe poderia ter terminado sua vida de maneira fatal por ter centralizado todo o trabalho envolta de si próprio, quanto mais nós que não temos toda a capacidade que Moshê.

 

Ytró para salvar Moshê fez ele delegar seu trabalho à pessoas adequadas para essa função, mesmo não sendo elas tão adequadas à isso quanto o próprio Moshê.

 

Quanto mais nós, que muitas vezes encontramos pessoas muito mais adequadas do que nós próprios para delegar funções de muito menos responsabilidade do que era a deles !

 

Então, vamos aprender com Ytró, começar a nossa própria “descentralização”.

 

Parar de mandar em tudo e em todos, fazer a nossa parte com muita dedicação e empenho e deixar que cada um faça a sua parte sem a necessidade de sermos um CEO sobre tudo e todos.

 

E assim não só que estaremos fazendo a vida mais leve para as pessoas ligadas à nós, mas também estaremos salvando as nossas próprias vidas de uma morte por Stress.

 

E esse é o conselho de Ytró.

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

Yud Shvat

 

 

Yud Shvat

10 Shvat  5710 (1950)

 

O Rabi Raiat’z, antecessor do Rebe de Lubavitch, líder da nossa geração, “deixou” este mundo físico material. O Rebe atual, Rabi Menachem Mendel Schneerson, genro do Rabi anterior, se tornou o líder do povo Judeu até hoje.

 

Embora só tenha sucedido oficialmente o seu sogro apenas um ano depois, a partir do 10 de Shvat 5710-1950 o Rebe se tornou para todos os hassidim aquele que era o “Moshe rabeinu da geração”, o chefe da nossa geração, o pilar do mundo, consultado para fazer uma pergunta ou solicitar uma bênção, e ativar a vinda da Gueulá.

 

10 Shvat 5711  (1951) – O Rebe atual falou seu primeiro discurso hassídico, introduzido pelo versículo “vim para meu jardim”.

 

10 Shvat 5730  (1970) – Pela primeira vez o discurso do Rebe foi retransmitido no mundo inteiro. Assim começou a conquista da terra pela difusão da hassidut.

 

Em menos de meio século ele se tornou o Tzadik da nossa geração até a Gueulá, nossa redenção final, para o qual uma geração inteira se dirigiu.

 

Quem não pediu uma bênção para ele? Quem não conhece alguém que foi milagrosamente salvo por ele? Nunca na história do povo Judeu, um Tzadik alcançou uma tal notoriedade em sua geração.

 

Após a revelação Divina no Monte Sinai, Moshe, definindo seu papel ao povo Judeu, disse: “Eu estou entre D’us e vocês para transmitir para vocês a Palavra de Hashem”.

 

Rashi, o comentarista tradicional da Torá, diz: “transmitir a vocês: colocar ao alcance de vocês”.

 

Assim, cada um de nós tem o mérito de viver numa época literalmente ao alcance de cada Judeu. Temos o direito então de perguntar-nos: será que cada um de nós está compenetrado das formidáveis forças que o Rebe distribui amplamente?

 

Será que elas foram usadas na sua justa medida, para participar da revolução da Teshuvá, o fato marcante da presente geração?

 

O Rebe anunciou a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final. A profecia do Rebe salvou milhares de Judeus com suas orações e com suas bênçãos.

 

O Dia dez de Shvat é certamente um dia propício para a meditação: será que temos o comportamento de um Judeu de Mashia’h?

 

Aquele que compara a atitude do Rebe com a dos grandes do nosso povo, como por exemplo o Hafets Haim, que, em outras épocas, estavam animados por um intenso desejo de conhecer a libertação, a Gueulá, comete um profundo erro.

 

O Rebe não se limita a reavivar a esperança. Ele anunciou claramente a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final, repetidas vezes.

 

A vinda de Mashia’h não é uma esperança, é uma realidade.. Ele profetizou claramente a sua vinda. O Rebe proclamou: “O TEMPO DA SUA LIBERTAÇÃO CHEGOU” e “EIS QUE MASHIA’H ESTÁ CHEGANDO”. A redenção é iminente e é preciso preparar-se para ela.

 

O Rebe pediu que cada um de nós se reforçasse na espera ativa de Mashia’h aumentando o trabalho Divino em três categorias:

 

TORÁ (estudo de assuntos religiosos judaicos) TEFILOT (rezas)

 

TZEDACÁ (Ajuda ao Próximo)

 

E proclamando: LONGA VIDA AO REBE, O REI MASHIA’H PARA SEMPRE.

 

 

BATI LEGANI

 

….vim ao meu jardim… (Cântico dos Cânticos, 5:1). Não está escrito no jardim e sim no MEU jardim, na Minha residência, no lugar onde me encontrava anteriormente. (Midrash Rabá sobre o versículo).

 

Este versículo evoca o reaparecimento da presença Divina sobre a terra no momento em que Moshé edifica o Mishkan, o Templo móvel do deserto.

 

A luz que o Midrash projeta sobre este versículo está na fonte dos ensinamentos mais fundamentais do Hassidismo.

 

É também a este versículo que se refere o último ensinamento escrito pelo Rebe anterior, o Rebe Yossef Yitzhak, do qual comemoramos a Hilula no dia 10 de Shvat.

 

Também, a cada ano, o Rebe, no seu discurso público de 10 de Shvat, extrai deste versículo (a partir da explicação dada pelo Rebe anterior) novos ensinamentos cujo alcance se estende à vida judaica de todos os dias.

 

 

Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiah vai chegar.

 

Esse princípio consiste em que no fim do “Galut” (exílio) um descendente direto do rei David que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot constrói o Beit Hamikdash (Templo Sagrado de Jerusalém) no lugar sagrado chamado o “Monte do Templo” onde hoje se encontra o Kotel, vence as guerras contra os povos do mundo que se opõem à Gueulá e traz todos os judeus de volta para Israel.

 

Fazendo isso ele se torna o Mashiah que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”, sendo que ele é um descendente direto do rei David o qual foi ungido rei de Israel pelo profeta Shmuel e portanto não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel

 

Daqui aprendemos que a solução para o fim do problema do exílio judaico não é um presidente eleito mas sim o Mashiah

 

Na época da Guemará os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério

 

Ou seja, eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe deles era o Mashiah, como vemos na Guemará em Sanhedrin

 

Com isso queriam dizer que caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashiah seria aquele sábio

 

Na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado como candidato dentro desses critérios dos antigos sábios da Guemará

 

Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém e as guerras vencidas, o candidato a Mashiah se torna o Mashiach na prática

 

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashiah (dentro dessa intenção) e isso não consistiu em um problema de lei judaica

 

O mesmo se aplica hoje à quem aponta o Rebe de Lubavitch como candidato a Mashiah da nossa geração

 

A Guemará em Sanhedrin também diz que o fato de o Mashiah ser dos vivos ou dos mortos não é de relevante nesse caso contanto que ele venha construir o Beit Hamikdash, vença as guerras e traga o nosso povo de volta para a terra prometida

 

Passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna

 

Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashiah e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashiah

 

Em resumo, dizer que o Rebe é Mashiah não é contra a lei judaica sendo que a intenção é de apontá-lo como candidato aos grandes milagres da Gueulá que estão para acontecer

 

Rabino Gloiber

Sempre rezando por você

A importância da Alegria

 

Está escrito no Zohar que o nosso mundo, o mais baixo, recebe tudo lá de cima, e se aqui em baixo estamos reluzindo de alegria nos sincronizamos com a alegria lá de cima.

 

E por causa disso Hashem nos dá aqui em baixo todos os motivos para ficarmos reluzentes de alegria de verdade com muita fartura e prosperidade.

 

Ou seja, quando estamos alegres aqui em baixo trazemos para este mundo a alegria lá de cima e tudo fica bom de verdade.

 

Nossa Parashá nos conta sobre a Shirá que foi a música de agradecimento que nossos antepassados fizeram para Hashem por nos ter tirado do Egito e de todos os nossos sofrimentos,

 

Pegamos na Shirá o embalo para essa “muita alegria”, continuamos rezando com “muita alegria” e levamos essa “muita alegria” para todo o nosso dia “contagiando com ela todos à nossa volta, “fazendo a diferença”

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você 🥰🌻❤️

 

 

Milagres Sobrenaturais

 

Milagres Sobrenaturais

 

Milagres tão sobrenaturais como as pragas do Egito só aconteceram uma vez na história.

 

Se tivéssemos o mérito aconteceriam de novo na saída do exílio da Babilônia na época dos persas.

 

Mas sendo que não tínhamos todo esse mérito, Hashem somente inspirou o rei da Pérsia para nos deixar sair do exílio e construir o segundo Beit Hamikdash.

 

Mas milagres sobrenaturais muito maiores do que os que aconteceram na saída do Egito vão acontecer na Gueulá em breve nos nossos dias!

 

O Ramban, Rabi Moshe Ben Nahman, foi um grande Tzadik que nasceu em 1194 em Girona na Catalunha.

 

Ele nos explicou que o motivo de Hashem ter feito somente uma vez esses milagres tão grandes e sobrenaturais foi para mostrar à todos que Hashem dirige e renova o mundo cuidando de cada um de nós de uma maneira especial, não nos abandonando ao acaso.

 

Por meio da lembrança desses grandes milagres nós abrimos os olhos para ver os milagres do dia a dia, e essa é a base de toda a Torá.

 

De vermos que tudo o que acontece na nossa vida são Milagres, e tudo depende das nossas atitudes!

 

Quando cumprimos os mandamentos Divinos, os milagres acontecem!

 

Então, vamos acrescentar no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot e os milagres vão acontecer!

 

Cada um de nós já passou durante a sua vida por verdadeiros milagres.

 

Sempre temos que ter em mãos a lista de todos os milagres que nos aconteceram e usá-la como base para o nosso dia a dia.

 

Não olhar para as dificuldades que temos à frente mas sim para os milagres que tivemos atrás.

 

Nos lembrando a cada instante que Hashem está cuidando hoje de cada um de nós com o mesmo amor e carinho que sempre cuidou de nós no passado.

 

Cada um de nós exercitando dia a dia esse tipo de raciocínio vai receber de Hashem tudo o que precisar.

 

Como uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado Hashem também não se esquece de nós.

 

E o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que uma mãe tem pelo seu próprio nenê.

 

Mas de nós é exigido fazer a nossa parte.

 

Isso se chama “Bitahon”, mais do que uma simples confiança, uma segurança.

 

Não temos como pensar errado e receber o certo, temos que pensar certo, ter plena segurança em Hashem, e aí os milagres acontecem!

 

O Rebe de Lubavitch sempre deixou claro que nós somos a geração da redenção final e estamos prestes a entrar em uma era onde tudo vai ser bom.

 

Todos os sinais que os nossos sábios deram sobre essa última geração aconteceram e não há dúvida nenhuma de que Mashiach está bem próximo.

 

Então, mais um pouquinho de Bitahon e no lugar de remediar todo dia um mundo crônico entramos imediatamente em um mundo melhor, em uma nova era!

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

Porque os Judeus não aceitam JC como Messias

 

https://www.instagram.com/reel/DDe6qsDRz8v/?igsh=a3RzcWUzNjhrYmc2

 

POR QUE OS JUDEUS NÃO ACEITAM JC COMO MESSIAS?

 

Muitos brasileiros curiosos em saber o que é judaísmo fazem a mesma pergunta e para o esclarecimento das diferenças entre as duas culturas trouxe uma resposta para copiar e colar quando você recebe uma pergunta desse gênero.

 

Um dos treze princípios da fé judaica é de que Mashiach, (traduzido como “Messias”) vai chegar.

 

Ele tem que ser um descendente do rei David, construir o Templo de Jerusalém (Beit Hamikdash) e trazer todos os judeus para Israel.

 

O “JC” não está nessa classificação sendo que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, os judeus se espalharam pelo mundo.

 

E mesmo se ele fosse filho do José que não sabemos quem era esse José, e se o José fosse um descendente do rei David não adiantaria nada sendo que as outras duas condições são indispensáveis.

 

Os cristãos também concordam que ele não era filho do José. O argumento “filho de “D’us ” é até pior para os cristãos sendo que D’us não é da tribo de Judá e nem da família do rei Davi.

 

O conceito de o”Todo Poderoso” da mitologia foi aplicado pelos gregos em Israel quando fizeram o decreto de”toda a virgem que se casar tem que dormir com o governador antes de dormir com o marido.”

 

Ela tinha que ser virgem e casada. Se eles conseguissem fazer isso esse governador era chamado de o “Todo poderoso”.

 

Quando os romanos fundiram o judaísmo com a mitologia pegaram esse conceito da mitologia.

 

A Maria tinha que ser virgem e casada, mas tinha que fazer o filho não com o marido mas…. com o deus.

 

Vimos essa estória com Zeus que teve Hércules dessa maneira.

 

No judaísmo o adultério é proibido e D’us não faria uma coisa que ele próprio pediu para não fazermos, mas pelo judaísmo D’eus é o primeiro a cumprir o que ele pede para nós fazermos.

 

Em relação à novos testamentos e novas alianças, D’us nos deu a TORÁ no monte Sinai na frente de milhões de pessoas que éramos todo o povo de Israel que saiu do Egito.

 

Por honestidade Divina, da mesma maneira que ele Êle é o primeiro a dar o exemplo e o primeiro a cumprir o que Êle nos pediu para cumprir como vimos acima no caso do adultério, desta mesma maneira Êle que nos pediu para sermos honestos.

 

Êle é o primeiro a cumprir essa honestidade e não ser desonesto dando a Torá na frente de milhões de pessoas e depois novos testamentos para uma pessoa ou um pequeno grupo, mas sim ele teria que reunir todo o povo de Israel novamente no monte Sinai e refazer a entrega da Torá.

 

Por isso, dizem nossos sábios que a nova TORÁ que vai ter na era messiânica é a revelação de coisas que já foram dadas no monte Sinai e estão ocultas na TORÁ hoje.

 

Evito diálogos inter-religiosos, mas sendo que vi que você tem uma vontade honesta e sem segundas intenções de querer saber a diferença entre o judaísmo e as seitas cristãs, tenho que te esclarecer essa regra básica, nunca tivemos e nem vamos ter nada a ver com o cristianismo.

 

Don Itzhak Abarbanel foi um grande Rabino que viveu na Espanha e fugiu de lá na época da inquisição.

 

Entre suas obras ele escreveu um livro chamado Yashuot Meshi’hó (as salvações do Mashia’h) no qual ele explica que o “J.C.” era a reencarnação de Essav, o Esaú da Torá, e o motivo que os povos europeus se identificaram com o cristianismo é o fato de eles serem os bnei Essav, as tribos de Essav.

 

Todos os profetas concordam que na época do Mashia’h não haverão mais guerras, e desde a fundação do cristianismo, os países que mais fizeram guerras no mundo foram os países cristãos europeus.

 

Rabino Gloiber
Sempre rezando por você
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Judaísmo

A Alma Divina

A Alma Divina

Um dos princípios da fé judaica é que D’us não se compara à matéria.

O Zohar explica que quando D’us criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é sobre a revelação Divina como ela acontece nas Dez Sefirót e não imagem e semelhança material

Toda linguagem na Torá indica um assunto espiritual . Quando D’us coloca essa alma no primeiro homem é usada a linguagem “soprou”

Diz o Zohar que essa linguagem é representativa, quem sopra, sopra o que tem dentro de si. Por isso não está escrito que D’us colocou no homem a Alma mas que D’us soprou nele a Alma

A linguagem “soprou” é usada pela Torá para nos indicar o nível daquela Alma, querendo dizer que como o sopro é algo que sai de dentro da pessoa, assim também aquela Alma saiu de dentro da essência Divina e é chamada de “uma parte de D’us”

Ela está vinculada à nós de forma envolvente desde que somos gerados, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos

Essa Alma também é dada à quem faz uma conversão ao judaísmo, ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que foi gerado e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito “guer shemitgaier”, ou seja, convertido que se converte e não “goi shemitgaier”.

Essa segunda alma se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal.

A principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento, o cérebro domina o coração.

O objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal que se revela no coração e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino .

Essa Alma Divina é você! Você que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos a qual chamamos de vida, e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta dessa “corrida de obstáculos”.

A Neshamá é pura e linda, cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento dos 613 mandamentos Divinos.

Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa, enquanto o corpo que é a roupa da nossa Alma fica mais cada vez mais velho, a Neshamá, nossa Alma Divina fica cada vez “mais jovem”.

Ficamos cada vez mais jovens e com uma roupa, ou seja, nosso corpo, cada vez mais cada vez mais velha. Chega uma hora que somos obrigados a trocar de roupa para poder continuar o nosso trabalho Divino

Nossa Neshamá se reencarna quantas vezes for necessário até cumprir todos os 613 mandamentos Divinos. Então vamos pedir para Hashem mandar rápido o Mashiach para podermos terminar todo esse trabalho Divino com muita alegria!

Rabino Gloiber e equipe

Emuná e Bita'hon

A maneira correta de avaliar qualquer situação

 

 

A maneira correta de avaliar qualquer situação

 

Um dos grandes personagens da nossa história foi Kaleb.

 

Aprendemos com Kaleb que quando observamos um lugar não temos que procurar nele problemas mas sim soluções!

 

Os espiões eram pessoas importantes e influentes e a eficiência deles era reconhecida por todos.

 

Kaleb também aparentava pertencer a essa estrutura e a essa “mentalidade”.

 

Ele começou a falar como se fosse “mais um” que aparentemente iria acrescentar mais alguma dificuldade, mas ao contrário dos outros, revela que podemos conquistar a terra e ainda com facilidade.

 

Kaleb lembra ao povo que Moshe abriu o mar vermelho e que fez milhões de aves aterrizarem no acampamento e virarem “frango assado”.

 

Kaleb era visto pelo povo como alguém tão qualificado como os outros, e por isso era esperado dele relatar de maneira profissional e objetiva o que viu na terra prometida, mas aparentemente seus relatos não tinham nada a ver com sua missão.

 

Os outros espiões contaram sobre o que espionaram e Kaleb contou sobre os feitos anteriores de Moshe.

 

Qual era a lógica de Kaleb?

 

Para entender os argumentos de Kaleb vamos imaginar esse mesmo caso em uma situação atual.

 

Imagine um almirante de um porta aviões americano próximo a uma ilha desconhecida no oceano Pacífico mandar um barquinho com os mais altos oficiais do porta aviões para inspecionar a ilha.

 

Na volta eles dizem que não temos capacidade de anexar essa ilha aos Estados Unidos por ela ter cinco mil índios enormes, cada um com cinco arcos e cinqüenta flechas.

 

Nessa hora um deles diz:- Pessoal, antes de sairmos da Califórnia o almirante carregou esse navio com mísseis, aviões, helicópteros e canhões, vai ser muito fácil conquistar essa ilha!

 

Será que algum dos espiões retrucaria dizendo :- você não está sendo nada profissional, você foi mandado para ver o que tem na ilha e não para falar sobre o equipamento que foi colocado no navio?

 

Isso foi o que fez Kaleb

 

Lembrou à todos que Moshe abriu o mar vermelho para o nosso povo passar, e o que é um rio Jordão para quem já abriu um mar?

 

Que Moshe fez aterrizar no acampamento milhares de aves que a natureza delas era voar para cima e não descer para baixo, e o que é para ele uma muralha de pedras que já tem a natureza de afundar no chão?

 

E assim foi. Quarenta anos depois quando o povo de Israel entrou na terra prometida, o rio Jordão se abriu e as muralhas de Jerichó afundaram na terra.

 

Aqui vemos o profissionalismo de Kaleb. Claro que ele acreditava no total poder de Hashem que poderia fazer o rio Jordão desaparecer e as muralhas de Jeri’hó saírem voando por aí, mas o raciocínio lógico dele foi profissional e realista:

 

Ele listou os milagres que já tinham acontecido e concluiu:

 

Se Moshe já tinha feito milagres tão grandes, o que seria para ele fazer milagres menores?

 

Conclusão: Cada um de nós já passou durante a sua vida por verdadeiros milagres.

 

Aprendemos com Kaleb que sempre temos que ter em mãos a lista de todos os milagres que nos aconteceram e usá-la como base para o nosso dia a dia

 

Não olhar para as dificuldades que temos à frente mas sim para os milagres que temos atrás, nos lembrando a cada instante que Hashem está cuidando hoje de cada um de nós com o mesmo amor e carinho que sempre cuidou de nós no passado.

 

E como Kaleb que no mérito desse raciocínio correto, mais futuramente entrou na terra prometida, cada um de nós exercitando dia a dia esse tipo de raciocínio vai receber de Hashem tudo o que precisar

 

Como uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado Hashem também não se esquece de nós, e o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que uma mãe tem pelo seu próprio nenê.

 

Mas de nós é exigido fazer a nossa parte, como Kaleb que no mérito disso recebeu a cidade de Hebron.

 

Isso se chama “Bitahon”, mais do que uma simples confiança, uma segurança. Não temos como pensar errado e receber o certo, temos que pensar certo, ter plena segurança em Hashem, e aí os milagres acontecem!

 

O Rebe de Lubavitch sempre deixou claro que nós somos a geração da redenção final e estamos prestes a entrar em uma era onde tudo vai ser bom.

 

Todos os sinais que os nossos sábios deram sobre essa última geração aconteceram e não há dúvida nenhuma que Mashia’h está bem próximo.

 

Então, mais um pouquinho de Bitahon e no lugar de remediar todo dia um mundo crônico entramos imediatamente em um mundo melhor, em uma nova era!

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo mas sempre rezando por você❤️🩷🌻

 

 

Judaísmo

O que e a Torá ?

 

Certa vez uma pessoa, não judeu, perguntou ao grande Sábio Hilel :

 

– Quantas Torot (plural de Torá) vocês tem? :- Duas , respondeu Hilel, a Torá escrita e a Torá oral .Ouvindo isso a pessoa declarou :

 

– Na Torá escrita eu acredito, mas na oral não. Quero me converter ao judaísmo na condição de que você me ensine somente a Torá escrita.

 

Hilel concordou.Hilel começou a ensinar à ele como ler a Torá escrita. Mostrou para ele a letra Alef e explicou oralmente que o nome dela é  Alef.

 

Mostrou a letra Beit e explicou oralmente que o nome dela é Beit, o mesmo fez com a letra guimel e a letra dalet.

 

Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e disse que ela é a letra Dalet. O aluno se espantou e disse :

 

– Mas ontem você não me explicou assim!:- Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem? Disse Hilel, então confie em mim também em relação à Torá oral!

 

Ou seja, quando D’us deu à Moshe a Torá escrita, explicou ela para Moshe que ensinou o povo de Israel oralmente o significado das escrituras, e assim a Torá chegou até nós desde o começo.

 

Sem a Torá oral não saberíamos nem ler e nem entender a Torá escrita.

 

E mais, a Torá oral é a que atesta que a Torá escrita está escrita da maneira correta e é verdadeira.

 

Como vimos antes, quando D’us nos deu a Torá elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral.

 

Moshe, o maior de todos os profetas escreveu a Torá escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática, ou seja, de que forma entender e cumprir o que está escrito nela.

 

Em outras palavras, o “como cumprir a Mitzvá” é chamado de Torá oral.

 

A Torá escrita começa com Moshe, o maior de todos os profetas, e continuou sendo escrita posteriormente por profetas menores do que Moshe até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Beit Hamikdash, mas sem acrescentar ou diminuir as Mitzvot da Torá de Moshe.

 

Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia entrando também na época em que o império persa dominava o mundo até a época em que o segundo Templo foi construído.

 

Depois dos persas vieram os gregos e depois o império romano. Na época dos gregos e romanos não tínhamos mais profetas, e portanto não tivemos mais Torá escrita.

 

A Torá escrita terminou de ser escrita no exílio da Babilônia e Pérsia completando 24 livros.

 

Posteriormente, na época do império romano a Torá oral que era repassada oralmente até aquela época também foi escrita incluindo a Torá oculta conhecida como Kabalá.

 

A Torá oral continua crescendo em cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas e comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas . As pessoas precisam de explicações com mais detalhes e etc.

 

As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a Torá da maneira correta naquela geração também é chamada de Torá oral.

 

Chegamos hoje à dezenas de milhares de livros de Torá oral dos quais mais de 65.000 livros sem direitos autorais  já estão disponíveis para download no site Hebrew Books

www.hebrewbooks.org/

 

 

Mensagem da Parashá

Nossa Parashá

A Parashá que estamos entrando é Vayerá

 

Nossa Parashá nos conta que depois de ter feito o Brit Milá, nosso patriarca Avraham recebe a visita de três Anjos.

 

O Zohar nos conta que entrando na dimensão do nosso mundo esses Anjos criaram para si formas humanas, e apareceram para o nosso patriarca Avraham como três árabes que aparentemente estavam viajando por aquela região.

 

Diz o Zohar que nesse caso foram necessários três Anjos diferentes.

 

O motivo para isso é que o anjo não tem como fazer algo que não está na sua categoria, e aqui deveriam acontecer coisas de três categorias diferentes

 

A palavra מלאך, anjo em hebraico, quer dizer enviado.

 

Ou seja, ele é enviado para um assunto específico e não para outro.

 

Diz o Zohar que esses três anjos que vieram visitar Avraham tem como essência três Sefirot diferentes.

 

Em outras palavras, eles não tem como ser enviados para um assunto que não tem a ver com a essência deles, com a Sefirá à qual eles estão ligados

 

O Zohar nos conta que esses três anjos eram Mihael, Gavriel e Refael

 

O anjo Mihael é o responsável pelo “lado direito”, a Sefirá dele é Hessed e todas as coisas boas, todas as bençãos que vem das Sefirot do lado direito foram entregues na sua mão.

 

Nesse caso ele foi enviado para oficializar o que Hashem prometeu na Parashá anterior, que Sarah vai ter um filho

 

O anjo Gavriel é o responsável pelo “lado esquerdo” e a Sefirá dele é a Guevurá.

 

Ele é responsável pelas punições que acontecem no mundo.

 

Ele foi enviado para destruir Sodoma e Gomorra

 

O Anjo Refael é o “responsável pelas curas” e a Sefirá dele é a Tiferet. Ele veio curar Avraham do Brit milá.

 

Como vimos, o anjo Mihael veio para Sarah, Refael para Avraham e Gavriel para Sodoma e Gomorra.

 

Então, o que o anjo Gavriel estava fazendo na tenda de Avraham?

 

E ainda mais, os anjos perguntam para Avraham “Aonde está Sarah sua esposa”.

 

Será que os anjos não sabiam que ela estava na tenda?

 

Como pode ser que até Mihael, que veio especificamente para ela, não sabia aonde ela estava?

 

Diz o Zohar que o anjo só sabe deste mundo o que é revelado para ele.

 

Nesse caso, por motivo Divino, nem o anjo Mihael que veio comunicar à Sarah que ela vai ter um filho sabia aonde ela estava e foi obrigado a pergutar para Avraham.

 

Mas sendo que ele veio somente para ela, porque não foi revelado para ele onde ela estava?

 

E ainda mais, da linguagem do versículo entendemos que os outros anjos, que não foram enviados para ela, também perguntaram aonde ela está.

 

Se cada anjo atua somente na sua categoria, porque os outros anjos também tinham que perguntar por ela se eles não tinham nenhuma missão direcionada a ela?

 

Avraham responde para eles que Sarah está na tenda.

 

Rashi explica que Avraham usou essa linguagem para determinar que ela tem pudor e por isso não está aqui com eles.

 

Ou seja, nem um copo de água ela vai trazer para eles porque ela é uma mulher e eles são homens.

 

Na próxima Parashá, quando Eliezer vai procurar uma esposa para Itzhak, pede para Hashem que a jovem para a qual ele pedir um copo de água e ela der água para ele e também para todos os seus camelos será a esposa de Itzhak, será a nora de Avraham.

 

Rashi explica que, sendo que ela é generosa, essa é a prova de que ela é adequada para entrar na família de Avraham.

 

Ou seja, se ela não desse o copo de água para Eliezer que era um homem, não se casaria com Itzhak.

 

Como pode ser que aqui na nossa Parashá Avraham se comporta de uma maneira exatamente contrária ao seu próprio perfil!

 

E mais, quando o anjo Gavriel vai destruir Sodoma e Gomorra, o anjo Refael vai com ele.

 

O motivo que a Torá dá para isso é de que Hashem se lembrou de Avraham para salvar Lot, e portanto o anjo Refael vai com a Anjo Gavriel, sendo que salvar e curar estão na mesma categoria

 

Lot, Rut e o Rei David

 

Diz o Zohar que a diferença entre Noa’h, Avraham e Moshe Rabeinu, é que Noach não rezou por ninguém, Avraham rezou somente pelos Tzadikim e Moshe Rabeinu rezou por todos.

 

De acordo com o Zohar, Avraham não rezou por Lot para não dizerem que Lot por ser parente dele, mesmo não sendo Tzadik foi salvo pela reza de Avraham.

 

Como pode a Torá dizer que Lot foi salvo no mérito de Avraham se Avraham rezou do pelos Tzadikim e explicitamente não rezou por Lot ?

 

Na Parashá anterior vimos que Avraham arriscou a própria vida e a vida das pessoas que o ajudaram para salvar Lot dos quatro reis que o tinham prendido.

 

Nessa ocasião Avraham não pediu para Lot voltar a morar com ele e não cobrou dele um comportamento melhor.

 

O único interesse de Avraham era de que Lot continuasse vivo.

 

A explicação do Guerer Rebe

 

Rabi Itzhak Meir Alter foi o primeiro Rebe da cidade de Gur na Polônia, há 150 anos atrás.

 

Aquela cidadezinha originalmente era um centro católico de peregrinação.

 

Em 1859 quando o Rebe Itzhak Meir assumiu o rabinato dos Hassidim de Kotzk, mudou-se para a cidade de Gur e a chamou de “Guer”, que em Hebraico quer dizer “convertido”

 

Ou seja, aquela cidade que fazia parte de um roteiro de peregrinação católica se converteu em um grande centro Judaico, atraindo para si uma verdadeira peregrinação de judeus de todos os cantos da Polônia

 

Rebe Itzhak Meir explicou que Avraham salvou Lot dos quatro reis porque de Lot sairia Rut e dela sairia o Rei David

 

Diz o Ari Zal que na Alma de Lot estavam as Almas de Rut e do rei David

 

O Ari Zal nos revelou que Avraham Avinu era uma reencarnação do nível ”Nefesh” de Adam Harishon

 

O Midrash nos conta que Hashem mostrou para o primeiro homem cada geração e os judeus mais destacados dela.

 

Quando chegou ao Rei David, Adam se entusiasmou, mas Hashem revelou à ele que o Rei David seria um aborto.

 

Ouvindo isso, Adam Harishon deu 70 anos da própria vida para o Rei David.

 

Ou seja, Avraham tinha um vínculo de Alma com a Alma do Rei David que estava em Lot e por isso tinha que salvá-lo

 

E agora que o anjo Gavriel foi enviado para destruir Sodoma e Gomorra novamente Avraham teria que salvá-lo

 

Diz Rabi Itzhak Meir, o Guerer Rebe, que o que aconteceu na tenda de Avraham foi o julgamento de Lot

 

Ou seja, Lot por si só não teria o mérito de ser salvo, mas dele sairia Rut a Moabita que se converteu ao judaísmo e dela saiu o Rei David

 

A Torá proibe um Moabita, mesmo convertido, de se casar com uma mulher Judia.

 

A própria Torá traz o motivo para isso, de que eles não levaram pão e água ao nosso povo quando saímos do Egito.

 

Quando Avraham responde que Sarah está na tenda, ou seja, que a mulher por motivos de pudor não deve levar pão e água para os homens e nem para mulheres,.

 

Ou seja, Sarah está na tenda e não é bonito para a filha do Rei se expor, Avraham está determinando que Rut, por ser mulher, não se enquadra dentro do decreto da Torá que proíbe o casamento com Moabitas, e consequentemente o Rei David que saiu dela pôde ser o Rei de Israel ungido pelo profeta Shmuel

 

O anjo Gavriel estava lá somente para ouvir isso.

 

Ouvindo isso ele foi obrigado a abrir espaço ao anjo Refael para salvar Lot, e quando Refael passava com a família de Lot, Gabriel ia destruindo atrás dele

 

Quando Avraham viu que Gavriel estava indo para Sodoma acompanhado de Refael não precisou mais rezar por Lot, sendo que a salvação dele estava garantida

 

Rabino Gloiber
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