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Ekev

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Na nossa Parashá está escrito:

 

וְאָכַלְתָּ וְשָׂבָעְתָּ וּבֵרַכְתָּ אֶת ה׳ אֱלֹקיךָ

 

Vea’halta Vessavata Uvera’hta et Hashem Elokei’ha”

 

Você vai comer até se satisfazer e depois disso você vai abençoar Hashem seu D’us.

 

Nosso primeiro patriarca, Avraham Avinu, costumava hospedar os viajantes em sua tenda, que pela descrição dos nossos Sábios teria o tamanho de pelo menos um quarteirão.

 

Essa enorme tenda tinha uma entrada em cada lado nos seus quatro lados, para facilitar o acesso à ela.

 

Na tenda de Avraham os hóspedes comiam e bebiam do bom e do melhor, e depois de terem comido e bebido, Avraham pedia à eles que agradecessem à Hashem (D’us) que “a Ele pertence a Terra e tudo o que ela contém”.

 

A terra pertence a Hashem (D’us) ou foi dada para nós?

 

A Guemará questiona o fato de dois versiculos do Tehilim aparentemente se contradizerem.

 

Um versículo (Tehilim 24/1) diz :

 

לה’ הָאָ֣רֶץ וּמְלוֹאָ֑הּ תֵּ֝בֵ֗ל וְיֹ֣שְׁבֵי בָֽהּ

 

LaHashem Haaretz Umloá, tevel veyoshvei ba

 

à Hashem pertence a Terra e tudo o que ela contém.

 

E o outro  versículo (Tehilim 115/16) diz:

 

 הַשָּׁמַיִם שָׁמַיִם לַה’ וְהָאָרֶץ נָתַן לִבְנֵי-אָדָם

 

Hashamaim, shamaim laHashem Vehaaretz Natan Livnei Adam:

 

Os céus, os céus são de Hashem (D’us) E a terra é a terra ele deu aos seres humanos.

 

E a própria Guemará responde:

 

O primeiro versículo está falando que a terra é de Hashem porque ainda não fizemos a Bra’há.

 

O segundo versículo que diz que a terra foi dada para nós está se tratando de quando já fizemos a Bra’há sobre o alimento.

 

Portanto, antes de fazer a Bra’há tudo pertence à Hashem,

 

E depois de falarmos a Bra’há aquilo que era de Hashem para a ser nosso.

 

Nossos Sábios nos ensinaram que aquele que tem proveito deste mundo sem falar uma Bra’há é como se estivesse roubando Hashem (D’us)  e o povo de Israel.

 

Daqui vemos a importância de uma Brahá e o poder que ela tem de trazer a  abundância do mundo de cima aqui para o nosso mundo.

 

Portanto se não a falamos a Brahá, impedimos a entrada da fartura que viria ao mundo e beneficiaria a nosso povo.

 

Então vamos caprichar nas Bra’hot, só temos a ganhar !

 

 

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Todo dia é dia dos pais (e também das mães)

 

Todo dia é dia dos pais! 

(e também das mães!)

 

 

A Mitzvá de honrar pai e mãe é uma Mitzvá constante, 24 horas por dia 365 dias por ano

 

Os homens têm essa Mitzvá a vida inteira. As mulheres casadas quando recebem pedidos do marido e dos pais devem atender primeiro ao marido.

 

A pessoa tem obrigação de honrar a esposa do pai — ainda que ela não seja sua mãe — todo o tempo em que o pai está vivo.

 

Similarmente, é obrigação honrar o marido da mãe, todo o tempo em que ela está viva.

 

Também é digno que eles continuem sendo honrados após o falecimento do pai ou da mãe.

 

É proibido sobrecarregar os filhos e exigir respeito em demasia, para não fazê-los incorrer em erro.

 

O melhor é perdoar e não observar suas faltas, porque o pai pode abdicar de seus direitos à honra.

 

Quando o pai ou a mãe fica demente, é preciso tratá-los, respeitando a condição em que eles se encontram, até D’us apiedar-se deles.

 

Se o fardo é insuportável por causa do alto grau de demência, o filho pode deixá-los sob os cuidados de outra pessoa, para que recebam o tratamento necessário.

 

Quando a mãe manda o filho fazer algo e ele faz, e depois vem o pai e pergunta “quem te mandou fazer isso?”, se o filho sentir que, ao contar que foi a mãe que mandou, o pai se aborrecerá com ela, o filho não deve relatar que foi ela. [Deve permanecer em silêncio,] mesmo que com isso o pai se aborreça com ele (Haiei Adam, em nome de Sêfer Hassidim).

 

A Mitzvá de honrar os pais é uma das Mitzvot que quando fazemos ela ganhamos lá em cima uma grande recompensa e também recebemos os frutos dela neste mundo incluindo uma longa vida.

 

Conclusão: você toma vitaminas, faz exercícios, faz checkup todo ano, quer ter uma longa vida? Não se esqueça de tratar bem os seus pais e aí de verdade você vai ter uma longa vida.

 

Comprar um presente para a sua mãe? Claro que sim, mas sempre, não uma vez só por ano!

 

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Tu B’Av , um dos dias mais felizes do ano Judaico

 TU (15) BEAV (de Av)

 

Na Língua Santa que é o hebraico clássico não há números, porque as próprias letras tem um valor numérico.

 

O dia 15 do mês judaico chamado de Av é representado pela letra  “Têt” ״ט״ cujo valor numérico é 9, e a letra “Vav” ״ו״ cujo valor numérico é 6. Essas duas letras juntas formam a palavra Tu.

 

Por isso no lugar de dizermos quinze de Av falamos Tu BeAv, para mostrar que esse dia não é um dia 15 qualquer mas é um dia 15 especial.

 

O certo nesse caso seria usar a letra “Yud” ״י״ que tem o valor numérico de 10 e a letra “Hei” ״ה״ que tem o valor numérico de 5.

 

Mas a união da letra “Yud” com a letra “Hei” forma um dos nomes de Hashem (D’us) que não pode ser apagado e nem pronunciado em vão.

 

Por isso usamos a letra “Tet” (9) ״ט״ no lugar da letra “Yud” (10), e a letra “Vav”  (6) “ו” no lugar da letra “Hei” ״ה״ (5).

 

 

Porque Tu B’Av é um dos dias mais felizes do ano Judaico ?

 

 

A Guemará nos conta que na época do Beit Hamikdash que era o Tempo Sagrado de Jerusalém, nessa data de 15 de Av, as “filhas de Jerusalém” que ainda não tinham conseguido se casar iam dançar nos vinhedos, e quem ainda não tinha se casado ia lá para encontrar uma noiva”.

 

 

Sendo que a educação que eles receberam era uma educação judaica religiosa, e tanto eles quando elas eram pessoas extremamente tímidas, e isso era um dos motivos que eles e elas ainda estavam solteiros, nesse caso nossos Sábios liberararam as mulheres de dançarem na frente dos homens com a intenção de “fisgarem” um marido sem ter medo de que essa dança terminasse em algo que não fosse somente um compromisso de casamento.

 

A “dança das solteiras” de Israel em Tu B’Av se tornou um grande evento. Elas dançavam formando um grande círculo que em hebraico é chamado de ma’hol.

 

A Guemará em Taanit termina com uma metáfora e revela que, no futuro, na Gueulá, na nossa redenção final, Hashem (D’us) vai dançar com todo o  nosso povo e essa dança também será em forma de círculo.

 

Mas o que a Guemará vem nos ensinar com isto, sendo que Hashem é infinito?

 

A metáfora da dança do círculo é utilizada para ilustrar como será o relacionamento de Hashem com  cada um de nós.

 

O círculo, não tem nem começo nem fim,  por isso quando se dança em círculo, não há primeiro, nem último. Ou seja, a união é total.

 

Não há quem esteja em cima e quem esteja embaixo, e por isso não existem motivos para ciúmes e divisões.

 

Não existem diferenças, e por isso a união e harmonia entre todos é muito grande.

 

Qualquer ponto em um círculo é paralelo ao centro, nos ensinando que todos nós estaremos em igual proximidade à Hashem (D’us).

Nossos Sábios nos contaram que todas as mulheres que participavam dessa dança tinham que usar roupa branca.

 

A Guemará nos conta que a verdadeira beleza se revela quando há uma variedade de cores. Então porque nesse caso todas tinham que estar de branco se isso era desfavorável ao objetivo final dessa dança que era o de “encantar” os possíveis pretendentes?

 

Seria de esperar que quando essas mulheres solteiras se reunissem para serem escolhidas pelos potenciais noivos, elas ressaltassem sua beleza física usando roupas com cores atraentes. Então porque para participar dessa “dança das futuras noivas” em  Tu BeAv era proibido para elas vestirem roupas de qualquer cor a não ser o branco?

 

A grandeza da simplicidade

 

O motivo para elas se vestirem de branco era porque o branco é uma cor neutra e simples, que lembra a paz e a pureza. Isto ressaltava mais uma vez a união e a pureza, eliminando ciúmes e rivalidades.

 

Havia um último requisito em relação às roupas das participantes dessa dança.  Elas tinham que pegar as roupas emprestadas. Nenhuma delas poderia usar as próprias roupas, e todos os futuros noivos sabiam que as roupas das suas futuras noivas não eram delas.

 

Desta forma as mulheres solteiras das famílias mais humildes estariam tão bem vestidas quanto as das famílias mais ricas.

Por todos esses motivos, o dia de 15 de Av , Tu B’Av – é considerado, junto com Yom Kipur, o dia mais feliz do ano.

 

Yom Kipur é o dia em que nosso povo é comparado com os anjos no céu. Não comemos nem bebemos, e passamos o tempo todo rezando para Hashem nosso Criador e seguindo Suas ordens.

 

Tu B’Av ensina que a maior das alegrias é atingida não apenas no dia mais sagrado e solene do ano, quando Hashem desculpa nossas transgressões e sentimos uma aproximação maior a ele, mas também quando há união, igualdade e o principal, muito amor e respeito entre todos nós.

 

Por todos esses motivos, o dia de 15 de Av – Tu B’Av – é considerado, junto com Yom Kipur, o dia mais feliz do ano.

 

TU B’Av um dia muito muito especial no calendário judaico! Vamos aproveitar este dia tão especial rezar para Hashem e fazer para ele todos os nossos pedidos. E também falando um Tehilim para quem precisa achar sua cara metade

 

 

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A Mitzvá da Tefilá

Tefilá ❤️ As nossas rezas de cada dia
https://youtu.be/01nrpjXDOLU

 

 

A Mitzvá da Tefilá

 

De acordo com a Torá, a Mitzvá da Tefilá consiste em pedir para Hashem o que você precisa na hora que você precisa. Por exemplo: em uma hora de perigo, um dos 613 mandamentos da Torá é de rezar e pedir para Hashem nos salvar do perigo, e isso é um dos princípios da nossa fé.

 

O motivo desse princípio é de que por meio disso a pessoa vai saber, entender, e também se conscientizar de que Hashem sozinho dirige o mundo e toma conta de cada detalhe de cada uma das criaturas, e que somente Hashem tem a possibilidade de nos salvar, como escreveu o Rambam no quinto dos treze princípios da fé Judaica.

 

O fato de cada um de nós ser obrigado a cumprir o mandamento Divino da Tefilá por meio de pedir para Hashem o que precisamos na hora que precisamos, nos mostra que a Mitzvá da Tefilá não é direcionada especificamente à pessoas próximas de Hashem como Tzadikim mas sim à cada um de nós.

 

Quando precisamos de alguma coisa é uma Mitzvat Assé, Mandamento “Faça”, fazer nossos pedidos para Hashem. Por esse motivo, mesmo estando as mulheres liberadas de cumprir os mandamentos “faça” que tem um tempo determinado, as mulheres também são obrigadas a rezar, sendo que pela Torá o mandamento da reza não tem um tempo determinado.

 

Às vezes nosso pedido será aceito e nosso desejo realizado, e às vezes, para nosso próprio benefício material ou espiritual, nosso pedido não é aceito, mas como vimos anteriormente nunca podemos pensar isso na hora do pedido.

 

Isso se compara a alguém que manda seu pedido a um rei. Qualquer pessoa pode mandar para o rei um pedido, e mesmo sendo a pessoa mais distante dele, pode ser que o rei vai atender à seus pedidos porque condiz à natureza boa e piedosa do rei atender especificamente aos mais humildes e etc…

 

O fato de a pessoa estar mais próxima ou mais distante do rei só vai fazer diferença em relação à pedidos sobre assuntos públicos e de grande importância para o povo, mas em assuntos de necessidades particulares não faz diferença se a pessoa está mais próxima ou mais distante.

 

Dessa mesma maneira Hashem se relaciona às rezas que rezamos e aos pedidos que fazemos para Ele porque explicitamente Ele atende às rezas de cada pessoa e esse é o mandamento da reza pela Torá.

 

Nossos Profetas e Sábios no exílio da Babilônia viram que estávamos esquecendo o que precisamos e diminuindo a frequência em que deveríamos pedir, e fizeram para nós a Tefilá de 18 Brachot conhecida como “Shmone Esrei” ou Amidá como hoje se encontra no Sidur.

 

Os Sábios da Mishná conhecidos como Tanaim e os Sábios da Guemará conhecidos como Amoraim acrescentaram mais algumas rezas, seguidos pelos Sábios das gerações posteriores, até chegarmos ao Sidur que temos hoje.

 

Conclusão: Capriche nas rezas e não economize nos seus pedidos, você só tem a ganhar!

 

 

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Rezando por uma coisa e recebendo outra. Mas muito melhor

 

 

Rezando por uma coisa e recebendo outra melhor

 

Na nossa Parashá, Moshe Rabeinu conta que rezou 515 vezes pelo mesmo motivo, entrar na terra prometida!

 

Moshe pertencia à tribo de Levi que não iria receber uma parte da Terra Santa como as outras tribos, porque eles precisariam ter todo seu tempo livre para estudar Torá e assim poder ensinar a Torá à todo o nosso povo.

 

Portanto, o único motivo pelo qual Moshe Rabeinu queria tanto entrar na Terra Santa era para cumprir os Mandamentos Divinos que dependem dela, Mandamentos que podem ser cumpridos somente na terra de Israel.

 

Depois de ter feito 515 rezas pedindo isso, Hashem pede para ele não rezar mais sobre esse assunto e diz que ele não vai receber isso, mas sim algo muito melhor do que isso.

 

Diz o Ari Zal que Moshe se reencarna como Mashia’h e a geração dele como geração Gueulá. Diz o Rebe que essa geração é a nossa!

 

Pelo fato de Moshe ter concordado em parar de rezar para entrar na Terra Santa, vemos que com certeza o fato de ele se reencarnar como Mashia’h e a sua “geração do conhecimento” como “geração da Gueulá” foi realmente mais importante para ele do que entrar naquela época na terra de Israel e ele sozinho alcançar os maiores níveis espirituais, mas deixando sua geração para trás, Moshe não faria isso.

 

Às vezes nós rezamos e pedimos muitas e muitas vezes para Hashem nos dar algo, e no final não recebemos.

 

Nessa hora devemos nos lembrar que Hashem é a essência do bem e a natureza do bem é fazer o bem, e o amor que Hashem tem por cada um de nós é infinitamente maior do que o amor que temos pelos nossos próprios filhos

 

Sendo assim, se Hashem não nos deu o que pedimos, com certeza muito melhor do que isso Ele tem guardado para nós.

 

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Como rezar para sermos atendidos

 

Vaet’hanan

 

Na nossa Parashá, Moshe conta ao nosso povo que “rezou para Hashem (D’us) naquela hora” e usa a palavra Vaet’hanan se referindo à reza.

 

Rashi diz que a raiz da palavra Vaet’hanan é usada em todas as escrituras no sentido de pedir um presente sem precisar dar nada em troca, e explica:

 

Mesmo podendo os Tzadikim justificarem o atendimento de seus pedidos como merecimento à suas boas ações, mesmo assim, por humildade pedem para que Hashem atenda à seus pedidos sem olhar para seus méritos, pedem para que Hashem atenda à seus pedido de graça e não como pagamento pelas suas boas ações.

 

A primeira coisa que aprendemos aqui é a de não pensarmos nos nossos méritos na hora de rezarmos e fazermos nossos pedidos, porque o atendimento aos nossos pedidos é um presente que Hashem nos dá simplesmente pelo fato de termos pedido.

 

Diz o Midrash Rabá que o valor numérico da palavra Vaet’hanan é de 515 nos indicando o número de vezes que Moshe rezou por aquele mesmo motivo, fazendo aquele mesmo pedido novamente.

 

Daqui aprendemos que devemos pedir pedir e pedir, e se até Moshe Rabeinu que era o maior dos profetas pediu tantas vezes, quanto mais nós.

 

Quando estamos rezando precisamos ter segurança de que vamos ser atendidos e nunca devemos imaginar no meio da reza que talvez não sejamos atendidos. Isso porque a falta de fé enfraquece o efeito da reza.

 

Por isso, na hora que fazemos um pedido para Hashem (D’us) devemos acreditar com fé perfeita que nosso pedido vai ser atendido.

 

Mas caso aconteça de você não receber o que está pedindo no momento, saiba que quando isso acontece é sempre por motivos que são para o nosso bem. Bem revelado ou bem oculto.

 

E mesmo nesse caso, nossas rezas que aparentemente não serviram para o que queríamos, são automaticamente direcionadas para algo mais importante que muitas vezes nem sabíamos que estávamos precisando tanto daquilo.

 

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Para quem Moshe Rabeinu traduziu a Torá ?

*Mais detalhes sobre a nossa Parashá*

Nossa Parashá nos conta que antes de falecer, Moshe Rabeinu começou a traduzir a Torá para setenta línguas.

Pelo fato de ele ter feito isso no final da sua vida no lugar de passar seus últimos momentos com a sua família vemos a extrema necessidade e importância dessas traduções.

Mas quando nos perguntamos para quem ele precisou fazer essas traduções não sabemos responder!

Se essas traduções foram feitas para o nosso povo, sabemos que mesmo estando no Egito durante 210 anos eles não mudaram seu idioma mas continuaram falando o hebraico clássico que era falado pelos nossos patriarcas e que vinha desde a criação do mundo.

Se essas traduções foram feitas para a “Erev Rav”, a “grande mistura” que era uma multidão de egípcios que saíram com o nosso povo de lá, seria o suficiente traduzir a Torá para a língua egípcia antiga.

Se essas traduções foram feitas para as pessoas que futuramente iriam se converter ao judaísmo elas seriam desnecessárias, sendo que essas pessoas teriam que fazer parte de uma comunidade judaica e para isso teriam que falar a língua falada pela comunidade.

Na época de Moshe Rabeinu a única comunidade judaica que existia no mundo era o povo de Israel no deserto que em breve entraria na “terra prometida” transformando ela em “Terra Santa” e fazendo do hebraico clássico sua língua oficial.

Portanto qualquer pessoa que quisesse se converter ao judaísmo e consequentemente viver na comunidade judaica teria que aprender o hebraico clássico, a língua do único lugar do mundo onde se encontrava absolutamente toda a comunidade judaica.

Sendo assim, aparentemente não havia nenhuma necessidade de traduzir a Torá para setenta línguas na época de Moshe Rabeinu.

Somente 810 anos depois de Moshe quando nosso povo foi exilado para a Babilônia e trocou sua língua oficial para o aramaico surgiu a necessidade de traduzir a Torá.

A tradução da Torá para o aramaico foi feita por Unkelus, o sobrinho do imperador romano Titus que destruiu o segundo Beit Hamikdash.

O próprio Unkelus tinha se convertido ao judaísmo e traduziu a Torá para o aramaico que não era uma das setenta línguas para as quais Moshe Rabeinu traduziu a Torá no final da sua vida.

D’us criou o mundo em hebraico clássico.

No sexto dia da criação, Adam e Havá (Adão e Eva) foram criados já falando hebraico clássico, e essa foi a língua do mundo inteiro até a Torre de Bavel.

Todas as pessoas naquela época tinham uma única língua que era o hebraico e juntos fizeram uma torre que chegaria até acima das nuvens, para provar cientificamente que não existe D’us.

Foi necessário um grande milagre para que a união de todos com o objetivo de fazer o mal terminasse.

D’us mandou para eles o anjo Gavriel que fez com que eles começassem a falar setenta línguas diferentes que deram origem à absolutamente todas as línguas do mundo fora o aramaico e o árabe.

O milagre das setenta línguas fez com que aquelas pessoas se espalhassem pelo mundo e dessem origem à setenta povos diferentes que são a origem de todos os povos de hoje.

Uma parte da humanidade, provavelmente a pequena parte que não havia participado da construção da torre de Bavel, continuou falando hebraico.

O hebraico mal falado virou o aramaico e o aramaico mal falado virou o árabe.

Sendo assim, a primeira vez que o nosso povo precisou realmente de uma tradução da Torá foi pelo menos 810 anos depois de Moshe Rabeinu.

Então voltamos à nossa pergunta inicial, porque Moshe Rabeinu gastou o precioso tempo do final da sua vida traduzindo a Torá para setenta línguas, tradução aparentemente desnecessária e que jamais foi usada?

*Moshe Rabeinu traduziu a Torá para nós!*

Com a entrega da Torá no Monte Sinai começou a sincronização entre o mundo de cima, o mundo espiritual, e o nosso mundo de baixo, o mundo material.

Por meio dos Mandamentos Divinos que recebemos no Monte Sinai trazemos a Santidade do mundo superior para nós próprios e para todo esse mundo, e o maior de todos os mandamentos Divinos é o próprio estudo da Torá.

Sendo que o aspecto mais elevado da nossa Alma Divina é o intelecto que são as três primeiras “Sefirot” chamadas de “Mo’him”, o estudo da Torá, principalmente da parte oculta da Torá, é o Mandamento Divino que mais nos traz Kedushá (Santidade).

Sendo que o mundo foi criado em hebraico clássico e a Torá foi dada ao nosso povo no hebraico clássico, o Mandamento Divino do estudo da Torá e a Santidade que ele nos traz não teria como recair sobre um estudo de Torá feito em outra língua que não fosse o próprio hebraico clássico.

Por isso Moshe Rabeinu se empenhou tanto na tradução da Torá para as setenta línguas que eram as raízes das línguas atuais, porque por meio dessa tradução feita por ele próprio que recebeu a Torá de Hashem (D’us) e a repassou para nós, o Mandamento Divino de estudar Torá se estendeu também para o estudo da Torá em qualquer língua que a Torá seja estudada.

Por isso, hoje quando você estuda a Torá em português você também cumpre o Mandamento Divino de estudar Torá e traz Kedushá para você e para o nosso mundo material.

Por isso devemos tomar todo o cuidado de não usar nas nossas traduções o português eclesiástico que tem como base o cristianismo que é o derivado direto da mitologia dos antigos romanos.

Para entendermos o que tem de tão grave com esse estilo de tradução vamos usar como exemplo a história que a Guemará nos conta sobre Adrianus, o imperador de Roma.

Adrianus estava incomodado com o fato de Unkelus, o sobrinho de Titus, ter se convertido ao judaísmo.

Adrianus mandou três vezes tropas de soldados romanos para trazer Unkelus de volta para Roma, mas sem sucesso.

Cada tropa que veio ouviu de Unkelus uma explicação diferente sobre a diferença entre o nosso D’us e a cultura deles, e a mensagem dessas histórias era a mesma:

A humildade Divina no judaísmo, a essência do bem que é o nosso D’us, exatamente o contrário da prepotência e tirania dos deuses mitológicos.

Mais futuramente a mitologia deu origem ao cristianismo mantendo os padrões dela na sua cultura, e isso vemos claramente nas traduções da Torá feitas por esses povos que enfatizam a distância entre D’us e o ser humano, sempre usando a terceira pessoa para se referir à D’us, traduzindo o “Atá” (você) da Torá como “vós”, e daí para frente em uma coletânea de erros de tradução com a clara intenção de fazer da nossa Torá a mitologia atualizada, deturpando intencionalmente a nossa cultura em prol da cultura deles.

Conclusão:

Moshe Rabeinu abriu mão dos últimos momentos da sua vida traduzindo a Torá para setenta línguas para que a santidade da Torá recaísse sobre as nossas traduções.

Temos a obrigação de valorizar o que ele fez por nós e fazer uma ponte direta entre as traduções de Moshe Rabeinu e as nossas traduções sem colocar no meio desse caminho as traduções de outras religiões que não são a nossa.

A Torá usa a linguagem que usavam as pessoas da época para facilitar à elas o entendimento.

Como por exemplo no caso da proibição de não comer, cozinhar ou ter proveito de carne cozida com leite, onde a Torá usa o termo “ não cozinhe o carneirinho com o leite da sua mãe”

Dizem nossos Sábios que “a Torá falou essa frase na linguagem das pessoas”, ou seja, das pessoas daquela época.

Aqui a Torá nos dá o exemplo de como devem ser as traduções.

Devem ser uma linguagem atual, clara, objetiva e de fácil entendimento para a maioria das pessoas da nossa época.

Como uma revista que você compra na semana em que ela foi escrita, e não uma tradução eclesiástica baseada nas traduções da Torá para o português pelos padres católicos da época da inquisição.

O mesmo se refere à transliteração que tem que ser acessível ao idioma falado pelas pessoas daquele país.

Os rabinos de Portugal de antes da inquisição faziam a transliteração da letra “ח” como “H”.

Daqui vemos que na língua portuguesa a letra mais próxima da letra “ח” é o”h”.

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Rabi Itzhak Luria Ashkenazi, o “Ari HaKadosh”

 

Um pouquinho sobre Kabalá
https://youtu.be/VSjd9NghlkQ

 

לזכות הגביר הנדיב

ר’ יצחק בן אסתר
ובתו אסתר בת אביבה רבקה

 

Rabi Itzhak Luria Askenazi se tornou famoso como o “Ari HaKadosh” que quer dizer “O Leão Sagrado”.

 

A palavra Ari é o acrônimo de “Askenazi Rabi Itzhak”.

 

Ele nasceu em Jerusalém em 1534.

 

Seu pai, Rabi Shlomo Luria era descendente de Rashi, e por meio de Rashi era também descendente do Rei David.

 

Rabi Shlomo Luria veio da Lituânia para a Terra de Israel acompanhando seu mestre e sogro, Rabi Kalman Kalonymus Haberkasten.

 

A pequena comunidade judaica em Jerusalém deu à cada um desses imigrantes o apelido de ‘Ashkenazi’ por terem vindo da Europa, e assim Rabi Shlomo Luria se tornou Rabi Shlomo Luria Ashkenazi.

 

Depois que sua primeira esposa, filha de Rabi Kalman Kalonymus faleceu, Rabi Shlomo se casou novamente.

 

Ele se casou em Jerusalém com Sarah Francis que pertencia a uma família de judeus sefaradim.

 

Quando o pequeno Itzhak tinha oito aninhos de idade, seu pai faleceu.

 

Rabi Kalman Kalonymus que tinha trazido Rabi Shlomo Luria com ele da Lituânia, apoiou a viúva e os pequenos órfãos.

 

Quando o pequeno Itzhak cresceu, todos viram que ele era super dotado.

 

Com três aninhos ele já lia fluentemente o Sidur inteiro, e com 14 anos ele já tinha estudado tudo o que um grande rabino precisaria estudar para se tornar um grande rabino.

 

Nessa época Rabi Kalman Kalonymus faleceu e a família órfã ficou novamente sem condições.

 

Sarah não queria usufruir da Tzedaká, da caridade pública, porque sabia que a arrecadação da Tzedaká era pequena e a demanda era grande.

 

Ela não queria que outras pessoas necessitadas recebessem menos ajuda por causa dela.

 

Por isso ela se mudou com as crianças para o Egito para viver perto do irmão de sua mãe, o Rav Mordehai Francis.

 

O Rav Mordehai era um judeu rico e assumiu sua irmã com suas crianças com muito amor e carinho.

 

Itzhak se tornou aluno de Rabi David ben Zimra, o “Radbaz”, e também de Rabi Bezalel Ashkenazi que escreveu o famoso livro “Shitá Mekubetzet” .

 

Com 15 anos ele se casou com sua prima, filha do Rav Mordehai que continuou bancando o jovem casal depois do casamento para que ele pudesse continuar seus estudos sem ter que se preocupar com as despesas da família.

 

No ano de 1570, com 36 anos de idade ele se mudou para Tzfat na Alta Galiléia com sua esposa e crianças onde viveu por mais dois anos, dois anos que terminariam no final dos poucos anos da sua vida.

 

Em seu primeiro ano em Tzfat, o Ari conheceu vários Sábios e transmitiu à eles suas grandes inovações nos estudos da Kabala.

 

Estudou com Rabi Moshe Cordovero, ensinou Rabi Eliahu de Vidash, Rabi Gedaliah Halevi, Rabi Yonatan Sagis, Rabi Yosef Tubul o Mughrabi (ocidental), Rabi Yitzhak Cohen Ashkenazi, Rabi Israel Saruk, Rabino Moshe Alshei’h, Rabi Moshe Mashlim, Rabi Shlomo Elkabetz, Rabi Shmuel Ozida, e o principal de todos, Rabi Haim Vital.

 

Rabi Haim Vital foi nomeado pelo Ari HaKadosh como seu aluno principal e seu sucessor, repassando para ele muitos ensinamentos profundos do lado oculto da Torá.

 

Esses estudos serviram posteriormente de base para a série das escrituras do Ari que foram escritos e editados pelo Rabi Haim Vital, seu aluno principal.

 

Suas duas filhas se casaram em Tzfat.

 

Sua filha A’hssa, se casou com Rabi Shlomo Sagis que era o Rosh Yeshiva de Tzfat e rabino do Maharit.

 

Sua outra filha se casou com o filho de Rabeinu Yossef Karo que escreveu o Shul’han Aru’h.

 

O Ari também teve dois filhos, um chamado Shlomo em nome do seu pai, e outro chamado Moshe.

 

Segundo a tradição, seu filho Moshe faleceu após o Ari ter revelado profundos segredos da Kabalá para os seus alunos.

 

O Ari faleceu aos 38 anos no dia 5 de Av de 1572, na grande peste que então atingiu a Galileia, e foi sepultado no antigo cemitério de Tzfat, ao lado do túmulo do seu filho Moshe e do seu mestre, o Ramak .

 

Durante este tão breve período de vida, o Ari revolucionou o estudo da Kabalá.

 

Ele nos revelou que a partir de agora não só temos permissão de revelar esta sabedoria, mas o principal: agora também temos a obrigação de revelar a todos o lado oculto da Torá”.

 

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Mensagem da Parashá

Rezando com alegria porque Hashem está sempre cuidando bem de nós

 

 

Rezando com alegria porque Hashem está sempre cuidando bem de nós ❤️🥰🌻

 

 

Nossa Parashá nos conta também que quando nosso povo planejou passar pelo monte Seir, terra de Edom, para chegar à terra prometida, D’us pede para Moshe dar uma ordem ao povo de Israel para comprar com dinheiro mantimentos dos Bnei Essav habitantes de Seir, e até pagar pela água que beberem.

 

O motivo para isso aparece imediatamente no próximo versículo: “ Porque Hashem seu D’us te abençoou em todos os trabalhos das suas mãos e proveu todas as suas necessidades na travessia desse grande deserto durante quarenta anos, Hashem seu D’us está te apoiando, não te falta nada!”

 

Isso foi dito à Moshe como uma ordem para ser repassada ao povo de Israel ! Quando o versículo diz que Hashem seu D’us te abençoou, está instruindo o povo para não ser ingrato dando a impressão de que eles são pobres e mal cuidados por Hashem, mas ao contrário!

 

Passem uma imagem de que vocês são ricos! (Rashi) A regra é : Quando somos gratos à D’us pelo que ele nos dá e demonstramos isso, fazemos com que ele nos dê verdadeiros motivos para agradecer.

 

Quando estamos alegres por saber que D’us sempre está cuidando bem de nós, fazemos com que D’us nos dê verdadeiros motivos para justificar essa alegria!😊

 

Rezando com alegria

 

O Baal Shem Tov nos conta que existem duas formas de rezar, uma com muita alegria e entusiasmo e outra com muito choro e amargor.

 

As duas formas são válidas mas a diferença entre elas é que, quando pedimos à D’us com alegria somos como um ministro fazendo um pedido ao Rei, mas quando pedimos com tristeza somos como um pobre fazendo um pedido ao Rei

 

Por ser assim no mundo espiritual consequentemente a natureza do mundo material é que: quando o pobre pede algo para o Rei ele pede com amargor e ganha um presente pequeno, mas quando o ministro pede algo para o Rei ele pede com alegria e ganha um presente grande

 

Por isso temos que rezar com muita alegria e entusiasmo como um ministro falando com o Rei.

 

Por que essa ordem em relação à Edom foi dada, se no final o povo de Israel não atravessou a terra de Edom e isso não aconteceu na prática?

 

Sendo que a Torá é eterna e seus ensinamentos são eternos, eles são válidos em qualquer época e em qualquer lugar, e o fato de essa travessia não ter acontecido na prática mas a ordem ter sido dada só vem reforçar o fato de essa ordem ter sido dada para nós, aqui e agora!

 

Então vamos mostrar para todos que D’us sempre está cuidando bem de nós e não se esquece de nós nem um único e mínimo instante!🌷🌷

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

 

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Mensagem da Parashá

Porque Moshe Rabeinu traduziu a Torá para setenta línguas se ninguém precisava dessa tradução?

 

 

 

O que fez Moshe em suas últimas cinco semanas de vida?

 

Nosso quinto livro da Torá, Devarim, é conhecido como Mishnê Torá, a revisão da Torá.

 

Seu conteúdo foi dito por Moshê ao povo judeu durante as cinco semanas finais de sua vida, enquanto o povo se preparava para entrar na Terra de Israel.

 

Moshe sabia que tinha os dias contados e pouquíssimo tempo de vida, e teria que se dedicar somente para fazer as coisas mais importantes.

 

Nesses dias ele estava traduzindo a Torá para setenta línguas para facilitar o estudo da Torá aos judeus, para dar mérito à judeus que só sabem falar outros idiomas, para tornar o acesso à Torá mais fácil.

 

Ele estava empenhado e dedicado para que pessoas que nem sabem falar a “Língua Santa” possam saber o motivo que D’us criou o mundo e o motivo pelo qual nós estamos aqui.

 

Moshe Rabeinu não só nos deu a Torá mas também mostrou para nós que ela é a coisa mais importante que existe no mundo !

 

Antes de falecer, Moshe Rabeinu começou a traduzir a Torá para setenta línguas.

 

Pelo fato de ele ter feito isso no final da sua vida no lugar de passar seus últimos momentos com a sua família vemos a extrema necessidade e importância dessas traduções.

 

Mas quando nos perguntamos para quem ele precisou fazer essas traduções não sabemos responder.

 

Se essas traduções foram feitas para o nosso povo, sabemos que mesmo estando no Egito durante 210 anos eles não mudaram seu idioma mas continuaram falando o hebraico clássico que era falado pelos nossos patriarcas e que vinha desde a criação do mundo.

 

Se essas traduções foram feitas para a “Erev Rav”, a “grande mistura” que era uma multidão de egípcios que saíram com o nosso povo de lá, seria o suficiente traduzir a Torá para a língua egípcia antiga.

 

Se essas traduções foram feitas para as pessoas que futuramente iriam se converter ao judaísmo elas seriam desnecessárias sendo que essas pessoas teriam que fazer parte de uma comunidade judaica e para isso teriam que falar a língua falada pela comunidade.

 

E na época de Moshe Rabeinu a única comunidade judaica que existia no mundo era o povo de Israel no deserto que em breve entraria na “terra prometida” transformando ela em “Terra Santa” e fazendo do hebraico clássico sua língua oficial.

 

Portanto qualquer pessoa que quisesse se converter ao judaísmo e consequentemente viver na comunidade judaica teria que aprender o hebraico clássico, a língua do único lugar do mundo onde se encontrava absolutamente toda a comunidade judaica.

 

Sendo assim, aparentemente não havia nenhuma necessidade de traduzir a Torá para setenta línguas na época de Moshe Rabeinu.

 

Somente 810 anos depois de Moshe quando nosso povo foi exilado para a Babilônia e trocou sua língua oficial para o aramaico surgiu a necessidade de traduzir a Torá.

 

A tradução para o aramaico foi feita por Unkelus, o sobrinho do imperador romano Titus que destruiu o segundo Beit Hamikdash.

 

O próprio Unkelus tinha se convertido ao judaísmo e traduziu a Torá para o aramaico sendo que a tradução que Moshe Rabeinu Rabeinu fez no final da sua vida não tinha chegado até aquela época.

 

O próprio Moshe Rabeinu sabia que as traduções da Torá que ele fez não chegariam até a época de Unkelus, sendo que a Torá é repassada de pai para filho no idioma falado pelos pais e pelos filhos.

 

D’us criou o mundo na Língua Santa que é o hebraico clássico

 

No sexto dia da criação, Adam e Havá (Adão e Eva) foram criados já falando hebraico clássico, e essa foi a língua do mundo inteiro até a Torre de Bavel.

 

Todas as pessoas naquela época tinham uma única língua que era o hebraico e juntos fizeram uma torre que chegaria até acima das nuvens para provar cientificamente que D’us não existe.

 

Foi necessário um grande milagre para que a união de todos com o objetivo de fazer o mal terminasse.

 

D’us mandou para eles o anjo Gavriel que fez com que eles começassem a falar setenta línguas diferentes que deram origem à absolutamente todas as línguas do mundo fora o aramaico e o árabe.

 

O milagre das setenta línguas fez com que aquelas pessoas se espalhassem pelo mundo e dessem origem à setenta povos diferentes que são a origem de todos os povos de hoje

 

Uma parte da humanidade, provavelmente a pequena parte que não havia participado da construção da torre de Bavel, continuou falando hebraico.

 

O hebraico mal falado virou o aramaico e o aramaico mal falado virou o árabe

 

Sendo assim, a primeira vez que o nosso povo precisou realmente de uma tradução da Torá foi pelo menos 810 anos depois de Moshe Rabeinu.

 

Então voltamos à nossa pergunta inicial, porque Moshe Rabeinu gastou o precioso tempo do final da sua vida traduzindo a Torá para setenta línguas, tradução aparentemente desnecessária e que jamais foi usada?

 

Continua amanhã….

 

Rabino Gloiber
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