Author page: Rabino Gloiber

Medicina convencional e Medicina alternativa

Médicos e remédios de acordo com a Torá

Medicina convencional e Medicina alternativa 

 

A Torá nos ensina que se duas pessoas brigarem e um ferir o outro, uma das coisas que o agressor é condenado é a pagar o custo do médico para curar o agredido

 

Sendo que a Torá nunca tiraria de alguém algo indevido e esse custo não aparece aqui como multa.

 

Daqui concluem nossos Sábios que a Torá deu ao médico a permissão Divina para curar, como diz Abaye na Guemará em Brachot (60/a).

 

Essa “permissão” da Torá não está tratando de “caso ele queira” rezar para Hashem curar ele é o suficiente e “caso ele queira” ir ao médico está permitido, mas sim que ele é obrigado a ir ao médico.

 

Ou seja, permissão aqui quer dizer obrigação. Hashem dá a força para o médico curar e a obrigação para o doente procurar o médico.

 

O Shul’han Aru’h em “Yoré Deá” traz essa lei na prática determinando que ir ao médico quando necessário é uma Mitzvá da Torá para todos os judeus e está incluída na Mitzvá de “Pikua’h Nefesh”.

 

Por isso, diz o Shul’han Aru’h:

 

Qualquer pessoa que está em uma situação que necessita de um médico e opta por não ir é um criminoso (contra si próprio) (Yoré Deá 336/1).

 

Ou seja, pela Torá um crime contra si próprio também é um crime, e quando a Torá nos pede para agir de maneira natural temos que agir assim porque essa é a vontade Divina

 

Medicina alternativa

 

A Torá diz que foi dada ao médico a permissão para curar.

 

Em alguns casos a medicina convencional é melhor e em outros a alternativa é mais eficiente.

 

Em um caso de úlcera gástrica por exemplo, algumas vezes pela medicina convencional é necessário fazer uma operação e a medicina alternativa resolve o mesmo problema com uma dieta, o que é uma melhor opção.

 

Ou em caso de dores, às vezes a medicina convencional só consegue resolver isso com remédios fortes que trazem efeitos colaterais ou viciam, e a medicina alternativa resolve o mesmo problema com acupuntura.

 

Sendo que os resultados são reais e até os convênios estão oferecendo medicina alternativa, está claro que devemos optar pelo tratamento mais eficiente, mais eficaz e menos prejudicial à saúde, sendo ele medicina convencional ou alternativa.

 

Mas quando a medicina alternativa envolve assuntos de idolatria como cura por meio de espíritos ou coisas desse gênero, aí entramos na proibição da Torá em relação a idolatria, e esse tipo de medicina alternativa é proibido pela Torá.

 

Três médicos, duas opiniões.

 

Quando o problema de saúde é complexo e envolve assuntos irreversíveis, o ideal é se consultar com três médicos diferentes e, sem faltar com o respeito a nenhum deles optar pela melhor solução.

 

No caso que dois médicos estão diagnosticando igual é mais provável que estejam mais certos do que o outro.

 

Médico jovem e médico velho

 

Geralmente um médico jovem está mais atualizado sendo que a medicina se desenvolve de ano para ano e essa área exige muitas horas de estudos diários dificultando aos médicos mais antigos acompanhar esse desenvolvimento. Mas toda regra tem exceções!

 

E esse é um dos sinais da vinda do Mashia’h, que “Os jovens vão fazer os velhos passarem vergonha”.Vemos isso atualmente em quase todas as profissões!

 

Mashia’h está chegando!!!!

 

Diz o Rebe que no caso de nós judeus, nossa saúde material depende da nossa saúde espiritual.

 

E da mesma maneira que quando sentimos fraqueza em um órgão material devemos ir ao médico sendo que precisamos nos comportar de maneira natural e a Torá deu permissão, que quer dizer também força, ao médico para curar , assim também devemos nos comportar quando sentimos fraqueza em um assunto espiritual

 

(obs. Nessa carta o Rebe indica estudar no livro Tanya a parte chamada de Shaar Hai’hud Vehaemuná)

 

Rabino Gloiber

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A mentira na visão Judaica

 

A mentira na visão judaica:

 

Nossa Parashá diz : “Fique longe da mentira”!Se a mentira não é coisa boa, por que a Torá não nos proíbe mentir?

 

E se mentira é coisa boa porque a Torá nos pede para ficar longe dela?

 

Diz o Baal Shem Tov que a mentira é um veneno e de um veneno temos que ficar longe.

 

Mas um médico especialista sabe em que dose o veneno vira remédio e em que overdose ele volta a ser veneno, e sem o veneno não dá para fazer o remédio.

 

O exemplo disso na Torá é Aharon Hacohen que por meio de uma “mentirinha” conseguia fazer as pazes entre marido e mulher e entre duas pessoas que estavam brigadas.

 

Ele era o médico especialista que sabia a dose certa do veneno para salvar as pessoas.Outro exemplo encontramos com Beit Hilel na Mishná.

 

Segundo eles devemos dizer em qualquer casamento que a noiva é bonita e simpática (mesmo sendo ela feia e antipática).

 

Muitos exemplos desse gênero encontramos nos livros judaicos.

 

Por outro lado, nem toda verdade é permitida pela Torá e muitas vezes a verdade é classificada como “leshon hará” (publicar uma coisa ruim sobre alguém) que é uma transgressão da Torá.

 

O mito de que se a coisa é verdadeira fica permitido falar foi refutado pelo judaísmo a ponto de o Hofetz Haim ter escrito um livro inteiro sobre qual verdade é permitido falar e em que caso , para não ser considerado uma “leshon hará”.

 

Ou seja, uma verdade que quando divulgada pode prejudicar alguém também se torna um veneno!

 

Curiosidade :

 

O ditado “a mentira tem perna curta” provavelmente é de origem judaica.

 

Porque no hebraico cada uma das três letras da palavra mentira (sheker) tem um pé só (perna curta) enquanto que cada uma das três letras da palavra verdade em hebraico (emet) tem dois pés.

 

Mas na língua portuguesa não há essa lógica, mostrando que a única base para esse ditado é a língua hebraica.

 

Talvez isso seja mais um sinal das origens judaicas dos bandeirantes brasileiros.

 

Rabino Gloiber
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O Cajado de Moshe

 

 

O cajado de Moshe 

 

Rabi Levi no Midrash nos conta que esse cajado foi criado no sexto dia da criação do mundo “bein hashmashot”, depois do pôr do sol mas antes de saírem as estrelas, horário que não é nem dia e nem noite em que o que foi criado nele era meio material e meio espiritual.

 

Esse cajado foi dado para Adam Harishon (o primeiro homem) no Gan Éden (paraíso).

 

Adam deu ele para Hano’h que o deu para Noa’h que o deu para Shem que o entregou à Avraham Avinu, o primeiro dos nossos patriarcas.

 

Avraham o deu para Itzhak, Itzhak o deu para Yaakov que o levou ao Egito e o entregou à Yossef.

 

Quando Yossef faleceu, tudo o que havia na sua casa foi levado ao palácio do faraó, inclusive “o cajado”.

 

Ytró era um dos assessores do Faraó. Ele viu que esse cajado tinha letras hebraicas, e mesmo sendo ele um dos grandes sábios dos povos da época, aquelas palavras ele não conseguiu decifrar.

 

Quando ele se demitiu do seu cargo de conselheiro por não concordar com a proposta do faraó de fazer o decreto de jogar no rio Nilo todos os meninos recém nascidos do nosso povo, ele pegou aquele cajado e o levou para Midian.

 

Chegando em Midian ele fincou aquele cajado na terra do jardim de sua casa e não conseguiu mais arrancar ele de lá.

 

Sempre que alguém pedia sua filha Tzipora em casamento ele colocava como condição arrancar aquele cajado do chão, mas por mais forte que fosse o pretendente, ninguém conseguiu arrancar o cajado (olha de onde os ingleses copiaram a lenda do rei Arthur).

 

Quando Moshe fugiu do Egito e chegou à casa de Ytró, leu o que estava escrito no cajado, tirou ele do jardim e se tornou o genro de Ytró.

 

Diz o Zohar que nesse cajado estava lapidado o nome explícito de Hashem dos dois lados e representava dois tipos diferentes de atuação Divina no mundo, um lado despertaria a Hessed (bondade) e a Guevurá (severidade) e o outro lado despertaria Guevurá com Guevurá para  quando fosse necessário.

 

Por isso nas pragas do Egito aparece a linguagem “incline seu braço”, se referido ao braço esquerdo, o lado da Guevurá.

 

Rabino Gloiber

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A guerra contra Amalek

 

Nossos Sábios nos contam que Ytró optou por se converter ao judaísmo depois que ouviu sobre a abertura do mar vermelho e a guerra de Amalek.

 

O que tem a ver a abertura do mar vermelho com a guerra de Amalek?

 

A abertura do mar vermelho nos lembra o carinho que Hashem tem por nós, nos fazendo milagres revelados, cuidando de nós e nos protegendo.

 

Depois de todos esses milagres enormes aparece o extremo de baixo dos povos, o mais prepotente e arrogante, e faz o que todos os outros povos gostariam de ter feito mas tinham medo, lutam contra nós!

 

Ytró vê os dois extremos. O amor que D’us tem por cada judeu e a frieza dos povos do mundo, que mesmo vendo os milagres revelados que Hashem faz para nós, no lugar de se unir à D’us lutam contra ele.

 

E qualquer meio termo sempre vai estar vinculado a um desses dois extremos.

 

Ou seja, os outros povos estavam felizes com a atitude de Amalek mesmo não tendo a coragem de fazer igual.

 

A Torá nos conta que a guerra contra Amalek acontece em cada geração.

 

Na prática ela aconteceu somente duas vezes, e na época do Mashia’h vai acontecer mais uma vez.

 

Entre essa primeira guerra de Amalek no deserto e a segunda guerra na época do rei Shaul não tínhamos a Mitzvá de exterminar o Amalek até que fosse nomeado o primeiro rei de Israel.

 

Depois que Shaul não fez isso totalmente, perdemos a possibilidade de saber quem é Amalek.

 

Na época do Mashia’h acontecerá a terceira guerra contra Amalek e depois disso eles já não existirão mais.

 

Então, se são somente três guerras na história, como podemos cumprir o mandamento que nos foi dado na Parashá de lutar contra Amalek em cada geração?

 

Diz o Rebe que esse assunto extremamente importante é totalmente espiritual.

 

Amalek representa uma força espiritual negativa que chamamos de “Klipá”.

 

Essa Klipá de Amalek causa a frieza e a insensibilidade em todos os assuntos espirituais.

 

A consequência dela em cada um de nós é:

 

Mesmo vendo milagres no dia a dia, mesmo conscientes de que D’us está cuidando de nós o tempo todo como crianças pequenas, mesmo assim somos capazes de rezar com frieza, cumprir os mandamentos Divinos sem entusiasmo, fazendo “nada mais que a obrigação”.

 

Achando que mesmo Hashem tendo nos ajudado no passado, com certeza ele não vai mais nos ajudar.

 

E por último estudando Torá e cumprindo as Mitzvot SEM a mínima consciência de que D’us existe e achando que tudo está dependendo somente de nós.

 

Assim era Caim, e agora dá para entender porque a guerra de Amalek sensibilizou tanto Ytró!

 

Como lutar contra esse Amalek espiritual :

 

1-Todo dia se conscientizar de que D’us existe, de que ele é a essência do bem e que a natureza de quem é bom é fazer o bem. E de que ele está cuidando de cada um de nós e nos protegendo a cada instante!

 

2- Rezar todo dia com muita alegria e entusiasmo e saber que Hashem está ouvindo com muito prazer cada palavra da nossa reza e está cheio de orgulho de nós!

 

3-Cumprir os mandamentos Divinos com muita alegria , muito entusiasmo e muito capricho, sabendo que Hashem está cheio de alegria por cada mandamento que cumprimos!

 

4- Se lembrar de todas as vezes que Hashem te ajudou no passado, se lembrar de todos os pequenos milagres do dia a dia e saber que agora Hashem vai te ajudar muito mais e te fazer muito mais milagres!

 

E o principal, expulsar todos os pensamentos contrários aos quatro itens anteriores alinhando nosso intelecto dessa maneira todo dia e toda hora 365 dias por ano!

 

Rabino Gloiber
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O conselho de Ytró

 

A Torá nos conta que Ytró, o sogro de Moshe , levou sua filha Tzipora junto com os dois filhos dela para Moshe no deserto.

 

Porque Ytró teve que se arriscar dessa maneira entrando deserto adentro e não poderia esperar com que Moshe viesse pessoalmente buscar sua família?

 

O Ari Zal nos conta que Ytró era a reencarnação de Caim e Moshe era a reencarnação de Abel.

 

A Torá nos conta que Caim teve um filho com sua esposa e o chamou de Hano’h.

 

Quem era essa esposa que a Torá não conta de onde ela nasceu? É claro que ela não era sua própria mãe!

 

Então quem era essa mulher que estava lá e se casou com Cain?

 

Quando a Torá nos conta sobre o nascimento de Cain e Hevel aparece três vezes a palavra “et”.

 

O Midrash decifra essa palavra aparentemente desnecessária nesse lugar revelando que junto com Cain nasceu uma irmã gêmea e com Hevel nasceram duas, e elas seriam suas futuras esposas.

 

Cain ficou indignado por ter uma esposa só enquanto seu irmão teria duas.

 

Encontrou um motivo para briga, justificando como sendo um assunto religioso. O fato de seu korban (sacrifício) não ter sido aceito e o de seu irmão sim.

 

E terminou assassinando seu irmão por achar que não tem no mundo nem lei e nem juiz e que nada vai acontecer para ele.

 

Os três se reencarnam novamente.

 

Caim é Ytró, Abel é Moshe, e aquela gêmea, pivô da briga entre eles é Tzipora.

 

Por isso Ytró tinha que tomar a iniciativa de ele levar Tzipora para Moshe, porque esse era o “Tikun” (o conserto) da alma do Cain.

 

Devolver aquela “Alma gêmea” que foi roubada por ele na reencarnação anterior, e também salvar a vida do “irmão”, ou seja, irmão da reencarnação anterior. Isso para consertar o fato de tê-la roubado e tê-lo assassinado por causa dela.

 

Ytró leva Tzipora para Moshe, e por meio de seus conselhos salva a vida de Moshe de um infarto por stress.

 

Delegando o trabalho que Moshe estava fazendo a nada mais e nada menos que:

 

600 juízes, responsáveis por mil pessoas cada um

 

6.000 juizes responsáveis por 100 pessoas cada um.

 

12.000 juízes responsáveis por 50 pessoas cada um

 

60.000 juízes responsáveis por 10 pessoas cada um

 

Ou seja, 78.600 juízes para fazer o trabalho que Moshê tinha feito sozinho!

 

Ytro de verdade salvou a vida de Moshe, construindo uma estrutura de governo jamais vista antes.

 

Sendo que Cain tinha assassinado Hevel porque achava que o mundo não tinha um juiz , essa parte da Torá que é chamada de “Parashat Hadaianim”, “a Parashá dos juízes”, teve que chegar até nós por meio de Ytró. E assim ele “acrescentou” uma Parashá na Torá.

 

Aprendendo com Ytró:

 

Aprendemos com Ytró que se até o próprio Moshe poderia ter terminado sua vida de maneira fatal por ter centralizado todo o trabalho envolta de si próprio, quanto mais nós que não temos toda a capacidade que Moshê.

 

Ytró para salvar Moshê fez ele delegar seu trabalho à pessoas adequadas para essa função, mesmo não sendo elas tão adequadas à isso quanto o próprio Moshê.

 

Quanto mais nós, que muitas vezes encontramos pessoas muito mais adequadas do que nós próprios para delegar funções de muito menos responsabilidade do que era a deles !

 

Então, vamos aprender com Ytró, começar a nossa própria “descentralização”.

 

Parar de mandar em tudo e em todos, fazer a nossa parte com muita dedicação e empenho e deixar que cada um faça a sua parte sem a necessidade de sermos um CEO sobre tudo e todos.

 

E assim não só que estaremos fazendo a vida mais leve para as pessoas ligadas à nós, mas também estaremos salvando as nossas próprias vidas de uma morte por Stress.

 

E esse é o conselho de Ytró.

 

Rabino Gloiber
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Yud Shvat

 

 

Yud Shvat

10 Shvat  5710 (1950)

 

O Rabi Raiat’z, antecessor do Rebe de Lubavitch, líder da nossa geração, “deixou” este mundo físico material. O Rebe atual, Rabi Menachem Mendel Schneerson, genro do Rabi anterior, se tornou o líder do povo Judeu até hoje.

 

Embora só tenha sucedido oficialmente o seu sogro apenas um ano depois, a partir do 10 de Shvat 5710-1950 o Rebe se tornou para todos os hassidim aquele que era o “Moshe rabeinu da geração”, o chefe da nossa geração, o pilar do mundo, consultado para fazer uma pergunta ou solicitar uma bênção, e ativar a vinda da Gueulá.

 

10 Shvat 5711  (1951) – O Rebe atual falou seu primeiro discurso hassídico, introduzido pelo versículo “vim para meu jardim”.

 

10 Shvat 5730  (1970) – Pela primeira vez o discurso do Rebe foi retransmitido no mundo inteiro. Assim começou a conquista da terra pela difusão da hassidut.

 

Em menos de meio século ele se tornou o Tzadik da nossa geração até a Gueulá, nossa redenção final, para o qual uma geração inteira se dirigiu.

 

Quem não pediu uma bênção para ele? Quem não conhece alguém que foi milagrosamente salvo por ele? Nunca na história do povo Judeu, um Tzadik alcançou uma tal notoriedade em sua geração.

 

Após a revelação Divina no Monte Sinai, Moshe, definindo seu papel ao povo Judeu, disse: “Eu estou entre D’us e vocês para transmitir para vocês a Palavra de Hashem”.

 

Rashi, o comentarista tradicional da Torá, diz: “transmitir a vocês: colocar ao alcance de vocês”.

 

Assim, cada um de nós tem o mérito de viver numa época literalmente ao alcance de cada Judeu. Temos o direito então de perguntar-nos: será que cada um de nós está compenetrado das formidáveis forças que o Rebe distribui amplamente?

 

Será que elas foram usadas na sua justa medida, para participar da revolução da Teshuvá, o fato marcante da presente geração?

 

O Rebe anunciou a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final. A profecia do Rebe salvou milhares de Judeus com suas orações e com suas bênçãos.

 

O Dia dez de Shvat é certamente um dia propício para a meditação: será que temos o comportamento de um Judeu de Mashia’h?

 

Aquele que compara a atitude do Rebe com a dos grandes do nosso povo, como por exemplo o Hafets Haim, que, em outras épocas, estavam animados por um intenso desejo de conhecer a libertação, a Gueulá, comete um profundo erro.

 

O Rebe não se limita a reavivar a esperança. Ele anunciou claramente a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final, repetidas vezes.

 

A vinda de Mashia’h não é uma esperança, é uma realidade.. Ele profetizou claramente a sua vinda. O Rebe proclamou: “O TEMPO DA SUA LIBERTAÇÃO CHEGOU” e “EIS QUE MASHIA’H ESTÁ CHEGANDO”. A redenção é iminente e é preciso preparar-se para ela.

 

O Rebe pediu que cada um de nós se reforçasse na espera ativa de Mashia’h aumentando o trabalho Divino em três categorias:

 

TORÁ (estudo de assuntos religiosos judaicos) TEFILOT (rezas)

 

TZEDACÁ (Ajuda ao Próximo)

 

E proclamando: LONGA VIDA AO REBE, O REI MASHIA’H PARA SEMPRE.

 

 

BATI LEGANI

 

….vim ao meu jardim… (Cântico dos Cânticos, 5:1). Não está escrito no jardim e sim no MEU jardim, na Minha residência, no lugar onde me encontrava anteriormente. (Midrash Rabá sobre o versículo).

 

Este versículo evoca o reaparecimento da presença Divina sobre a terra no momento em que Moshé edifica o Mishkan, o Templo móvel do deserto.

 

A luz que o Midrash projeta sobre este versículo está na fonte dos ensinamentos mais fundamentais do Hassidismo.

 

É também a este versículo que se refere o último ensinamento escrito pelo Rebe anterior, o Rebe Yossef Yitzhak, do qual comemoramos a Hilula no dia 10 de Shvat.

 

Também, a cada ano, o Rebe, no seu discurso público de 10 de Shvat, extrai deste versículo (a partir da explicação dada pelo Rebe anterior) novos ensinamentos cujo alcance se estende à vida judaica de todos os dias.

 

 

Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashiah vai chegar.

 

Esse princípio consiste em que no fim do “Galut” (exílio) um descendente direto do rei David que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot constrói o Beit Hamikdash (Templo Sagrado de Jerusalém) no lugar sagrado chamado o “Monte do Templo” onde hoje se encontra o Kotel, vence as guerras contra os povos do mundo que se opõem à Gueulá e traz todos os judeus de volta para Israel.

 

Fazendo isso ele se torna o Mashiah que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”, sendo que ele é um descendente direto do rei David o qual foi ungido rei de Israel pelo profeta Shmuel e portanto não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel

 

Daqui aprendemos que a solução para o fim do problema do exílio judaico não é um presidente eleito mas sim o Mashiah

 

Na época da Guemará os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério

 

Ou seja, eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe deles era o Mashiah, como vemos na Guemará em Sanhedrin

 

Com isso queriam dizer que caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashiah seria aquele sábio

 

Na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado como candidato dentro desses critérios dos antigos sábios da Guemará

 

Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém e as guerras vencidas, o candidato a Mashiah se torna o Mashiach na prática

 

Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashiah (dentro dessa intenção) e isso não consistiu em um problema de lei judaica

 

O mesmo se aplica hoje à quem aponta o Rebe de Lubavitch como candidato a Mashiah da nossa geração

 

A Guemará em Sanhedrin também diz que o fato de o Mashiah ser dos vivos ou dos mortos não é de relevante nesse caso contanto que ele venha construir o Beit Hamikdash, vença as guerras e traga o nosso povo de volta para a terra prometida

 

Passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna

 

Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashiah e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashiah

 

Em resumo, dizer que o Rebe é Mashiah não é contra a lei judaica sendo que a intenção é de apontá-lo como candidato aos grandes milagres da Gueulá que estão para acontecer

 

Rabino Gloiber

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Emuná e Bita'hon

A importância da Alegria

 

Está escrito no Zohar que o nosso mundo, o mais baixo, recebe tudo lá de cima, e se aqui em baixo estamos reluzindo de alegria nos sincronizamos com a alegria lá de cima.

 

E por causa disso Hashem nos dá aqui em baixo todos os motivos para ficarmos reluzentes de alegria de verdade com muita fartura e prosperidade.

 

Ou seja, quando estamos alegres aqui em baixo trazemos para este mundo a alegria lá de cima e tudo fica bom de verdade.

 

Nossa Parashá nos conta sobre a Shirá que foi a música de agradecimento que nossos antepassados fizeram para Hashem por nos ter tirado do Egito e de todos os nossos sofrimentos,

 

Pegamos na Shirá o embalo para essa “muita alegria”, continuamos rezando com “muita alegria” e levamos essa “muita alegria” para todo o nosso dia “contagiando com ela todos à nossa volta, “fazendo a diferença”

 

Rabino Gloiber
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Emuná e Bita'hon

Milagres Sobrenaturais

 

Milagres Sobrenaturais

 

Milagres tão sobrenaturais como as pragas do Egito só aconteceram uma vez na história.

 

Se tivéssemos o mérito aconteceriam de novo na saída do exílio da Babilônia na época dos persas.

 

Mas sendo que não tínhamos todo esse mérito, Hashem somente inspirou o rei da Pérsia para nos deixar sair do exílio e construir o segundo Beit Hamikdash.

 

Mas milagres sobrenaturais muito maiores do que os que aconteceram na saída do Egito vão acontecer na Gueulá em breve nos nossos dias!

 

O Ramban, Rabi Moshe Ben Nahman, foi um grande Tzadik que nasceu em 1194 em Girona na Catalunha.

 

Ele nos explicou que o motivo de Hashem ter feito somente uma vez esses milagres tão grandes e sobrenaturais foi para mostrar à todos que Hashem dirige e renova o mundo cuidando de cada um de nós de uma maneira especial, não nos abandonando ao acaso.

 

Por meio da lembrança desses grandes milagres nós abrimos os olhos para ver os milagres do dia a dia, e essa é a base de toda a Torá.

 

De vermos que tudo o que acontece na nossa vida são Milagres, e tudo depende das nossas atitudes!

 

Quando cumprimos os mandamentos Divinos, os milagres acontecem!

 

Então, vamos acrescentar no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot e os milagres vão acontecer!

 

Cada um de nós já passou durante a sua vida por verdadeiros milagres.

 

Sempre temos que ter em mãos a lista de todos os milagres que nos aconteceram e usá-la como base para o nosso dia a dia.

 

Não olhar para as dificuldades que temos à frente mas sim para os milagres que tivemos atrás.

 

Nos lembrando a cada instante que Hashem está cuidando hoje de cada um de nós com o mesmo amor e carinho que sempre cuidou de nós no passado.

 

Cada um de nós exercitando dia a dia esse tipo de raciocínio vai receber de Hashem tudo o que precisar.

 

Como uma mãe não esquece o seu nenê no supermercado Hashem também não se esquece de nós.

 

E o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que uma mãe tem pelo seu próprio nenê.

 

Mas de nós é exigido fazer a nossa parte.

 

Isso se chama “Bitahon”, mais do que uma simples confiança, uma segurança.

 

Não temos como pensar errado e receber o certo, temos que pensar certo, ter plena segurança em Hashem, e aí os milagres acontecem!

 

O Rebe de Lubavitch sempre deixou claro que nós somos a geração da redenção final e estamos prestes a entrar em uma era onde tudo vai ser bom.

 

Todos os sinais que os nossos sábios deram sobre essa última geração aconteceram e não há dúvida nenhuma de que Mashiach está bem próximo.

 

Então, mais um pouquinho de Bitahon e no lugar de remediar todo dia um mundo crônico entramos imediatamente em um mundo melhor, em uma nova era!

 

Rabino Gloiber
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Judaísmo

Porque os Judeus não aceitam JC como Messias

 

https://www.instagram.com/reel/DDe6qsDRz8v/?igsh=a3RzcWUzNjhrYmc2

 

POR QUE OS JUDEUS NÃO ACEITAM JC COMO MESSIAS?

 

Muitos brasileiros curiosos em saber o que é judaísmo fazem a mesma pergunta e para o esclarecimento das diferenças entre as duas culturas trouxe uma resposta para copiar e colar quando você recebe uma pergunta desse gênero.

 

Um dos treze princípios da fé judaica é de que Mashiach, (traduzido como “Messias”) vai chegar.

 

Ele tem que ser um descendente do rei David, construir o Templo de Jerusalém (Beit Hamikdash) e trazer todos os judeus para Israel.

 

O “JC” não está nessa classificação sendo que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, os judeus se espalharam pelo mundo.

 

E mesmo se ele fosse filho do José que não sabemos quem era esse José, e se o José fosse um descendente do rei David não adiantaria nada sendo que as outras duas condições são indispensáveis.

 

Os cristãos também concordam que ele não era filho do José. O argumento “filho de “D’us ” é até pior para os cristãos sendo que D’us não é da tribo de Judá e nem da família do rei Davi.

 

O conceito de o”Todo Poderoso” da mitologia foi aplicado pelos gregos em Israel quando fizeram o decreto de”toda a virgem que se casar tem que dormir com o governador antes de dormir com o marido.”

 

Ela tinha que ser virgem e casada. Se eles conseguissem fazer isso esse governador era chamado de o “Todo poderoso”.

 

Quando os romanos fundiram o judaísmo com a mitologia pegaram esse conceito da mitologia.

 

A Maria tinha que ser virgem e casada, mas tinha que fazer o filho não com o marido mas…. com o deus.

 

Vimos essa estória com Zeus que teve Hércules dessa maneira.

 

No judaísmo o adultério é proibido e D’us não faria uma coisa que ele próprio pediu para não fazermos, mas pelo judaísmo D’eus é o primeiro a cumprir o que ele pede para nós fazermos.

 

Em relação à novos testamentos e novas alianças, D’us nos deu a TORÁ no monte Sinai na frente de milhões de pessoas que éramos todo o povo de Israel que saiu do Egito.

 

Por honestidade Divina, da mesma maneira que ele Êle é o primeiro a dar o exemplo e o primeiro a cumprir o que Êle nos pediu para cumprir como vimos acima no caso do adultério, desta mesma maneira Êle que nos pediu para sermos honestos.

 

Êle é o primeiro a cumprir essa honestidade e não ser desonesto dando a Torá na frente de milhões de pessoas e depois novos testamentos para uma pessoa ou um pequeno grupo, mas sim ele teria que reunir todo o povo de Israel novamente no monte Sinai e refazer a entrega da Torá.

 

Por isso, dizem nossos sábios que a nova TORÁ que vai ter na era messiânica é a revelação de coisas que já foram dadas no monte Sinai e estão ocultas na TORÁ hoje.

 

Evito diálogos inter-religiosos, mas sendo que vi que você tem uma vontade honesta e sem segundas intenções de querer saber a diferença entre o judaísmo e as seitas cristãs, tenho que te esclarecer essa regra básica, nunca tivemos e nem vamos ter nada a ver com o cristianismo.

 

Don Itzhak Abarbanel foi um grande Rabino que viveu na Espanha e fugiu de lá na época da inquisição.

 

Entre suas obras ele escreveu um livro chamado Yashuot Meshi’hó (as salvações do Mashia’h) no qual ele explica que o “J.C.” era a reencarnação de Essav, o Esaú da Torá, e o motivo que os povos europeus se identificaram com o cristianismo é o fato de eles serem os bnei Essav, as tribos de Essav.

 

Todos os profetas concordam que na época do Mashia’h não haverão mais guerras, e desde a fundação do cristianismo, os países que mais fizeram guerras no mundo foram os países cristãos europeus.

 

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Judaísmo

A Alma Divina

A Alma Divina

Um dos princípios da fé judaica é que D’us não se compara à matéria.

O Zohar explica que quando D’us criou o homem à sua imagem e semelhança, a intenção é sobre a revelação Divina como ela acontece nas Dez Sefirót e não imagem e semelhança material

Toda linguagem na Torá indica um assunto espiritual . Quando D’us coloca essa alma no primeiro homem é usada a linguagem “soprou”

Diz o Zohar que essa linguagem é representativa, quem sopra, sopra o que tem dentro de si. Por isso não está escrito que D’us colocou no homem a Alma mas que D’us soprou nele a Alma

A linguagem “soprou” é usada pela Torá para nos indicar o nível daquela Alma, querendo dizer que como o sopro é algo que sai de dentro da pessoa, assim também aquela Alma saiu de dentro da essência Divina e é chamada de “uma parte de D’us”

Ela está vinculada à nós de forma envolvente desde que somos gerados, mas só assume nosso corpo quando fazemos treze anos, ou no caso das meninas doze anos

Essa Alma também é dada à quem faz uma conversão ao judaísmo, ou seja, ela já estava vinculada à essa pessoa desde que foi gerado e isso foi o que causou para aquela pessoa querer se converter, por isso está escrito “guer shemitgaier”, ou seja, convertido que se converte e não “goi shemitgaier”.

Essa segunda alma se chama Neshamá. Ela se reveste na alma animal para poder interagir com o corpo sendo que ela é de uma fonte tão elevada que não tem como se revestir diretamente no corpo como a alma animal.

A principal revelação dela no nosso corpo é no nosso cérebro, e sendo que por natureza a razão domina o sentimento, o cérebro domina o coração.

O objetivo dela nesse mundo é dominar a alma animal que se revela no coração e fazer dela uma plataforma para o trabalho Divino .

Essa Alma Divina é você! Você que desceu do céu para vencer uma corrida de obstáculos a qual chamamos de vida, e vai ganhar por próprio mérito um “baixo paraíso” no qual uma hora eqüivale a setenta anos dos maiores prazeres nesse mundo ou um alto paraíso onde uma hora eqüivale a setenta anos no baixo paraíso, como prêmio por ter feito o trabalho Divino, meta dessa “corrida de obstáculos”.

A Neshamá é pura e linda, cada ano que passa fica mais refinada e reluzente por meio do cumprimento dos 613 mandamentos Divinos.

Poderíamos dizer como exemplo que cada ano que passa, enquanto o corpo que é a roupa da nossa Alma fica mais cada vez mais velho, a Neshamá, nossa Alma Divina fica cada vez “mais jovem”.

Ficamos cada vez mais jovens e com uma roupa, ou seja, nosso corpo, cada vez mais cada vez mais velha. Chega uma hora que somos obrigados a trocar de roupa para poder continuar o nosso trabalho Divino

Nossa Neshamá se reencarna quantas vezes for necessário até cumprir todos os 613 mandamentos Divinos. Então vamos pedir para Hashem mandar rápido o Mashiach para podermos terminar todo esse trabalho Divino com muita alegria!

Rabino Gloiber e equipe