O lado espiritual da comida 

 


O lado espiritual da comida 

 

O Zohar que nos traz detalhadamente o motivo que se encontra por trás de todos os assuntos de Kashrut.

 

Quando uma pessoa falece, a Alma deixa o corpo, e consequentemente paira sobre esse corpo um espírito impuro, por esse motivo o cemitério é considerado um lugar impuro.

 

O mesmo acontece com o animal. Quando um animal morre, paira sobre ele um espírito impuro em um nível de impureza menor do que o que paira sobre o ser humano que falece, mas que não deixa de ser um espírito impuro.

 

Sendo que essa carne do animal que não foi abatido de maneira kasher, ou que o sangue dele não foi retirado depois do abate kasher, se une à esse espírito impuro, a pessoa que come essa carne se une à essa impureza.

 

Sendo que não temos a capacidade de elevar essa categoria de alimentos, no lugar de recebermos a energia vital dessa carne e elevarmos ela para cima nos elevando junto com ela, no lugar disso ela nos arrasta para baixo, para o lado impuro

 

E por isso, para o nosso próprio bem, a Torá nos proíbe comer essa categoria de alimentos

 

O mesmo acontece quando comemos a carne dos animais que a Torá classifica como impuros.

 

Nesse caso nem o abate kasher consegue mudar a realidade da impureza espiritual do próprio animal, sendo que ele está verdadeiramente amarrado ao lado impuro

 

O mesmo acontece quando comemos peixes que a Torá classifica como impuros e aves que a Torá classifica como impuras.

 

Se todas as criaturas vem da mesma fonte Divina, porque existem criaturas puras e criaturas impuras?

 

O Zohar nos conta que a fonte das almas dos animais puros é chamada de “klipat noga”.

 

Na klipat noga o bem e o mal estão misturados, e por isso temos a capacidade de elevar o lado bom dessas criaturas e consequentemente nos elevarmos espiritualmente junto com elas.

Quando Hashem (D’us) criou o ser humano, Adam e Havá, era proibido para eles comerem carne.

 

A partir da entrega da Torá, foi permitido para nós comermos a carne dos animais que sacrificávamos no Mishkan, no Templo Móvel.

 

Sendo que a permissão de comermos carne de um animal que não foi sacrificado no Mishkan é uma extensão do status original de podermos comer apenas  a carne dos animais que sacrificamos no Mishkan, a Shehitá (abate kasher) é derivada da zevi’há, abate dos korbanot (sacrifícios), que só pode ser feito por um judeu.

 

E mesmo se for inventada uma máquina que faz o abate kasher exatamente como precisa, o animal que o abate dele foi feito por essa máquina não será kasher por esse motivo.

 

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Emuná

Emuná

 

A palavra hebraica para fé, Emuná, pertence à mesma raíz que a palavra hebraica imun, que significa “treinamento”.

 

Ou seja, para desenvolver a fé precisamos fazer exercícios diários treinando nosso cérebro para pensar da maneira correta, alinhando diariamente nossos à Emuná.

 

Porque a natureza do nosso corpo é a de sempre tentar escapar para raciocínios e pontos de vista mais acomodados e que exijam menos concentração.

 

O Baal Shem Tov trouxe a vitalidade da emuná para todas as dimensões de nossas vidas, revelando o potencial que existe em cada um de nós para mantermos um relacionamento dinâmico contínuo com Hashem (D’us).

 

Ele nos ensinou um modo de vida que nos permite expressar nosso poder espiritual infinito.

 

Seus ensinamentos nos colocaram no nível do versículo dito pelo profeta Habakuk: “O Tzadik vai viver na Emuná, porque os ensinamentos do Baal Shem Tov fazem da fé uma força vibrante que abrange todas as dimensões do nosso comportamento.

 

A qualidade única da fé é que ela permite uma conexão com D’us que transcende os limites do intelecto.

 

Rabino Gloiber

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Reê

 

Será que a nossa Alma está no sangue?

 

Nossa Parashá nos conta que o sangue é a alma.

 

No princípio, quando Hashem (D’us) criou o homem, está escrito que Hashem (D’us) “soprou” nele uma Alma, e não que o sangue é a alma.

 

Então, que alma é essa que está no sangue que não é a Alma que “D’us soprou”?

 

Daqui vemos claramente que essas duas linguagens se referem à duas almas diferentes.

 

Duas categorias de Alma:

 

1- A alma animal

 

Diz o Zohar, clássico da Kabala de quase 2000 anos atrás, que primeira alma a entrar no corpo é chamada de alma animal e está vinculada ao sangue, e por isso está escrito que o sangue é a alma e sobre ela a nossa Parashá está falando.

 

Mesmo essa alma animal estando revestida no corpo inteiro, a principal revelação dela é no lado esquerdo do coração que bomba o sangue oxigenado para todo o corpo e por isso a Parashá usa essa expressão de que o sangue é a alma.

 

Sendo que ela é uma alma espiritual, podemos fazer transfusões de sangue e transplante de coração e ela continua no nosso corpo.

 

A Guemará nos conta que no momento em que uma mãe engravida, é colocada nessa gravidez uma alma.

 

Esse óvulo que vai se desenvolver recebe uma alma animal do nível deste mundo onde o bem e o mal estão misturados, o que o Zohar chama de “Klipat noga”.

 

Ou até uma alma de um nível mais baixo que o Zohar chama de “três klipot tmeot”.

 

Sem ela nosso corpo não teria como crescer e se desenvolver.

 

2- A Alma Divina

 

Um dos princípios da fé judaica é que Hashem (D’us) não se compara à matéria.

 

O Zohar explica que quando Hashem (D’us) criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é sobre a revelação Divina como ela acontece nas dez sefirot e não imagem e semelhança material.

 

Toda linguagem na Torá indica um assunto espiritual . Quando Hashem (D’us) colocou essa alma no primeiro homem é usada a linguagem “soprou”.

 

Diz o Zohar que essa linguagem é representativa, quem sopra, sopra o que tem dentro de si.

 

Por isso não está escrito que Hashem (D’us) colocou no homem a Alma mas que Hashem (D’us) soprou nele a Alma.

 

A linguagem “soprou” é usada pela Torá para nos indicar o nível daquela Alma, querendo dizer que como o sopro é algo que sai de dentro da pessoa, assim também aquela Alma saiu de dentro da essência Divina e é chamada de “uma parte de D’us”.

 

Ela está vinculada à nós de forma envolvente desde que somos gerados, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos.

 

Essa Alma também é dada à quem faz uma conversão ao judaísmo.

 

Ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que foi gerado e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito “guer shemitgaier”.

 

Ou seja, convertido que se converte e não “goi shemitgaier”.

 

Essa segunda Ama se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal.

 

A principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento, o cérebro domina o coração.

 

O objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal que se revela no coração e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino.

 

Essa Alma Divina é você!

 

Você que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos à qual chamamos de vida, e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo, ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta dessa “corrida de obstáculos”.

 

A Neshamá é pura e linda, cada ano que passa ela fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento dos 613 mandamentos Divinos.

 

Poderíamos dizer como por exemplo que cada ano que passa, enquanto o corpo que é a roupa da nossa Alma fica mais cada vez mais velho, a Neshamá, nossa Alma Divina, fica cada vez “mais jovem”.

 

Ficamos cada vez mais jovens e com uma roupa, ou seja, nosso corpo, cada vez mais cada vez mais velha.

 

Chega uma hora que somos obrigados a trocar de roupa para poder continuar o nosso trabalho Divino.

 

Transmigrações da Alma

 

Nossa Neshamá se reencarna quantas vezes for necessário até cumprir todos os 613 mandamentos Divinos.

 

Povo escolhido

 

O povo de Israel é chamado de “O povo escolhido”.

 

Quem participou desse concurso Divino para ser escolhido?

 

Nossa Neshamá não poderia ter participado sendo que ela é diferente das almas dos povos do mundo.

 

Quem se parece com os povos do mundo?

 

Nosso corpo!

 

Ele foi escolhido !

 

O que ele ganhou com essa escolha? Ele ganhou santidade!

 

Quando cumprimos um Mandamento Divino ele recebe santidade! Nosso corpo se torna mais sagrado e refinado.

 

No futuro, quando ressuscitarmos, ele vai reluzir mais do que a Neshamá.

 

Essa Kedushá é a diferença causada por termos sido escolhidos.

 

Conclusão:

 

Agora nossa Neshamá faz nossa alma animal e nosso corpo cumprirem os mandamentos Divinos trazendo para eles Kedushá.

 

Na ressurreição essa kedushá se revela, nosso corpo ressuscita jovem, lindo e reluzente, e nosso mundo material se tornará um paraíso muito maior do que o alto paraíso.

 

Tudo isso no mérito da Torá e das Mitzvót que estamos cumprindo agora!

 

Então, vamos aproveitar essa oportunidade, estudar mais Torá e fazer mais Mitzvot!

 

Vamos pedir para Hashem mandar rápido o Mashia’h para cumprirmos todas as Mitzvót que ainda precisamos cumprir e podermos terminar todo esse nosso trabalho Divino com muita alegria!

 

Rabino Gloiber
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Como devemos nos relacionar aos nossos problemas

Está escrito : ”Talvez você diga no seu coração :

Esses povos são muito mais numerosos do que eu, como poderei conquistá-los?” (דברים ז’ י”ז)

 

Ou seja, talvez você sinta a realidade!

 

Você mediu o tamanho do problema e se conscientizou de que não tem a mínima chance de resolvê-lo.

 

Lá vai a regra geral que Moshe Rabeinu nos dá aqui para todo e qualquer problema (incluindo fechar as contas no fim do mês) :

 

“Não tenha medo deles !

 

Lembre-se do que Hashem fez ao faraó e a todo o Egito, os milagres, as maravilhas etc etc etc.

 

Ou seja, isso é o que devemos pensar e sentir sempre em qualquer situação difícil.

 

Se não saiu como queríamos, com certeza nos espera algo melhor.

 

Mas nós devemos fazer a nossa parte que é fazer os nossos pedidos para Hashem e vivermos confiantes a cada instante, nunca pensarmos que não vai sair como queremos, mas sim nos lembrar dos milagres e das maravilhas que Hashem fez no Egito e nos conscientizar de que assim ele vai nos fazer agora !

 

 

Tefilá:

Aprendemos com Yaakov, nosso terceiro patriarca, que quando surge um problema, em primeiro lugar fazemos nossos pedidos para Hashem (D’us)

 

Yaakov rezou para Hashem ajudá-lo e não precisou usar seu mérito e nem o mérito das bençãos que ele recebeu do seu pai.

 

O mérito de fazermos nossos pedidos para Hashem já justifica recebermos o que estamos pedindo, e isso somente pelo fato de estarmos pedindo para Hashem o que precisamos na hora que precisamos.

 

Com nosso patriarca Yaakov aprendemos algumas regras básicas de como fazer um pedido para Hashem:

Aprendemos com ele que quando rezamos, devemos explicar e especificar o que queremos de maneira clara e detalhada.

Hashem está em todo lugar e sabe o que queremos mesmo sem pedirmos, mas aprendemos com Yaakov que para recebermos alguma coisa sem pedir, necessitamos de um grande mérito lá em cima.

Mérito que até o próprio Yaakov, o maior dos patriarcas, preferiu não usá-lo enquanto não fosse extremamente necessário.

E se até Yaakov que tinha de verdade esse mérito lá em cima, preferiu guardá-lo para que pudéssemos usá-lo nos tempos do Mashia’h, e por isso rezou detalhadamente para não precisar usar aquele mérito, quem somos nós para esperar que Hashem nos faça um milagre sem pedirmos.

E mesmo que muitas vezes Hashem nos faz verdadeiros milagres sem que cheguemos a saber, ou seja, Hashem nos faz grandes milagres ” pelas costas”, mesmo assim o certo é pedirmos detalhadamente quando sabemos o que precisamos, e isso por dois motivos:

1- Se não rezarmos talvez o milagre não aconteça.

2- Se acontecer sem rezarmos, ele poderá ser descontado dos nossos méritos.

 Por isso, diz o Zohar,  Yaakov detalhou sua reza dizendo: – “Me salve por favor, do meu irmão, de Essav, para que ele não venha e ataque as mulheres e as crianças”.


Analisando a reza de Yaakov

1 – “Me salve por favor” (mas de quem? talvez de Lavan?).

 

2 – “do meu irmão” (mas antigamente parentes eram chamados de irmãos!).

 

3- “de Essav” (mas por qual motivo isso é necessário?).

 4- “para que ele não venha e ataque mulheres e crianças”.

 Mesmo que a reza foi curta, uma reza de três versículos, vemos que ela conteve todos esses detalhes e foi eficiente. Nós próprios somos a prova ”viva” de que a Tefilá dele funcionou, senão não estaríamos aqui!

 

O segredo dos Tehilim

 

Se é assim, porque lemos os Tehilim (Salmos) como sendo a melhor reza quando (D’us nos livre) surgem problemas de saúde , financeiros  ou de qualquer outro tipo, se esses Tehilim não estão especificando detalhadamente nenhum dos nossos pedidos, como pode ser que eles servem para tudo?

 Como pode ser que você, lendo uma súplica do rei David pedindo para Hashem o salvar de Shaul, isso vai ser considerado como se você tivesse pedido detalhadamente e da maneira mais correta possível tudo o que você tinha intenção de pedir?

Sobre isso diz o Zohar na nossa Parashá:

 

– “Venha e veja! Nesses Tehilim que falou David, existem segredos e assuntos elevados nos segredos da sabedoria.

 Sendo que todos foram ditos por meio do Rua’h Hakodesh, inspiração Divina,  que pairava sobre David e então ele os cantava. Portanto, todos os Tehilim foram ditos por meio de segredos profundos da sabedoria” .

 Ou seja, quando você lê os Tehilim em hebraico você está expressando o seu sentimento e o pedido do seu coração da maneira mais profunda possível.

 

A intenção do rei David quando ele os escreveu era oculta e as palavras dele representam forças ocultas apelidadas por ele dessa maneira.

 

Mesmo que ler os Tehilim já é o suficiente, mesmo assim é bom antes ou depois do Tehilim fazer o seu pedido explícito e detalhado como o fez Yaakov!

Fora a reza, Yaakov se preparou para uma guerra, e também mandou presentes para Essav, nos mostrando que a Tefilá tem que recair sobre uma ação material.

 Rezamos para que o nosso trabalho dê frutos e fazemos o nosso trabalho com toda a dedicação e empenho.  Pedimos para Hashem nos dar sucesso em tudo o que fizermos e fazemos tudo da melhor forma possível. Somente no caso em que realmente não há o que fazer, a Tefilá por si só já é o suficiente.

 

Rezando por outras pessoas

 

O Baal Shem Tov tinha um mestre que descia do céu para ensinar a ele Torá. Esse mestre era o profeta Ahia Hashiloni que viveu na época do Rei Salomão e foi posteriormente o mestre de Eliahu Hanavi.

 

Disse o Baal Shem Tov que o profeta Ahia revelou para ele que a Sefirá chamada Mal’hut é chamada de din (decreto rígido) e raíz dos dinim é a Sefirá chamada Bina.

 

Por meio da reza elevamos o “din” até a biná e lá adoçamos ele. Ou seja, mudamos o DNA dele na sua fonte e transformamos ele em bondade. Quando rezamos por outra pessoa ligamos ela a essa raiz espiritual, à Biná, e lá ela já é outra pessoa. Então vamos tentar e rezar bastante para que todos os que estão ligados à nós tenhan só alegrias.

 

Pedindo tudo de graça

Mesmo podendo os Tzadikim justificarem o atendimento de seus pedidos, mesmo assim,  pedem à Hashem que atenda aos seus pedidos sem olhar para seus méritos. Pedem para que Hashem atenda aos seus pedidos de graça.

 

A primeira coisa que aprendemos daqui é de não pensar nos nossos méritos na hora de rezarmos e fazermos nossos pedidos. O atendimento à nossos pedidos é um presente que Hashem nos dá por termos pedido.

 

Mesmo assim, quando rezamos, devemos a segurança de que vamos ser atendidos. Nunca podemos imaginar no meio da reza que talvez não sejamos atendidos, porque a falta de fé enfraquece o efeito da reza.

 

Na hora que estamos pedindo qualquer coisa para Hashem temos que acreditar com fé perfeita que o nosso pedido vai ser atendido. Assim, com a nossa fé facilitamos para Hashem (D’us) nos dar tudo o que estamos pedindo para ele

 

Mas se acontecer de você não receber o que está pedindo no momento, saiba que isso é sempre por motivos que são para o nosso bem e em breve veremos isso de forma revelada ou  essa bondade por motivos Divinos vai continuar oculta para nós .

 

Nunca nenhuma  reza é perdida, e quando ela não é atendida ela é redirecionada para algo mais importante que muitas vezes nem sabíamos que precisaríamos tanto disso.

 

E quando recebemos aquela coisa que tanto precisávamos agradecemos à Hashem por ter nos dado aquilo e temos certeza que tínhamos totalmente esquecido de rezar por aquilo.

 

Pedindo para Hashem o que precisamos na hora que precisamos 

 

De acordo com a Torá, a Mitzvá da Tefilá é pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa, como por exemplo em uma hora de perigo, um dos 613 mandamentos da Torá é rezar pedir para Hashem nos salvar do perigo, e isso é um dos princípios da nossa fé.

 

O motivo desse princípio é que por meio disso a pessoa vai saber e entender que Hashem dirige o mundo e toma conta de cada detalhe de cada uma das criaturas, e somente Hashem sozinho tem a possibilidade de nos salvar.

 

O Rambam nos conta no  quinto princípio da fé judaica que o fato de cada cada um de nós ser obrigado a cumprir o mandamento da Tefilá que consiste em pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa, é para nos mostrar que a Mitzvá da Tefilá não é específica para pessoas próximas de Hashem como Tzadikim mas sim para cada um de nós.

 

Quando precisamos de alguma coisa é uma Mitzvat Assé, um Mandamento “Faça”, fazer nossos pedidos para Hashem.

 

Algumas vezes nosso pedido será aceito e realizado, e algumas vezes, para nosso próprio benefício material ou espiritual, nosso pedido não é aceito.

 

Isso se compara a alguém que manda o seu pedido para um rei.

 

Qualquer pessoa pode mandar para o rei um pedido, e mesmo sendo ela a pessoa mais distante, pode ser que o rei vai atender à seus pedidos porque condiz à boa natureza e piedosa do rei atender especificamente aos mais humildes e etc…

 

O fato da pessoa estar mais próximo ou mais distante do rei vai fazer diferença somente em relação aos pedidos sobre assuntos públicos e de grande importância para o povo.

 

Mas assuntos de interesse pessoal de cada um não faz diferença se a pessoa está mais próxima ou mais distante do rei.

 

Nossos Sábios e profetas no exílio da Babilônia viram que estamos esquecendo o que devemos pedir e a frequência na qual devemos pedir, e escreveram para nós a reza de 18 bençãos conhecida como Amidá por falarmos ela em pé como alguém que se encontra na frente do Rei.

 

Os Sábios da Mishná conhecidos como Tanaim e os Sábios da Guemará conhecidos como Amoraim acrescentaram mais algumas rezas seguidos pelos Sábios das outras gerações até chegarmos ao Sidur que é o livro de rezas que temos hoje.

 

Conclusão:

 

Vamos rezar forte e pedir para Hashem tudo o que precisamos na hora que precisamos e ter muita fé de que vamos receber tudo o que estamos pedindo ou que muito mais do que isso Hashem vai dar para nós

 

Rabino Gloiber
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Ekev

Ekev

 

Na nossa Parashá está escrito:

 

וְאָכַלְתָּ וְשָׂבָעְתָּ וּבֵרַכְתָּ אֶת ה׳ אֱלֹקיךָ

 

Vea’halta Vessavata Uvera’hta et Hashem Elokei’ha”

 

Você vai comer até se satisfazer e depois disso você vai abençoar Hashem seu D’us.

 

Nosso primeiro patriarca, Avraham Avinu, costumava hospedar os viajantes em sua tenda, que pela descrição dos nossos Sábios teria o tamanho de pelo menos um quarteirão.

 

Essa enorme tenda tinha uma entrada em cada lado nos seus quatro lados, para facilitar o acesso à ela.

 

Na tenda de Avraham os hóspedes comiam e bebiam do bom e do melhor, e depois de terem comido e bebido, Avraham pedia à eles que agradecessem à Hashem (D’us) que “a Ele pertence a Terra e tudo o que ela contém”.

 

A terra pertence a Hashem (D’us) ou foi dada para nós?

 

A Guemará questiona o fato de dois versiculos do Tehilim aparentemente se contradizerem.

 

Um versículo (Tehilim 24/1) diz :

 

לה’ הָאָ֣רֶץ וּמְלוֹאָ֑הּ תֵּ֝בֵ֗ל וְיֹ֣שְׁבֵי בָֽהּ

 

LaHashem Haaretz Umloá, tevel veyoshvei ba

 

à Hashem pertence a Terra e tudo o que ela contém.

 

E o outro  versículo (Tehilim 115/16) diz:

 

 הַשָּׁמַיִם שָׁמַיִם לַה’ וְהָאָרֶץ נָתַן לִבְנֵי-אָדָם

 

Hashamaim, shamaim laHashem Vehaaretz Natan Livnei Adam:

 

Os céus, os céus são de Hashem (D’us) E a terra é a terra ele deu aos seres humanos.

 

E a própria Guemará responde:

 

O primeiro versículo está falando que a terra é de Hashem porque ainda não fizemos a Bra’há.

 

O segundo versículo que diz que a terra foi dada para nós está se tratando de quando já fizemos a Bra’há sobre o alimento.

 

Portanto, antes de fazer a Bra’há tudo pertence à Hashem,

 

E depois de falarmos a Bra’há aquilo que era de Hashem para a ser nosso.

 

Nossos Sábios nos ensinaram que aquele que tem proveito deste mundo sem falar uma Bra’há é como se estivesse roubando Hashem (D’us)  e o povo de Israel.

 

Daqui vemos a importância de uma Brahá e o poder que ela tem de trazer a  abundância do mundo de cima aqui para o nosso mundo.

 

Portanto se não a falamos a Brahá, impedimos a entrada da fartura que viria ao mundo e beneficiaria a nosso povo.

 

Então vamos caprichar nas Bra’hot, só temos a ganhar !

 

 

Rabino Gloiber

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Todo dia é dia dos pais (e também das mães)

 

Todo dia é dia dos pais! 

(e também das mães!)

 

 

A Mitzvá de honrar pai e mãe é uma Mitzvá constante, 24 horas por dia 365 dias por ano

 

Os homens têm essa Mitzvá a vida inteira. As mulheres casadas quando recebem pedidos do marido e dos pais devem atender primeiro ao marido.

 

A pessoa tem obrigação de honrar a esposa do pai — ainda que ela não seja sua mãe — todo o tempo em que o pai está vivo.

 

Similarmente, é obrigação honrar o marido da mãe, todo o tempo em que ela está viva.

 

Também é digno que eles continuem sendo honrados após o falecimento do pai ou da mãe.

 

É proibido sobrecarregar os filhos e exigir respeito em demasia, para não fazê-los incorrer em erro.

 

O melhor é perdoar e não observar suas faltas, porque o pai pode abdicar de seus direitos à honra.

 

Quando o pai ou a mãe fica demente, é preciso tratá-los, respeitando a condição em que eles se encontram, até D’us apiedar-se deles.

 

Se o fardo é insuportável por causa do alto grau de demência, o filho pode deixá-los sob os cuidados de outra pessoa, para que recebam o tratamento necessário.

 

Quando a mãe manda o filho fazer algo e ele faz, e depois vem o pai e pergunta “quem te mandou fazer isso?”, se o filho sentir que, ao contar que foi a mãe que mandou, o pai se aborrecerá com ela, o filho não deve relatar que foi ela. [Deve permanecer em silêncio,] mesmo que com isso o pai se aborreça com ele (Haiei Adam, em nome de Sêfer Hassidim).

 

A Mitzvá de honrar os pais é uma das Mitzvot que quando fazemos ela ganhamos lá em cima uma grande recompensa e também recebemos os frutos dela neste mundo incluindo uma longa vida.

 

Conclusão: você toma vitaminas, faz exercícios, faz checkup todo ano, quer ter uma longa vida? Não se esqueça de tratar bem os seus pais e aí de verdade você vai ter uma longa vida.

 

Comprar um presente para a sua mãe? Claro que sim, mas sempre, não uma vez só por ano!

 

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data Judaica

Tu B’Av , um dos dias mais felizes do ano Judaico

 TU (15) BEAV (de Av)

 

Na Língua Santa que é o hebraico clássico não há números, porque as próprias letras tem um valor numérico.

 

O dia 15 do mês judaico chamado de Av é representado pela letra  “Têt” ״ט״ cujo valor numérico é 9, e a letra “Vav” ״ו״ cujo valor numérico é 6. Essas duas letras juntas formam a palavra Tu.

 

Por isso no lugar de dizermos quinze de Av falamos Tu BeAv, para mostrar que esse dia não é um dia 15 qualquer mas é um dia 15 especial.

 

O certo nesse caso seria usar a letra “Yud” ״י״ que tem o valor numérico de 10 e a letra “Hei” ״ה״ que tem o valor numérico de 5.

 

Mas a união da letra “Yud” com a letra “Hei” forma um dos nomes de Hashem (D’us) que não pode ser apagado e nem pronunciado em vão.

 

Por isso usamos a letra “Tet” (9) ״ט״ no lugar da letra “Yud” (10), e a letra “Vav”  (6) “ו” no lugar da letra “Hei” ״ה״ (5).

 

 

Porque Tu B’Av é um dos dias mais felizes do ano Judaico ?

 

 

A Guemará nos conta que na época do Beit Hamikdash que era o Tempo Sagrado de Jerusalém, nessa data de 15 de Av, as “filhas de Jerusalém” que ainda não tinham conseguido se casar iam dançar nos vinhedos, e quem ainda não tinha se casado ia lá para encontrar uma noiva”.

 

 

Sendo que a educação que eles receberam era uma educação judaica religiosa, e tanto eles quando elas eram pessoas extremamente tímidas, e isso era um dos motivos que eles e elas ainda estavam solteiros, nesse caso nossos Sábios liberararam as mulheres de dançarem na frente dos homens com a intenção de “fisgarem” um marido sem ter medo de que essa dança terminasse em algo que não fosse somente um compromisso de casamento.

 

A “dança das solteiras” de Israel em Tu B’Av se tornou um grande evento. Elas dançavam formando um grande círculo que em hebraico é chamado de ma’hol.

 

A Guemará em Taanit termina com uma metáfora e revela que, no futuro, na Gueulá, na nossa redenção final, Hashem (D’us) vai dançar com todo o  nosso povo e essa dança também será em forma de círculo.

 

Mas o que a Guemará vem nos ensinar com isto, sendo que Hashem é infinito?

 

A metáfora da dança do círculo é utilizada para ilustrar como será o relacionamento de Hashem com  cada um de nós.

 

O círculo, não tem nem começo nem fim,  por isso quando se dança em círculo, não há primeiro, nem último. Ou seja, a união é total.

 

Não há quem esteja em cima e quem esteja embaixo, e por isso não existem motivos para ciúmes e divisões.

 

Não existem diferenças, e por isso a união e harmonia entre todos é muito grande.

 

Qualquer ponto em um círculo é paralelo ao centro, nos ensinando que todos nós estaremos em igual proximidade à Hashem (D’us).

Nossos Sábios nos contaram que todas as mulheres que participavam dessa dança tinham que usar roupa branca.

 

A Guemará nos conta que a verdadeira beleza se revela quando há uma variedade de cores. Então porque nesse caso todas tinham que estar de branco se isso era desfavorável ao objetivo final dessa dança que era o de “encantar” os possíveis pretendentes?

 

Seria de esperar que quando essas mulheres solteiras se reunissem para serem escolhidas pelos potenciais noivos, elas ressaltassem sua beleza física usando roupas com cores atraentes. Então porque para participar dessa “dança das futuras noivas” em  Tu BeAv era proibido para elas vestirem roupas de qualquer cor a não ser o branco?

 

A grandeza da simplicidade

 

O motivo para elas se vestirem de branco era porque o branco é uma cor neutra e simples, que lembra a paz e a pureza. Isto ressaltava mais uma vez a união e a pureza, eliminando ciúmes e rivalidades.

 

Havia um último requisito em relação às roupas das participantes dessa dança.  Elas tinham que pegar as roupas emprestadas. Nenhuma delas poderia usar as próprias roupas, e todos os futuros noivos sabiam que as roupas das suas futuras noivas não eram delas.

 

Desta forma as mulheres solteiras das famílias mais humildes estariam tão bem vestidas quanto as das famílias mais ricas.

Por todos esses motivos, o dia de 15 de Av , Tu B’Av – é considerado, junto com Yom Kipur, o dia mais feliz do ano.

 

Yom Kipur é o dia em que nosso povo é comparado com os anjos no céu. Não comemos nem bebemos, e passamos o tempo todo rezando para Hashem nosso Criador e seguindo Suas ordens.

 

Tu B’Av ensina que a maior das alegrias é atingida não apenas no dia mais sagrado e solene do ano, quando Hashem desculpa nossas transgressões e sentimos uma aproximação maior a ele, mas também quando há união, igualdade e o principal, muito amor e respeito entre todos nós.

 

Por todos esses motivos, o dia de 15 de Av – Tu B’Av – é considerado, junto com Yom Kipur, o dia mais feliz do ano.

 

TU B’Av um dia muito muito especial no calendário judaico! Vamos aproveitar este dia tão especial rezar para Hashem e fazer para ele todos os nossos pedidos. E também falando um Tehilim para quem precisa achar sua cara metade

 

 

Rabino Gloiber
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Mensagem da Parashá

A Mitzvá da Tefilá

Tefilá ❤️ As nossas rezas de cada dia
https://youtu.be/01nrpjXDOLU

 

 

A Mitzvá da Tefilá

 

De acordo com a Torá, a Mitzvá da Tefilá consiste em pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa. Por exemplo: em uma hora de perigo, um dos 613 mandamentos da Torá é de rezar e pedir para Hashem nos salvar do perigo, e isso é um dos princípios da nossa fé.

 

O motivo desse princípio é de que por meio disso a pessoa vai saber, entender, e também se conscientizar de que Hashem sozinho dirige o mundo e toma conta de cada detalhe de cada uma das criaturas, e que somente Hashem tem a possibilidade de nos salvar, como escreveu o Rambam no quinto dos treze princípios da fé Judaica.

 

O fato de cada um de nós ser obrigado a cumprir o mandamento Divino da Tefilá por meio de pedir para Hashem o que precisamos na hora que precisamos, nos mostra que a Mitzvá da Tefilá não é direcionada especificamente à pessoas próximas de Hashem como Tzadikim mas sim à cada um de nós.

 

Quando precisamos de alguma coisa é uma Mitzvat Assé, Mandamento “Faça”, fazer nossos pedidos para Hashem. Por esse motivo, mesmo estando as mulheres liberadas de cumprir os mandamentos “faça” que tem um tempo determinado, as mulheres também são obrigadas a rezar, sendo que pela Torá o mandamento da reza não tem um tempo determinado.

 

Às vezes nosso pedido será aceito e nosso desejo realizado, e às vezes, para nosso próprio benefício material ou espiritual, nosso pedido não é aceito, mas como vimos anteriormente nunca podemos pensar isso na hora do pedido.

 

Isso se compara a alguém que manda seu pedido a um rei. Qualquer pessoa pode mandar para o rei um pedido, e mesmo sendo a pessoa mais distante dele, pode ser que o rei vai atender à seus pedidos porque condiz à natureza boa e piedosa do rei atender especificamente aos mais humildes e etc…

 

O fato de a pessoa estar mais próxima ou mais distante do rei só vai fazer diferença em relação à pedidos sobre assuntos públicos e de grande importância para o povo, mas em assuntos de necessidades particulares não faz diferença se a pessoa está mais próxima ou mais distante.

 

Dessa mesma maneira Hashem se relaciona às rezas que rezamos e aos pedidos que fazemos para Ele porque explicitamente Ele atende às rezas de cada pessoa e esse é o mandamento da reza pela Torá.

 

Nossos Profetas e Sábios no exílio da Babilônia viram que estávamos esquecendo o que precisamos e diminuindo a frequência em que deveríamos pedir, e fizeram para nós a Tefilá de 18 Brachot conhecida como “Shmone Esrei” ou Amidá como hoje se encontra no Sidur.

 

Os Sábios da Mishná conhecidos como Tanaim e os Sábios da Guemará conhecidos como Amoraim acrescentaram mais algumas rezas, seguidos pelos Sábios das gerações posteriores, até chegarmos ao Sidur que temos hoje.

 

Conclusão: Capriche nas rezas e não economize nos seus pedidos, você só tem a ganhar!

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

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Mensagem da Parashá

Rezando por uma coisa e recebendo outra. Mas muito melhor

 

 

Rezando por uma coisa e recebendo outra melhor

 

Na nossa Parashá, Moshe Rabeinu conta que rezou 515 vezes pelo mesmo motivo, entrar na terra prometida!

 

Moshe pertencia à tribo de Levi que não iria receber uma parte da Terra Santa como as outras tribos, porque eles precisariam ter todo seu tempo livre para estudar Torá e assim poder ensinar a Torá à todo o nosso povo.

 

Portanto, o único motivo pelo qual Moshe Rabeinu queria tanto entrar na Terra Santa era para cumprir os Mandamentos Divinos que dependem dela, Mandamentos que podem ser cumpridos somente na terra de Israel.

 

Depois de ter feito 515 rezas pedindo isso, Hashem pede para ele não rezar mais sobre esse assunto e diz que ele não vai receber isso, mas sim algo muito melhor do que isso.

 

Diz o Ari Zal que Moshe se reencarna como Mashia’h e a geração dele como geração Gueulá. Diz o Rebe que essa geração é a nossa!

 

Pelo fato de Moshe ter concordado em parar de rezar para entrar na Terra Santa, vemos que com certeza o fato de ele se reencarnar como Mashia’h e a sua “geração do conhecimento” como “geração da Gueulá” foi realmente mais importante para ele do que entrar naquela época na terra de Israel e ele sozinho alcançar os maiores níveis espirituais, mas deixando sua geração para trás, Moshe não faria isso.

 

Às vezes nós rezamos e pedimos muitas e muitas vezes para Hashem nos dar algo, e no final não recebemos.

 

Nessa hora devemos nos lembrar que Hashem é a essência do bem e a natureza do bem é fazer o bem, e o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que o amor que temos pelos nossos próprios filhos

 

Sendo assim, se Hashem não nos deu o que pedimos, com certeza muito melhor do que isso Ele tem guardado para nós.

 

Rabino Gloiber
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Emuná e Bita'hon Mensagem da Parashá

Como rezar para sermos atendidos

 

Vaet’hanan

 

Na nossa Parashá, Moshe conta ao nosso povo que “rezou para Hashem (D’us) naquela hora” e usa a palavra Vaet’hanan se referindo à reza.

 

Rashi diz que a raiz da palavra Vaet’hanan é usada em todas as escrituras no sentido de pedir um presente sem precisar dar nada em troca, e explica:

 

Mesmo podendo os Tzadikim justificarem o atendimento de seus pedidos como merecimento à suas boas ações, mesmo assim, por humildade pedem para que Hashem atenda à seus pedidos sem olhar para seus méritos, pedem para que Hashem atenda à seus pedido de graça e não como pagamento pelas suas boas ações.

 

A primeira coisa que aprendemos aqui é a de não pensarmos nos nossos méritos na hora de rezarmos e fazermos nossos pedidos, porque o atendimento aos nossos pedidos é um presente que Hashem nos dá simplesmente pelo fato de termos pedido.

 

Diz o Midrash Rabá que o valor numérico da palavra Vaet’hanan é de 515 nos indicando o número de vezes que Moshe rezou por aquele mesmo motivo, fazendo aquele mesmo pedido novamente.

 

Daqui aprendemos que devemos pedir pedir e pedir, e se até Moshe Rabeinu que era o maior dos profetas pediu tantas vezes, quanto mais nós.

 

Quando estamos rezando precisamos ter segurança de que vamos ser atendidos e nunca devemos imaginar no meio da reza que talvez não sejamos atendidos. Isso porque a falta de fé enfraquece o efeito da reza.

 

Por isso, na hora que fazemos um pedido para Hashem (D’us) devemos acreditar com fé perfeita que nosso pedido vai ser atendido.

 

Mas caso aconteça de você não receber o que está pedindo no momento, saiba que quando isso acontece é sempre por motivos que são para o nosso bem. Bem revelado ou bem oculto.

 

E mesmo nesse caso, nossas rezas que aparentemente não serviram para o que queríamos, são automaticamente direcionadas para algo mais importante que muitas vezes nem sabíamos que estávamos precisando tanto daquilo.

 

Rabino Gloiber
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