Será que uma mulher judia pode servir o exército?

 

Por que é proibido para uma mulher judia servir o exército?
 
Qualquer pessoa que tenha servido no exército sabe que não há qualquer comparação na vida civil com a relação comandante-soldado.
 
Não se trata de forma alguma de uma associação patrão-empregado, mas muito mais próxima de uma correlação patrão-servo.
 
Embora o exército israelense seja mais amigável e moral do que provavelmente qualquer exército do mundo, também aqui é necessária essa disciplina inquestionável e absoluta.
 
Você não encontrará um Rabino Posek com mentalidade mais militar e sionista do que o general Rav Shlomo Goren, ex-rabino-chefe de Tzahal e de Israel, mas mesmo ele e todos os outros poskim reconhecidos não permitem que mulheres sirvam no exército pelos seguintes razões:
 
A relação entre jovens comandantes do sexo masculino e jovens soldadas do sexo feminino que, como dissemos antes que o relacionamento no exército entre o comandante não se trata de forma alguma de uma associação patrão-empregado, mas muito mais próxima de uma correlação patrão-servo, e esse fator já causou um número absurdo de problemas no exército de Israel
 
A atmosfera especialmente tensa, suja, insone e às vezes até perigosa e violenta que, durante os intervalos, causa um ambiente extremamente solto onde quase todo mundo se comporta de maneira diferente do que na vida civil, especialmente quando meninos e meninas de 18 anos estão fora de casa juntos pela primeira vez
 
A contribuição mínima ou mesmo negativa das mulheres nas unidades de combate, diminuindo objetivamente a velocidade e as exigências físicas, distraindo os combatentes, resultando em uma atmosfera incessante de flerte, tontura, ciúme entre namorados, etc., como é a norma entre rapazes e mocinhas de 18 anos, e a falta de necessidade deles em unidades não-combatentes sendo que tantos não-religiosos não querem ir para unidades de combate que há um excesso de pessoal nas divisões de escritório “jobnick”.
 
Tudo o que foi dito acima também explica porque as Yeshivot Hesder e o Nahal Haredi que são as divisões de judeus religiosos do exército de Israel onde não há mulheres, são tão bem-sucedidos e necessários
 
Porque é essencial para o nosso exército ter algumas unidades supermotivadas e com espírito de missão que mantenham a sua atenção nas tarefas militares, sem distrações, flertes e redução de quaisquer padrões e exigências físicas apenas para agradar a algumas agendas políticas, feministas e sociais e muitas vezes antimilitares.
 
A posição do Judaísmo sobre as meninas que servem no exército
 
A Torá atribui extrema importância à manutenção dos valores de modéstia e santidade no exército, como está escrito na Torá: “Porque o Hashem seu D’us anda no meio do seu acampamento para te salvar e para te livrar dos seus inimigos de diante de você
 
Os grandes Rabinos sefarditas também publicam uma proibição assinada por 70 rabinos dos grandes sábios sefarditas ao mesmo tempo (entre eles o “Baba Sali” Rabino Israel Abuhatzira, Rabino Ben Zion Abba Shaul, o grande cabalista Rabino Mordechai Sharabi, Rabino Ovadia Yosef, Rabino Yehuda Tzadka, o chefe da Yeshiva de Porat Yosef
 
Portanto, repetimos, anunciamos e recordamos na Mishná válida a decisão dos grandes homens da geração que passou ao mesmo tempo que ‘Recrutar meninas para o serviço nacional’ é como recrutar para o exército e é absolutamente proibido.”
 
O filho do Rabino Ovadia Yosef, Rabino Yitzhak Yosef , atual Rabino chefe de Israel resume isso no livro de leis que publicou para as filhas de Israel (uma coleção de leis para mulher e filha : ” É absolutamente proibido que meninas se alistem no serviço militar, e até mesmo no serviço nacional.
 
O Rebe de Lubavitch certa vez foi perguntado sobre esse assunto e respondeu: É proibido para uma filha judia ir para o exército. E mesmo que para apagar um incêndio se usa qualquer líquido, mas a gasolina também é líquido e não se apaga um incêndio jogando sobre ele gasolina!
 
Agradecemos à nossa querida filha espiritual Rut (Jaqueline) por nos ceder a foto da época em que ela ainda não sabia que é proibido para uma mulher judia servir o exército
 
Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
www.RabinoGloiber.com
 

Realidade sem D’us não é realidade

 

 

Está escrito na Torá:

 

”Talvez você diga no seu coração :- Esses povos são muito mais numerosos do que eu, como poderei conquistá-los?”
(דברים ז’ י”ז)

 

Ou seja, talvez você sinta a realidade!

 

Você mediu o tamanho do problema e se conscientizou de que não tem a mínima chance de resolvê-lo.

 

Lá vai a regra geral que nos dá Moshe Rabeinu para todo e qualquer problema (incluindo fechar as contas no fim do mês) :

 

“Não tenha medo deles ! Lembre-se do que Hashem fez ao faraó e a todo o Egito, os milagres, as maravilhas etc etc etc.

 

Ou seja, isso é o que devemos pensar e sentir sempre em qualquer situação difícil.

 

Se não saiu como queríamos, com certeza nos espera algo melhor.

 

Mas nós devemos fazer a nossa parte que é viver confiantes a cada instante, nunca pensar que não vai sair como queremos mas sim nos lembrar dos milagres e das maravilhas que Hashem fez no Egito e nos conscientizar de que assim ele vai nos fazer agora !

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

 

O segredo dos Tehilim

 

Todo dia estamos falando o Tehilim número 20 para Hashem (D’us) proteger o nosso povo na nossa Terra Santa e em qualquer lugar onde estejamos

 

O segredo dos Tehilim

Porque lemos o Tehilim (Salmos) como sendo a melhor reza quando (D’us nos livre) surgem problemas de saúde , financeiros  ou de qualquer outro tipo, se esses Tehilim não estão especificando detalhadamente nenhum dos nossos pedidos, como pode ser que ele serve para tudo?

 

Como pode ser que você, lendo uma súplica do rei David pedindo para Hashem o salvar de Shaul, isso vai ser considerado como se você tivesse pedido detalhadamente e da maneira mais correta possível tudo o que você tinha intenção de pedir?

 

Sobre isso diz o Zohar:- “Venha e veja, nesses Tehilim que falou David, existem segredos e assuntos elevados nos segredos da sabedoria. Sendo que todos foram ditos por meio do Ruach Hakodesh, inspiração Divina que pairava sobre David e então ele os cantava, portanto, todos os Tehilim foram ditos por meio de segredos da sabedoria” .

 

Ou seja, quando você lê os Tehilim em hebraico você está expressando o seu sentimento e o pedido do seu coração da maneira mais profunda possível.

 

A intenção do rei David quando ele os escreveu era oculta e as palavras dele representam forças ocultas apelidadas por ele dessa maneira.

 

Mesmo que ler os Tehilim já é o suficiente, mesmo assim é bom antes ou depois do Tehilim fazer o seu pedido explícito e detalhado

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
www.RabinoGloiber.com

 

(א) לַמְנַצֵּחַ מִזְמוֹר לְדָוִד. (ב) יַעַנְךָ יְהוָה בְּיוֹם צָרָה יְשַׂגֶּבְךָ שֵׁם אֱלֹהֵי יַעֲקֹב. (ג) יִשְׁלַח עֶזְרְךָ מִקֹּדֶשׁ וּמִצִּיּוֹן יִסְעָדֶךָּ. (ד) יִזְכֹּר כָּל מִנְחֹתֶךָ וְעוֹלָתְךָ יְדַשְּׁנֶה סֶלָה. (ה) יִתֶּן לְךָ כִלְבָבֶךָ וְכָל עֲצָתְךָ יְמַלֵּא. (ו) נְרַנְּנָה בִּישׁוּעָתֶךָ וּבְשֵׁם אֱלֹהֵינוּ נִדְגֹּל יְמַלֵּא יְהוָה כָּל מִשְׁאֲלוֹתֶיךָ. (ז) עַתָּה יָדַעְתִּי כִּי הוֹשִׁיעַ יְהוָה מְשִׁיחוֹ יַעֲנֵהוּ מִשְּׁמֵי קָדְשׁוֹ בִּגְבֻרוֹת יֵשַׁע יְמִינוֹ. (ח) אֵלֶּה בָרֶכֶב וְאֵלֶּה בַסּוּסִים וַאֲנַחְנוּ בְּשֵׁם יְהוָה אֱלֹהֵינוּ נַזְכִּיר. (ט) הֵמָּה כָּרְעוּ וְנָפָלוּ וַאֲנַחְנוּ קַּמְנוּ וַנִּתְעוֹדָד. (י) יְהוָה הוֹשִׁיעָה הַמֶּלֶךְ יַעֲנֵנוּ בְיוֹם קָרְאֵנוּ

 

 

 

A visão da Torá em relação ao profissionalismo

 

Nossa Parashá nos conta que, atendendo aos pedidos do nosso povo, Moshe manda 12 espiões para verificar a terra prometida antes da conquista.

 

Moshe pede para eles verificarem se os povos da terra são fortes ou fracos, e dá uma dica de como verificar isso:

 

Dica de Moshe Rabeinu : Muralhas altas são sinais de fraqueza!

 

Moshe Rabeinu deu um sinal para os espiões: “Se as cidades não tem muralhas é sinal de que seu povo é forte, confiam na própria bravura.

 

Mas se elas têm muralhas, isso é sinal de fraqueza, não confiam na própria capacidade de se defender”.

 

Porque Moshe precisou dar esse sinal? Porque a natureza humana é de generalizar.

 

Quando você vê uma cidade com uma grande muralha você acha que o povo dentro dela é muito forte e tudo lá dentro segue esse alto padrão, mas o contrário é o certo: uma grande muralha demonstra a grande fraqueza do povo que vive por trás dela.

 

A Torá é eterna e essa dica de Moshe Rabeinu é atual também hoje, e até em relação a nós ! Se no nosso dia a dia somos “divas inacessíveis” e construímos uma enorme muralha à nossa volta, estamos simplesmente expressando nossa própria fraqueza!

 

Quando aprendemos um pouquinho de judaísmo não devemos nos fechar para proteger o que sabemos, mas ao contrário! Devemos compartilhar o pouquinho que sabemos com outras pessoas que nem esse pouquinho sabem.

 

O erro de avaliação dos espiões

 

A Parashá nos conta que os doze espiões voltaram depois de quarenta dias. Dez deles opinaram que os povos da terra são muito fortes, o rio Jordão é intransponível… etc etc etc.

 

Eles se impressionaram com as muralhas das cidades e contaram que elas eram muito grandes esquecendo totalmente de que isso é um sinal de fraqueza.

 

No final deram sua própria avaliação que era a de não termos a capacidade de conquistar a terra, se esquecendo de mais uma coisa: De que eles foram mandados para nos dar um relato sobre a terra e não uma opinião própria de sermos ou não sermos capazes de conquistá-la!

 

Kaleb – um ponto de vista diferente.

 

Aprendemos com Kaleb que quando observamos um lugar não temos que procurar nele problemas mas sim soluções!

 

Os espiões eram pessoas importantes e influentes e a eficiência deles era reconhecida por todos. Kaleb também aparentava pertencer a essa estrutura e a essa “mentalidade”.

 

Ele começou a falar como se fosse “mais um” que aparentemente iria acrescentar mais alguma dificuldade, mas ao contrário dos outros, revela que podemos conquistar a terra e ainda com facilidade.

 

Kaleb lembra ao povo que Moshe abriu o mar vermelho e que fez milhões de aves aterrizarem no acampamento e virarem “frango assado”

 

Kaleb era visto pelo povo como alguém tão qualificado como os outros, e por isso era esperado dele relatar de maneira profissional e objetiva o que viu na terra prometida, mas aparentemente seus relatos não tinham nada a ver com sua missão.

 

Os outros espiões contaram sobre o que espionaram e Kaleb contou sobre os feitos anteriores de Moshe. Qual era a lógica de Kaleb?

 

Kaleb Lembrou a todos que Moshe abriu o mar vermelho para o nosso povo passar, e o que é um rio Jordão para quem já abriu um mar?

 

Que Moshe fez aterrissar no acampamento milhares de aves que a natureza delas era voar para cima e não descer para baixo, e o que é para ele uma muralha de pedras que já tem a natureza de afundar no chão?

 

E assim foi. Quarenta anos depois, quando o povo de Israel entrou na terra prometida, o rio Jordão se abriu e as muralhas de Jericó afundaram na terra.

 

Aqui vemos o profissionalismo de Kaleb. Claro que ele acreditava no total poder de Hashem que poderia fazer o rio Jordão desaparecer e as muralhas de Jericó saírem voando por aí, mas o raciocínio lógico dele foi profissional e realista:

 

Ele listou os milagres que já tinham acontecido e concluiu: Se Moshe já tinha feito milagres tão grandes, o que seria para ele fazer milagres menores?

 

Conclusão:

 

Cada um de nós já passou durante a sua vida por verdadeiros milagres. Aprendemos com Kaleb que sempre temos que ter em mãos a lista de todos os milagres que nos aconteceram e usá-la como base para o nosso dia a dia.

 

Não olhar para as dificuldades que temos à frente mas sim para os milagres que temos atrás, nos lembrando a cada instante que Hashem está cuidando hoje de cada um de nós com o mesmo amor e carinho que sempre cuidou de nós no passado.

 

E como Kaleb, que no mérito desse raciocínio correto, mais futuramente entrou na terra prometida, cada um de nós exercitando dia a dia esse tipo de raciocínio vai receber de Hashem tudo o que precisar.

 

Como uma mãe não esquece seu nenê no supermercado, Hashem também não se esquece de nós. E o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que uma mãe tem pelo seu próprio nenê.

 

Mas de nós é exigido fazer a nossa parte, como Kaleb que no mérito disso recebeu a cidade de Hebron.

 

Isso se chama “Bitahon”, mais do que uma simples confiança, uma segurança.

 

Não temos como pensar errado e receber o certo, temos que pensar certo, ter plena segurança em Hashem, e aí os milagres acontecem!

 

O Rebe de Lubavitch sempre deixou claro que nós somos a geração da redenção final e estamos prestes a entrar em uma era onde tudo vai ser bom.

 

Todos os sinais que os nossos sábios deram sobre essa última geração aconteceram e não há dúvida nenhuma de que Mashiach está bem próximo.

 

Então, mais um pouquinho de Bitahon, e no lugar de remediar todo dia um mundo crônico, vamos entrar imediatamente em um mundo melhor, em uma nova era!

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
 
www.RabinoGloiber.org

O benefício da dúvida

Nossa Parashá nos conta que Miriam, irmã de Moshe, estava ao lado de Tzipora, esposa de Moshe, quando vieram comunicar à Moshe que Eldad e Meidad estão profetizando no acampamento.

 

Tzipora ficou com dó das esposas deles por eles terem se tornado profetas, e disse que agora eles não vão mais ter relações conjugais com suas esposas à exemplo de Moshe Rabeinu.

 

Miriam se assustou com o comportamento de Moshe, seu irmão mais novo, e contou o caso para Aharon.

 

Os dois concordaram que Moshe Rabeinu não estava agindo certo, porque Miriam e Aharon também eram profetas e não faltavam com esse tipo de obrigação em relação à família

 

O problema

 

Sabemos que o único jeito de subirmos espiritualmente e recebermos mais santidade é por meio do cumprimento dos mandamentos Divinos.

 

Um desses mandamentos é a obrigação de um homem ou mulher casados terem relações conjugais na frequência adequada à eles que é determinada de acordo com o trabalho de cada um, levando em consideração a distância do trabalho e o esforço físico necessário para fazê-lo.

 

Em outras palavras, pelo menos no Shabat o marido deve ter uma relação com a mulher quando ela está pura.

 

Se eles tem a saúde adequada para terem relações conjugais mas não querem mais se relacionar,  no judaísmo isso justifica um divórcio.

 

Se o motivo disso é que ela, por qualquer motivo que justifique isso, não quer mais ter filhos, é permitido usar meios anticoncepcionais femininos como um D.I.U. que é o mais recomendado nesse caso, mas parar de ter relações conjugais é proibido.

 

Sendo que Moshe era o maior exemplo de santidade e na opinião da sua esposa esse exemplo seria seguido por todo aquele que quisesse ter mais santidade, o comportamento dele, de acordo com Miriam e Aharon, era um mau exemplo para todos.

 

Um comportamento que ia contra a própria Torá que Moshe recebeu de D’us e repassou para o nosso povo.

 

A solução

 

Miriam já tinha uma solução “na gaveta”. Quando ela era jovem, o faraó decretou jogar todos os meninos judeus recém nascidos no rio Nilo, e por causa disso seu pai se separou da sua mãe.

 

Na época ela disse à seu pai que ele era pior do que o faraó, porque o faraó decretou somente contra os meninos, e Amram estava causando, com o seu mau exemplo como líder do nosso povo, com que todos os judeus se separassem de suas esposas, e dessa maneira nosso povo não teria meninas também.

 

Amram aceitou a repreensão de Miriam, voltou para sua esposa, e como consequência disso nasceu o próprio Moshe Rabeinu.

 

Miriam já tinha esse método pronto para aplicar sobre Moshe Rabeinu, e com certeza daria certo no caso dele também.

 

A intervenção Divina

 

Sendo que Miriam tinha feito um enorme erro de avaliação em relação à seu irmão colocando em cheque a conduta dele, o que automaticamente abalaria a credibilidade dele em relação à todos os assuntos Divinos que ele repassou ao nosso povo, o próprio D’us foi obrigado a intervir para mostrar que existe uma diferença entre um homem como Moshe, que três vezes subiu ao Monte Sinai e em cada uma delas ficou quarenta dias e quarenta noites sem comer descendo de lá com a mesma saúde que tinha quando subiu, e qualquer outro “simples mortal” por mais profeta que fosse.

 

E portanto não haveria espaço para copiar o comportamento de Moshe, ou seja, quem não estava no nível dele não deveria fazer o que ele fazia, nem deixar de comer quarenta dias e quarenta noites e nem deixar de ter relações conjugais.

 

E esse foi o erro de avaliação dela, ela achou que o nível que ela e Aharon estavam era o mesmo que o dele, ou talvez ainda maior sendo que eles eram os irmãos mais velhos dele.

 

D’us foi obrigado a intervir dessa maneira para que todos soubessem que ela fez um grave erro de avaliação que poderia abalar toda a estrutura do nosso povo.

 

Miriam recebeu uma “Tzaraat”, manifestação espiritual que acontecia para quem fazia intrigas, e teve que sair do acampamento por uma semana.

 

Nosso povo esperou uma semana para ela voltar ao acampamento e poderem prosseguir a viajem.

 

Sendo que todos ficaram sabendo que esse era o motivo do atraso, ficou publicado para todos a diferença entre Moshe Rabeinu e os outros profetas, o que justificava o seu comportamento e não justificava copiá-lo.

 

O que para ele era um rigor para outros seria considerado uma transgressão à Torá

 

Aprendemos daqui várias coisas importantes

 

1- Miriam fez seu comentário com a melhor das intenções, mesmo assim a consequência foi um desastre e o próprio D’us foi obrigado a intervir e dar para ela uma Tzaraat para consertar o que ela fez.

 

Quanto mais nós que não estamos no nível dela não devemos fazer esses tipos de comentário por melhor que seja a nossa intenção.

 

2- Muitas vezes nos sentimos grandes Tzadikim. Lemos alguma história sobre o comportamento particular de algum grande Tzadik, queremos fazer igual e começamos a pisar em todos à nossa volta.

 

Nessa hora devemos nos lembrar que lá encima não seremos julgados por ter imitado ou não imitado algum Tzadik, mas com certeza seremos julgados pelo sofrimento que causamos aos outros.

 

Com certeza seremos julgados por ter maltratado nossa esposa e nossos filhos, e o pior, achando que estamos fazendo uma Mitzvá

 

O benefício da dúvida

 

Se nem Miriam e Aharon que eram profetas sabiam os motivos que causaram para Moshe Rabeinu se comportar daquela maneira, quanto mais nós que não somos profetas e não temos como saber todos os motivos que estão causando o comportamento de todos à nossa volta

 

Sendo que o motivo pode ser ruim, mas também pode ser bom, em toda e qualquer situação estaremos na dúvida

 

Então vamos julgar todos à nossa volta usando o benefício da dúvida à seu favor, sempre julgando todos à nossa volta pelo lado bom ❤

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
www.RabinoGloiber.com

 

Como estudar 🥰🌻

Nossa Parashá nos conta que o Levi entrava com 25 anos para o trabalho no Mishkan (Templo móvel) e com com 50 mudava para um trabalho mais leve.

 

Em Parashát Bamidbar, a Torá nos conta que o Levi começava o trabalho no Mishkan com 30 anos.

 

Rashi explica que realmente ele começava o trabalho no Mishkan com 30 anos, então porque nossa Parashá diz que ele começava com 25?

 

Explica Rashi que dos 25 aos 30 ele fazia o “curso de Levi”, estudava todas leis relacionadas ao trabalho que ele deveria fazer na primeira etapa, durante os primeiros vinte anos, e também as leis relacionadas ao trabalho mais leve que ele continuaria fazendo depois dos 20 anos de trabalho mais pesado.

 

Daqui aprendem nossos Sábios que um aluno que não teve progresso em um determinado estudo durante cinco anos, com certeza não vai progredir nesse assunto após esses cinco anos também.

 

Ou seja, ele está aconselhando pelos nossos Sábios à mudar de área!

 

Toda regra na Torá escrita e na Torá oral pode ter uma exceção, contanto que a própria Torá escrita traga um versículo para determinar essa exceção, ou, no caso da Torá oral, nossos Sábios tragam oralmente essa excessão.

 

No caso da Torá escrita vemos por exemplo o caso de Ishmael que era o primeiro filho de Avraham Avinu e consequentemente deveria ter sido nosso segundo patriarca se a Torá não trouxesse o versículo que diz que “em Itzhak será considerada a sua descendência” que vem excluir Ishmael de ser um descendente de Avraham Avinu.

 

O mesmo acontece com a Torá oral. Mesmo nossos Sábios dizendo que na maioria dos casos a pessoa que não teve nenhum sucesso nos estudos dos primeiros cinco anos com certeza nunca mais terá sucesso nessa área, eles próprios trazem o exemplo de Rabi Akiva que era o “Moshe Rabeinu” da Torá oral como a maior exceção dessa mesma regra!

 

Rabi Akiva era totalmente incapaz de aprender uma letra em hebraico até os 40 anos de idade, mas por meio do seu grande esforço se tornou o maior de todos os Sábios de Israel.

 

Para todos nós que nos avaliamos como sendo pessoas que fazem parte de uma grande maioria, a regra geral é aplicada e nossos Sábios não nos incentivam à nos esforçar ao nível de Rabi Akiva, mas sim levar em conta nossas limitações e procurar a área em que nos destacamos mais, mesmo não sendo ela uma área intelectual.

 

Portanto diz a Guemará que cada um de nós deve ensinar ao seu filho uma profissão limpa e fácil, porque tanto a pobreza quanto a riqueza não dependem da profissão mas sim de Hashem (D’us), que por ter nos criado é o responsável pelas nossas despesas como o pai é responsável pelas suas crianças pequenas.

 

A diferença é que o pai é responsável pela filha até ela se casar, e então o marido se torna responsável por ela, mas Hashem (D’us) continua sendo responsável pelas nossas despesas durante toda a nossa vida!

 

Por isso dizem nossos Sábios, temos três associados na nossa criação: nosso pai, nossa mãe, e Hashem.

 

Mas as vezes não cumprimos a nossa parte em relação à Hashem (D’us), não estudamos Torá nem o mínimo que somos obrigados a estudar mesmo não tendo tido sucesso nos estudos por mais de cinco anos, como no caso das leis práticas por exemplo.

 

Até mesmo as mulheres são obrigadas pela Torá à estudar as leis judaicas práticas relacionadas às mulheres (podem estudar pelo Youtube também) e os homens devem estudar as leis judaicas práticas relacionadas aos homens (também pode ser pelo Youtube).

 

E ambos devem estudar Hassidut, sendo que essa categoria da Torá desperta em nós amor e temor à D’us que é um Mandamento Divino que abrange tanto homens quanto mulheres (nesse caso é até melhor estudar pelo Youtube sendo que essa categoria da Torá oral é um pouco mais difícil de entender diretamente do livro).

 

E às vezes por não sabermos o que é permitido fazer e o que é proibido, fazemos coisas erradas.

 

E por causa dessas coisas erradas os milagres que precisamos para o nosso dia a dia não acontecem, e culpamos um ao outro por eles não terem acontecido.

 

Conclusão: Vamos estudar Torá todo dia e com muita alegria!

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
Mensagem da Parashá

Beaalote’ha

Beaalote’ha

 

Nossa Parashá nos conta um fato muito interessante. Tzipora, esposa de Moshe Rabeinu, deixou vazar um desabafo de que seu marido, por ser um profeta, não tinha mais tempo para ela.

 

Aaron e Miriam também eram profetas e Moshe era o irmão mais novo deles, e mesmo sendo eles devidamente profeta e profetiza, eles tinham tempo para viver com seus cônjuges.

 

Eles contestaram o comportamento de Moshe achando que todos os profetas são iguais e que Moshe não é nenhuma exceção de regra. Quase que eles tinham razão… mas… quase!

 

Nesse momento Hashem se revelou para os três, Moshê, Aharon e Miriam, e obviamente Miriam e Aharon precisaram correr para procurar água enquanto que Moshe já estava imediatamente disponível.

 

Hashem revelou para eles que existem diferentes níveis de revelação profética. Essa passagem aparece em uma linguagem exclusiva que é explicada pelo Zohar e pela Guemará:

 

A profecia não é somente uma informação Divina, mas ela tem que se incorporar ao mundo causando uma transformação nele.

 

Para ela descer ao mundo e acontecer por meio dela um vínculo entre​ o mundo espiritual e o mundo material, ou seja, para que ela aconteça, ela tem que ser incorporada pelo profeta, e por meio dele ela se incorpora ao mundo.

 

A revelação e incorporação da profecia para Moshe Rabeinu é direta, como alguém que olha por uma janela de vidro transparente e vê claramente o que há do outro lado.

 

Ou seja, uma profecia clara e objetiva, na linguagem dos nossos Sábios: “Aspaklaria Meirá”.

 

A tradução literal desse termo técnico da antiguidade é: “vidro que ilumina”, ou seja, uma janela de vidro transparente.

 

(A origem dessa palavra é spéculo, em latim, termo usado para vidro na época em que os romanos dominavam a nossa terra.)

 

A revelação da profecia para todos os outros profetas é oculta e indireta, um nível mais baixo, levando em consideração a capacidade do profeta de incorporá-la.

 

Ela acontece por meio de visões e sonhos, por meio de exemplos e enigmas, como alguém que olha para um espelho que reflete a imagem e não está vendo ela diretamente, mas sim um reflexo dela que tem que ser decifrado.

 

Na linguagem dos nossos Sábios: “Aspaklaria Sheeina Meirá”, um vidro que não ilumina.

 

Ou seja, uma janela de vidro que não é transparente e somente reflete as imagens.

 

Dentro desse contexto existem alguns critérios, como nos explica o Zohar a seguir:

 

A Revelação Divina só acontece em um lugar adequado, em um ambiente adequado e sobre uma pessoa adequada para recebê-la, e de acordo com o nível que o profeta pode incorporar.

 

Por esse motivo, por exemplo, o profeta Yoná tentou fugir para um lugar inadequado para que a profecia de Nínive não acontecesse por meio dele.

 

Avraham Avinu, nosso primeiro patriarca, era a pessoa adequada no lugar adequado, mas Lot estava morando ao lado dele e se comportando como os habitantes de Sodoma, fazendo com que o ambiente ficasse inadequado.

 

Hashem se revelou para Avraham naquele mesmo lugar somente depois que Lot saiu de lá e foi morar definitivamente em Sodoma, e assim o ambiente de Avraham voltou a ser adequado.

 

Mas mesmo assim a profecia era somente no nível que ele tinha a capacidade de incorporar.

 

Yaakov Avinu, nosso terceiro patriarca, teve uma revelação profética quando fugiu de Essav.

 

Essa revelação foi por meio de um sonho que é o nível mais baixo de recebimento de uma profecia.

 

Diz o Zohar que o motivo disso foi o fato de Yaakov ainda não estar casado, e mesmo estando em Beit E-l , lugar adequado, ainda não era a pessoa totalmente adequada por estar solteiro.

 

Depois que ele se casou em Haran, teve novamente uma revelação profética por meio de sonho, aí ele já era a pessoa adequada, mas o lugar, Haran na Síria, não era adequado, e por isso o nível da profecia foi o mais baixo.

 

Quando ele voltou já casado para a “Terra Santa”, a revelação profética aconteceu para ele estando acordado mas por meio de uma “visão”, ainda não era o nível de Moshe que via a profecia claramente.

 

E mesmo assim, diz o Zohar que esse nível só foi alcançado porque seu pai Itzhak já havia falecido, mais um critério na profecia.

 

Ou seja, enquanto um profeta está no mais alto nível possível na sua época, outro profeta não tem como atingir esse nível.

 

Mesmo assim a profecia dele ainda estava no nível dos patriarcas, não tinha chegado ao nível de Moshe.

 

Diz o Zohar que Moshe teve o maior de todos os níveis​ de profecia.

 

Ele incorporava a revelação profética para trazê-la ao mundo diretamente, em pé e com toda a sua força e energia, e via a revelação claramente.

 

Diferente dos outros profetas que na hora de incorporar a profecia caíam sobre suas faces, enfraqueciam, e não tinham a capacidade de incorporar a profecia claramente.

 

E qual era o motivo dessa fraqueza? Diz o Zohar que era pelo fato de o “anjo de Essav” ter ferido a perna de Yaakov e Yaakov ter saído mancando desse acontecimento.

 

Espiritualmente o anjo ”sugou” a força das pernas de Yaakov causando com que depois disso nenhum profeta conseguisse incorporar (trazer para esse mundo) a profecia do que Hashem vai fazer para os “Bnei Essav”.

 

De acordo com Don Itzhak Abarbanel, os “Bnei Essav” são os povos da Europa e suas ramificações coloniais.

 

Nenhum profeta conseguiu incorporar a profecia do final dos Bnei Essav com exceção do profeta Ovadiahu (Abadias) , proveniente de Edom que eram os descendentes diretos de Essav, por isso, sobre ele o assunto espiritual do anjo de Essav não recaiu.

 

Ele pôde incorporar claramente a profecia do fim de Essav e não enfraqueceu, e nenhum outro profeta pôde incorporar isso.

 

Moshe é a exceção de todas essas regras por estar em um nível tão alto que poderia incorporar claramente qualquer revelação sem enfraquecer.

 

Diz o Zohar que Moshe recebia a profecia em um nível da Sefirá chamada de Tiferet de Atzilut , nível espiritual que nenhum profeta teve acesso

 

Diz o Ari Zal que o Mashia’h vai ser a reencarnação de Moshe Rabeinu e vai revelar para todos nós as maravilhas ocultas da Torá.

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.com
 

Mensagem da Parashá

A grandeza do Shalom Bait

A grandeza do Shalom Bait 

Por pior que tenha sido a atitude da Sota, não estamos sozinhos nesse mundo.Hashem é a essência do bem e ama a cada um de nós infinitamente mais do que o amor que um pai teria pela sua filha única que nasceu quando ele tinha 100 anos de idade.
 

E por isso, para tirar a suspeita do marido, Hashem pede para ele levar a esposa ao Beit Hamikdash, e lá o Cohen  escreve uma parte dessa nossa Parashá, a parte que fala sobre essa proposta Divina para fazer o Shalom Bait.
 

O Sefer Torá é a coisa mais sagrada no judaísmo por estarem escritos nele os nomes de D’us, e para fazer o Shalom Bait, para que marido e mulher vivam em harmonia familiar, Hashem (D’us) exige que o seu próprio nome seja apagado para que a família não seja apagada.
 

Daqui vemos a estrondosa importância do Shalom Bait para Hashem, e seria uma “cara de pau” de nossa parte negligenciarmos uma coisa tão sagrada na visão Divina, ou seja, negligenciarmos o nosso próprio Shalom Bait.
 

Se até nos preocupamos com as revisões periódicas do carro para que o motor não venha a fundir, quanto mais devemos nos preocupar com a manutenção do nosso Shalom Bait que para Hashem é infinitas vezes mais importante.
 

Somos um casal de três no casamento. O marido, a mulher, e o principal : D’us!
 

 🌻🌻🌻

 

 

Diz o Zohar que o trabalho do anjo mal nas sextas feiras é causar brigas entre marido e mulher, e a estatística nos mostra que o índice de brigas entre marido e mulher nas sextas feiras é bem maior do que o dos outros dias da semana.
 

A Guemará nos conta que duas pessoas apostaram se é possível deixar o grande Sábio Hilel nervoso, e a sexta feira foi o dia escolhido para fazer a provocação por causa dessa propensão.
 

Os grandes Sábios de Israel faziam questão de participar dos preparativos do Shabat ajudando a esposa com alguma coisa, e sendo que quando há muita kedushá (santidade) o “anjo mau” tenta contra atacar, vemos que sexta-feira é o dia da batalha!
 

O jeito simples de ultrapassar essa situação é fazer como Hilel e assumir que seja o que não for, você reage somente com uma voz meiga e um sorriso nos lábios.
 

Sexta feira ao meio dia você se transforma em “anjinho” e nem a terceira guerra mundial vai conseguir fazer você se irritar.
 

Você se blinda com um grande sorriso nos lábios e voz meiga, e assim se torna invencível .
Fazendo esse esforço durante algum tempo todos acabam entendendo que não dá para te irritar e mudam o comportamento parando de te atacar.
 

Você vira um “anjinho” de verdade. Nas sextas feiras, você se transforma e se torna invencível, blindado de alegria e tranquilidade como na história de Hilel.

 

🌻🌻🌻

 

Sendo que cada casal é um trio, e o principal desse trio é Hashem, trouxe para vocês parte de uma escritura de Rabeinu Bahya ben Yosef ibn Paquda do seu livro Al Hidayah ila Faraid al-Qulub que foi escrito em árabe aproximadamente no ano de 1040 e depois traduzido para o hebraico por Yehuda ibn Tibbon durante os anos de 1161-80 com o título de Hovot Halevavot

 

 

Temos a obrigação de confiar em D’us!”


Porque se não confiamos em D’us , automaticamente estaremos confiando em outra coisa, e quem confia em outra coisa a não ser D’us está abrindo mão da Divina Providência e caindo nas mãos daquilo em que confiou.

 

Quem acha que não precisa da ajuda Divina por ser muito inteligente e esperto, ter muita força e dedicação

 

Mas ele precisa se lembrar de que se D’us não desse à ele constantemente inteligência, esperteza, saúde e dedicação ele estaria fraco intelectualmente e fisicamente, e também deixaria escapar grandes oportunidades por não percebê-las a tempo.

 

Quem confia na própria riqueza tem que se lembrar que sem a proteção Divina essa riqueza poderia ser tirada dele e dada a outros.

 

Ou poderia continuar com ele sem que tivesse proveito e ainda fosse obrigado a protegê-la e aumentá-la até que ela chegasse ao destino certo.

 

Ou, no pior dos casos, essa riqueza poderia se tornar o motivo da sua desgraça ou da sua morte.

 

Quem confia em D’us vive sempre tranquilo, não fica dependente das pessoas e não tem nada acima de si a não ser D’us.

 

Quem confia em D’us sempre terá como manter sua família, porque D’us vai fazer com que ele descubra sempre um meio para isso sendo que nenhum meio está oculto para D’us em nenhum lugar e em nenhuma época.

 

Quem confia em D’us não fica preocupado com coisas que possam acontecer, mas sabe que só vão acontecer para ele coisas boas ou que pelo menos sejam para o seu bem.

 

Recebe todos os acontecimentos com alegria e trabalha sempre com muita calma e tranquilidade.

 

Quem confia em D’us sabe que D’us sempre vai dar à ele tudo o que ele precisar, quando precisar, e no lugar que precisar.

 

Da mesma maneira que D’us cuidou dele quando ainda estava no ventre da sua mãe, da mesma maneira que D’us sustenta as aves no céu e os peixes na água e até as criaturas tão pequenininhas e fraquinhas.

 

Quem confia em D’us sempre vai ser querido por todos, até os animais vegetais e minerais querem o seu bem.

 

Quem confia em D’us está confiante de que não vai ficar doente, e se isso acontecer pelo menos vai ser uma refinação para a sua alma no lugar de alguma coisa pior.

 

Quem confia em D’us não vai passar necessidades em nenhuma época durante todos os dias da sua vida.

 

Quem confia em D’us vai estar sempre seguro no seu país e tranquilo no seu lugar, e só terá que mudar dele por motivo Divino.

 

Quem confia em D’us vai ser acompanhado pela recompensa da sua confiança neste mundo e no próximo !!!

 
 
 
🌻🌻🌻🌻🌻
 
 
 

Mensagem da Parashá

Shalom Bait

Nassó

Nossa Parashá nos conta sobre uma mulher que o marido pediu para ela não se trancar com um homem específico e ela se trancou, despertando a suspeita do marido de que “algo” aconteceu entre eles.

Pela lei judaica, quando uma mulher se casa é escrita uma ketubá que lhe dá direito a uma indenização monetária pré determinada caso ela se torne viúva ou que seja divorciada pelo marido sem um motivo que justifique isso.

Nesse caso, se ela optasse pelo divórcio não receberia o valor da Ketubá, sendo que o motivo do divórcio é considerado justo.

Mas será que a lei judaica incentivaria um divórcio? Claro que não! E até mesmo em um caso assim!

A intervenção Divina

A Torá proíbe apagar o nome de D’us e para uma regra da Torá ter uma exceção, a própria Torá tem que trazer essa exceção.Em um único caso encontramos uma permissão, e não só uma permissão mas uma Mitzvá de apagar o nome de D’us.

E quando isso acontece? Por incrível que pareça isso acontece exatamente nesse caso, no caso do “Shalom Bait” , da “paz conjugal” da “Sotá”.

Se a “Sotá” diz que não traiu o marido e quer continuar casada, ela é acompanhada até o grande tribunal rabínico de Yerushaláim, o Sanhedrin, e lá será feita uma proposta para que por meio disso, se de verdade ela não traiu o marido, isso seja comprovado milagrosamente no Beit Hamikdash ( o Templo Sagrado de Jerusalém)

E depois disso não só que  a vida dela iria voltar ao normal, mas também iria melhorar bastante, indenizando ela pelo susto que passou.

Mas os Sábios do Sanedrin interrogavam ela para ter certeza de que ela não traiu, porque de lá ela iria ao Beit Hamikdash

No Beit Hamikdash era escrita a parte da nossa Parashá que fala sobre a maldição da Sotá, com os nomes de D’us que estão escritos nela.

Esse pergaminho era apagado  dentro de um recipiente de água e ela iria beber essa água.

Se nada acontecesse para ela nessa hora, isso era a prova Divina de que ela não traiu o marido e não precisaria se divorciar.

E não só isso, mas a partir de agora, se antes ela não tinha filhos, agora ela teria. Todas as bençãos iriam recair sobre ela e a partir desse momento a vida dela com o marido seria um verdadeiro paraíso nesse mundo.Diz o Ramban, Rabi Moshe bem Nahman, que nenhuma lei da Torá funciona na base de 100% milagre a não ser essa.

A lei da sotá nos nossos dias

Hoje em dia é proibido para um homem dizer à sua mulher explicitamente “não se tranque com tal homem. Sendo que não temos o Beit Hamikdash, entraríamos por causa disso em um sério problema em relação à lei judaica que poderia acabar em um divórcio.Nossos Sábios fizeram um decreto proibindo um homem ou uma mulher se trancarem sozinhos com alguém do sexo oposto que não é o seu marido ou um dos parentes próximos pela Torá, e isso é chamado de “issur ihud”.

Daqui vemos a importância do Shalom Bait, da paz em casa.

Às vezes brigamos por causa de coisas muito sérias e importantes. Nessa hora devemos nos lembrar do sofrimento que estamos causando lá encima, a ponto de o próprio D’us colocar o seu nome à disposição para ser apagado para que o nosso casamento não se apague.

Por mais importante que seja o motivo, uma briga em casa é pior do que qualquer motivo para brigar.

Nessa hora devemos abrir mão dos nossos interesses e colocar o interesse Divino em primeiro lugar, que é Shalom Bait, a paz no lar.

Somos todos crianças de Hashem. Quando nossas crianças brigam entramos no desespero, mesmo sendo simples mortais com todos os limites emocionais.

Imaginem o desespero lá encima, onde o amor por nós não tem limites. Como podemos brigar sabendo que D’us é a parte principal da nossa família, e consequentemente quem sofre mais no meio dessa briga?

Então, a partir de agora vamos mudar o nosso comportamento dentro de casa e desapegar do prazer de ganhar uma briga.

Está escrito que todo aquele que fica nervoso é como se estivesse fazendo idolatria, porque  se nessa hora se ele se lembrasse que D’us existe estaria alegre e não irado.

É importante lembrarmos que os sofrimentos que passamos nesse mundo muitas vezes estão ligados à correções de reencarnações anteriores, e isso se relaciona principalmente aos sofrimentos que sofremos dentro de casa.

Então vamos agradecer à Hashem por estar refinando a nossa Alma e não partir para a guerra contra quem está tão próximo de nós.

Sempre devemos explicar tudo em casa com muita delicadeza, sem fazer pressão aumentando o volume da nossa voz ou fazendo ameaças .

Por mais que nosso cônjuge nos coloque em um beco sem saída falando coisas duras em alto volume, não devemos nos defender da mesma forma.

Mas ao contrário, “as palavras dos sábios são ouvidas com tranquilidade”. Na hora que perdemos a tranquilidade deixamos de ser sábios, e nossas palavras já não são mais ouvidas.

Devemos ser sempre o bom exemplo em casa para que o nosso cônjuge nos veja como um bom exemplo, como um referencial de como devemos nos comportar.

E assim com o passar dos anos nosso cônjuge acaba se acalmando e a vida se torna um paraíso.

Diz o Ari Zal que nosso pratriarca Yaakov era a reencarnação do nível Neshamá do Adam Harishon, o primeiro homem.

Aquele nível que por ser o mais elevado foi afetado pelo maior de todos os pecados que foram as relações ilícitas que Adam Harishon teve com duas demônias durante 130 anos.

E por isso Yaakov sofreu por causa dos seus familiares, para retificar os prazeres proibidos do Adam Harishon.

Mas quando essa retificação terminou, a vida dele mudou, e ele viveu no paraíso mesmo estando nesse mundo.

O mesmo acontece com cada um de nós. Sempre devemos nos comportar com nosso cônjuge da maneira mais tranquila possível.

E se em troca disso recebemos gritos e palavras duras sabemos que estamos nos purificando. Mas quando nossa retificação terminar, automaticamente nossa vida vai melhorar.

Aprendemos com a nossa Parashá que se até o próprio D’us prefere que seu nome seja apagado para que não haja uma briga em casa, quanto mais nós.

Devemos apagar nossa prepotência, nosso ego, e assim a revelação Divina vai pairar sobre a nossa família.

A grandeza do Shalom Bait 

Por pior que tenha sido a atitude da Sota, não estamos sozinhos nesse mundo.Hashem é a essência do bem e ama a cada um de nós infinitamente mais do que o amor que um pai teria pela sua filha única que nasceu quando ele tinha 100 anos de idade.

E por isso, para tirar a suspeita do marido, Hashem pede para ele levar a esposa ao Beit Hamikdash, e lá o Cohen  escreve uma parte dessa nossa Parashá, a parte que fala sobre essa proposta Divina para fazer o Shalom Bait.

O Sefer Torá é a coisa mais sagrada no judaísmo por estarem escritos nele os nomes de D’us, e para fazer o Shalom Bait, para que marido e mulher vivam em harmonia familiar, Hashem (D’us) exige que o seu próprio nome seja apagado para que a família não seja apagada.

Daqui vemos a estrondosa importância do Shalom Bait para Hashem, e seria uma “cara de pau” de nossa parte negligenciarmos uma coisa tão sagrada na visão Divina, ou seja, negligenciarmos o nosso próprio Shalom Bait

Se até nos preocupamos com as revisões periódicas do carro para que o motor não venha a fundir, quanto mais devemos nos preocupar com a manutenção do nosso Shalom Bait que para Hashem é infinitas vezes mais importante

Somos um casal de três no casamento. O marido, a mulher, e o principal : D’us!

 

 

data Judaica

Shavuot

Shavuot é o dia da entrega da Torá, o segundo dos três maiores Dias Festivos do ano judaico (Pêssach é o primeiro e Sucot o terceiro).

A palavra Shavuot significa “semanas”, nos indicando que nessa festa se completam as sete semanas entre Pêssach e Shavuot, época chamada de Sefirat haômer  que foi o período durante o qual o nosso povo se preparou para receber a Torá no Monte Sinai.

Durante este tempo nosso povo se purificou das cicatrizes da escravidão e tornou-se uma nação sagrada, pronta a entrar em uma aliança eterna com D’us.

A festa de Shavuot também é chamada de Atzéret que significa “parada” , porque ela  é o complemento da saída do Egito que começou em Pêssach. Ou seja, ganhamos nossa liberdade em Pêssach a fim de recebermos a Torá em Shavuot.

Outro nome para Shavuot é Yom Habikurim, ou o “Dia dos Primeiros Frutos”. Numa expressão de agradecimento a D’us, começando em Shavuot, cada fazendeiro na terra de Israel levava ao Templo Sagrado uma oferenda do primeiro trigo, cevada, uvas, figos, romãs, azeitonas e tâmaras que cresciam no campo.

Shavuot é também chamado Hag Hakatzir, a Festa da Colheita, porque o trigo, o último dos grãos a ficar pronto para ser cortado, era colhido nesta época do ano.

A maioria dos trabalhos proibidos no Shabat são proibidos também no Yom Tov que no nosso caso é Shavuot, com exceção de carregar em um domínio público e cozinhar utilizando o fogo repassado de uma chama acesa desde a véspera. Quando o Yom Tov cai no Shabat os trabalhos proibidos no Shabat prevalecem

 a véspera de Shavuot

Tem quem costuma enfeitar a casa e a sinagoga com frutas, flores e folhagens. O motivo disso é que na época do Templo Sagrado, os primeiros frutos da colheita eram oferecidos em Shavuot.

Nossos Sábios nos contam que, mesmo o Monte Sinai se encontrando no deserto, quando a Torá foi dada ao nosso povo a montanha floresceu e milhares de flores brotaram milagrosamente

Comidas de leite

Costuma-se comer alimentos à base de leite em Shavuot. Existem várias razões para este costume:

Com a entrega da Torá recebemos oficialmente todos os Mandamentos Divinos relacionados à alimentação kasher.

Como a Torá foi dada no Shabat, nenhum animal poderia ser abatido e nem os utensílios poderiam ser kasherizados, portanto neste dia come-se lacticínios em memória à esse acontecimento

Outro motivo é que a Torá é comparada ao leite. A palavra hebraica para leite é “halav”. Quando o valor numérico de cada uma das letras da palavra halav são somadas (8+30+2), chega-se ao total de quarenta. Quarenta é o número de dias que Moshê passou no Monte Sinai, recebendo a Torá diretamente de D’us.

1º dia de Shavuot

Os Dez Mandamentos

Shavuot é o dia no qual celebramos a grande revelação da entrega da Torá no Monte Sinai há 3302 anos atrás, no ano judaico de 2448.

As almas de todos os judeus que iriam nascer em todos os tempos futuros e também as almas de todas as pessoas que futuramente iriam se converter ao judaísmo, juntaram-se para ouvir os Dez Mandamentos transmitidos pelo próprio D’us.

Em Shavuot, na realidade, D’us está nos dando novamente a Torá. Por isso, o Rebe pediu para que todo judeu, homens, mulheres, e especialmente crianças (até mesmo bebês recém-nascidos) devem fazer todo o esforço para estarem presentes numa sinagoga durante a leitura dos Dez Mandamentos. Este ano no Brasil está recomendado rezar no kotel, não no Kotel Hamaaravi, mas no kotel (muro) de casa !

O Livro de Ruth

Em muitas sinagogas lê-se o Livro de Ruth no segundo dia de Shavuot. Há vários motivos para este costume:

– Shavuot é a data de nascimento e yohrzeit (dia de falecimento) do Rei David, e o Livro de Ruth registra sua ancestralidade. Ruth e seu marido Boaz foram os bisavós do Rei David.

– As cenas de colheita, descritas no Livro de Ruth lembram a festa de Shavuot que também é conhecida como Festa da Colheita.

– Ruth foi uma convertida sincera que abraçou o judaísmo de todo o coração. Em Shavuot, todos os judeus foram como convertidos, tendo aceitado a Torá e todos seus preceitos.

Refeição de leite

No almoço, após o kidush, faça uma refeição festiva de laticínios. Espere no mínimo 1h de intervalo para realizar uma refeição de carne.

•Antes da refeição festiva da noite, leia o kidush de Yom Tov.

2º dia de Shavuot

Yizcor

Falamos Yizcor em memória de entes queridos falecidos. Antes da refeição festiva leia o kidush de Yom Tov.

*Veja as receitas para Shavuot de nosso site:

https://rabinogloiber.org/receitas-de-shavuot/

Certa vez uma pessoa (que não era judeu) perguntou ao grande Sábio Hilel :-Quantos tipos de TORÁ vocês tem? Dois, respondeu Hilel. Torá escrita e TORÁ oral. Ouvindo isso a pessoa declarou :- Na TORÁ escrita eu acredito mas na oral não, eu quero me converter ao judaísmo na condição de que você só me ensine a TORÁ escrita. Hilel concordou. No primeiro dia de estudos Hilel ensinou ele a ler a TORÁ escrita.

Mostrou para ele a letra Alef em hebraico e explicou para ele que isso é um Alef. Mostrou o Beit e explicou que isso é um Beit, e o mesmo fez com as outras letras. Na outra aula Hilel mostrou para ele a letra Alef e explicou que isso é o Dalet. O aluno se espantou e disse :- Mas ontem você não me explicou assim!

Você confiou no que eu te expliquei oralmente ontem?Disse Hilel, então você tem que confiar também na outra coisa que eu te disse , que também a TORÁ oral foi dada por D’us! (ou seja, sem a TORÁ oral não saberíamos nem ler e nem entender a TORÁ escrita, e isso é a prova de que elas são uma coisa só)

Quando D’eus nos deu a TORÁ elas eram duas desde o começo. Uma escrita e uma oral. Moisés ,o maior de todos os profetas escreveu a TORÁ escrita e explicou oralmente como colocar ela na prática, ou seja, de que forma cumprir o que está escrito. Em outras palavras ,o como cumprir a Mitzvá é chamado de TORÁ oral.

A TORÁ escrita pelo maior dos profetas continuou sendo escrita posteriormente por menores profetas até o exílio da Babilônia que aconteceu depois da destruição do primeiro Templo de Jerusalém .

Os últimos profetas viveram no exílio da babilônia, época em que o império persa dominava o mundo. Na época em que o segundo Templo foi construído e chegou a época do império grego e depois do império romano não tínhamos mais profetas, e portanto não tivemos mais TORÁ escrita do que aquela que foi escrita até o exílio da babilônia,ou seja, 24 livros. Posteriormente a TORÁ oral foi escrita incluindo a TORÁ oculta conhecida como Kabala.

A TORÁ oral continua sendo escrita a cada geração sendo que surgem novas situações que precisam ser esclarecidas, comparadas às anteriores, diagnosticadas e classificadas . As pessoas precisam de explicações com mais detalhes e etc. As explicações dos Sábios de cada geração de como cumprir a TORÁ da maneira correta naquela geração também é chamada de TORÁ oral. Em resumo, o que chamamos de TORÁ inclui TORÁ oral e escrita .A TORÁ escrita é composta de 24 livros e a oral hoje já chega à milhares de volumes que mais de 52000 já estão disponíveis no site Hebrew books.

Onde fica o Monte Sinai

Hoje, mais de três mil anos após o acontecimento mais sublime do mundo, a entrega da Torá, muitos estudiosos tentam identificar o lugar da montanha que foi tão sagrada no momento em que a Torá foi dada ao povo de Israel

Inúmeros estudos foram realizados ao longo de quilômetros na península do Sinai e no oeste da Arábia Saudita tentando descobrir em qual montanha Hashem nos deu a Torá.

E finalmente chegamos a mais verdadeira conclusão: O monte Sinai pode ser qualquer montanha entre o oeste da Arábia Saudita e a península do Sinai,

contanto que seja perto o suficiente de Midian que ficava na Arábia Saudita a ponto de Moshe Rabeinu levar o rebanho de Ytró para pastar e um carneirinho conseguir fugir até lá,

e perto o suficiente do Egito para que o povo de Israel conseguisse chegar lá para receber a Torá saindo do Egito em Pessach, caminhando no ritmo das mulheres e das crianças pequenas, e chegarem em menos de cinquenta dias naquela montanha para receber nela a Torá

A importância do Monte Sinai na época em que recebemos a Torá

A saída do Egito foi nossa redenção material e a entrega da Torá nossa redenção espiritual, e por isso a entrega da Torá teve que acontecer obrigatoriamente como continuação à saída do Egito, para que nossa redenção se tornasse uma redenção total

O segredo da existência do povo judeu é a Torá. Shavuot é a festa que simboliza o fato de nos tornarmos um povo. O dia da entrega da Torá é o dia em que a revelação Divina desceu no monte Sinai.

O fato de que o evento mais importante da história judaica, a entrega da Torá, ocorreu no Monte Sinai está claro, mas porque essa montanha não teve um acompanhamento, ou seja, nenhuma tradição exata foi preservada quanto à sua identidade e a localização a ponto de parente mente até na época dos Sábios já não se sabia qual era a montanha exata

O motivo para isso é tanto o fato de o Monte Sinai se encontrar no coração do deserto, não só longe da civilização como também sem um assentamento humano contínuo, ninguém para testemunhar que esse era o lugar, até mesmo porque depois que partimos de lá a presença Divina partiu junto com o nosso povo,

quanto pelo fato de impedir com que ele se torne uma idolatria, semelhante à localização da tumba de Moshe Rabeinu no Monte Nevo, em Moav, que tradicionalmente não se conhece sua localização por esse motivo

A “briga entre as montanhas na atualidade”

O Midrash nos conta que antes de Hashem nos dar a Torá no Monte Sinai, as principais montanhas da Terra Santa brigaram entre si. Cada uma esnobou sobre as outras suas superioridades tentando assim convencer Hashem de dar a Torá sobre ela.

Diz o Midrash que Hashem optou pelo monte Sinai sendo que ele era a mais humilde de todas as montanhas e por isso não participou dessa esnobação. De acordo com a kabalá cada criatura aqui embaixo tem um anjo responsável por ela lá em cima, e esses anjos foram quem brigou, cada um representando a montanha de sua responsabilidade

Hoje muitos arqueólogos brigam entre si, cada um representando a montanha que diz ser o verdadeiro Monte Sinai. A “briga das montanhas” nos tempos atuais!

Ao longo dos anos, muitos esforços foram feitos para identificar o Monte Sinai com uma das montanhas encontradas em várias partes do deserto do Sinai e além

Todas as opções:

Como vimos anteriormente o monte Sinai pode ser qualquer montanha entre o oeste da Arábia Saudita e a península do Sinai, mas então, porque algumas opções foram vistas como preferências em relação à outras?

O monte Sinai está localizado entre os desertos de Tzin e Paran, bem como entre a terra de Amalek e a terra de Midian, mas a localização desses dois desertos e a relação entre eles é desconhecida em sua localização exata, embora seus limites sejam claramente definidos pela Torá

Jab el Mussa

O lugar mais conhecido como o Monte Sinai, e essa é a primeira foto que aparece quando você digita as palavras “Monte Sinai” no Google (cuidado com essa foto) é Jab el Mussa que foi escolhido pela Imperatriz cristã Helena como Monte Sinai.

No século IV ela fez construir ali uma igreja, a Capela da Sarça Ardente no local onde ainda se encontrava vivo um arbusto de rubus sanctus que os monges acreditavam ser a sarça ardente original.

Dr. Avigdor Shahan, especialista em estudos da terra de Israel, atesta que o vínculo entre o Monte Sinai e Jab el Mussa foi simplesmente inventado por essa Imperatriz Helena, mãe do imperador Constantino do Império Bizantico”

Ela decidiu visitar os locais cristãos na Terra Santa e se juntou a um comboio de camelos que ia do Egito à Israel. Uma noite ela ficou impressionada com a beleza de uma montanha próxima e decidiu que essa era a montanha na qual Moisés recebeu a Torá e por isso essa montanha foi chamada de “Jab el Mussa” (Monte de Moisés)

Assim nasceu a lenda de que esta montanha e não outra é o autêntico Monte Sinai. O imperador, filho de Helena, ordenou a construção de um convento naquele lugar. Imediatamente se estabeleceu ali uma comunidade cristã para proteger a igreja e os monges dos ataques de beduínos. O imperador Justiniano I mandou construir uma muralha à volta da igreja no ano 542 e os edifícios que são hoje o Mosteiro Ortodoxo de S.Catarina

Acontece que essa mesma Helena foi a que iniciou a prática de despejar lixo no Monte do Templo a fim de esconder os vestígios do” Kotel Hamaaravi, o “Muro das lamentações” e assim apagar todo e qualquer vestígio judaico na terra santa

Antes do deserto do Sinai ser dado ao Egito, os turistas israelenses podiam ser vistos frequentemente subindo as escadarias íngremes do mosteiro que levavam ao topo da montanha. Esses turistas provavelmente não sabiam que seu trabalho duro era gratuito, e pior do que isso, era visto como um apoio à idolatria.

Então, cuidado: quando você digita a palavra “Monte Sinai” no Google, essa opção aparece em primeiro lugar e esse lugar não tem absolutamente nada a ver com a nossa religião mas é um lugar totalmente vinculado ao cristianismo

Monte Karkum

Uma das hipóteses levantadas pelos estudiosos da história ao longo dos anos é o “Monte Karkum”, uma montanha no sul do Negev, onde foram descobertos sítios arqueológicos e arte rupestre,

identificada pelo arqueólogo Emanuel Anati como o monte Sinai, o monte Karkum era uma montanha sagrada para os idólatras nos séculos IV e III AC e muitas pessoas construíram suas residências no sopé da montanha. Sendo que a Torá fala sobre a proibição de subir a montanha, ele imaginou que esse era o motivo de terem construído as casas no sopé da montanha e não no seu topo, mas essa identificação é controversa na comunidade arqueológica.

Jabel Al Laws

Outra teoria sugere o Monte Jabal al-Laws, na Arábia Saudita, no lugar onde se encontrava a antiga terra de Midian. A distância entre o possível lugar da terra de Goshen e a possibilidade de lá ter sido a terra de Midian é de aproximadamente 450 km, e esse alcance não corresponde à proximidade do monte Sinai à terra de Goshen

Jab el Halal

Vários estudiosos sugeriram identificar Jab el Halal como o Monte Sinai da Torá, sendo que a localização da montanha se encaixa na “rota norte” do êxodo.  Sua escolha foi devido à sua relativa proximidade com Kodirat e Kadis que alguns estudiosos identificaram como sendo Kadesh Barnea

Serbit al-Khadam

Dr. Zvi Ilan sugeriu a identificação de Serbit al-Khadam com o Monte Sinai, que também é controverso entre os pesquisadores

Jabel Sin Bisher

Uma hipótese apresentada pelo professor Menashe Harel sugeriu a identificação de ‘Jabel Sin Bisher’ localizado na parte ocidental de Wadi Suder, no oeste do Sinai, como sendo o Monte Sinai da Torá.

E finalmente conclusão : aonde fica o verdadeiro Monte Sinai? Dentro do seu coração!

O Rebe de Lubavitch e o Monte Sinai

No início de 1956, o Egito nacionalizou a Companhia do Canal de Suez, controlada pelo Reino Unido e pela França e fechou o Estreito de Tiran à navios israelenses paralisando assim o porto de Eilat.

Ao mesmo tempo, o enorme estado árabe estava fortalecendo sua força militar e adquiriu um grande armamento da antiga Tchecoslováquia, e tudo isso levou a Grã-Bretanha e a França a convencerem Israel a entrar em uma guerra contra o Egito.

O jovem Estado de Israel embarcou em uma batalha conhecida como Operação Sinai, ou pelo segundo nome, Operação Kadesh, durante a qual conquistou a Península do Sinai, danificou a infra-estrutura militar egípcia e aniquilou dos terroristas que dominavam aguerrida região

Quando os soldados da IDF conquistaram a Península do Sinai, alguns também chegaram a uma das montanhas que os pesquisadores acreditam estar associada ao Monte Sinai.Um desses soldados era o Dr. Moshe Herb, que estava muito animado com o fato de estar pisando onde (talvez) nossos ancestrais estiveram há três mil anos atrás.

Ele se aproximou pensando que poderia estar onde o povo judeu foi criado como um povo, onde recebemos a Torá, e subiu animadamente para a montanha, onde (talvez) Moshe Rabeinu cuja montanha leva seu nome (jab el Mussa) tivesse recebido a Torá.

No entanto, chegando lá em cima, ao contrário da expectativa que ele tinha de transcendência espiritual, de uma alegria especial, ele não sentiu nada.  Apenas uma decepção.  Ele não sentiu que essa era a montanha certa, não sentiu quis lá era o Monte Sinai.

Depois que o soldado Dr Moshe Herb voltou da frente de batalha para sua casa, ele enviou uma carta ao Lubavitcher Rebbe expressando seus sentimentos sobre a identificação da montanha

O Rebe respondeu para ele com as seguintes palavras: “Em resposta ao que você escreveu que escalou uma montanha achando que lá era o Monte Sinai e não sentiu que era a mesma montanha”. Continua o Rebe dizendo: A localização física ou geográfica do Monte Sinai não tem para nós nenhum significado especial, porque todo o significado do Monte Sinai é que nele recebemos a Torá com o objetivo de cumprir a Torá conforme necessário, pois ela se torna parte integrante de nossas vidas.

A Torá, continua o Rebe escrevendo  para o soldado, é “Torá de Vida”, não é simplesmente um ensinamento mas também um modo de vida para nós.  A Torá é “o manual de instruções do mundo” e suas instruções são eternas, tanto para o mundo quanto para todo judeu a qualquer hora e em qualquer lugar.

A verdade é, explica o Rebe, que todo judeu em sua alma está vinculado com a Torá, mesmo que às vezes pareça se comportar de maneira um pouco diferente.

E esse é realmente o segredo da metodologia de Chabad: trazer todo judeu ao amor ao próximo de forma tranquila, por meio de um caminho de amor, e devolvê-lo à Torá dada no Monte Sinai, sem confundir e esconder a verdade da Torá.  Apenas removendo a cobertura que esconde seu verdadeiro vínculo (desse judeu) com a Torá.

E o Rebe termina sua carta com um resumo prático: não é suficiente entender a Torá ou o sentimento positivo que o judeu tem pela Torá, ele deve realmente colocar tudo em prática, cumprir as Mitsvot, porque esse é o propósito do homem.

Então, se te  perguntarem “onde exatamente está o Monte Sinai?”  Você pode apontar para sua localização exata: é bem aqui, dentro do coração, onde minha mente e a sua estão conectadas com a Torá.

Mas isso não basta, continua o Rebe, você tem que descer da montanha, ou, mais corretamente: dar vida à montanha, à vida cotidiana e, de fato, agir de acordo com as instruções que recebemos de Hashem no Monte Sinai, ou seja, de acordo com a Torá