https://youtu.be/J0GtIXHQTz4

 

O pacto do Brit Milá

 

No final da nossa Parashá, quando D’us pede para Avraham fazer o Brit Milá, faz com ele mais um pacto.

 

Esse pacto vem acrescentar que essa terra é nossa eternamente, caso ela seja conquistada por outros povos mesmo assim ela continuará sendo nossa e voltaremos à herdá-la.

 

D’us também acrescenta que ele vai ser sempre o nosso D’us e que ele pessoalmente vai nos dirigir, e não seremos dirigidos por intermediários como os astros ou os anjos responsáveis pelos setenta povos.

 

Assim Avraham se torna o primeiro judeu, diretamente ligado à D’us, sem intermediários.

 

Porque D’us teve que acrescentar nesse pacto feito no Brit Milá que essa terra, de acordo com essas fronteiras citadas no pacto anterior entre o rio Prates e o rio do Egito e que são bem maiores do que o estado de Israel de hoje, será nossa herança eterna?

 

A regra da Torá é de que quando um povo conquista uma terra ela passa a ser dele, como no caso de Si’hon rei dos emoreus que conquistou parte de Moav.

 

Naquele caso, mesmo que para nós seria proibido conquistar uma parte de Moav porque D’us deu a terra de Moav aos filhos de Lot e fomos proibidos pela Torá de conquistá-la, quando Sihon à conquistou, ela deixou de pertencer à Moav e passou a pertencer aos emoreus, e por isso nos foi permitido conquistar essa terra de Si’hon.

 

Quando a Torá traz uma regra geral, para algo sair dessa regra a própria Torá tem que trazer um versículo determinando essa exceção.

 

E por isso foi necessário esse pacto do Brit Milá, para tirar a nossa terra dessa regra geral e torná-la uma exceção de regra.

 

Ou seja, mesmo que hoje existem outros países nesses lugares que D’us deu à nós, descendentes de Avraham, mesmo assim essa terra não deixou de ser nossa e no futuro nós a herdaremos.

 

Por isso na primeira vez o versículo diz:- “para a sua descendência eu vou dar”. Uma linguagem que indica uma coisa que ainda vai acontecer.

 

Também na segunda vez que D’us promete a terra à Avraham é usada essa mesma linguagem, porque até aquele momento ela não tinha sido totalmente dada.

 

Na terceira vez, na hora do pacto entre as partes dos animais, D’us diz:- “Para a sua descendência eu dei”, determinando que está fazendo um pacto sobre a terra que já nos foi dada.

 

Na hora da Brit Milá, quando D’us diz sobre a terra prometida “para herança eterna”, ele usa o termo “dei para você” em relação ao futuro.

 

Ou seja, ela continua sendo nossa mesmo quando não está nas nossas mãos, mesmo quando está conquistada por outros povos, mesmo assim ela continua nossa.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

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