Porque fazemos todo dia uma combinação diferente de Sefirót junto com a contagem do Omer ?

 


Um dos princípios da fé judaica é que D’us não se compara à matéria mas está infinitamente acima dos conceitos materiais.

O Zohar explica que quando D’us criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é a imagem e semelhança espiritual e não a material, se trata da revelação Divina como ela acontece nas Dez Sefirot nos mundos superiores, não se trata de nenhuma imagem e semelhança material.

Em outras palavras, nossa essência é a nossa Alma Divina, nosso lado superficial é a nossa alma animal, e o nosso trabalho durante os dias da Sefirat HaOmer é alinhar as Sefirót da nossa alma animal com as Sefirot da nossa Alma Divina, nosso lado espiritual.

Nesses quarenta e nove dias, passo a passo vamos deixando de ser animais e vamos nos transformando em pessoas puras, refinadas e reluzentes.

Sendo que a Alma Divina se revela principalmente no nosso intelecto e a nossa Alma animal se revela principalmente nos nossos sentimentos, nosso trabalho vai ser refinar as sete sefirot que são ligadas aos nossos sentimentos, ao nosso caráter

Essas sete Sefirot emocionais podem ser usadas positiva ou negativamente.

Atraindo bênçãos Divinas para nós

O livre arbítrio do ser humano significa que ele pode usar esses atributos como quiser.

Todos nós podemos escolher viver uma vida destacada pela bondade e santidade, sermos tímidos, piedosos e gostarmos de fazer favores, essas são as qualidades do nosso povo

Mas somos, também, livres para escolher exatamente o oposto, e depois agüentar as conseqüências de nossas escolhas.

O prazer que sentimos fazendo uma coisa ruim é intensamente maior do que o prazer que se sente fazendo uma coisa boa

Mas o pagamento pela coisa ruim que deixamos de fazer por termos conseguido nos cotrolar é um prazer intenso e eterno, e infinitamente maior do que o prazer que teríamos fazendo a coisa ruim caso não tivéssemos conseguido nos controlar

Todo ser humano possui as sete Sefirot ligadas aos nossos sentimentos, mas geralmente uma delas exerce uma influência maior no nosso caráter do que as outras .

Para refinar todas as facetas de nossa vida, precisamos refinar todos os sete atributos, especialmente aqueles que não são o nosso forte.

Mas, também temos que ter certeza de utilizar de modo adequado e pleno a Sefirá emocional que pulsa mais fortemente dentro de nós.

Temos último dia da Sefirat HaOmer para trabalhar nessa grande tarefa de consertar e melhorar nossas sete Sefirot ligadas ao nosso caráter, e recebemos por meio disso todas as bênçãos espirituais e materiais, trazendo para o nosso povo como um todo, e para toda a humanidade, muita paz, muita prosperidade e grandes realizações.

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

Ha’Hodesh

Nesse Shabat, depois da Parashá da semana vamos ler uma Parashá especial sempre lida em Rosh Hodesh Nissan. Ela é na verdade a primeira Mitzvá da Torá

 


Kidush Ha’Hodesh

 

Parashat HaHodesh nos conta sobre a primeira Mitzvá da Torá que é chamada de Kidush HaHodesh (santificação do mês).

 

No calendário Judaico você pode apontar com o dedo e mostrar para uma criança a mudança de um dia para o outro e a mudança de um mês para o outro.

 

Você mostra para a criança um dia terminando com o pôr do sol e o próximo nascendo com a saída das estrelas, o mês nascendo com o nascimento da lua e terminando com o desaparecimento dela.

 

A Mitzvá chamada “Kidush Ha’Hodesh” começou a ser oficialmente cumprida com a saída do Egito e foi praticada por mais de 1700 anos .

 

Essa Mitzvá consiste em dois Judeus testemunharem em frente ao Beit Hadin Hagadol (supremo tribunal rabínico) que viram o nascimento da lua.

 

Assim era decretado o nascimento do novo mês e as datas das suas respectivas festas judaicas.

 

Sempre que chegava o mês de Adar e a primavera ainda não tinha chegado o “Beit Hadin Hagadol” acrescentava um mês de Adar a mais fazendo o equilíbrio entre o ano lunar e o ano solar.

 

Esse procedimentocedimento começa com a saída do Egito e continua até a época de Hilel Nessía , época em que o imperador romano Constantino apoiou o cristianismo causando sérios problemas para os judeus da terra santa , fechamento de Yeshivot e dispersão da comunidade.

 

Hilel Nessía que era o descendente direto do grande Sábio Hilel Hazaken, em vista à situação escreveu o calendário judaico fixo que é um ciclo de dezenove anos que intercala doze anos de doze meses com sete de treze meses fazendo o maior equilíbrio possível entre o ciclo do sol e o da lua .

 

O Rambam nos explicou que esse calendário fixo vinha desde Moshe Rabeinu e por meio dele os Sábios do Beit Hadin Hagadol sabiam se as testemunhas estavam certas e também usavam esse calendário em meses de céu coberto.

 

Com o recebimento da Mitzvá de Kidush Ha’Hodesh começamos a contar os meses e os anos a partir da criação do mundo.

 

Por que nosso calendário não começa a partir do dia que começamos a contar?

 

Porque a Torá já nos foi entregue com todos os detalhes da criação do mundo incluindo os anos de vida do primeiro homem e de seus descendentes nos dando o cálculo exato de quantos anos se passaram desde a criação do mundo até a entrega dessa primeira Mitzvá.

 

Os dois fatores se uniram e começamos a contar os meses e anos em continuação à contagem anterior que a Torá nos revelou.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

Shabat Pará

A Vaca Vermelha

 

O Baal Shem Tov nos ensinou que todos os mandamentos Divinos são eternos, porque a Torá é a revelação Divina e D’us é eterno.

 

A Torá é a sabedoria Divina que desceu ao nosso nível, como por exemplo um pai muito sábio que ensina ao filho mais velho uma sabedoria muito profunda.

 

Quando ele fala com o filho pequeno, a sabedoria profunda desce ao nível da criança aparentando ser uma coisa simples, mas por trás disso se encontra uma sabedoria profunda.

 

Assim também são os mandamentos Divinos, cada um tem por trás de si diferentes aspectos, muitas vezes desconhecidos.

 

O lado simples do mandamento Divino chamamos de “Pshat”.

 

O Pshat é o jeito simples e específico de cumprir o mandamento na prática tendo muitos deles um local e tempo determinado que não é necessariamente “aqui e agora”.

 

No Pshat o mandamento pode acontecer poucas vezes como no caso da Vaca Vermelha da nossa Parashá, ou não acontecer nunca como no caso do ”ben sorer umore” que é um mandamento da Torá que nunca aconteceu e nunca acontecerá.

 

Mas todos os mandamentos Divinos tem um aspecto no qual eles são eternos e acontecem “aqui e agora” mas em outro nível. Um desses aspectos é chamado de ”Remez” (indicação)

 

Nossa Parashá nos conta sobre o mandamento da Vaca Vermelha, um mandamento que aconteceu na prática somente nove vezes em toda a nossa história e vai acontecer mais uma vez na época do Mashia’h

 

Esse mandamento tem uma característica interessante que é a de impurificar os puros e purificar os impuros

 

Diz o Baal Shem Tov que o “Remez” desse mandamento é o orgulho.

 

Orgulho: qualidade ou defeito?

 

O orgulho é comparado à Pará Adumá, a Vaca Vermelha, ele purifica os impuros e impurifica os puros.

 

Quando uma pessoa se comporta de maneira incorreta ele está distante de D’us, e para conseguir sair dessa impureza a pessoa deve se encher de orgulho

 

Ter orgulho de cada mandamento que cumpre, de cada Tzedaká que dá, sentir que faz algo por D’us e que agora D’us está em dívida com ela e vai dar para ela um paraíso enorme

 

Mas aí ela chega à uma etapa aonde se acomoda e acha que já fez até demais.

 

Nessa hora o orgulho que serviu para ela crescer faz ela se acomodar. Se torna uma barreira, se torna um um bloqueio. De purificador vira impurificador!

 

Sendo que nessa etapa o orgulho deixa de ser um remédio e se torna um veneno, deve ser eliminado

 

Para eliminá-lo a pessoa deve se lembrar que toda a Tzedaká que deu foi somente parte do que Hashem deu para ela, ainda mais, foi a parte pequena da benção Divina que ela recebeu.

 

E todos os mandamentos Divinos que ela cumpriu foram com a força e saúde que Hashem deu para ela, e ainda mais, foi somente com um pouquinho dessa energia que recebeu de Hashem

 

Descobre que ela era somente uma criança pequena segurando a direção do carro do papai e achando que estava dirigindo

 

Aí o Yetzer Hará (a má inclinação) pode falar para ela- : Viu! Você nunca fez nada! Você é uma incapaz! Ou sugerir para ela uma falsa humildade dizendo:- Quem é você para fazer alguma coisa? E tirando dessa maneira a auto estima dela e a derrubando para baixo.

 

Aí o orgulho é novamente necessário para fazer ela subir, e agora que ela já está cumprindo os mandamentos Divinos ela toma a decisão de acrescentar na qualidade, caprichar mais nos mandamentos, estudar mais Torá, subir de verdade!

 

Agora ela se sente verdadeiramente um Tzadik!

 

E nessa hora que ela chegou à um nível mais elevado e parou de subir, o orgulho se torna novamente um veneno, ela se sente dona da razão reage com crueldade, de maneira desproporcional e fora de controle à qualquer mínimo ataque feito à ela ou ao que ela representa, achando que quando atacada, em legítima defesa pode massacrar quem a atacou

 

principalmente quando se trata de um assunto religioso no qual ela tem razão, se esquecendo totalmente que as palavras dos sábios são ouvidas com tranquilidade, e principalmente ditas com tranquilidade

 

Novamente o orgulho faz com que ela volte a ser impura e tem que ser eliminado

 

Conclusão: o orgulho em relação ao nível superior que devemos alcançar é indispensável, sem ele não chegamos lá, mas em relação ao nível que já foi alcançado é destrutivo

 

Por isso não temos que olhar para trás, para o que já fizemos, mas sim para frente, para o que podemos fazer melhor, porque sempre em relação ao nível superior o orgulho é um vento à nosso favor!

 

Rabino Gloiber

sempre correndo

mas sempre rezando por você ❤️🥰🌻

 

 

Suco de uva “Borê Pri HaGafen” para Pessa’h e também para o ano inteiro

Nas primeiras duas noites de Pessach “Leil Hasseder” temos que tomar quatro copos de vinho.

 

Você que mora em uma cidade aonde os vinhos casher ainda não chegaram pode fazer um suco de uva verdadeiro, benção “bore pri hagafen” , e cumprir a Mitzvá de tomar os quatro copos de vinho sendo que pela Hala’há um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho e serve para o Kidush.

 

Essa receita pode ser usada também para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano principalmente se você tem crianças em casa (eu também faço assim)

Modo de preparo

1- Compre uma panela de pressão nova para Pessach (e guarde ela para ser usada só em Pessach) todos os utensílios usados para o preparo desse suco para Pessach também devem ser “Kasher Lepessach” , ou seja, devem ser novos ou eram novos quando você comprou e você usou eles somente para Pessach.

2- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro da panela.

3- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão encima para elas​ não flutuarem encima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.

4- Tampe a panela de pressão , acenda o fogo e deixe somente começar a ferver desligando no primeiro vaporzinho da pressão.

5- Penere o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro de um coador de café comprado para ser usado somente em Pessa’h

 

pode se usar também uma peneira que foi comprada para ser usada somente para Pessach.

 

nesse caso você amassa as uvas com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa .

6- Coloque o suco em garrafas (como dissemos antes, todos os utensílios dessa receita devem ser casher Lepessach)

7- Mantenha o suco na geladeira .

 

Se você fizer ele alguns dias antes de Pessach coloque ele no freezer e só descongele na véspera de Pessach, e mesmo assim depois disso mantenha ele na geladeira e só retire para as refeições.

 

Caso ele tenha ficado fora da geladeira e começado a fermentar não se preocupe, ele não virou “chametz” ! (sendo que chametz só é a fermentação dos cinco cereais trigo aveia centeio cevada e espelta)

 

(A polpa que ficou na peneira pode ser batida com água e açúcar para fazer um suco “sheacol” que só não pode ser usado para o Kidush e os quatro copos)

Agradecemos imensamente ao Reb Avraham Arbeter da fábrica de vinhos casher “Guefen” pela receita

 

Começamos a nos preparar para Pessa’h

Pessach

 

Dizem nossos Sábios: “Trinta dias antes da festa temos que revisar as leis da festa”.

 

Aprendemos isso de Moshe Rabeinu que no primeiro Pessa’h no deserto ensinou ao povo de Israel as leis de “Pessa’h Sheini” que aconteceria um mês depois.

 

Agora estamos na fase de começar a limpar a casa para Pessa’h e depois vendemos o “hametz” para um “não judeu”.

 

Sendo que essa venda tem que ser feita de acordo com todos os tipos de venda da Torá, temos que delegar essa função à um Rabino ortodoxo que sabe como fazer isso.

 

Muitos sites judaicos religiosos no mundo inteiro já abriram essa venda pelo internet.

 

Sendo que essa venda precisa ser feita de acordo com todos os meios de venda da Torá , a própria venda não pode ser feita pelo internet, mas o que fazemos pelo internet é somente dar a permissão para o Rabino vender o nosso “hametz” pessoalmente para o “não judeu” na véspera de Pessa’h , e essa permissão podemos dar pelo internet e já a partir de agora.

 

Uma das regras da Torá é: “Mezakim Laadam Sheló Befanaiv”, isso quer dizer que você pode dar um mérito para alguém mesmo sem ele saber.

 

Por causa disso você pode dar autorização para o Rabino vender o “hametz” de um judeu que pode vir a esquecer de fazer isso, e essa autorização para o Rabino vender o seu hametz e o hametz dessa pessoa você pode fazer pelo internet.

 

Mas prestando toda a atenção no fuso horário do lugar aonde você mora e do lugar aonde seu amigo mora.

 

Por exemplo, alguém que mora em S.Paulo e tem um amigo em Israel que com certeza vai esquecer de vender o hametz e vai ficar feliz de você ter autorizado ao Rabino a venda do hametz dele.

 

Se você entrar em um site de um Beit Chabad em Israel e autorizar a venda do seu hametz e do dele lá em Israel, o hametz dele vai ser vendido nos horários certos, mas o seu vai ser vendido antes da hora e comprado para você de volta pelo Rabino um dia e meio antes de terminar o seu Pessa’h em S.Paulo.

 

Conclusão, você tem que autorizar a venda do hametz do seu amigo que mora em Israel para um Rabino em Israel.

 

Mas para autorizar a venda do seu hametz você tem que procurar um Beit Chabad dentro do seu fuso horário que no caso de S.Paulo é o fuso horário de Brasília conhecido como “-3” .

 

Acesse ao site:

 

https://pt.chabad.org/holidays/passover/sell_chometz_cdo/jewish/Venda-seu-Chamts-Online.htm

 

e autorize a venda do seu hametz para Pessa’h 2025

 

 

Por trás dos bastidores da Meguilá


Por trás dos bastidores da Meguilá

 

Pergunta o Zohar: porque aquela geração teve que passar por um susto desses? E a resposta do Zohar é: porque eles tiveram o prazer em participar da festa daquele criminoso que era Ahashverosh, o Rei da Pérsia.

 

Mas esse motivo sozinho, diz o Zohar, ainda não seria o suficiente para justificar um susto dessa proporção. Então o próprio Zohar traz mais um motivo: Aquela geração é a mesma que tinha se prostrado na frente da estátua de Nabucodonosor antes dos persas conquistarem a Babilônia

 

Ou seja, aquela geração tinha uma pendência anterior de ter se prostrado na frente da estátua de Nabucodonosor mesmo sem acreditar nisso, e tiveram a oportunidade de retificar essa transgressão se não tivessem participado da festa que Ahashverosh fez para todos os habitantes de Shushan Habirá

 

Naquela festa Ahashverosh se vestiu com as roupas do Cohen Gadol e distribuiu vinho nos copos de ouro do Beit Hamikdash, expressando dessa maneira que a nossa religião é um assunto puramente cultural, somente um folklore, mas que não tem um D’us de verdade que interage com a sua criação dando um prêmio para quem faz o bem e um castigo para quem faz o mal

 

Então aparece um Haman que faz um decreto de morte à todos os judeus que professam a religião judaica colocando todo o nosso povo em uma situação de morrer como judeus ou salvar a própria vida trocando de religião

 

Por trás do decreto de Haman

 

A Meguilá nos conta que em Shushan Habirá havia um judeu, e o seu nome era Mordehai ben Yair ben Shim’i ben Kish e ele era da tribo de Biniamin

 

Surge a pergunta: Se ele era da tribo de Biniamin, porque ele é chamado de judeu que é alguém que pertence à tribo de Judá?

 

Explica a Guemará que a palavra “Judeu” recai sobre todos aqueles que não se prostram na frente da idolatria, e portanto tanto os Cohanim quanto os Leviim daquela época foram chamados de judeus pelo motivo de professarem a religião judaica e não se curvarem na frente da idolatria, e não pelo motivo de pertencerem à tribo de Judá

 

O Midrash nos conta que Haman, à exemplo do faraó do Egito e de Nabucodonosor rei da Babilônia, se considerou um deus. E por isso Mordehai não se prostrava na frente dele mesmo sendo isso uma ordem do Rei

 

O Ralbag, um grande Rabino da idade média, nos conta que explicaram para Haman que Mordehai não pode se prostrar na frente dele por motivos religiosos, por ser judeu, e que por esse motivo Haman decidiu fazer um decreto de morte à todos os judeus,  ou seja, à todos os que professam a religião judaica!

 

Mas se um judeu se convertesse à outras religiões, para Haman ele não seria mais judeu, e esse decreto não recairia mais sobre ele

 

O povo de Israel se manteve firme na sua religião mesmo consciente de todas as consequências, sendo que aquele decreto foi feito para todos os 127 países do mundo que naquela época pertenciam ao império persa e não tinha para onde fugir.

 

Ou seja, todos os judeus estavam dispostos a morrer pela nossa religião

 

Diz a Guemará que quando nós fazemos Teshuvá e voltamos a nos comportar de acordo com a Torá, descobrimos que D’us já tinha criado o remédio antes de criar a doença.

 

Ou seja, D’us cria a solução antes de criar o problema, e por meio da nossa Teshuvá Hashem nos revela a solução

 

Antes de Haman fazer o decreto contra o nosso povo aconteceram algumas coisas que somente depois do decreto vimos que aqueles acontecimentos tinham sido milagres sobrenaturais e indispensáveis para a nossa salvação

 

A morte da Rainha

 

Vashti, a rainha da Pérsia, vinha de uma linhagem real, ela era a neta do rei da Babilônia.

 

Quando Ahashverosh se casou com ela, ele também entrou na família real, e portanto ela era o motivo da sua realeza e a última pessoa no mundo a quem ele teria interesse em prejudicar

 

No sétimo dia do banquete que Ahashverosh fez para os habitantes de Shushan, banquete no qual ele expressou que a profecia do profeta Yermiahu (Jeremias) de os judeus voltarem para Jerusalém depois de setenta anos não aconteceu e portanto esse profeta é falso e esse D’us não existe

 

Ele mandou os sete ministros da Babilônia chamarem a rainha Vashti para mostrar toda a sua beleza no banquete dos homens

 

Aquele dia era Shabat. A rainha Vashti, uma antissemita diplomada e pós graduada que propositalmente recrutava jovens judias para fazer com que elas profanassem o Shabat, e quando elas se recusavam eram obrigadas a desfilarem por toda a cidade nuas e montadas a um cavalo

 

Essa mesma rainha Vashti é chamada pelo Rei para desfilar totalmente nua no Shabat no banquete dos homens, mostrando que esse D’us que está sendo proclamado nesse mesmo banquete como “inexistente” está interagindo no mundo e fazendo as coisas mais surreais acontecerem como se fossem as coisas mais naturais

 

Hashem fez um milagre e a rainha Vashti antes da sua “apresentação” tem uma grave doença estética e não pode se apresentar.

 

Um dos sete ministros, que de acordo com o Midrash era o próprio Haman, aconselhou o rei a matar a rainha por ter desobedecido o rei e ter dado um mau exemplo para o povo

 

O Rei, ao contrário da sua própria ideologia, manda matar a rainha Vashti, fazendo com que a profecia do próprio profeta Yermiahu sobre a Babilônia que incluía a morte da neta do rei da Babilônia acontecesse

 

Yermiahu era esse profeta que o rei estava desacreditando no seu banquete pelo fato de o próprio rei ter errado na conta de setenta anos que o profeta Yermiahu fez, e não pelo profeta ter errado

 

Afinal das contas com esse grande milagre sobrenatural que aconteceu sem que ninguém percebesse, o “status quo” mais sólido da época foi destruído abrindo as portas para uma grande mudança

 

Quando passou a fúria do rei ele teve um grande remorso pelo que fez, por ter matado a sua rainha, demonstrando que tudo tinha acontecido por um motivo superior a própria vontade dele.

 

Vendo a tristeza do rei, seus servos o aconselharam a fazer um concurso de miss universo entre todos os 127 países para encontrar a mulher mais bonita do mundo e se casar com ela

 

A nova rainha, mais um milagre surreal

 

A Guemará nos conta que Ester era esverdeada e só por milagre alguém poderia achar ela bonita.

 

Hashem fez um milagre surreal e todos acharam que ela era a mulher mais bonita do mundo

 

Ester era uma judia religiosa que não entendia nada sobre relações íntimas, e a parte mais importante desse concurso era passar uma noite com o rei.

 

Diz o Ari Zal que uma demônia em forma humana substituía Ester nessas horas e deixava o rei  “louquinho”.

 

Ou seja, a artista principal é substituída por alguém muito parecida para as cenas de “perigo”, e nesse caso, essa personagem espiritual negativa se materializava na aparência perfeita de Ester

 

Bigtan e Teresh

 

Mordehai era membro do grande tribunal rabínico de Yerushaláim conhecido como Sanedrin. Lá cada pessoa era ouvida na sua própria língua, e o Sábio que não soubesse setenta línguas não era aceito como membro do tribunal

 

Dois funcionários públicos de Ahashverosh provenientes de um país distante com uma língua rara que ninguém conhecia a não ser quem era de lá, conversaram entre si na frente de Mordehai e planejaram assassinar o rei.

 

Ninguém conhecia essa língua, fora Mordehai, e a pessoa mais interessada no mundo em receber essa informação era o próprio Mordehai, e tudo isso acontece na frente dele por milagre surreal

 

Porque se eles assassinassem o rei que não tinha um filho para o suceder, a segunda figura na corte era Haman e o decreto contra o nosso povo aconteceria sem impecilhos.

 

O único jeito de anular o decreto de Haman era por meio do rei, e esse rei quase foi assassinado se não fosse esse milagre.

 

Mordehai repassa essa informação para Ester que a repassa para o rei em nome de Mordehai, e esse fator vai ser importantíssimo para mudar o imutável “Status quo” de Haman ser a pessoa tomadora das decisões da potência mundial  que domina o mundo inteiro

 

Nossos profetas e o anel do rei 

 

A Guemará nos conta que desde que o povo de Israel recebeu a Torá até a época em que aconteceu o milagre de Purim, nosso povo teve 48 profetas e sete profetizas que fizeram o possível e o impossível para nos trazer de volta ao judaísmo e não conseguiram, mas quando Ahashverosh tirou seu anel e o entregou à Haman para fazer os seus decretos, nosso povo fez Teshuvá

 

Mordehai pede para Ester pedir ao rei para anular o decreto. Ela responde que o rei não a chamou já faz um mês, e todo aquele que entrar no pátio do rei sem ser convidado é condenado à morte, e como sabemos, a rainha Vashti tinha sido executada por muito menos do que isso

 

Só há um jeito de a pessoa sobreviver, que é o rei abrindo uma excessão e estendendo seu cedro de ouro para aquela pessoa, e Ester não queria se arriscar.

 

Mordehai pede para ela fazer isso de qualquer maneira. Então ela pede para Mordehai reunir todos os judeus da cidade e fazer três dias de jejum e rezas, e ela e as suas jovens ajudantes também vão fazer igual

 

Todo o povo faz Teshuvá, e depois de três dias de jejum e rezas Ester entra no pátio do rei sem ser chamada

 

Sabemos que esse rei era obsecado por mulheres bonitas e não existe pessoa mais feia no mundo como alguém que está três dias sem comer, como nos lembram as “vacas magras” do Egito, feias e ruins

 

Hashem faz um milagre surreal e desperta no rei uma enorme paixão por Ester, e ele diz que ela pode pedir qualquer coisa até metade do império. Ela diz que veio convidá-lo para o banquete que ela fez para Haman…

 

O plano de Ester

 

Ester queria que o rei perguntasse à si próprio: será que uma pessoa normal arriscaria a própria vida para convidar alguém para uma festa que ela está fazendo para outra pessoa? E dessa maneira despertar os ciúmes do rei em relação à Haman.

 

O rei suspeitando de alguma coisa entre os dois entraria em pânico sendo que se o rei fosse assassinado e Haman se casasse com a rainha, o império continuaria funcionando sem nenhum problema, ninguém precisaria mais do rei e ele seria esquecido

 

No final do banquete o rei oferece à Ester até metade do reino, e ela pede para ele vir amanhã também no próximo banquete que ela vai fazer para Haman

 

Naquela noite o Rei não conseguiu dormir. Ele se questionou : “Porque ninguém passaria para ele a informação de que alguém poderia estar querendo assassiná-lo? “

 

Talvez alguma vez alguém já salvou a vida do rei e o rei não fez nenhuma honraria para aquela pessoa, e por isso ninguém mais estaria motivado para passar alguma informação que salvasse a vida do rei?

 

Com esses pensamentos atrapalhando o seu sono ele pede para lerem na frente dele o “diário” dos principais acontecimentos do reino.

 

Com certeza muitas páginas se passaram desde que Mordehai salvou a vida do rei e nada foi dado à ele, e milagrosamente o longo pergaminho se abre por si só naquela página

 

O rei pergunta se Mordehai recebeu algo por ter salvo a vida do rei e a resposta é negativa. O rei pergunta se há alguém esperando ele no pátio, e lá estava só Haman esperando para pedir permissão ao rei para enforcar Mordehai em uma forca de cinquenta metros de altura que ele preparou no pátio da sua casa para enforcar Mordehai.

 

O milagre da construção da forca 

 

Por incrível que pareça o fato de ele ter mandado construir essa forca tão alta no pátio da sua casa para enforcar Mordehai também entra na lista dos milagres da Meguilá, porque se não fosse essa forca Haman não seria enforcado

 

O Rei pergunta para Haman o que fazer para a pessoa que o Rei tem interesse na sua honra. Haman imagina que obviamente está se tratando somente dele

 

Haman sugere para o Rei vestir essa pessoa de rei, montá-lo no cavalo do rei e um dos maiores ministros levá-lo para um desfile em toda a cidade proclamando na sua frente que esse é o homem que o rei está interessado na sua honra, o homen que salvou a vida do rei. O rei pede para Haman fazer tudo isso para Mordehai

 

Naquela noite, no segundo banquete de Ester, o Rei pergunta à ela qual é o seu pedido até a metade do império. Aí ela declara que ela quer a própria vida de presente, porque ela e o povo dela foram vendidos para serem mortos

 

O Rei fica furioso e pergunta: quem teve a ousadia de fazer uma coisa assim? E ela diz: um homem sádico e inimigo, Haman, esse criminoso

 

O rei saiu um pouquinho para o Jardim, e quando volta vê Haman deitado sobre o divã de Ester pedindo desculpas para ela.

 

O rei que já estava com medo desse “relacionamento” desde que Ester arriscou a própria vida para convidar o rei ao banquete que fez para Haman, exclamou: e também violentar a rainha comigo em casa?

 

Sendo que essa palavra saiu da boca do rei, já seria um bom motivo para Haman ser condenado, mas sendo que o “status quo” de Haman como primeiro ministro da Pérsia era muito sólido, o rei ainda poderia se acalmar e entrar em um acordo com Haman.

 

Nessa hora vimos o milagre de Haman ter feito a forca para Mordehai. Hashem faz mais um milagre surreal e Eliahu Hanavi aparece em forma material de um dos encarregados do rei, aponta para a forca de 25 metros visível da casa de Haman e diz ao rei: olha também a forca que fez Haman para Mordehai que salvou a vida do rei, 25 metros de altura.

O reflexo imediato do rei é ordenar o enforcamento de Haman na forca que ele preparou para Mordehai, nos mostrando que: se faltou criar alguma parte do “remédio antes da doença” Hashem dá um jeitinho e sempre manda Eliahu Hanavi em um caso de emergência

 

O decreto do Rei de sermos obrigados a matar todos os nossos inimigos

 

Mais um milagre surreal, o decreto do Rei não pode ser revogado e os judeus são obrigados a matar os antissemitas

 

Você poderia imaginar que simplesmente fomos salvos mas que os 127 países do império persa seriam como nosso estado de Israel de hoje com setenta anos de existência e cada vez mais atentados terroristas. Mas não,o milagre foi muito maior do que isso

 

Ahashverosh não tinha como revogar o próprio decreto de morte aos judeus incluindo sua própria rainha, e por isso deu o seu anel para Mordehai fazer o decreto contra os antissemitas que era o único jeito de resolver o problema.

 

O rei deu a casa de Haman para Ester e Ester colocou nela Mordehai. Haman tinha sido enforcado, e quando os 127 países receberam o decreto do rei escrito por Mordehai autorizando aos judeus de matarem todos os seus inimigos

 

Eles compararam com o decreto de Haman vigente para a mesma data aonde os inimigos dos judeus poderiam matar os judeus, levaram em conta que Haman estava enforcado, a rainha era judia e o novo primeiro ministro da Pérsia era o Rabino Mordehai que recebeu da rainha a casa de Haman, e com certeza ninguém queria se complicar com esse novo governo.

Nem precisamos dizer que nosso povo se defendeu dos seus inimigos, 75.800 antissemitas foram mortos e todos os povos de todo o império ficaram nossos amigos

Purim Samea’h 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

data Judaica

A clone da Rainha Esther

A festa de Purim começa com a leitura da Meguilá.

 

A primeira pergunta que poderemos fazer é:

 

Se esse rei da Pérsia ficou famoso por entender de mulheres , como vemos no concurso miss universo que foi feito para ele que era o rei de todos os 127 pais que existiam na época, como pode ser que Esther, uma Judia religiosa que não entendia nada desse assunto, ganha um concurso desses onde a prova principal era passar a noite com o rei?

 

Diz o Ari Zal que Hashem fazia um milagre e entrava sempre uma demônia no lugar dela.

 

De acordo com essa opinião o rei da Pérsia Dariavesh é filho daquela figura espiritual negativa que se materializava para “substituir” Esther.

 

A Guemará nos conta que nosso povo teve 48 profetas e sete profetisas.

 

Vemos no Tana’h que o profeta Ovadiahu escondeu 100 profetas em duas cavernas em uma época da perseguição.

 

Só desse exemplo vemos que tivemos mais do que 48 profetas.

 

Dizem nossos Sábios que esses 48 profetas e sete profetisas foram os que escreveram as profecias para outras gerações e Esther é uma das sete profetisas.

 

Haman é chamado de Haman Ha Agagui, ou seja, descendente de Agag, rei de Amalek que sobreviveu por erro de Shaul, o primeiro rei de Israel.

 

Shaul recebeu a Mitzvá de exterminar Amalek, mas deixou Agag vivo com uma escrava que engravidou dele antes de o profeta Shmuel matá-lo.

 

Esther era a descendente de Shaul e por isso a Divina providência trouxe ela para ser a pessoa que vai exterminar a descendência de Agag.

 

E aonde vimos que isso aconteceu totalmente?

 

A Guemará nos conta que os descendentes de Haman se converteram ao judaísmo e se tornaram grandes Sábios de Israel, ensinaram Torá em Bnei Brak.

 

A lei judaica determina que  “Alguém que se converte ao judaísmo é como uma criança que nasceu” e até o aniversário dele passa a ser pelo dia que ele se converteu e não pela data do nascimento biológico.

 

Daqui  vemos que Esther fez totalmente o conserto do erro do ancestral dela, o rei Shaul!

 

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Mensagem da Parashá

Luhot HaBrit

Bom dia pessoas maravilhosas ❤️ 🌻 🥰

 

Nossa Parashá nos conta que Moshe Rabeinu desceu do monte Sinai com as Luhot Habrit, traduzido erroneamente como “tábuas da lei”

 

As “tábuas da lei” são mais um erro de tradução dos padres que traduziram a Torá para o português.

 

A tradução mais próxima para o português seria  “Lousas da Aliança”

 

A Guemará nos conta que essas Luhot eram dois quadrados de pedra de 48cm de comprimento, 48cm de altura e 24cm de largura ” ou seja, todas as medidas delas são retas, elas eram dois retângulos que juntos formavam um quadrado  que pelas suas medidas é um cubo. Elas  eram não eram arredondadas.

 

Em muitos casos elas aparecem arredondadas encima, fato que não tem nada a ver com a nossa cultura judaica mas tem origem na cultura cristã.

 

Ou seja, os primeiros livros judaicos impressos após o século 15 foram impressos em editoras de cristãos, a maioria delas na Itália.

 

As editoras costumavam colocar um enfeite na página inicial, e sabendo que estavam imprimindo um livro religioso judaico colocaram desenhos das “Tábuas da Lei” feitos por artistas de arte sacra cristã como por exemplo Michelangelo, no século 16, que era famoso na época.

 

Naquela época, a tecnologia de impressão recém descoberta baixava tanto o preço dos livros (que antes eram escritos a mão), que ninguém se importou com os desenhos, contanto que tivessem os livros em hebraico.

 

Tempos depois, Judeus que nunca tiveram contato com arte sacra cristã acharam que, sendo que este desenho está em um livro judaico antigo, com certeza ele tem uma origem judaica.

 

E assim essas “Tábuas arredondadas” foram copiadas em todas as sinagogas, lapidadas na parede e no Aron Hakodesh (armário onde se guarda o Sefer Torá), bordadas na cortina do Aron Hakodesh , no Meíl (manto) do Sefer Torá e na cobertura da Bimá (mesa na sinagoga onde se lê o Sefer Torá).

 

Sendo que essas Tábuas redondas estavam em livros e sinagogas antigas, com o tempo todos se acostumaram com elas e acharam que com certeza ela é um símbolo judaico puro.

 

Até chegar o Rebe de Lubavitch e revelar essa história para nós, fazendo com que até o rabinato de Israel mudasse seu símbolo, de Luhot redondas para Luhot quadradas.

 

Então, vamos tirar essas “Tábuas redondas” da nossa cultura!

 

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Milagres revelados demonstrando a presença Divina entre nós

 

Alguns milagres aconteciam nessas Luhot.

 

A escrita ultrapassava de lado a lado, mas aparecia do lado de trás e do lado da frente da mesma maneira.

 

As partes internas das letras que não tinham ligação com suas laterais ficavam paradas no ar no meio dessas letras.

 

Quando Moshe Rabeinu estava nos trazendo as Luhot , o povo tinha sido induzido pela “erev rav” a fazer um “bezerro de ouro”, uma idolatria.

 

Moshe Rabeinu estava descendo do monte Sinai com as Luhot e ao ouvir a festa da idolatria as Luhot cairam das suas mãos e se quebraram.

 

Depois que conseguiu resolver a situação e a idolatria parou, Moshe pediu para Hashem desculpar o povo de Israel pelo acontecido, nos ensinando que o principal da Teshuvá é parar de fazer a coisa ruim e a segunda etapa é pedir desculpas por tê-la feita.

 

Hashem revelou para Moshe uma mina de uma pedra peciosa que por incrível que pareça estava embaixo da terra onde se encontrava a tenda de Moshe.

 

Hashem pediu para Moshe lapidar duas Luhot como as anteriores e subir novamente ao monte Sinai.

 

No Yom Kipur Moshe desceu com as segundas Luhot.

 

As novas Luhot foram guardadas dentro das “Arca da Aliança” junto com todos os pedaços das primeiras Luhot.

 

Elas acompanharam nosso povo até a destruição do primeiro Beit Hamikdash, quando foram escondidas nos túneis que construiu o Rei Salomão e vão ser reveladas novamente quando Mashia’h chegar.🌷

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você ❤️ 🌻 🥰

data Judaica

Shabat Za’hor


Shabat Za’hor

 

Esse Shabat, dia 8 de Adar, é chamado de Shabat Za’hor

 

Nesse Shabat devemos ouvir a leitura de Parashat Za’hor, na Torá

 

Todo ano na manhã do Shabat que antecede Purim, após a leitura da porção semanal da Torá, lemos uma passagem especial chamada Za’hor (“Lembre-se”).

 

Ouvir a leitura dessa passagem chamada de Parashat Za’hor é um dos Mandamentos da Torá.

 

Nela Hashem (D’us) ordena a todo o Povo Judeu se lembrar do mal que nos fez o povo chamado de Amalek que eram os ancestrais de Haman, cujo objetivo é exterminar o nosso povo.

 

A porção de Za’hor nos recorda que Amalek e seus descendentes como Haman são os inimigos de D’us, do Povo Judeu, e de toda a humanidade.

 

Amalek personifica todas as formas de escuridão e mal que há no mundo.

 

Esse povo assume diversas formas, físicas e espirituais, e há um Mandamento na Torá para erradicá-lo da face da Terra.

 

Todos os anos, no Shabat que antecede a festa de Purim, ouvimos a leitura da parte da Torá chamada de Parashat Za’hor.

 

Porque nosso povo precisa se lembrar que Amalek, ou seja, homens como Haman e aqueles que demonstraram explicitamente que estão nessa mesma categoria, não podem ser desculpados com a justificativa de serem pessoas anormais que tem um ódio irracional contra o nosso povo.

 

Esses filhos de Amalek são a essência do mal e estão plenamente conscientes do que estão fazendo.

 

Tanto quando tentaram exterminar o Povo Judeu no passado quanto agora que continuam tentando nos exterminar para poderem estabelecer o reino da escuridão no mundo.

 

O maior inimigo de Amalek somos nós, o Povo de Israel, o Povo da Luz (Isaías 60:3).

 

A Parashá de Za’hor recorda ao nosso povo que uma das nossas missões nesse mundo é a de combater e vencer Amalek, total e definitivamente.

 

Somente quando isso acontecer, na época do Mashia’h, haverá paz e harmonia no mundo.

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você ❤️🥰🌻

 

 

 

Mensagem da Parashá

Urim VeTumim


Urim Vetumim

Nossa Parashá nos conta sobre as roupas do Cohen Gadol.

Muitos segredos se ocultam por trás dessas roupas, como por exemplo o pedido Divino de colocar dentro do Hoshen o Urim e o Tumim

Nas doze pedras preciosas encaixadas no Choshen estavam gravados os nomes dos doze filhos de Yaakov, patriarcas das treze tribos de Israel (no lugar dos nomes de Efraim e Menashe estava o nome de Yossef).

Por trás disso, dentro do Choshen, estava o Urim e Tumim

Quando surgia uma pergunta de importância pública como uma dúvida relativa à estratégia de guerra ou outro assunto público importante que necessitava de uma resposta Divina explícita, ela era perguntada em frente ao Cohen Gadol que vestia o Hoshen.

Então, por causa do Urim e Tumim, um milagre acontecia com as letras dos nomes lapidados nas pedras preciosas

Rabi Yochanan na Guemará (Yoma) diz que um conjunto de letras se destacava e o Cohen Gadol montava com elas palavras por meio de Ruach Hakodesh (Inspiração Divina). Reish Lakish diz que as letras se moviam milagrosamente e montavam palavras

O Ramban, Rabi Moshê ben Na’hman explica que as letras se iluminavam para o Cohen Gadol e assim elas se ressaltavam

O que são Urim e Tumim?

Rashi esclarece que o Urim e o Tumim são o Nome explícito de Hashem escrito e colocado dentro das dobras do Hoshen

Por meio dele as palavras Hoshen se tornavam perfeitas e iluminadas, e por causa desse Nome de Hashem que estava nele o Hoshen é chamado de Hoshen Mishpat

Porque por meio dessa escrita as perguntas eram milagrosamente julgadas e as respostas do Hoshen eram explícitas determinando se fazer ou não fazer o que foi perguntado

Urim

O Ari Zal explica que o Urim era o Nome de Hashem conhecido como Nome “Mem Beit”, letra Mem e letra Beit do alfabeto hebraico cujo valor numérico delas juntas é 42.

Esse nome é chamado de “Mem Beit” por ser composto pelas iniciais de cada uma das 42 palavras da reza cabalística “Ana Bekoa’h”

Tumim

O Ari Zal explica que o Tumim era o Nome de Hashem conhecido como “Ain Beit” (72) que é assim chamado por ser o valor numérico do “Milui” (preenchimento) do nome de Hashem de quatro letras conhecido como Tetragrama,

Ou seja, o nome de cada letra é escrito literalmente e o resultado do valor numérico das letras que compõem os nomes das quatro letras é 72

Quando o Cohen Gadol estava no Mishkan ou no primeiro Beit Hamikdash esses Nomes se encontravam dentro do Hoshen

Diz o Ari Zal que não era possível fazer perguntas dessa forma a não ser dentro do Beit Hamikdash ou do Mishkan

E por isso o Choshen de Aviatar, o Cohen que fugiu da cidade de Nov que foi atacada por Shaul e se uniu à David antes de ele ser o rei de Israel, não tinha o Urim e Tumim

Ou seja, David recebia respostas Divinas do Hoshen de Aviatar por meio do Rua’h Hakodesh do próprio David, e não por causa do Urim e Tumim

Rabino Gloiber

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