A Alma Divina
Um dos princípios da fé judaica é que D’us não se compara à matéria.
O Zohar explica que quando D’us criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é sobre a revelação Divina como ela acontece nas Dez Sefirót e não imagem e semelhança material
Toda linguagem na Torá indica um assunto espiritual . Quando D’us coloca essa alma no primeiro homem é usada a linguagem “soprou”
Diz o Zohar que essa linguagem é representativa, quem sopra, sopra o que tem dentro de si. Por isso não está escrito que D’us colocou no homem a Alma mas que D’us soprou nele a Alma
A linguagem “soprou” é usada pela Torá para nos indicar o nível daquela Alma, querendo dizer que como o sopro é algo que sai de dentro da pessoa, assim também aquela Alma saiu de dentro da essência Divina e é chamada de “uma parte de D’us”
Ela está vinculada à nós de forma envolvente desde que somos gerados, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos
Essa Alma também é dada à quem faz uma conversão ao judaísmo, ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que foi gerado e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito “guer shemitgaier”, ou seja, convertido que se converte e não “goi shemitgaier”.
Essa segunda alma se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal.
A principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento, o cérebro domina o coração.
O objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal que se revela no coração e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino .
Essa Alma Divina é você! Você que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos a qual chamamos de vida, e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta dessa “corrida de obstáculos”.
A Neshamá é pura e linda, cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento dos 613 mandamentos Divinos.
Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa, enquanto o corpo que é a roupa da nossa Alma fica mais cada vez mais velho, a Neshamá, nossa Alma Divina fica cada vez “mais jovem”.
Ficamos cada vez mais jovens e com uma roupa, ou seja, nosso corpo, cada vez mais cada vez mais velha. Chega uma hora que somos obrigados a trocar de roupa para poder continuar o nosso trabalho Divino
Nossa Neshamá se reencarna quantas vezes for necessário até cumprir todos os 613 mandamentos Divinos. Então vamos pedir para Hashem mandar rápido o Mashiach para podermos terminar todo esse trabalho Divino com muita alegria!
Rabino Gloiber e equipe