Rezando com alegria porque Hashem está sempre cuidando bem de nós

 

 

Rezando com alegria porque Hashem está sempre cuidando bem de nós ❤️🥰🌻

 

 

Nossa Parashá nos conta também que quando nosso povo planejou passar pelo monte Seir, terra de Edom, para chegar à terra prometida, D’us pede para Moshe dar uma ordem ao povo de Israel para comprar com dinheiro mantimentos dos Bnei Essav habitantes de Seir, e até pagar pela água que beberem.

 

O motivo para isso aparece imediatamente no próximo versículo: “ Porque Hashem seu D’us te abençoou em todos os trabalhos das suas mãos e proveu todas as suas necessidades na travessia desse grande deserto durante quarenta anos, Hashem seu D’us está te apoiando, não te falta nada!”

 

Isso foi dito à Moshe como uma ordem para ser repassada ao povo de Israel ! Quando o versículo diz que Hashem seu D’us te abençoou, está instruindo o povo para não ser ingrato dando a impressão de que eles são pobres e mal cuidados por Hashem, mas ao contrário!

 

Passem uma imagem de que vocês são ricos! (Rashi) A regra é : Quando somos gratos à D’us pelo que ele nos dá e demonstramos isso, fazemos com que ele nos dê verdadeiros motivos para agradecer.

 

Quando estamos alegres por saber que D’us sempre está cuidando bem de nós, fazemos com que D’us nos dê verdadeiros motivos para justificar essa alegria!😊

 

Rezando com alegria

 

O Baal Shem Tov nos conta que existem duas formas de rezar, uma com muita alegria e entusiasmo e outra com muito choro e amargor.

 

As duas formas são válidas mas a diferença entre elas é que, quando pedimos à D’us com alegria somos como um ministro fazendo um pedido ao Rei, mas quando pedimos com tristeza somos como um pobre fazendo um pedido ao Rei

 

Por ser assim no mundo espiritual consequentemente a natureza do mundo material é que: quando o pobre pede algo para o Rei ele pede com amargor e ganha um presente pequeno, mas quando o ministro pede algo para o Rei ele pede com alegria e ganha um presente grande

 

Por isso temos que rezar com muita alegria e entusiasmo como um ministro falando com o Rei.

 

Por que essa ordem em relação à Edom foi dada, se no final o povo de Israel não atravessou a terra de Edom e isso não aconteceu na prática?

 

Sendo que a Torá é eterna e seus ensinamentos são eternos, eles são válidos em qualquer época e em qualquer lugar, e o fato de essa travessia não ter acontecido na prática mas a ordem ter sido dada só vem reforçar o fato de essa ordem ter sido dada para nós, aqui e agora!

 

Então vamos mostrar para todos que D’us sempre está cuidando bem de nós e não se esquece de nós nem um único e mínimo instante!🌷🌷

 

Rabino Gloiber
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Porque Moshe Rabeinu traduziu a Torá para setenta línguas se ninguém precisava dessa tradução?

 

 

 

O que fez Moshe em suas últimas cinco semanas de vida?

 

Nosso quinto livro da Torá, Devarim, é conhecido como Mishnê Torá, a revisão da Torá.

 

Seu conteúdo foi dito por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Israel.

 

Moshe sabia que tinha os dias contados e pouquíssimo tempo de vida, e teria que se dedicar somente para fazer as coisas mais importantes.

 

Nesses dias ele estava traduzindo a Torá para setenta línguas para facilitar o estudo da Torá aos judeus, para dar mérito à judeus que só sabem falar outros idiomas, para tornar o acesso à Torá mais fácil.

 

Ele estava empenhado e dedicado para que pessoas que nem sabem falar a “Língua Santa” possam saber o motivo que D’us criou o mundo e o motivo pelo qual nós estamos aqui.

 

Moshe Rabeinu não só nos deu a Torá mas também mostrou para nós que ela é a coisa mais importante que existe no mundo !

 

Antes de falecer, Moshe Rabeinu começou a traduzir a Torá para setenta línguas.

 

Pelo fato de ele ter feito isso no final da sua vida no lugar de passar seus últimos momentos com a sua família vemos a extrema necessidade e importância dessas traduções.

 

Mas quando nos perguntamos para quem ele precisou fazer essas traduções não sabemos responder.

 

Se essas traduções foram feitas para o nosso povo, sabemos que mesmo estando no Egito durante 210 anos eles não mudaram seu idioma mas continuaram falando o hebraico clássico que era falado pelos nossos patriarcas e que vinha desde a criação do mundo.

 

Se essas traduções foram feitas para a “Erev Rav”, a “grande mistura” que era uma multidão de egípcios que saíram com o nosso povo de lá, seria o suficiente traduzir a Torá para a língua egípcia antiga.

 

Se essas traduções foram feitas para as pessoas que futuramente iriam se converter ao judaísmo elas seriam desnecessárias sendo que essas pessoas teriam que fazer parte de uma comunidade judaica e para isso teriam que falar a língua falada pela comunidade.

 

E na época de Moshe Rabeinu a única comunidade judaica que existia no mundo era o povo de Israel no deserto que em breve entraria na “terra prometida” transformando ela em “Terra Santa” e fazendo do hebraico clássico sua língua oficial.

 

Portanto qualquer pessoa que quisesse se converter ao judaísmo e consequentemente viver na comunidade judaica teria que aprender o hebraico clássico, a língua do único lugar do mundo onde se encontrava absolutamente toda a comunidade judaica.

 

Sendo assim, aparentemente não havia nenhuma necessidade de traduzir a Torá para setenta línguas na época de Moshe Rabeinu.

 

Somente 810 anos depois de Moshe quando nosso povo foi exilado para a Babilônia e trocou sua língua oficial para o aramaico surgiu a necessidade de traduzir a Torá.

 

A tradução para o aramaico foi feita por Unkelus, o sobrinho do imperador romano Titus que destruiu o segundo Beit Hamikdash.

 

O próprio Unkelus tinha se convertido ao judaísmo e traduziu a Torá para o aramaico sendo que a tradução que Moshe Rabeinu Rabeinu fez no final da sua vida não tinha chegado até aquela época.

 

O próprio Moshe Rabeinu sabia que as traduções da Torá que ele fez não chegariam até a época de Unkelus, sendo que a Torá é repassada de pai para filho no idioma falado pelos pais e pelos filhos.

 

D’us criou o mundo na Língua Santa que é o hebraico clássico

 

No sexto dia da criação, Adam e Havá (Adão e Eva) foram criados já falando hebraico clássico, e essa foi a língua do mundo inteiro até a Torre de Bavel.

 

Todas as pessoas naquela época tinham uma única língua que era o hebraico e juntos fizeram uma torre que chegaria até acima das nuvens para provar cientificamente que D’us não existe.

 

Foi necessário um grande milagre para que a união de todos com o objetivo de fazer o mal terminasse.

 

D’us mandou para eles o anjo Gavriel que fez com que eles começassem a falar setenta línguas diferentes que deram origem à absolutamente todas as línguas do mundo fora o aramaico e o árabe.

 

O milagre das setenta línguas fez com que aquelas pessoas se espalhassem pelo mundo e dessem origem à setenta povos diferentes que são a origem de todos os povos de hoje

 

Uma parte da humanidade, provavelmente a pequena parte que não havia participado da construção da torre de Bavel, continuou falando hebraico.

 

O hebraico mal falado virou o aramaico e o aramaico mal falado virou o árabe

 

Sendo assim, a primeira vez que o nosso povo precisou realmente de uma tradução da Torá foi pelo menos 810 anos depois de Moshe Rabeinu.

 

Então voltamos à nossa pergunta inicial, porque Moshe Rabeinu gastou o precioso tempo do final da sua vida traduzindo a Torá para setenta línguas, tradução aparentemente desnecessária e que jamais foi usada?

 

Continua amanhã….

 

Rabino Gloiber
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A tradução da Torá pelo próprio Moshe Rabeinu

A tradução da Torá para setenta idiomas

 

Está escrito na nossa Parashá: “E foi no quadragésimo ano, no décimo primeiro mês, no primeiro dia do mês, começou Moshe a explicar esta Torá dizendo…”.

 

Dizem nossos Sábios, como traz Rashi, que Moshê explicou a Torá em setenta línguas diferentes.

 

Porque Moshê precisaria explicar a Torá em setenta idiomas?

 

Rabi Moshe bem Na’hman, o Ramban, nos ensinou que a Torá, as Profecias e todas as Escrituras Sagradas foram ditas na “Língua Santa”

 

Ou seja, no hebraico clássico, que é o idioma Divino no qual Hashem (D’us) falou com Moshe e com os Profetas.

 

Sendo que a Torá é a “Torá de Hashem”, Hashem “nos deu Sua Torá “, aparentemente o estudo da Torá deveria ser somente na “língua Divina”, a “Língua Santa”.

 

A definição de Torá “escrita” é : Nenhuma letra a menos e nenhuma letra a mais, mas exatamente como foi dada por Hashem (D’us), e por esse motivo a leitura do Sefer Torá na Sinagoga é considerado estudo e temos que dizer uma Bra’há (Benção) com nome de Hashem mesmo que o Judeu que está dizendo a Bênção não entende o que está lendo, e muitas vezes não entende nem a tradução da Benção.

 

Talvez por isso poderíamos dizer que a leitura da Torá escrita em qualquer ocasião só poderia ser feita na “língua Santa”, idioma no qual ela foi dada por Hashem (D’us)!

 

E não somente isso, mas até em relação às explicações da Torá, chamadas de “Torá Oral”, mesmo que aparentemente dependem somente do nosso entendimento, e se não entendemos a Torá Oral não cumprimos a Mitzvá de estudá-la, mesmo assim a Hala’há é que “pensamento não é fala” e para cumprir a Mitzvá devemos falar a Torá Oral

 

E novamente poderíamos pensar que só cumprimos essa Mitzvá falando a Torá Oral na “língua Santa”.

 

E algumas leis que recaem sobre “falar” palavras de Torá são vigentes também em relação a Torá Oral, como a proibição de falar palavras da Torá sem roupas e também o fato de não podermos fazer uma Bênção sobre a Torá que vamos pensar mas somente sobre a que vamos falar.

 

Ainda mais, sendo que a “Torá Oral” também é de Hashem (D’us), poderíamos dizer que a classificação de “Estudo de Torá” só recaísse sobre a Torá Oral quando fosse dita na língua falada por Hashem (D’us), na língua Santa.

 

Essa foi a ação de Moshe Rabeinu na nossa Parashá.

 

Por meio de ter explicado a Torá em setenta línguas, a partir daí recai o nome “Torá” sobre assuntos de Torá estudados pelo povo de Israel em outras línguas mesmo não sendo essa a língua que D’us deu a Torá

 

Fazendo com que recaia sobre ela a classificação de “Torá” a tal ponto que quando falamos assuntos de Torá em outras línguas estamos falando verdadeiras “Palavras da Torá” e se torna proibido falarmos elas antes de dizer a “Bênção da Torá”, e nem precisamos dizer que é proibido falar assuntos de Torá em qualquer idioma se não estivermos vestidos

 

A iniciativa que teve Moshe na nossa Parashá foi incentivada pela própria Torá que usa algumas palavras nas línguas dos outros povos, como por exemplo “Yegar Sahaduta” , “Totafot” e etc.

 

O Midrash Tan’huma nos conta que até a primeira palavra dos Dez Mandamentos, Ano’hi (Eu) que engloba todos os mandamentos positivos da Torá é uma palavra retirada da língua egípcia antiga

 

O motivo que essas palavras fazem parte da Torá que é toda de Hashem é para que recaia a santidade da Torá sobre essas palavras e por meio disso as línguas dos povos se tornam refinadas para que se possa “repassar” a Torá por meio delas .

 

Isso acontece nos idiomas atuais também. O que a Torá fez em curta escala somente indicando que isso é possível, e Moshe Rabeinu fez em larga escala, traduzindo toda a Torá para setenta línguas, aparentemente foi uma dica para a nossa situação atual.

 

Surgiram novas línguas, todas derivadas daquelas setenta, e nós somos os que estão refinando esses novos idiomas quando repassamos a Torá por meio deles.

 

Na torre de Bavel aconteceu um milagre que deu origem a setenta línguas e delas saíram todos os idiomas que existem hoje.

 

Sabemos que a “Língua Santa”, que por meio dela Hashem (D’us) criou o mundo, foi falada por Adam e Havá (Adão e Eva) e continuou sendo falada por pessoas de cada geração também depois da torre de Bavel.

 

A maior prova disso é que o Povo de Israel que desceu para o Egito não mudou a sua língua que era a mesma desde a criação do mundo.

 

O Tossfot Yom Tov nos conta que o Hebraico antigo que foi a primeira língua existente no mundo. Ela deu origem ao aramaico e o aramaico ao árabe.

 

Poderíamos pensar, será que o aramaico, sendo que é um derivado da “Língua Santa” já vem com a santidade do”Idioma Divino”?

 

A Torá nos dá a dica: Está escrito: “Yaakov chamou aquele lugar de “Gal Ed” e Lavan de “Yegar Sahaduta” ou seja, tanto os idiomas derivados da “Língua Santa” quanto os derivados das outras línguas são o idioma de “Lavan o Arameu” e precisam ser refinados pela Torá !

 

O motivo que isso teve que ser feito especificamente por Moshe Rabeinu é porque todos os assuntos da Torá foram dados para o povo de Israel por meio de Moshe , “Moshe recebeu a Torá no Sinai”, a tal ponto que disseram nossos Sábios :-“Tudo que um aluno experiente vai inovar já foi dado para Moshe no Sinai”

 

Por isso também que o fato de os assuntos de Torá ditos nas setenta línguas também serem chamados de “Torá” teria que ser revelado pelo próprio Moshe Rabeinu.

 

Porque Moshe pediu para o povo de Israel escrever a Torá nas pedras em setenta línguas?

 

Fora o fato de Moshe ter explicado oralmente a Torá em setenta línguas, Moshe e os anciãos de Israel pediram ao povo que no dia em que atravessassem o rio Jordão erguessem pedras grandes e escrevessem nelas todas as palavras desta Torá nessas setenta línguas, cada uma nas suas letras, como nos contou o grande Tzadik Rabi Moshe bem Maimon, o Rambam, que a Torá foi escrita naquelas pedras com as letras de cada idioma.

 

Vemos aqui que Moshe Rabeinu conseguiu fazer com que não haja diferença entre traduzir a Torá oralmente para as setenta línguas e escrever ela em setenta línguas, nos dois casos ela se tornou considerada “Torá” com toda a devida santidade relacionada a ela.

 

Por esse motivo Moshe também teve que traduzir oralmente a Torá e também pedir para que ela fosse escrita na escrita de cada povo.

 

Duas obras distintas, uma para que recaia a santidade da Torá sobre a língua dos povos, e a outra para que essa santidade recaia também sobre a escrita dos povos.

 

Ou seja, para que os livros com assuntos de Torá escritos nas letras dos setenta idiomas também sejam chamados de Livros Sagrados, “Sifrei Kodesh”, e devam ser cuidados com o mesmo respeito que damos aos livros escritos na “Língua Santa”

 

Rabino Gloiber
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Matot – Mass’ei

Matot

 

Nossa Parashá nos conta que quando alguém faz uma promessa ou um juramento que não consiste em uma coisa proibida pela Torá, ele tem a obrigação de cumprir com a sua palavra.

 

Por isso o ideal é sempre dizer “Bli Neder” (sem promessa) quando prometemos alguma coisa, para deixar claro que não estamos fazendo uma promessa ou um juramento.

 

Porque uma promessa de fazer algo que a Torá proíbe não é levada em conta e continuamos proibidos de fazer aquilo que a Torá nos proibiu?

 

Simples: Sendo que um juramento não tem a capacidade de anular outro, e nossa Alma (que somos nós próprios) antes de descer para o corpo já jurou lá em cima que vai cumprir todos os mandamentos Divinos, consequentemente um juramento de fazer algo contra a vontade Divina não é válido.

 

Mesmo que pela Torá é permitido jurar, nossos Sábios recomendam não fazer juramentos ou promessas.

 

Então, lembre-se : quando prometer alguma coisa, NUNCA se esqueça de falar “Bli Neder.

 

🌻🌻🌻🌻

 

Mass’ei

 

Nossa Parashá nos conta que alguém que matou uma pessoa acidentalmente também é chamado de assassino.

 

O “Assassino sem intenção” não é condenado à morte como o assassino com intenção, mas recebe um castigo de exílio em uma cidade de refúgio que foi feita para esse fim e que geralmente era habitada pela tribo de Levi que não tinha terra própria.

 

O castigo dele era ficar lá até o Cohen Gadol (sumo sacerdote) falecer, e o versículo diz que “depois da morte do Cohen Gadol o assassino pode voltar à sua terra”.

 

Surge a pergunta:

 

Porque a Torá continua chamando ele de assassino se de acordo com a própria Torá depois da pessoa ter recebido o castigo neste mundo sua transgressão é apagada no tribunal Divino ?

 

No começo ele é chamado de assassino porque a regra da Torá é que coisas boas acontecem por meio de pessoas boas, e coisas ruins por meio de pessoas ruins.

 

O fato de a morte acidental ter acontecido por meio dele justificou o adjetivo assassino.

 

Depois que ele cumpriu sua pena de exílio e se tornanou por meio disso um Tzadik, a Torá diz que “Depois que morrer o Cohen Gadol, o assassino pode voltar para a terra da sua herança”.

 

A linguagem é estranha! Porque a Torá continua chamando ele de assassino mesmo depois de ele ter cumprido sua pena?

 

Assassinato por falta de reza

 

A Guemará em Macot 11b nos conta que o Cohen Gadol na função de sumo sacerdote deveria rezar para que esses acidentes não acontecessem, e o fato de ter acontecido demonstra que o Cohen esqueceu de rezar para isso.

 

Assassinato por meio de reza

 

A consequência automática disso é uma reza contrária, o exilado reza para que o Cohen Gadol morra rápido para que ele possa sair do exílio e voltar para a sua família.

 

Por isso ele é chamado novamente de assassino, por ter causado a morte do Cohen Gadol por meio de suas rezas, nos ensinando que uma reza não só que pode salvar alguém mas pode também matar alguém.

 

Anulando uma reza assassina

 

A mãe do Cohen Gadol levava para esses exilados roupas e comida para que eles não desejassem o mal da sua família, e esse era o jeito dela de anular essa propensão de reza.

 

Ou seja, depois que ele recebeu dela roupas e comida, ele só iria desejar o bem dela e dar todas as bênçãos para essa família.

 

Conclusão : sempre temos que rezar e pedir pelas pessoas próximas a nós para que nada de ruim aconteça por meio delas e também sempre ajudar à quem está ligado à nós para que todos sempre desejem o nosso bem.

 

🌻🌻🌻🌻

 

Quarenta e duas viagens

 

Nosso povo fez quarenta e duas viagens entre a saída da escravidão no Egito e a milagrosa entrada na “Terra Prometida”.

 

O que há por trás das quarenta e duas viagens que nos dá a obrigação de nos lembrarmos delas todos os anos quando lemos Parashat Mass’ei na Torá ?

 

O Baal Shem Tov nos revelou que cada um de nós tem um itinerário de viagens planejado lá de cima para percorrer durante sua vida.

 

A Torá nos conta sobre quarenta e duas viagens que o povo de Israel teve que fazer entre a saída do Egito e a chegada à terra de Israel.

 

Diz o Baal Shem Tov que o objetivo dessas viagens era para elevar pequenas “Revelações Divinas”, que chamaremos de “Centelhas Divinas”.

 

Quando damos um exemplo sobre a Revelação Divina comparamos ela à uma grande Luz, por isso essas pequenas revelações são comparadas à pequenas centelhas.

 

O objetivo dessas 42 viagens era fazer um “Tikun”, uma “reparação”, um conserto espiritual nesses lugares por onde eles passaram que consistia em elevar essas “Centelhas Divinas”.

 

Em cada lugar eles acamparam, mas ficaram somente o tempo necessário para fazer o “Tikun” e elevar as “Centelhas Divinas” daquele lugar.

 

O Baal Shem Tov diz que cada um de nós tem um circuito de viagens pré destinadas durante toda a sua vida.Tudo é pré determinado até os pequenos detalhes.

 

Onde vai morar, onde vai trabalhar, para onde vai viajar, onde vai passar uma semana, onde vai passar um ano, onde vai morar mais ou menos tempo.

 

Um detalhe interessante é que tanto no lugar onde o povo de Israel acampou por um só dia quanto no lugar onde eles acamparam por dez anos eles montaram o Mishkan, nosso Templo Móvel, como se fossem ficar lá a vida inteira.

 

Nos ensinando que mesmo sabendo que Mashia’h pode chegar hoje, mesmo assim devemos nos comportar de maneira natural como se tivéssemos que ficar aqui a vida inteira.

 

Nossas viagens

 

Somos chamados de Sefaradim que eram os Judeus árabes da península Ibérica, somos chamados de Ashkenazim que eram os Judeus europeus da Alemanha antiga.

 

Mesmo que a palavra Sefarad se refere ao espaço geográfico da península Ibérica, nossos avós não vieram da Espanha mas sim de países Árabes.

 

Somos Sefaradim só de nome, e a prova disso é que tanto em Portugal quanto na Espanha já não haviam comunidades judaicas nos últimos quinhentos anos.

 

E mesmo que a palavra Ashkenaz se refere a Alemanha antiga, a grande maioria dos judeus Ashkenazim não veio da Alemanha, mas sim da Europa oriental.

 

Ou seja, na Síria e no Líbano sabíamos que éramos Sefaradim, portugueses ou espanhóis, mas não libaneses.

 

Nenhum de nós pertencia nem mesmo ao próprio país de onde vinha, demonstrando explicitamente a locomoção do nosso povo.

 

Ninguém mais pode voltar para a Síria ou para o Líbano nem para visitar, e ninguém vai querer morar na Polônia ou na Romênia que no passado foram comunidades judaicas enormes.

 

Os Judeus que foram expulsos de Recife em 1654 fundaram Nova York e eram chamados de Sefaradim, em 1824 Judeus vindos do Marrocos fundaram a Sinagoga de Belém e também eram chamados de Sefaradim.

 

Temos uma aparência européia ou árabe, mesmo sendo Judeus brasileiros, e essa é a marca registrada de que somos turistas em qualquer país onde vivemos, estamos aqui fazendo um “trade travell”, um “turismo de negócios”!

 

Pensamos que tudo o que fazemos estamos fazendo para nós próprios, mas na realidade por trás de tudo está Hashem (D’us) causando nossas mudanças para que possamos elevar essas “Centelhas Divinas” espalhadas pelo mundo.

 

E assim fazemos todos os consertos, ”Tikunim”, que nossa Alma precisa fazer nesse mundo em um limite de viagens pré determinado.

 

Achamos que conseguimos um emprego melhor e subimos na vida, depois abrimos nosso próprio negócio e vamos para a China ou para a Índia comprar mercadoria.

 

Voltamos para cá para vender a mercadoria e pensamos que somos espertos e lucramos!

 

Mas simplesmente é Hashem (D’us) que está causando tudo isso para que cada um possa elevar a sua parte do mundo, a parte que está na sua responsabilidade.

 

Por isso que sobre a saída do Egito está escrito que quando saímos do Egito deixamos o Egito como uma armadilha sem isca ou como as fossas oceânicas que não tem peixes.

 

Ou seja, tiramos do Egito a “isca” espiritual que nos atraiu para lá que na verdade eram 210 “Centelhas Divinas” que elevamos lá, e o mesmo estamos fazendo aqui e agora!

 

Está esclarecido nos livros sagrados que como consequência da “Quebra dos receptáculos”, conceito cabalístico que se refere a um fenômeno espiritual acontecido antes da criação do mundo, caíram 288 Nitzutzot, “Centelhas Divinas” nesse nosso mundo material chamado pela Kabala de “o mundo do conserto”.

 

Nos anos da fome, na época em que Yossef era o vice rei do Egito antigo, pessoas de todas as terras trouxeram ao Egito dinheiro em forma de ouro, prata e etc, e com esse dinheiro compraram trigo e mantimentos.

 

E assim, por meio desse dinheiro, Yossef o Tzadik reuniu no Egito essas Nitzutzot para que o povo de Israel pudesse elevá-las posteriormente.

 

E realmente assim aconteceu. A maior parte delas se elevou, como está escrito “e também erev rav”.

 

A palavra “rav” tem o valor numérico de 202 representando 202 Nitzutzot matrizes.

 

Sobraram ainda 86 Nitzutzot cujo valor numérico é equivalente a um dos nomes de D’us, “Elokim”, e também à palavra “natureza”, indicando que esse nome se refere à revelação Divina dentro da natureza, ou seja, milagres revestidos em assuntos naturais.

 

A pergunta é: como em 210 anos no Egito elevamos 202 Nitzutzot e desde lá até hoje se passaram 3.337 anos e ainda não terminamos de elevar essas poucas 86 Nitzutzot que sobraram.

 

Está esclarecido nos livros de Hassidut e Kabalá que são os livros do lado oculto da Torá oculta que depois da saída do Egito, aqueles poucos 86 Nitzutzot se ramificaram, se dividiram em milhões de ramificações, e por isso em todos os exílios pelos quais passamos e estamos passando, de uma maneira geral nos locomovemos atrás das “partículas” dessas “Centelhas Divinas” em todo o mundo.

 

No começo nossa locomoção era no oriente médio e no norte da África, na continuação nossa principal locomoção foi na Europa e agora nós espalhamos por todos os continentes.

 

Já não precisamos viajar para a China para elevar os Nitzutzot que estão lá, mas por meio da importação de produtos “Made in China” os Nitzutzot chegam até nós (como chegaram para Yossef no Egito) em forma de roupas, outros produtos e etc.

 

O Rebe de Lubavitch nos contou que já terminamos o trabalho do refinamento, esse trabalho de elevar os Nitzutzot, terminamos de maneira geral, mas ainda deve ter sobrado para cada um de nós alguma coisinha pequena personalizada para elevarmos. E então imediatamente chega o Mashia’h que estamos tanto esperando já há dois mil anos

 

Shabat Shalom

 

Rabino Gloiber
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Assassinato por falta de reza, assassinato por meio de reza, anulando uma reza assassina

Essa semana lemos Parashat Matot e também Parashat Mass’ei.

 
Parashat Mass’ei nos conta que alguém que matou uma pessoa acidentalmente também é chamado de assassino.

 

O “Assassino sem intenção” não é condenado à morte como o assassino com intenção, mas recebe um castigo de exílio em uma cidade de refúgio que foi feita para esse fim e geralmente era habitada pela tribo de Levi que não tinha terra própria .

 

O castigo dele era ficar lá até o Cohen Gadol (sumo sacerdote) falecer e o versículo diz que “depois da morte do Cohen Gadol o assassino pode voltar à sua terra”.

 

Surge a pergunta: Porque a Torá continua chamando ele de assassino se de acordo com a própria Torá depois da pessoa ter recebido o castigo neste mundo sua transgressão é apagada no tribunal Divino ?

 

No começo ele é chamado de assassino porque a regra é que coisas boas acontecem por meio de pessoas boas e coisas ruins por meio de pessoas ruins.

 

O fato de a morte acidental ter acontecido por meio dele justifica o adjetivo assassino.

 

Depois que ele cumpre sua pena se tornando por meio disso um Tzadik, diz a Torá: “Depois que morrer o Cohen Gadol voltará o assassino para a terra da sua herança”.

 

A linguagem é estranha! Porque a Torá continua chamando ele de assassino mesmo depois de ele ter cumprido sua pena?

 

Assassinato por falta de reza

 

A Guemará em Macot 11b nos conta que o Cohen Gadol na função de sumo sacerdote deveria rezar para que esses acidentes não acontecessem, e o fato de ter acontecido demonstra que o Cohen esqueceu de rezar para isso.

 

Assassinato por meio de reza

 

A consequência automática disso é uma reza contrária, o exilado reza para que o Cohen Gadol morra rápido para que ele possa sair do exílio e voltar para a sua família.

 

Por isso ele é chamado novamente de assassino, por ter causado a morte do Cohen Gadol por meio de suas rezas, nos ensinando que uma reza não só que pode salvar alguém mas pode também matar alguém.

 

Anulando uma reza assassina

 

A mãe do Cohen Gadol levava para esses exilados roupas e comida para que eles não desejassem o mal da sua família e esse era o jeito dela de anular essa propensão de reza.

 

Ou seja, depois que ele recebeu dela roupas e comida ele só iria desejar o bem dela e dar todas as bênçãos para essa família.

 

Conclusão : sempre temos que rezar e pedir pelas pessoas próximas a nós para que nada de ruim aconteça por meio delas e também sempre ajudar à quem está ligado à nós para que todos sempre desejem o nosso bem.

 

Rabino Gloiber 
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As viagens que cada um de nós é obrigado a fazer

 

O povo de Israel fez quarenta e duas viagens entre a saída da escravidão no Egito e a milagrosa entrada na “Terra Prometida”

 

O que há por trás das quarenta e duas viagens que nos dá a obrigação de nos lembrarmos delas todos os anos quando lemos Parashat Mass’ei na Torá ?

 

O Baal Shem Tov nos revelou que cada Judeu e Judia tem um itinerário de viagens planejado lá de cima para percorrer durante sua vida

 

A Torá nos conta sobre quarenta e duas viagens que o povo de Israel teve que fazer entre a saída do Egito e a chegada à terra de Israel.

 

Diz o Baal Shem Tov que o objetivo dessas viagens era para elevar as “Netzutzot” que são pequenas “revelações Divinas”, às vezes chamadas de “faíscas Divinas” ou “centelhas Divinas”

 

Quando damos um exemplo sobre a revelação Divina comparamos ela à uma grande Luz, por isso essas pequenas revelações são comparadas a pequenas centelhas, pequenas luzes, “luzinhas Divinas”

 

O objetivo dessas 42 viagens era fazer um “Tikun”, uma “reparação”, um conserto espiritual nesses lugares por onde eles passaram que consistia em elevar essas “centelhas Divinas”.

 

Em cada lugar eles acamparam, não moraram lá por muito tempo mas ficaram somente o tempo necessário para fazer o “Tikun” e elevar as “centelhas Divinas” daquele lugar

 

E como essas pequenas revelações Divinas caíram até o nível do nosso mundo que é o mais baixo dos quatro mundos e por causa delas esses quatro mundos são chamados de “Olam HaTikun”, o mundo do conserto?

 

A quebra dos receptáculos

 

Antes de Hashem criar o mundo de Atzilut, o primeiro dos quatro “mundos do Tikun” existia um mundo espiritual chamado de Olam HaTohu.

 

No Olam HaTohu as “Luzes”, as revelações Divinas, eram grandes, e os receptáculos pequenos.

 

Cada Sefirá no Olam HaTohu iluminava intensamente e não dava espaço para as outras Sefirot.

 

Por causa disso aconteceu a “quebra dos receptáculos” e as luzes se separaram até caírem nos mundos de Briá, Yetzirá e Assiá.

 

Por meio do cumprimento dos mandamentos Divinos aqui no nosso mundo chamado de “mundo da Assiá”  “consertamos” essas “Luzes” que caíram nos mundos de Briá Yetzirá e Assiá e fazemos elas subirem para o mundo de Atzilut que é o Olam HaTikun, “mundo do conserto”

 

O Baal Shem Tov diz que por causa dessas “luzes caídas”cada Judeu e Judia tem um circuito de viagens pré destinadas durante toda a sua vida.

 

Tudo é pré determinado até nos pequenos detalhes porque está ligado ao conserto que só você tem que fazer.

 

Onde você vai morar, onde você vai trabalhar, para onde você vai viajar, onde você vai passar uma semana, onde você vai passar um ano, onde você vai morar mais ou menos tempo.

 

Um detalhe interessante é que tanto no lugar onde o povo de Israel acampou por um só dia quanto no lugar onde eles acamparam por dez anos eles montaram o Mishkan como se fossem ficar lá a vida inteira, nos ensinando como devemos nos comportar nas “viagens da nossa vida”

 

Ou seja, mesmo sabendo que Mashia’h pode chegar hoje, mesmo assim devemos nos comportar de maneira natural como se tivéssemos que ficar aqui a vida inteira.

 

Rabino Gloiber
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As leis de Kasherização de utensílios e a guerra de Midiã

 

As leis de Casherização dos utensílios e a guerra de Midiã

 

Quando recebemos a Torá tivemos que comer laticínios porque a comida que tinha sido feita antes da entrega da Torá já não era mais casher para nós após a entrega da Torá.

 

Então porque Hashem esperou quase quarenta anos para nos dar oficialmente as leis de Casherização dos utensílios?

 

Fogo espiritual e fogo material

 

As leis de casherização poderiam ter sido ensinadas ao nosso povo logo após a saída do Egito quando recebemos a Torá e descobrimos que a comida que fizemos para comemorar esse acontecimento deixou de ser casher especificamente por causa dele.

 

Então porque estudamos que tudo o que foi usado no fogo tem que ser casherizado por meio do fogo, e tudo o que não foi usado no fogo deve ser casherizado por meio da água, (purificado pelas águas do Mikve) só depois do caso das mulheres de Midian?

 

Por influência de uma cultura que não é a nossa nossa acostumamos a pensar que somos obrigados a sofrer para nos purificar de qualquer mal que fizemos, e depois de sofrermos nos sentimos desculpados por D’us

 

E aí vem a Torá nos ensinar que o fogo da paixão e o entusiasmo que os homens judeus sentiram quando se encontraram com as midianitas a ponto de estarem dispostos a fazer idolatria por elas não desaparece por meio de sofrimentos mas sim por meio de usarmos esse mesmo fogo de paixão e esse mesmo entusiasmo para o nosso trabalho Divino.

 

Ou seja, da mesma maneira que a panela que foi usada no fogo só consegue ser casherizada por meio do próprio fogo, o mesmo acontece com as nossas paixões, com o nosso entusiasmo que é o fogo espiritual.

 

Diz o Ari Zal que Zimri bem Salu e todos os 24.000 homens da tribo de Shimon que morreram por causa das mulheres de Midian se reencarnaram novamente para retificar o que fizeram.

 

O sofrimento da epidemia não retificou todos os níveis das almas deles que foram afetados pelo entusiasmo que tiveram pelas mulheres proibidas

 

Eles se reencarnaram como Rabi Akiva e seus 24.000 alunos e o lema de Rabi Akiva era “Ame ao próximo como a si próprio, essa é a grande regra da Torá”.

 

Ou seja

 

Se você teve entusiasmo pela coisa ruim, o conserto disso é ter entusiasmo pela coisa boa.

 

Conclusão:

 

Mesmo que a coisa mais fácil do mundo é sofrer para se sentir desculpado, na maioria das vezes o sofrimento leva à tristeza, e por fim temos que prestar contas tanto pela coisa ruim que fizemos quanto pelo sofrimento que sofremos e por meio dele estragamos a nossa saúde física e mental.

 

Enquanto o certo é rezar, estudar Torá, e cumprir todos os mandamentos Divinos com o mesmo entusiasmo, com o mesmo amor, com a mesma paixão que fizemos as coisas ruins

 

E esse é o verdadeiro conserto, como a panela que foi usada no fogo tem que ser casherizada no fogo assim também o fogo do nosso entusiasmo pela coisa ruim tem que ser casherizado por meio de usarmos ele para o trabalho Divino

 

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Mensagem da Parashá

Quatro níveis de Klipá

Matot

 

Nossa Parashá nós conta sobre a guerra contra Midian.

 

Na Parashá anterior Moshe Rabeinu recebe a ordem Divina para fazer essa guerra, por isso ela vai ser totalmente diferente de uma guerra convencional, aqui se trata de uma guerra contra almas e não contra corpos

 

O Zohar nos ensina que existem quatro níveis genéricos de “klipá” que é a denominação para o lado espiritual impuro.

 

Ou seja, a klipá se divide em quatro categorias.

 

O profeta Yehezkel na sua profecia conhecida como “Merkavá” nos indica essas quatro categorias do lado impuro comparando a pior delas, a primeira klipá impura, à um furacão.

 

A segunda, menos forte do que a primeira é comparada à uma grande nuvem espessa

 

A terceira, menos forte que as duas anteriores, é comparada ao fogo que se espalha

 

A quarta que já tem um pequeno aspecto bom e por isso, mesmo sendo uma klipá, já não é chamada de klipá impura mas denominada klipat noga

 

As almas dos animais impuros são provenientes dessas três klipot impuras, a alma de um tigre não se compara à alma de um cavalo mesmo sendo as duas provenientes da klipá impura.

 

Porque o fato de o tigre viver em função de si próprio e ninguém ter nenhum usufruto dele demonstra que a proveniência da alma dele é de uma klipá impura mais forte do que a do cavalo que mesmo sendo um animal impuro nos beneficia em vários aspectos

 

O ser humano, diz o Zohar, também tem uma alma animal que na sua maioria provém das três categorias de klipá impuras, e na sua minoria da klipat noga que tem o lado bom também.

 

A pessoa que tem a alma animal da klipat noga pode ter também uma Alma Divina vinculada à ela, que no caso do nosso povo essa Alma Divina somos nós.

 

Ela que vai para o paraíso por ter feito o bem nesse mundo ou para uma retificação por ter tido um mal comportamento

 

A klipá impura à qual pertenciam a maioria das almas das pessoas de Midian estava na categoria mais grave e era a mesma klipá que dá origem ao ódio gratuito

 

Por isso Moshe Rabeinu ficou espantado pelo fato de os soldados terem deixado vivos os meninos e as jovens de Midian.

 

Enquanto os soldados viram corpos Moshe viu almas, viu a klipá de Midian em forma humana

 

Assim eram a maioria dos midianitas, e por isso Moshe pediu para os soldados deixarem vivos só as meninas.

 

Moshe via as Almas e tinha como diferenciar isso.

 

Ele sabia que os meninos quando crescessem se comparariam à um tigrezingo de estimação que quando cresce come o próprio dono que o criou com tanto amor e carinho.

 

A esposa de Moshe era midianita e seu sogro Ytró, acrescentou uma Parashá na Torá nos mostrando que, mesmo sendo a maioria dos midianitas almas da pior klipá impura, mesmo entre eles haviam excessões como os filhos de Ytró que receberam a cidade de Yerihó na Terra Santa e depois foram estudar Torá no deserto

 

Por isso que nessa guerra que foi feita por ordem Divina, Moshe Rabeinu sabendo a intenção Divina e vendo as Almas de todos os midianitas pediu aos soldados para deixarem vivos somente as meninas

 

Outro caso igual à esse era a guerra do rei Shaul com os Amalequitas. Naquela ocasião Shaul deixou o rei do Amalek vivo com uma serva

 

A serva engravidou dele e o descendente dela era Haman que articulou o holocausto de todo o nosso povo e só por um enorme milagre aquele holocausto não só que não aconteceu mas também se transformou na nossa festa de Purim

 

Rabino Gloiber
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Emuná e Bita'hon

Limpando nosso coração dos pensamentos negativos

Sexta feira é dia de faxina

Vamos limpar a nossa cabeça e o nosso coração de toda a má disposição, aborrecimento, irascibilidade, agressividade, rabugice, neurastenia, impertinência, irritação, zanga, nervosismo, antipatia, agastamento, ranzinzice , etc, etc, etc…

A cabeça e o coração ficaram vazios? Agora olhe-se no espelho e dê o maior sorriso !

Leve esse sorriso com você o dia inteiro, distribua-o para todos e todos vão te sorrir de volta!

Quando acordamos de manhã, vamos ao “restroom” (banheiro em inglês) e deixamos lá todas as nossas…desnecessidades.

Alguém já pensou em olhar para o que fez lá e pensar naquilo o dia inteiro? Claro que não !

Assim começamos o dia e assim temos que continuá-lo, nunca pensando nas nossas “desnecessidades”!

Sempre que uma porta se fecha, D’us faz um milagre e muitas se abrem. Muitas vezes não vemos outras portas se abrindo porque estamos ocupados pensando naquela que se fechou!

Solução:- (a mesma que no restroom) baixe a descarga !

Não pense mais na porta fechada, mas procure as portas que se abriram.

Lembre-se :- D’us está sempre nos ajudando, mas quando nossa cabeça está no “restroom” não pensamos em D’us, porque no toalete é proibido pensar em D’us. Então, tire seu pensamento do banheiro, tire seu pensamento das coisas ruins. 😊

Deixe de olhar para a porta que se fechou e você descobrirá quantas novas portas D’us já abriu para você e você não tinha percebido!

Vamos ficar focados somente nas coisas boas! Vamos colecionar cada dia portas abertas para no fim do dia poder agradecer a D’us por elas!

Quem limpa a casa para o Shabat com muita alegria ganha um Shabat cheio de paz e tranquilidade e o principal: Está preparando o mundo para a Gueulá !

Abandone os pensamentos negativos e começe a ver a vida de forma positiva!

O pensamento positivo afeta tudo o que você faz, e repassa dessas mesmas vibrações à tudo aquilo que te rodeia. Afeta directamente todo o nosso ambiente, a forma como vemos e como os outros nos vêem.

O pensamento positivo, afasta os medos e as preocupações. Deixe de se preocupar e começa a se ocupar
Use as duas palavras mágicas

Emuná e Bitahon

Pensamento positivo em cinco etapas :

1- primeira etapa: você planta um pensamento positivo

2- segunda etapa: você arranca todas as ervas daninhas que são os pensamentos negativos

3- terceira etapa: você rega e aduba o pensamento positivo com muita fé e confiança.

4- quarta etapa: você expulsa com muita determinação os maus costumes (como por exemplo o fato de estarmos acostumados a pensar que tudo vai dar errado para não nos decepcionamos quando algo der errado)

Porque temos a obrigação de estarmos sempre alegres?

Por que por meio da alegria em situações preocupantes demonstramos que confiamos em D’us, e por isso não nos preocupamos com nada e estamos com fé total que tudo vai dar certo.

A atitude de estarmos alegres e confiar em D’us tem a força de mudar a realidade e fazer com que as coisas ruins desapareçam e o bem oculto no mundo se revele. Sendo assim temos que estar alegres e tranquilos o dia inteiro!

Cada um de nós, (tanto homens quanto mulheres) tem que se lembrar que D’us, bendito seja, não só dirige o grande mundo, mas dirige sem dúvida alguma também o pequeno mundo de cada um e um de nós.

E da mesma maneira que ele dirige o universo de acordo com o que ele vê que é bom para o universo, assim dessa mesma maneira ele dirige o nosso mundinho particular de acordo com o que ele está vendo que é bom para nós .

Temos que confiar nele que com certeza ele dirige o nosso pequeno mundo de um jeito bom.

Uma mãe não esquece seu nenê no supermercado, D’us nunca se esquece de nós.

D’us é a essência do bem, e a natureza do bem é fazer o bem. Por isso podemos começar o dia confiantes de que tudo vai dar certo, confiar no Criador e Administrador do mundo, que toma conta de cada um de nós particularmente e que não existe um lugar onde ele não se encontra.

E poderíamos perguntar:- Será que podemos ficar tristes quando estamos na presença de um grande e bom Rei, um Rei cheio de bondade verdadeira ?

Claro que nesse caso não temos mais com o que nos preocupar, e do que teríamos que ter medo se estamos na sala do Rei.

O exemplo está claro, e principalmente pelo fato de não ser um exemplo mas sim uma verdadeira realidade, e muito mais do que no exemplo, infinitamente maior e maior, acima e acima disso.

Uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado , quanto mais D’us não nos esquece por aí mas está cuidando de nós a cada instante !

Alegria é como o ar, é a coisa mais necessária no mundo e com tudo isso é a mais fácil de se adquirir, pode ser revelada em qualquer lugar e qualquer momento.

A tristeza inabilita pessoas inteligentes e capazes, e tira a alegria de viver desses que estão à sua volta.

Vamos fazer a diferença, vamos ser esses que revelam a alegria oculta em qualquer situação e intencionalmente fazemos ela transbordar à nossa volta.

Quando uma mãe coloca a sua criança para dormir a criança chora, porque não entende que a mãe está fazendo o que é bom para ela.

A diferença entre a mãe e a criança pode ser de quarenta anos. A diferença entre nós e D’us é infinita e por isso muitas vezes não entendemos como D’us que é a essência do bem e dirige o mundo em todos os seus detalhes a cada instante deixa que aconteça alguma coisa que não nos parece o nosso bem…..

Mas temos que nos lembrar a cada instante que a natureza do bem é fazer o bem, e como a mãe sofre com o sofrimento da criança que não quer dormir quanto mais D’us com as nossas “purificações”.

Por isso temos que estar alegres em qualquer situação, conscientes de que o interesse Divino é nos fazer o bem de forma revelada e que em instantes tudo vai mudar para melhor!

O Rebe Sim’ha Bunim contou como a alegria desperta forças ocultas na pessoa.

Uma vez na cidade de Dantzig um judeu caiu no mar em um lugar que só ele conseguiria sair de lá com as próprias forças ou morrer, não tinha como salvá-lo.

O desafio era enorme, suas forças começaram a diminuir. O Rebe Sim’ha viu um ar de desespero na face do homem. Era o fim!

:-Lembranças para o Leviatan ! Gritou fortemente o Rebe Sim’ha. (o Leviatan é um peixe Casher gigantesco que habita o lugar mais profundo do mar).

O homem conseguiu ouvir e deu risada. Nadou com mais força e conseguiu se salvar.

Se este mundo fosse o paraíso o próximo mundo seria o que?

É normal encontrarmos dia a dia obstáculos internos ou externos, maiores ou menores, que tentam bloquear nosso crescimento e desenvolvimento.

Com frequência reagimos instintivamente a esses obstáculos com raiva, depressão e desespero.

Reação instintiva e natural, mas improdutiva e dolorosa, que intensifica e superfatura os problemas tornando os obstáculos mais difíceis de superar.

D’us nos criou imperfeitos e reagindo naturalmente da forma errada para que possamos por meio do nosso livre arbítrio optar por reagir aos obstáculos da maneira correta.

Ou seja, por meio da alegria, que é um sentimento agradável e construtivo que nos desenvolve naturalmente e espiritualmente.

Revelando as forças ocultas da nossa alma e colocando na ativa potenciais antes adormecidos que nem sabíamos que possuíamos.

Transformando os obstáculos em desafios e recompensas, em troféu para quem os supera, e isso é chamado de “Trabalho Divino”.

Conclusão:

A alegria salva vidas!

Meta do dia:- Ficar alegre o dia inteiro!

Que vocês tenham hoje e sempre muita energia, muito sucesso em tudo e o principal:

Muita Alegria!

Rabino Gloiber
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Aproveitando os Super Poderes da nossa má inclinação

Transformando o Yetzer hará, nossa má inclinação, em Yetzer Hatov, nossa boa inclinação.

O Yetzer hará é um imediatista.

Ele nos inclina a querer tudo perfeito e de imediato, “ou tudo ou nada”.

Ele é a nossa má inclinação, o raciocínio do lado impuro.

O Yetzer Hatov nos induz à ter paciência, a nos controlarmos, a fazermos tudo passo a passo e nunca ficarmos desanimados pelo fato de tudo o que queremos não acontecer imediatamente e do jeito que queremos.

Ele é a nossa boa inclinação, o raciocínio do lado puro.

Nosso trabalho é desanimar o Yetzer hará não alimentando ele, não dando à ele de imediato o que ele quer mesmo que seja uma coisa permitida.

Mas dando à ele o que ele queria antes e agora já não quer, depois de ter ficado emburrado e ter decidido que se ele não pode ter tudo na hora, então ele não quer nada.

Ou seja, não dê para ele tudo no momento em que ele quer tudo, mas dê para ele o necessário na hora que ele já não quer mais nada “só de pirraça”. Isso é chamado de “Itkáfia”.

Assim você domina o Yetzer hará e consequentemente o anjo que está por trás dele transformando ele em um anjo a seu favor.

Você subjuga o seu Yetzer hará para o seu Yetzer Hatov e o anjo dele com seus superpoderes passam a ser seu aliado.

O anjo do Yetzer hará se torna um anjo do bem e você fica com superpoderes em dobro!

Superpoderes.

Rabi Yehuda no Zohar explica que ao lado de cada um de nós se encontram permanentemente dois anjos que são o Yetzer Hatov e o Yetzer hará, e sendo que esses dois anjos são subjugados à nós, eles foram os anjos que Yaakov mandou para Essav

Aprendemos das conversas entre Rabi Yehudá Hanassí e Antoninus na Guemará, que para acontecer uma gravidez é obrigatório que entre dentro dessa relação entre o homem e a mulher uma nova alma que vai fazer com que o óvulo fecundado se torne uma criança.

Essa alma que entra no óvulo é a alma da criança e sem ela esse óvulo se desfaz, ela é que faz o óvulo se desenvolver, e quando a criança nasce entra nela o Yetzer hará que é a má inclinação

A explicação profunda para isso é que essa primeira alma que entra no óvulo é chamada de alma animal, e quando a criança nasce, a má inclinação da alma animal se revela, mas não antes da criança nascer

Quando um menino judeu faz treze anos ou uma menina judia faz doze anos, se revela neles uma Alma Divina que estava envolvendo essa criança até chegarem à essa idade.

Essa Alma Divina é uma parte de D’us, e quando alguém se converte ao judaísmo ela se revela nessa pessoa no dia da sua conversão.

Por isso está escrito “guer shemitgaier” (convertido que se converte) e não “goi shemitgaier” (um não judeu que se converte), porque essa Alma Divina já está envolvendo essa pessoa desde o começo, mas se revela somente no dia da sua conversão

O Yetzer Hatov que é a boa inclinação está ligado diretamente à Alma Divina e se revela na pessoa quando a Alma Divina se revela nela.

Ou seja, no dia do nosso Bar Mitzvá (quando um menino judeu faz treze anos), no dia do Bat Mitzvá (quando uma menina judia faz doze anos), ou no dia que alguém se converte ao judaísmo.

É como se essa pessoa tivesse nascido novamente, mas dessa vez no lugar de receber um Yetzer hará ao nascer recebemos um Yetzer Hatov

Então como pode Rabi Yehudá no Zohar ter dito que o Yetzer Hatov e o Yetzer hará são dois anjos?

E não só isso, mas são os dois anjos que Yaakov mandou para Essav!

A explicação de Rabi Eliahu, o cabalista de Lissandra

Rabi Eliahu ben Refael Shlomo, um grande cabalista que foi durante cinquenta anos o Rabino chefe da cidade de Lissandra na Itália há 250 anos atrás analisou profundamente essa questão por todos os seus ângulos.

Ele determinou que existe um anjo designado lá de cima para ajudar o nosso Yetzer Hatov e um anjo designado lá de cima para ajudar o nosso Yetzer hará, e foram esses anjos que Yaakov mandou para Essav

Assim conseguimos entender o que acontece quando alguém quer fazer uma coisa ruim e parece que ele recebe super poderes para fazer com que essa coisa ruim aconteça.

E quanto mais quando queremos fazer uma coisa boa, vemos com nossos próprios olhos que conseguimos fazer coisas boas muito além da nossa capacidade.

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