BAT-MITZVÁ
“Bat” significa literalmente “filha de”, e “Mitzvá” significa “mandamento”. Assim, uma “Bat-Mitzvá” representa uma “filha do mandamento”.
Uma das ocasiões mais importante na vida de uma menina judia chega quando ela atinge a idade para entrar na aliança com D’us e no compromisso de manter, estudar e praticar todos os mandamentos da Torá, aos doze anos de idade.
O sagrado livro Zôhar explica que no dia do décimo segundo aniversário de uma menina, a alma Divina é revelada com maior intensidade, e exerce uma maior influência. Neste momento as jovens tornam-se aptas a responder pelo cumprimento das Mitzvot.
No caso da menina não uma obrigação mas sim uma coisa boa reunir suas amigas e familiares onde algumas palavras de Torá deverão ser proferidas, seguida de uma seudat Mitzvá, refeição festiva.
Ao contrário da cerimônia de Bar-Mitsvá do menino, que implica na colocação dos tefilin e sua chamada pela primeira vez à Torá, esta data não requer nenhum ato religioso específico, já que
o Bat-Mitsvá ocorre um ano antes do Bar Mitzvá do menino, pois D’us abençoou as mulheres com um grau maior de compreensão e ligação com o Criador.
Costumes
• As meninas, ao completarem doze anos, chegam à idade da maturidade, e têm a responsabilidade de assumir o cumprimento das Mitzvót.
• É uma Mitzvá fazer uma refeição festiva no dia do Bat-Mitzvá, de forma discreta, conforme nossos sábios explicam que a discrição é uma das maiores virtudes da mulher.
• É costume no dia do Bat-Mitzvá a jovem e seus pais aumentarem a doação que habitualmente reservam para caridade, ato que lhes traz uma bênção especial.
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Por que nos tornamos um Bar ou uma Bat Mitzvá na adolescência?
Porque acontece algo dramático às nossas mentes nessa época. Uma espécie de despertar, um estado de consciência, uma percepção de que “eu existo”.
Sábios judeus chamam de da’at – mal traduzido como “conhecimento” ou “consciência”. Conhecimento geralmente significa conhecimento sobre coisas fora de si mesmo. Mas este da’at é o conhecimento daquele que está conhecendo o “Eu”.
Nada é mais assustador que este auto-conhecimento– porém nada é mais habilitante. Sem ele, não há reconhecimento, liberdade, nenhuma maneira de tomar sua vida em suas próprias mãos. Todas essas coisas se tornam possíveis somente quando você pode olhar para si mesmo e dizer: “Por que eu fiz aquilo e não fiz isso?”, “Isso é realmente o que eu quero fazer?”, “Isso é realmente quem eu quero ser?”
Somente então podemos chamar você de uma Bat Mitzvá.
Não, não é de repente. Adquirir da’at é um processo gradual. Ele parece bastante relacionado com o desenvolvimento da fala. De fato, a Mishná nos diz que aquele que carece da fala – um surdo-mudo não treinado – também é carente em da’at.
Aos três anos de idade, a maioria das crianças tem da’at suficiente para começar a aprender a diferença entre certo e errado. É por isso que aos três anos uma criança judia tradicionalmente inicia sua educação formal. Novas descobertas do ser continuam em estágios críticos da infância – e até mesmo mais tarde. É somente aos vinte anos de idade, os sábios determinaram, que a maioria das pessoas desenvolve uma “mente própria .”
Mas nenhuma transformação na vida pode se comparar com aquela da adolescência. Naquela idade, o da’at sai do seu casulo e emerge em ser humano; um ser que conhece a si mesmo.
Saber é tudo. O mundo começa a ser, dizem os cabalistas, porque D’us sabe disso. Assim, saber é a base da qual todas as coisas são feitas: Tudo é saber.
Os elétrons sabem a direção dos pólos positivos e negativos de seu campo eletromagnético – se não soubessem, não teríamos eletricidade em nossas casas. Todo átomo conhece todo outro átomo no universo – caso contrário não teríamos gravidade. Toda célula viva conhece o código de sua própria reprodução e o padrão
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Vale a pena estudar os seguintes assuntos antes do Bat ou Bar Mitzvá
PORQUE SOMOS CHAMADOS DE JUDEUS?
Quando um menino Judeu faz 13 anos ele se torna apto a cumprir todos os mandamentos da Torá, por isso , antes dos 13 ele faz um “curso de Bar Mitzvá” ,ou seja, uma revisão geral das Mitzvót (Mandamentos Divinos) relacionadas aos homens.
As meninas fazem o “Bat Mitzvá” com 12 anos (de novo as mulheres na frente!!!) E fazem um”curso de “Bat Mitzvá” , ou seja, uma revisão de todos os Mandamentos Divinos relacionadas às mulheres.
Bar Mitzvá
Aos cinco anos a Torá; aos dez anos, a Mishná; aos treze anos, os mandamentos (Pirkê Avot).
A maioridade religiosa, 13 anos para os meninos e 12 anos para as meninas, é a ocasião de comemorações que marcam esta evolução tão importante na vida do adolescente.
Aos 13 anos, o menino judeu é considerado um adulto responsável por seus atos, do ponto de vista judaico. Bar Mitzvá significa, literalmente, “filho do mandamento”. A criança de 13 anos passa a ter as mesmas obrigações religiosas dos adultos, tornando-se responsável pelos seus atos e transgressões.
Na segunda ou quinta-feira mais próxima a seu aniversário, de acordo com o calendário hebraico, o jovem comemora com uma festa religiosa, durante a qual cumpre alguns rituais.
Neste dia o jovem coloca o tefilin pela primeira vez, na sinagoga. A partir desta data, já pode fazer também parte do minian, o quorum mínimo de dez homens, necessário para a realização de uma reza em comum.
No Shabat do Bar Mitzvá, o jovem é chamado a ler a Torá e conduzir a reza diante de toda a comunidade. Na reza da manhã, lê parte ou toda a Perashá da semana. Geralmente os pais organizam uma Seudá, na qual o jovem pronuncia um discurso para mostrar a sua sensibilidade em entender os comentários dos textos tradicionais.
O Bar Mitzvá é, de várias maneiras, um assunto de família. A escolha do modo de celebrar a cerimônia, depende muito das tradições de cada comunidade. O ritual a ser seguido, o tipo de comemoração a ser organizado, são assuntos muito discutidos em cada família judaica. Mas o mais importante de tudo é fazer com que o jovem sinta que é o centro das atenções naquele dia para seus pais e sua família.
Seus pais lhe transmitem durante toda a sua infância o que consideram de fundamental importância e as prioridades na vida. Dia após dia, mostram-lhe o caminho a seguir, em relação ao aspecto moral, prático ou emocional. Os pais guiam o jovem de 13 anos em sua educação, religião e nos costumes e tradições da sua comunidade. E, se ele tiver a chance de ter avós, tios e tias, estes também contribuem, com exemplos, para a sua educação.
A família sempre teve uma grande importância na educação judaica e na transmissão das tradições. Nos shtetls da Europa Oriental, onde o meio era hostil para os judeus fora dos guetos, a casa judaica sempre ofereceu um abrigo contra o ódio e as perseguições. As tradições ensinadas dentro de casa eram, talvez, mais importantes para a formação dos jovens do que as ensinadas nas escolas ou sinagogas. Enquanto comemorava as festas judaicas, a família passava os seus valores de uma geração para a outra.
Na época do Templo, o pai conduzia seu filho de 13 anos até o sacerdote, no Templo. Este, então, dava a bênção para o jovem, assim como conselhos morais. Provavelmente, a cerimônia de Bar Mitzvá tem aí a sua origem. A Torá, inclusive, chama Levy, filho de Jacob, de “homem”(ish), pela primeira vez, quando ele completa 13 anos. Depois da destruição do Templo, os judeus se acostumaram a fazer uma festa em torno do menino de 13 anos. Os membros da comunidade se reúnem na sinagoga na segunda ou na quinta-feira que antecede seu aniversário de 13 anos, para ouvir o jovem ler a Torá. Em seguida, os pais convidam para um kidush e oferecem bebidas refrescantes na sinagoga e uma refeição mais consistente em casa. O discurso do jovem é um costume muito antigo e importante, e visa mostrar ao público seu grau de conhecimento da Torá.
A tradição de dividir uma refeição com a comunidade faz parte dos costumes judaicos nas celebrações. Sempre houve uma relação entre a comida e as celebrações religiosas para os judeus. A hospitalidade generosa também faz parte da vida judaica. O Shabat, Pessach, Rosh-Hashaná, Sucot,… são celebrados em torno da mesa. Um grande esforço é feito pelas mulheres na preparação das refeições. Uma festa, para a qual a comunidade é convidada, segue, geralmente, um casamento e uma circuncisão, assim como um Bar Mitzvá. A festa de Bar Mitzvá começou por um modesto kidush nos tempos medievais. Porém, no século XVI, já passou a ser uma seudat mitzvá. Em alguns casos, permite-se ao jovem colocar o tefilin entre um a seis meses antes de completar 13 anos, para praticar antes do dia do Bar Mitzvá.
Paralelamente, as meninas têm o Bat Mitzvá, celebrado aos 12 anos, e não aos 13, como os meninos. Isto porque as meninas são consideradas maduras mais cedo que os meninos. A festa do Bat Mitzvá só foi difundida recentemente e, mesmo assim, não foi ainda assimilada em todas as comunidades.
Costumes dos judeus sírios em relação ao Bar Mitzvá
Nos costumes dos judeus sírios (alepinos ou damascenos), o Bar Mitzvá acontece quando o jovem completa, no máximo, 13 anos e um dia. Mas existem muitos casos em que o Bar Mitzvá é celebrado com 12 anos e seis meses. Em alguns casos, o jovem que é mais religioso ou muito avançado nos estudos pode ser chamado à Torá com 12 anos. É o caso, também, quando, infelizmente, o jovem é órfão.
No início da cerimônia o jovem coloca seu novo talit, recitando a bênção apropriada e, em seguida, reza Sheheheianu. Depois senta-se, coloca o tefilin no braço esquerdo e recita a bênção sobre o tefilin. Levanta-se, coloca o tefilin na cabeça, sem pronunciar a bênção. Um costume dos alepinos é convidar um membro da família de cada vez para dar uma volta na tira do tefilin do braço, começando pelo avô, depois o pai, o irmão mais velho e assim por diante. Ser convidado a passar a tira do tefilin em volta do braço é uma honra. O jovem é chamado a ler a Torá pela primeira vez e recita a berachá. Ele não lê a Torá com menos de 13 anos e um dia. A cerimônia acontece na semana antes do Shabat no qual será chamado a ler a Torá novamente. Durante a cerimônia, a mãe do jovem, assim como as avós e as tias, costumam jogar balas feitas de amêndoas cobertas com açúcar (mlabas) em cima do jovem, na sua subida à Torá. Mas este costume está sendo desencorajado pelos rabinos e está sendo abandonado pouco a pouco, pois os rabinos temem que estas balas possam machucar.
No sábado, após a cerimônia da sinagoga, os pais convidam a família e os amigos para o sabt (sábado), na casa deles e oferecem vários tipos de doces e bebidas. Todos os convidados cantam pismonim.
As crianças sefaraditas colocam o talit desde cedo, quando começam a freqüentar a sinagoga com o pai.
Costumes Asquenazim
É comum os asquenazim fazerem o Bar Mitzvá de seus filhos no sábado. Entretanto, ao invés de festejar esta ocasião no Shabat, atualmente muitos estão passando a fazê-lo na segunda ou quinta-feira, pois no Shabat não se tiram fotografias e a família gosta de tê-las como lembrança.
Costumes chassídicos
Muitos chassidim começam a colocar o talit somente em seu casamento. Outros usam dois pares de tefilin para leitura da Mishná.
Costumes sefaraditas
Entre os sefaraditas, há em certas comunidades o hábito de passar a colocar dois tefilin somente após o casamento.
A leitura do Sefer Torá na sinagoga é um mandamento dos meninos. Estou colocando aqui um link gratuito para aprender a ler na Torá http://www.ben13.co.il/
A Parashá que será lida no dia do Bar Mitzvá deve ser a Parashá da semana em que o menino nasceu.
O conversor de datas com esses dados se encontra na página “Calendário e Festas Judaicas” . Qualquer dúvida entre na página ” Pergunte ao Rabino” e deixe a sua pergunta.
Os sinais de música da leitura da Torá que são na verdade a pontuação da Torá chegaram à nós desde Moshe Rabeinu.
O Midrash nos conta que quando Hashem disse para Moshe que ele iria falecer naquele dia, Moshe escreveu treze Sifrei Torá , um para cada tribo e um para ficar guardado na arca como referência de correção para qualquer Sefer Torá que fosse escrito depois.
Existem opiniões se naquele dia ele escreveu tudo milagrosamente ou terminou os Sifrei Torá que já tinha escrito unindo os pergaminhos .
Tem quem diz que esse Sefer Torá que ficava na arca era lido pelo Cohen Gadol no Beit Hamikdash no dia de Yom Kipur.
Os sinais de música ashkenazim podem ser aprendidos nesse link
https://youtu.be/s9Nxsix2-Xo
https://youtu.be/_87a2Qn7ETU
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תוכנית לימודים לבר מצווה
תפילה
קצת דיני השכמת הבוקר ונטילת ידיים
, נקיון הגוף והמקום לדבר שבקדושה
, לבישת בגדים כיפה
וציצית
, אותיות וניקוד
, הכרת הסידור ותפילות הבסיסיות , תפילין
כשרות
איזה אוכל מותר לקנות בכל מקום ואיזה צריכה הכשר, השגחות, מאכלות אסורות
ברכות הנהנים
דין קדימה בברכות
, נטילת ידים לסעודה וברכת המוציא
על איזה דברים צריכין לברך בנפרד בתוך הסעודה
מים אחרונים
, זימון
וברכת המזון
, ברכות על מאכלים מחשמת מיני דגן
, ברכת היין
כללים בברכה ראשונה ובברכה אחרונה
ברכת בורא פרי העץ
ובורא פרי האדמה
ברכת שהכול
דין עיקר וטפל
, דיני טעות בברכות
ברכת הריח
ברכת שהחיינו
שבת
התפילות של שבת ויום טוב, קידוש וסעודות בלילה וביום, קצת ממלאכות האסורות בשבת, ארבע רשויות לשבת, דיני הוצאה דרך מלבוש ותכשיט, דיני רחיצה, דיני מוקצה בשבת, דין בסיס לדבר האסור, הבדלה
יום טוב
הבדלים בין שבת ליום טוב, שמחת יום טוב יום, דיני חול המועד
לוח עברי
ראש חודש וקידוש לבנה, חודשי השנה וחגיהם, שנה מעוברת
ראש השנה
חודש אלול וסליחות, התרת נדרים, הסימנים, תקיעת שופר, תשליך, צום גדליה, עשרת ימי תשובה
יום כיפור
ערב יום כיפור, סדר ליל יום הכיפורים, הלכות יום הכיפורים
סוכות
הלכות סוכה, דיני ישיבה בסוכה, ארבעת המינים, שמחת בית השואבה, הושענא רבה, שמיני עצרת ושמחת תורה
חנוכה
סדר הדלקת נרות, הלל, קצת מנהגים
פורים
תענית אסתר, קריאת המגילה, משלוח מנות, מתנות לאביונים וסעודת פורים
חג הפסח
מה זה חמץ, איזה חמץ אסור להשהותו בפסח ואיזה מותר, נקיון הבית וקניות לפסח, דין מכירת חמץ, הלכות בדיקת וביטול חמץ, קצת דינים מלוקטים לפסח,ליל הסדר, ספירת העומר
ל״ג בעומר
סיפורים ומנהגים
חג השבועות
דינין, סיפורים ומנהגים
תענית ציבור על חורבן בית המקדש
עשרה בטבת, י”ז תמוז, בין המייצרים, תשעה באב, צום גדליהו
ענייני עבודה זרה ועיקרי האמונה
צורות האסורות, איסור כתובת קעקע, איסור גילוח פאות הראש והזקן, שלא לנחש לעונן ולכשף, שלוש עשרה העיקרים של הרמב״ם
מושגים בסיסיים בענייני
מזוזה, איסור רכילות, ביקור חולים, נדרים ושבועות, לא ילבש גבר שמלת אשה, איסור צער בעלי חיים
מושגים בסיסיים בענייני
צדקה, גניבה וגזילה, נזקי ממון, שאלה, שכירות וקניה, אבידה ומציאה, פקדון
בכבוד רב
PARASHAT METZORÁ
A Torá nos conta sobre manchas que poderiam aparecer nas paredes das casas, nas roupas e nas pessoas. Essa mancha é chamada de “Nega Tzaraat” , a pessoa portadora dela é chamada de “Metzorá”. Isso foi traduzido erroneamente como lepra, doença causada pelo Mycobacterium leprae, mas é um verdadeiro erro de tradução como veremos a seguir:
Don Itzhak Abarbanel foi o grande Tzadik que encorajou os judeus espanhóis na época da inquisição a deixarem a Espanha e não fazerem idolatria. Ele nos explicou que a “Tzaraat” não é uma doença física, mas sim uma “praga” mandada dos céus que aparecia de uma maneira sobrenatural, e sua cura era por meio de um ritual espiritual como ele explica detalhadamente:
1- O Cohen começa a purificação do “Metzorá” com o abate de um pássaro em um pote de barro , nos mostrando que o ser humano é como um pote de barro na mão do seu artesão que vai modelando ele conforme a sua vontade. (nos indicando que a Tzaraat vem de Hashem para melhorar nossa forma, nosso caráter).
2- Dentro desse pote de barro onde é feito o abate do pássaro são colocadas águas de fonte (em hebraico “águas vivas”) representando a Torá que está no coração de cada um de nós , e por não a guardarmos da maneira correta morre o pássaro abatido (representando que a Tzaraat aparece por meio de nossas ações e não por contágio).
3- Um pássaro vivo é mergulhado (mas continua vivo) no sangue do pássaro morto , nos ensinando que a “Tzaraat” por natureza não é doença e nem é contagiosa (como na lepra pelas vias respiratórias) mas sim um decreto Divino ligado ao comportamento errado daquela pessoa (representando pelo pássaro morto).
4- A cura de “Tzaraat” não acontece de maneira natural, mas sim de maneira milagrosa, e por isso o “Metzorá” vai para o Cohen e não para o médico.
5- A “Tzaraat” da roupa, e da casa, é a mesma que a das pessoas, e ela não tem nenhum vínculo a doenças do corpo humano; pois, o fato de que a mesma Tzaraat pode aparecer em paredes (mineral) e em roupas (vegetal e animal) nos obriga a ver a Tzaraat como expressão sobrenatural, milagrosa.
Conclusão: depois dessa explicação tão detalhada do Don Itzhak Abarbanel, vemos que o certo é transcrever a palavra Tzaraat, e não pegar uma tradução errada, a qual tem por fonte aquela mesma idolatria que por causa dela Don Itzhak Abarbanel teve que sair da Espanha com seiscentos mil judeus na inquisição!
A “Tzaraat” era um decreto Divino que afetava principalmente pessoas que causavam intrigas entre marido e mulher, ou entre uma pessoa e outra, pessoas que causavam separações.
Por isso, primeiro o Metzorá era separado do acampamento (porque causou separações) e depois sua purificação envolvia dois passarinhos (que tem a característica de piar na casa de um e na casa de outro representando o que ele fazia). Mas nem sempre a Tzaraat era um decreto Divino para corrigir a personalidade da pessoa (enriquecê-la espiritualmente) , ocasionalmente a Tzaraat era um decreto Divino para enriquecer a pessoa materialmente.
O Midrash nos conta em nome de Rabi Shimon Bar Yohái, que quando os povos de Cnaan ouviram que o povo de Israel estava se preparando para vir conquistá-la; se prepararam para nos “receber”, e entre outras coisas esconderam nas paredes e embaixo do piso das casas todos os seus tesouros. Depois, quando fugiram, muitos esqueceram ou não tiveram tempo de pegar os tesouros, que continuaram escondidos nas paredes.
Conta o Midrash que o bom D’us disse:- Prometi para o povo de Israel casas repletas com tudo de bom, e quem vai avisar eles sobre os tesouros que eles têm em casa?
Portanto, continua o Midrash, quando aparecerem sinais de Tzaraat a pessoa será obrigada a demolir a casa, é aí ele encontra os tesouros escondidos! Então a Tzaraat , e como consequência a destruição da casa , eram uma grande alegria para eles porque dessa maneira eles encontravam fortunas escondidas.
Daqui aprendemos um ensinamento básico para todos os acontecimentos de nossa vida:
Quando temos “tzarot”(sofrimentos) e achamos que estamos passando por uma fase ruim e que D’us esqueceu só de nós, temos que nos lembrar que por causa dessas “tzarot” vamos descobrir tesouros de todos os tipos que não descobriríamos a não ser por meio (no mérito) dessas tzarot.
Como disse o rei David no Tehilim:-“de noite dormimos chorando e de manhã acordamos cantando”; ou seja, o mesmo que causou para dormirmos chorando, ela vai nos fazer acordar cantando! E não se trata de pegar experiência com as “tzarot”, mas sim tesouros verdadeiros , ou seja, depois que a “casa quebra” ficamos ricos de verdade!
Principalmente agora que já passamos por todos os sofrimentos, já está na hora de Mashiach chegar, e veremos com nossos próprios olhos que nunca existiram sofrimentos, mas tudo era a bondade Divina oculta que agora chegou a hora de ela se revelar em breve em nossos dias!
Rabino Gloiber
Sempre rezando por vocês
www.RabinoGloiber.com
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אברהם איתן גלויבר
תם ולא נשלם