data Judaica

O dia do Aravá


🌿 O dia do Aravá 🌿

Aravá: elemento mais humilde das Quatro Espécies de plantas de Sucót

Oshaná Rabá é conhecido como “o dia de bater o Aravá”. O auge das rezas de Oshanot é o bater do feixe de cinco Aravot no chão.

 

Por que Oshaná Rabá – último dia de Sucot, dia tão importante ao ponto de ser comparado a Yom Kipur – é associado com o Aravá?

 

Vamos nos lembrar de que um dos principais mandamentos da festa de Sucot é o Mandamento dos Arbaat a Minim, as quatro espécies de plantas.

 

Nesse Mandamento, cada espécie de planta simboliza um tipo diferente de judeu.

 

O Lulav, a folha da tamareira, representa o estudioso da Torá.

 

O Adás representa o judeu que pratica muitas ações boas.

 

O Etrog representa, o judeu que estuda a Torá e pratica muitos atos de bondade.

 

O Aravá, representa o judeu que nem estuda muito a Torá nem cumpre muitos mandamentos.

 

O Aravá, aparentemente, é o menos importante entre os Arbaat a Minim e simboliza aquilo que um judeu não deve ser.

 

Como, então, explicar que o protagonista de Oshaná Rabá é o Aravá?

 

Por que usamos o feixe de Aravá e não um feixe das outras três espécies, como antídoto contra as Guevurot que são os rigores Celestiais?

 

A razão para isso é que em sua simplicidade e humildade, o Aravá triunfa sobre as outras três espécies.

 

Em muitos casos, a humildade a tudo supera. Nossos Sábios explicam que o maior obstáculo entre o homem e D’us é o nosso ego.

 

O Aravá, por ser o menos importante das Quatro Espécies, simboliza a antítese do ego.

 

A Torá nos conta que Moshe Rabenu, o maior líder e profeta judeu dentre todos, a maior Alma que já veio ao mundo, foi o homem mais humilde que já existiu.

 

Foi sua humildade, sua total falta de ego, o que lhe fez chegar a tão grandes elevações espirituais.

 

Em Oshaná Rabá, o feixe de Aravá tem um papel central porque simboliza a humildade, essência desse dia. D’us eleva aqueles que aperfeiçoam sua humildade pessoal.

 

O judeu personificado pelo Aravá, o modesto e humilde Aravá, em virtude de sua humildade e falta de ego, eleva-se espiritualmente cada vez mais alto.

 

Oshaná Rabá, o Dia do Julgamento Final, nos ensina que se pudermos abrir mão do nosso ego e aceitar o jugo Divino, poderemos influenciar a Corte Celestial a anular qualquer decreto negativo e nos abençoar com um ano bom e doce.

 

Rabino Gloiber

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Hol a Moed

 

Os dias do “hol a moed” Sucot são os dias comuns dentro da festa, ou seja, os dias da festa que não são Yom Tov e mesmo assim continuam sendo dias muito especiais.

 

Por um lado, eles fazem parte da festa, por outro, não há proibição de se fazer “mela’há” (trabalho) durante esses dias.

 

No Hol a Moed não colocamos os Tefilin.

 

É uma Mitzvá da Torá se alegrar durante os dias do Hol a Moed, e cumprimos isso fazendo pelo menos duas refeições festivas na Sucá em cada um dos dias de Hol a Moed, uma de manhã e uma de noite.

 

Nessas refeições comemos pão e são bebemos vinho, pelo menos um “reviit” de vinho que são 86 ml.

 

Nos dias de Hol a Moed é uma Mitzvá vestir roupas mais bonitas, como as que costumamos vestir no Shabat, ou pelo menos fazer uma distinção entre as roupas que vestimos no dia a dia e as que vestimos no Hol a Moed.

 

Nossos Sábios permitiram trabalhar em Hol a Moed somente em cinco casos:

 

Quando alguém não vai ter o que comer se não trabalhar no Hol a Moed.

 

Quando alguém vai ter um grande prejuízo se não trabalhar no Hol a Moed.

 

Para prepararmos as refeições da festa.

 

Para a preparação de alguma coisa que vamos precisar para a festa mesmo que não é comida.

 

Para preparar alguma coisa que é necessidade do público.

 

As Mitzvót (os Mandamentos) da festa de Sucot são a obrigação de fazermos todas as nossas refeições na Sucá e também a de fazermos a Bra’há (a Benção) sobre os “Arbaat a Minim” que são quatro espécies de plantas diferentes.

 

Uma Sucá é uma cabana temporária com um telhado de vegetação chamado de “Se’ha’h”.

 

Durante quarenta anos, nosso povo atravessou o deserto do Sinai antes de entrarmos na Terra Prometida.

 

Miraculosas “nuvens de honra” pairavam sobre o nosso povo e nos envolviam como uma grande cabana nos protegendo dos perigos e da temperatura do deserto.

 

A Mitzvá (Mandamento Divino) da Sucá vem nos lembrar da bondade de D’us e também vem renovar a nossa confiança na Divina Providência.

 

Vamos “morar” na Sucá durante a Festa de Sucot que começa no dia 15 do mês judaico de Tishrei e se estende por oito dias até o dia 22 de Tishrei.

 

Nesses oito dias fazemos todas as nossas refeições na Sucá que é uma Mitzvá envolvente.

 

Ou seja, nosso corpo inteiro está dentro da Mitzvá da Sucá, dentro da “Luz Envolvente de D’us”.

 

Rabino Gloiber

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Shaná Tová – o segredo do Mazal

 

 

Shaná Tová uMetuká pessoas maravilhosas❤️🥰🌻

 

 

Hoje, (22/09/2025) ao anoitecer começa Rosh Hashaná, e vamos rezar bastante e com muita alegria❤️🥰🌻

 

 

O Zohar nos conta que de vez em quando vemos um Tzadik sem “Mazal” . O motivo para isso é que Hashem “refina” o Tzadik nesse mundo por meio de sofrimentos para que ele tenha um “gan éden” maior e isso é chamado de “sofrimentos de amor”.

 

Sabemos que a She’hiná (Presença Divina) não paira onde há tristeza mas somente onde há alegria proveniente do lado da pureza, “Alegria de Mitzvá”, como vemos no caso do profeta Elishá que precisou de um músico para alegrá-lo para que a She’hiná pairasse sobre ele e ele pudesse falar a sua profecia.

 

Nesse caso ouvir a música se tornou a Mitzvá de fazer com que a She’hiná pairasse sobre ele por meio da alegria.

 

Aprendemos isso de Yaakov , que por estar triste em achar que Yossef tinha falecido causou à She’hiná deixá-lo , e quando ele se alegrou com a notícia de Yossef estar vivo a She’hiná voltou para ele.

 

Então , pergunta o Zohar , como pode Hashem deixar o Tzadik sofrer se isso causa a ele a falta de alegria.

 

E também , por outro lado, vemos Tzadikim que tudo na vida deles dá certo , eles tem “Mazal”, e se o motivo de ele ter mazal é o fato de ser um Tzadik filho de um Tzadik (o mérito do pai ajuda ele) Yaakov que era filho e neto de Tzadikim , por que sofreu tanto ?

 

O Zohar nos conta sobre um livro da antiguidade chamado “livro dos antepassados”. Esse livro revela que o segredo do Mazal é ligado às Sefirot .

 

Tem vezes que o Mal’hut (Sefirát a Mal’hut) que é o nível de Revelação Divina chamado de She’hiná está com uma falha causada pelas más ações do mundo e não se une a Tiféret para receber dela novas Neshamot (Almas judias) (o Zohar chama o Zeer Anpin de Tiferet) mesmo assim o Mal’hut tem que enviar para o mundo as Neshamot que já recebeu da Tiféret quando estava unida a ela e que ficam no Mal’hut por doze meses.

 

Essas Neshamot que descem para o mundo quando o Mal’hut está em estado de Guevurá e separado da Tiféret vão estar sempre sofrendo nesse mundo .

 

A pobreza e os problemas a perseguem continuamente por toda a sua vida tanto se ele é um Tzadik ou não ele não tem “Mazal “, e o único jeito dele “repor” essa falta crônica de Mazal é investindo na Tefilá sendo que por meio da nossa Tefilá causamos uma união entre a She’hiná e a Tiféret e essa união faz com que a Tiféret que é comparada pelo Zohar ao sol ilumine o Mal’hut que é comparado pelo Zohar à lua que só tem o que recebe do sol .

 

 

A Tiféret repassa um “brilho” de riqueza para a She’hiná, esse “brilho” ilumina na raiz da nossa Neshamá e por meio disso a She’hiná inverte o que nos foi decretado de pobreza e sofrimento para riqueza e sucesso em tudo.

 

 

Sendo que o Mazal dessa pessoa não se transforma totalmente por meio da Tefilá mas é “remediado” essa pessoa sempre vai ter que rezar “forte” diariamente toda a sua vida para repor essa “falta” .

 

 

A Neshamá que desce para o mundo quando o Mal’hut está unido com a Tiféret sempre vai ter sucesso em tudo! Família , saúde , dinheiro e tudo o que precisar por causa de uma das Sefirot que fazem parte desse grupo que o Zohar chama Tiferet, essa Sefirá é chamada de Yessod que é apelidado de “Mazal”.

 

 

Ela que repassa fartura e prosperidade quando o Mal’hut está unido com esse conjunto chamado Tiféret , toda a felicidade, riqueza e tudo de bom está ligado à Sefirat Haissod que é o Mazal.

 

 

A falta dessa ligação causa uma falta de “Mazal” em tudo, e sobre isso estudamos que :- Filhos, saúde e dinheiro não dependem das nossas ações mas dependem do Mazal.

 

 

Sendo que a falha na She’hiná (Mal’hut) causou isso para esses Tzadikim , Hashem está sempre unido à eles , não deixa eles nem por um momento e sofre com os sofrimentos deles.

 

 

Isso é o que está escrito : “Hashem está próximo dos que tem o coração quebrado” , porque eles sofreram junto com Hashem a falha da She’hiná causada pelas más ações desse mundo.

 

 

Sendo que o Mal’hut é comparado a lua e esses Tzadikim sofrem por causa dessa falha , quando a falha da lua (Mal’hut ) for consertada e a luz da lua ficar como a luz dos sete dias da criação (extremamente maior que a luz da lua) esses Tzadikim também usufruirão desse nível de revelação que é extremamente maior do que os outros níveis .

 

 

Essa falta de Mazal não precisa ser aplicada ao extremo, por isso o Zohar coloca o Rabi Shimon Bar Yo’hái também nessa classificação como Yaakov, sendo que Rabi Shimon teve que fugir dos romanos por treze anos.

 

 

O próprio exílio de quatrocentos anos que foi decretado no pacto com Avraham Avinu começou com o nascimento de Itzhak e as mudanças de lugar que eles fizeram foi considerada como exílio e poderia ter passado assim por quatrocentos anos.

 

 

O Zohar nos conta que se não fosse o ódio dos irmãos por Yossef que causou um agravamento total no exílio, as mudanças de lugar já seriam consideradas o nosso exílio e não precisaríamos sofrer no Egito.

 

 

Em nosso exílio atual que foi causado por ódio gratuito isso fica mais grave ainda, sendo que sairemos desse exílio por meio de amor gratuito, então o principal trabalho da nossa geração é despertar o amor ao próximo e ajudarmos uns aos outros como é a característica natural do nosso povo de sermos tímidos , bondosos e gostarmos de fazer favores.

 

 

Conclusão :

 

 

A Tefilá e o amor ao próximo podem transformar o nosso Mazal é até uma viagem de férias pode ser considerada um exílio !

 

 

Hashem é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem , e por isso , mesmo que o nosso Mazal não é dos bons, não temos com o que nos preocupar.

 

 

Acrescentando em Tefilá e boas ações qualquer decreto pode ser substituído por meios que só Hashem sabe fazer

 

 

Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová UMetuká

Rabino Gloiber
Sempre rezando por você

 

 

Rosh HaShaná nas Sefirót

Os Dez Dias de Teshuvá, dez dias de retorno para Hashem (D’us), também conhecidos como “Yamim Noraim” (“Os Dias Temíveis”) começam no primeiro dia de Rosh Hashaná e terminam no final de Yom Kipur.

 

A Guemará nos conta que durante esses dez dias todas as criaturas são julgadas individual e coletivamente, e o que vai acontecer no próximo ano é determinado para cada um de nós e para o mundo inteiro.

 

Não é coincidência o fato de o período mais definitivo no ano judaico consistir em um período de dez dias.

 

Hashem (D’us) criou o mundo por meio de Dez Frases, e essas Dez Frases  estão sincronizadas com os Dez Mandamentos Divinos que são a raiz das 613 Mitzvót da Torá.

 

Segundo a Kabalá, o número Dez tem destaque na Torá porque Hashem (D’us) cria e mantém o mundo por meio de dez canais, dez categorias de emanação Divina diferentes, chamadas de as “Dez  Sefirot”.

 

Essas emanações Divinas constituem a interface por meio da qual Hashem, o D’us Infinito, se relaciona com Sua Criação finita.

 

Nossos Sábios da Torá oculta ensinam que as Dez Sefirót correspondem às Dez frases com as quais Hashem (D’us) criou o Universo.

 

A conexão entre os Dez Dias de Teshuvá e as Dez Sefirotsão explicadas pelo Ari Zal,  Rabi Yitzhak Luria Ashkenazi.

 

As Dez Sefirot são divididas em duas categorias: Três Sefirot intelectuais e sete Sefirot emocionais.

 

As três Sefirot intelectuais são Ho’hmá (Sabedoria), Biná (Entendimento) e Da’at (Conscientização).

 

As sete Sefirót emocionais são:

 

Hessed (Bondade), Guevurá (Força), Tiferet (Harmonia), Netza’h (Vitória), Hod (Esplendor), Yessod (Fundamento) e Mal’hut (Soberania).

 

Há uma 11ª Sefirá, chamada de Keter (Coroa), que fica acima das outras dez.

 

Diz o Sefer Yetzirá que as Dez Sefirot são sempre 10 e não 11, porque sempre que a Keter se revela a Daat se oculta.

 

Arizal nos ensina que os Dez Dias de Teshuvá são associados com todas as 11 Sefirot, inclusive Keter e Da’at.

 

Cada um dos Dez Dias de Teshuvá é associado com uma Sefirá diferente, começando com Keter.

 

O Yom Kipur é associado com as duas últimas SefirotYessod Mal’hut juntas, e aí elas voltam a ser dez.

 

Rosh Hashaná – 1º Dia – Keter

 

Na Árvore da Vida que representa o conjunto das Dez Sefirót, a Keter  é a primeira Sefirá.

 

Keter representa a Vontade de Hashem (D’us), incorporando Seu desejo de criar o universo.

 

Keter é a “intermediária” entre o Infinito (Ein Sof) e o finito.

 

Representa o ponto de transição onde o potencial ilimitado de Hashem (D’us) começa a tomar forma.

 

Sefirá de Keter está acima da compreensão humana e é simbolizada por uma coroa que está no corpo mas acima dele.

 

Ou seja, mesmo tempo que ela está conectada ao corpo que é representado pelas Dez Sefirót, ela está acima dele e não faz parte dele.

 

Quando entendemos o vínculo da Keter  com Árvore da Vida quite é o conjunto das Dez Sefirót, entendemos também o que nos explicou o Ari Zal que a Kéter é a Sefirá predominante no 1º dia de Rosh Hashaná.

 

A Keter representa a Vontade Divina e o potencial para novos começos, e esse é o significado de Rosh Hashaná (literalmente, “a cabeça do ano”) o início do ano judaico.

 

Cada Rosh Hashaná reproduz o ato original da Criação Divina: ano após ano, nessa data, Hashem (D’us) decide se renovará o mundo para um novo ano de existência.

 

Por isso o primeiro dia de Rosh Hashaná é profundamente conectado com a Sefirá de Keter, simbolizando a Vontade Divina de que o mundo exista.

 

Em Rosh Hashaná, a nossa missão é a de reafirmar a soberania Divina coroando Hashem como Rei. Confirmamos Sua autoridade suprema e Sua atuação por trás dos bastidores criando novamente a cada instante todo o Universo.

 

Fazendo isso nos asseguramos que Hashem renove Seu compromisso com a Criação para mais um ano.

 

O potencial para o ano inteiro está contido em Rosh Hashaná, particularmente em seu primeiro dia, fazendo com que seja o dia mais influente do ano, com o poder de influenciar todos os demais.

 

Outra clara conexão entre a Sefirá de Keter e Rosh Hashaná se encontra no principal mandamento dessa data: ouvir os sons do Shofar, que simbolizam a coroação de Hashem como Rei e nossa aceitação de Sua soberania, que é o tema principal nas rezas de Rosh Hashaná, nosso reconhecimento de que Hashem é o Rei do Universo.

 

Sefirá de Keter  vem antes de todas as Sefirot, porque ela representa à vontade, o desejo e o mais alto nível de consciência, servindo como base para as demais.

 

Por isso, nossos desejos que são as manifestações da Keter da nossa Alma dão origem a nossos pensamentos e emoções, que se tornam palavras e atos.

 

Assim sendo, o primeiro dia de Rosh Hashaná é um momento para reflexão sobre nossa vida e nossos planos para o ano que se inicia.

 

É o dia mais adequado do ano para decidirmos que queremos nos tornar pessoas melhores e transformar o nosso mundo em um mundo melhor.

 

Em Rosh Hashaná, utilizar a Sefirá de Keter de forma adequada significa alinhar-nos com a Vontade Divina e planejar objetivos que contribuam para a contínua renovação e melhora de nós mesmos e do mundo inteiro.

 

 

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Por que precisamos de um Milagre tão grande para pagarmos as nossas contas no fim do mês?

 

O Rav Berel Volf Kazevnikov de Yekatrineslav costumava perguntar:

 

Por que é tão difícil para um judeu ter parnassá?

 

Ou seja, porque o aspecto financeiro da nossa vida é sempre tão difícil?

 

A Guemará nos conta que o milagre que tem que Hashem tem que fazer para que cada um de nós tenhamos com o que viver é tão difícil quanto o milagre da abertura do Mar Vermelho!

 

Mas a Guemará também diz que tudo o que precisamos durante todo o ano já é decretado em Rosh Hashaná.

 

Se já está decretado que vamos receber  por que é tão difícil de recebermos a ponto de precisarmos de um milagre nível abertura do mar vermelho?

 

E ele respondeu:

 

Quando os oceanos e os mares foram estabelecidos no terceiro dia da criação, o Criador fez uma estipulação com o anjo designado sobre eles:

 

Que quando os Filhos de Israel chegassem ao Mar Vermelho, ele separaria suas águas.

 

Mas quando os Filhos de Israel finalmente chegaram, o Mar Vermelho inicialmente esse anjo se recusou a abrir o mar.

 

D’us perguntou ao anjo nomeado: “Por que o mar não está se dividindo?”

 

O anjo respondeu: “Vai se partir. Assim que os Filhos de Israel chegarem lá, ele se dividirá. ”

 

Veja, o anjo tinha visto todas as Almas judias enquanto elas estavam no céu.

 

Mas agora, essas eram as Almas judias depois que desceram a este mundo e suportaram a opressão e a humilhação do exílio e da escravidão.

 

Então D’us teve que explicar ao anjo que essas eram as mesmas Almas.

 

Mas explicar a um anjo o que o exílio e a opressão podem fazer a uma Alma é muito difícil.

 

Da mesma forma, quando somos julgados em Rosh HaShaná, todos os anjos designados para a distribuição das Bênçãos divinas e abundância são instruídos a “encher o nosso prato”  todos os dias do ano.

 

Mas quando chega a hora de essas Bênçãos fluírem, os anjos afirmam que a pessoa que viram em Rosh Hashaná não se encontra em nenhum lugar.

 

E então D’us tem que explicar àqueles anjos que você  é o mesmo que eles viram de pé na sinagoga quando o Shofar foi tocado no dia sagrado de Rosh HaShaná.

 

Acontece que você teve que sair para o mundo e trabalhar para viver.

 

E isso é algo muito difícil: explicar a um anjo o que trabalhar para viver em um mundo físico pode fazer a uma Alma divina.

 

Temos que viver em dois mundos ao mesmo tempo, e conectar esses dois mundos.

 

Esse é o nosso trabalho neste mundo:

 

Nos agarrar firmemente a essa essência de nossa Alma em sua origem e trazê-la para baixo para refinar todas as atividades humanas que os fazemos durante todo o ano. Para tornar todas as coisas sagradas.

 

E por isso que é tão vital que durante os Dez Dias de Teshuvá, de Rosh Hashaná a Yom Kipur, trazer toda a nossa inspiração para os detalhes práticos da nossa vida judaica, que aparentemente são pequenos detalhes.

 

Como por exemplo, colocar uma Mezuzá kasher em uma porta de sua casa que ainda está faltando.  Colocar uma caixinha de Tzedaká em seu local de trabalho. Falar uma bênção em voz alta antes de comer.

 

Aparentemente são pequenas coisas, fáceis de cair pela porta quando você sai daqueles dias de reza e volta para o trabalho nesse mundo.

 

Mas quando você se lembra de fazer essas pequenas coisas você está nomeando Hashem (D’us) como o Rei do universo

 

Elas são a assinatura Divina na criação do mundo que também é o tema de todo este universo, o objetivo pelo qual foi criado.

 

 

Ketivá Ve’hatimá Tová Leshaná Tová uMetuká

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Hai Elul e a Emuná

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Hai Elul e a Emuná

 

A palavra hebraica para fé, Emuná, pertence à mesma raíz que a palavra hebraica imun, que significa “treinamento”.

 

Ou seja, para desenvolver a fé precisamos fazer exercícios diários treinando nosso cérebro para pensar da maneira correta, alinhando diariamente nossos à Emuná.

 

Por que a natureza do nosso corpo é a de sempre tentar escapar para raciocínios e pontos de vista mais acomodados e que exijam menos concentração.

 

O Baal Shem Tov trouxe a vitalidade da emuná para todas as dimensões de nossas vidas, revelando o potencial que existe em cada um de nós para mantermos um relacionamento dinâmico contínuo com D’us.

 

Ele nos ensinou um modo de vida que nos permite expressar nosso poder espiritual infinito.

 

Seus ensinamentos nos colocaram no nível do versículo dito pelo profeta Habakuk: “O Tzadik vai viver na Emuná, porque os ensinamentos do Baal Shem Tov fazem da fé uma força vibrante que abrange todas as dimensões do nosso comportamento.

 

A qualidade única da fé é que ela permite uma conexão com D’us que transcende os limites do intelecto.

 

Mas essa vantagem ainda tem um limite, porque a dimensão espiritual na qual vivemos por meio da fé é muito mais elevada do que seu nível da nossa consciência.

 

Atingimos uma dimensão da Alma que transcende os limites da nossa identidade, surge um espaço vazio entre o potencial infinito possibilitado pela fé e nossa mente que é limitada pelos limites do nosso corpo material.

 

Os ensinamentos do Alter Rebe nos permitem preencher esse espaço, porque ele nos ensina como trazer nossos potenciais espirituais que transcendem o intelecto para o nível da nossa compreensão.

 

O Alter Rebe nos ensina como introduzir a emuná que transcende as categorias intelectuais para dentro do nosso intelecto por meio de uma metodologia chamada de Habad.

 

Esta palavra é um acrônimo formado pelas iniciais das palavras hebraicas, Ho’hmá, Biná e Daat; literalmente, “sabedoria, entendimento e conscientização”.

 

A Habilidade de Tomar a Iniciativa

 

Quando você desenvolve um relacionamento consciente com D’us, você vive esse relacionamento na vida real, no dia a dia.

 

Enquanto seu Trabalho Divino estiver centrado apenas na fé, você depende da inspiração, um estado em que a Alma desperta.

 

Mas quando vamos de acordo com os ensinamentos do Alter Rebe conseguimos aos poucos chegar ao controle dos nossos pensamentos e podemos usar nossas mentes conforme desejamos. Assim nossa fé fica direcionada pelo nosso intelecto, e podemos tomar a iniciativa de nosso crescimento espiritual.

 

Ou seja, como disse o Rebe Anterior, “O Baal Shem Tov revelou que devemos servir a D’us, e o Alter Rebe revelou como devemos servir a D’us”.

 

Os ensinamentos do Alter Rebe tem como objetivo equipar cada um de nós com a energia vital interior revelada pelo Baal Shem Tov mesmo que esse potencial espiritual esteja fundamentalmente além do alcance do ser humano.

 

A palavra Elul é formada pelas iniciais das palavras “Eu sou do meu Amado” se referindo a você que toma a iniciativa de intensificar o relacionamento de amor que você compartilha com Hashem.

 

Esse amor recebe maior expressão quando você faz o Trabalho Divino por sua própria iniciativa. E cada um de nós pode chegar a isso por meio dos ensinamentos do Alter Rebe.

 

A vitalidade que Hai Elul nos traz aumenta as bênçãos que receberemos no próximo ano novo, assegurando a todos um Ketivá Ve’Hatimá Tová, com cada um de nós inscrito para um ano bom e doce, incluindo a maior de todas as bênçãos que é a nossa Gueulá .

 

A vitalidade transmitida por esse dia de Hai Elul e seu efeito total em nosso Trabalho Divino também se reflete no fato de que esta data é o primeiro dos doze dias finais do ano.

 

O Rebe anterior, Rabi Yossef Yitzhak Shneerson nos contou que esses dias são muito especiais porque em cada um desses doze dias, somos capazes de compensar qualquer falta em nosso Trabalho Divino correspondente a cada mês do ano.

 

A vinda do Mashia’h é uma consequência direta da importância espiritual de Hai Elul, porque é uma data diretamente ligada à divulgação das fontes dos ensinamentos do Baal Shem Tov que trará a vinda do Mashia’h como vocês podem ver na carta que o Baal Shem Tov escreveu para o seu cunhado Rabi Guershon Kitover sobre a subida que ele teve aos mundos superiores há trezentos anos atrás.

Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová UMetuká

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Rosh Hashaná está chegando 🍎🍯


Rosh HaShaná, o ano novo judaico de 5786 começa ao pôr do sol do dia 22 de setembro e termina na saída das estrelas do dia 24 de setembro

 

Nesses dois dias de Rosh Hashaná tocamos o Shofar durante o dia de três formas diferentes

 

O primeiro toque é chamado Tekiá, um toque de nove segundos sem interrupção.

 

O segundo toque é chamado de Shevarim, são três toques de três segundos cada um que parecem como três suspiros.

 

O terceiro toque é chamado Truá, são nove toques de um segundo cada um, que se parecem como soluços breves.

 

O que os Toques do Shofar representam?

 

A Tekiá nos lembra que já fomos um todo. Cada um de nós nasceu inteiro.

 

Os Shevarim nos lembram que conforme vamos crescendo vamos quebrando, nos tornamos fragmentados, dispersos, provocando suspiros existenciais.

 

A Truá nos lembra que nossas vidas foram abaladas e quebradas em pedaços através de várias experiências negativas, e por isso estamos chorando consciente ou inconscientemente.

 

Mas o que fazemos depois de cada vez que tocamos a Truá? Tocamos a Tekiá novamente. Isso nos lembra que podemos ser restaurados novamente à integridade.

 

Tekiá Guedolá toca os sons dispersos… Os locais onde estamos colados juntos são locais onde a luz de Hashem (D’us) pode entrar.

 

Depois de tocarmos todos os toques do shofar, chegamos à Tekiá Guedolá.

 

Atingimos o nível de Tekiá Guedolá, “a grande Tekiá”, um toque que dura enquanto quem toca o Shofar tiver fôlego, um toque muito mais longo do que o toque inicial que iniciou o ciclo.

 

A Guemará nos conta que um vaso de barro pode receber tumá que é a impureza espiritual, através do contato com determinadas substâncias impuras.

 

Se um recipiente de barro se torna tamê, ou seja, impuro, a maneira de deixá-lo novamente tahor, novamente puro, é quebrá-lo e então colar os pedacinhos juntos novamente.

 

Através da quebra do recipiente sua integridade é restaurada, ele se torna puro novamente.

 

Nós também somos feitos de barro, como a Torá nos conta que “D’us criou o ser humano de terra.”

 

Quando aceitamos nossa própria fragilidade, nossa própria vulnerabilidade, chegamos a conclusão de que estamos totalmente quebrados, nos tornamos capazes de uma integridade mais profunda e mais poderosa que aquela que conhecíamos antes.

 

A Tekia Guedola é o último dia toques do Shofar porque ela reúne em um só toque todos os toques que estavam dispersos.

 

Nossos pedacinhos, agora colados juntos, são locais onde a luz de D’us pode entrar.

 

E esse nível tão elevado só vem para nós depois de termos passado por essa quebra em pequenos pedacinhos

 

 

Faça o seu próprio Shofar

O Shofar pode ser feito de chifre de carneiro, antílope, gazela, ou cabra.

 

Esses chifres não são ossos sólidos, mas contém cartilagem que pode ser removida.

 

A palavra shofar significa “oco”. Os animais acima são kosher, uma vez que têm cascos fendidos e ruminam.

 

Chifres de carneiro podem ser obtidos em matadouros. Os donos de açougues podem obtê-los de seus fornecedores.

1- Ferva o chifre em água (em uma panela que não é usada para comida Kasher) entre duas e cinco horas.

 

Um pouco de carbonato de sódio adicionado à água facilita a limpeza posterior.

 

A cartilagem pode ser arrancada com o auxílio de uma ferramenta. Se os chifres forem pequenos, a cartilagem pode ser removida em cerca de meia hora.

 

2- Depois que ele secar corte a ponta dele com uma serra.

3 – Faça um furo de 1/8” com uma furadeira elétrica a partir da extremidade serrada até que a broca atinja a cavidade do chifre.

 

4 – Usando uma furadeira elétrica fure um bocal na extremidade do shofar. Alise as bordas do bocal.

 

Você pode esculpir a parte externa do shofar. Não deve haver nenhum buraco nas laterais do shofar.

 

Não pinte o seu Shofar e nem cole nada sobre ele.

 

Ketivá ve’Hatimá Tová LeShaná Tová Umetuká

 

Rabino Gloiber
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O que fazemos agora no mês de Elul



Shalom uVra’há pessoas maravilhosas
🥰🌻❤️

 

Desde o mês de Elul até Hoshaná Rabá que é o último dia da festa de Sucot costumamos ler o Tehilim 27 LeDavid Hashem Ori de manhã e de tarde.

 

O Baal Shem Tov foi um grande Tzadik, uma pessoa altamente elevada, que viveu há mais de trezentos anos atrás.

 

Ele foi o fundador da Hassidut que trouxe para nós os mais profundos segredos cabalísticos em uma linguagem fácil e acessível.

 

Em Rosh Hashaná do ano Judaico de 5.507 (1746) o Baal Shem Tov fez uma subida de Alma para os mundos superiores e depois disso ele escreveu uma carta para o cunhado dele, Rav Guershon de Kitov.

 

Nessa carta o Baal Shem Tov descreve que viu lá pessoas que o Rav Guershon conheceu pessoalmente, pessoas que ninguém nunca imaginaria que estariam lá no Gan Éden, no Paraíso Superior, e que a Teshuvá deles foi aceita.

 

O Baal Shem Tov nos deu uma dica infalível para que a nossa Teshuvá seja aceita também, e a dica é:

 

Acrescentar todo dia três capítulos de Tehilim desde o começo do mês de Elul até Yom kipur. Durante o dia do Yom kipur lemos os trinta capítulos que faltam para terminar todo o Tehilim, e essa é uma dica infalível!

 

No mês de Elul costumamos levar a Mezuzá da porta da nossa casa para um Sofer que é a pessoa que escreve e verifica as Mezuzot (plural de Mezuzá).

 

Uma vez por ano levamos as nossas Mezuzot e o nosso Tefilin para o Sofer verificar para nós se não quebrou nenhuma letra no pergaminho da Mezuzá e se todas as  Mezuzot da nossa casa e também o nosso Tefilin continuam Kasher.

 

No mês de Elul fazemos um balanço espiritual. Durante os trinta dias do mês de Elul fazemos um check-up espiritual anual.

 

Verificamos quais Mitzvót estão saudáveis, quais estão precisando de uma “vitamina”, e quais estão em estado grave e precisam ser “tratadas” imediatamente.

 

Ou seja, a cura da nossa Alma que somos nós próprios, não deve ser menos importante do que a cura do nosso corpo que é somente o acessório da Alma.

 

No mês de Elul acrescentamos na Tzedaká sendo que por meio de três coisas podemos recorrer às “multas do tribunal Divino” que são os maus decretos que pairam sobre nós por coisas que fizemos esse ano, nos anos anteriores ou em vidas anteriores.

 

Esses decretos não desaparecem sendo que eles são representados por anjos promotores que são criaturas espirituais chamados de Kitruguim.

 

Mas por meio de três coisas fazemos esses Kitruguim desaparecerem com tudo o que eles tem vinculado à nós.

 

Por meio da Teshuvá que é o remorso que temos pelas coisas ruins que fizemos e a decisão que tomamos de não fazer novamente essas coisas ruins.

 

Por meio da Tefilá, e por isso acrescentamos tantos Tehilim no mês de Elul.

 

E por meio da Tzedaká que representa que a vitalidade que demos para o lado espiritual ruim por meio das nossas transgressões, agora estamos retificando e dando a nossa vitalidade para o lado bom por meio da nossa Tzedaká.

 

No mês de Elul acrescentamos no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvót.

 

Sendo que nos últimos anos o mundo inteiro se tornou um grande “Home Office”, o costume hoje é participar de um grupo de estudos de Torá como por exemplo o nosso grupo de amigos da ONG, caprichar mais nas Mitzvót que fazemos e acrescentarmos pouco a pouco outras Mitzvót que ainda não fazemos.

 

Na última semana de Elul acrescentamos mais ainda na Tefilá e começamos a falar as rezas chamadas de Seli’hót (pedidos de desculpas) que esse ano começam a partir da meia-noite do dia 13/09

Costumamos ouvir o Shofar durante o mês de Elul com exceção do dia anterior a Rosh Hashaná

 

Na véspera de Rosh Hashaná lemos a Atarat Nedarim que é a declaração de anulação de promessas.

 

Costumamos dizer uns aos outros:

Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová UMetuká

Que todos vocês sejam escritos e selados

para um ano Bom e Doce

🥰🌻❤️

data Judaica

Tu B’Av , um dos dias mais felizes do ano Judaico

 TU (15) BEAV (de Av)

 

Na Língua Santa que é o hebraico clássico não há números, porque as próprias letras tem um valor numérico.

 

O dia 15 do mês judaico chamado de Av é representado pela letra  “Têt” ״ט״ cujo valor numérico é 9, e a letra “Vav” ״ו״ cujo valor numérico é 6. Essas duas letras juntas formam a palavra Tu.

 

Por isso no lugar de dizermos quinze de Av falamos Tu BeAv, para mostrar que esse dia não é um dia 15 qualquer mas é um dia 15 especial.

 

O certo nesse caso seria usar a letra “Yud” ״י״ que tem o valor numérico de 10 e a letra “Hei” ״ה״ que tem o valor numérico de 5.

 

Mas a união da letra “Yud” com a letra “Hei” forma um dos nomes de Hashem (D’us) que não pode ser apagado e nem pronunciado em vão.

 

Por isso usamos a letra “Tet” (9) ״ט״ no lugar da letra “Yud” (10), e a letra “Vav”  (6) “ו” no lugar da letra “Hei” ״ה״ (5).

 

 

Porque Tu B’Av é um dos dias mais felizes do ano Judaico ?

 

 

A Guemará nos conta que na época do Beit Hamikdash que era o Tempo Sagrado de Jerusalém, nessa data de 15 de Av, as “filhas de Jerusalém” que ainda não tinham conseguido se casar iam dançar nos vinhedos, e quem ainda não tinha se casado ia lá para encontrar uma noiva”.

 

 

Sendo que a educação que eles receberam era uma educação judaica religiosa, e tanto eles quando elas eram pessoas extremamente tímidas, e isso era um dos motivos que eles e elas ainda estavam solteiros, nesse caso nossos Sábios liberararam as mulheres de dançarem na frente dos homens com a intenção de “fisgarem” um marido sem ter medo de que essa dança terminasse em algo que não fosse somente um compromisso de casamento.

 

A “dança das solteiras” de Israel em Tu B’Av se tornou um grande evento. Elas dançavam formando um grande círculo que em hebraico é chamado de ma’hol.

 

A Guemará em Taanit termina com uma metáfora e revela que, no futuro, na Gueulá, na nossa redenção final, Hashem (D’us) vai dançar com todo o  nosso povo e essa dança também será em forma de círculo.

 

Mas o que a Guemará vem nos ensinar com isto, sendo que Hashem é infinito?

 

A metáfora da dança do círculo é utilizada para ilustrar como será o relacionamento de Hashem com  cada um de nós.

 

O círculo, não tem nem começo nem fim,  por isso quando se dança em círculo, não há primeiro, nem último. Ou seja, a união é total.

 

Não há quem esteja em cima e quem esteja embaixo, e por isso não existem motivos para ciúmes e divisões.

 

Não existem diferenças, e por isso a união e harmonia entre todos é muito grande.

 

Qualquer ponto em um círculo é paralelo ao centro, nos ensinando que todos nós estaremos em igual proximidade à Hashem (D’us).

Nossos Sábios nos contaram que todas as mulheres que participavam dessa dança tinham que usar roupa branca.

 

A Guemará nos conta que a verdadeira beleza se revela quando há uma variedade de cores. Então porque nesse caso todas tinham que estar de branco se isso era desfavorável ao objetivo final dessa dança que era o de “encantar” os possíveis pretendentes?

 

Seria de esperar que quando essas mulheres solteiras se reunissem para serem escolhidas pelos potenciais noivos, elas ressaltassem sua beleza física usando roupas com cores atraentes. Então porque para participar dessa “dança das futuras noivas” em  Tu BeAv era proibido para elas vestirem roupas de qualquer cor a não ser o branco?

 

A grandeza da simplicidade

 

O motivo para elas se vestirem de branco era porque o branco é uma cor neutra e simples, que lembra a paz e a pureza. Isto ressaltava mais uma vez a união e a pureza, eliminando ciúmes e rivalidades.

 

Havia um último requisito em relação às roupas das participantes dessa dança.  Elas tinham que pegar as roupas emprestadas. Nenhuma delas poderia usar as próprias roupas, e todos os futuros noivos sabiam que as roupas das suas futuras noivas não eram delas.

 

Desta forma as mulheres solteiras das famílias mais humildes estariam tão bem vestidas quanto as das famílias mais ricas.

Por todos esses motivos, o dia de 15 de Av , Tu B’Av – é considerado, junto com Yom Kipur, o dia mais feliz do ano.

 

Yom Kipur é o dia em que nosso povo é comparado com os anjos no céu. Não comemos nem bebemos, e passamos o tempo todo rezando para Hashem nosso Criador e seguindo Suas ordens.

 

Tu B’Av ensina que a maior das alegrias é atingida não apenas no dia mais sagrado e solene do ano, quando Hashem desculpa nossas transgressões e sentimos uma aproximação maior a ele, mas também quando há união, igualdade e o principal, muito amor e respeito entre todos nós.

 

Por todos esses motivos, o dia de 15 de Av – Tu B’Av – é considerado, junto com Yom Kipur, o dia mais feliz do ano.

 

TU B’Av um dia muito muito especial no calendário judaico! Vamos aproveitar este dia tão especial rezar para Hashem e fazer para ele todos os nossos pedidos. E também falando um Tehilim para quem precisa achar sua cara metade

 

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você 🥰❤️🌻

 

 

data Judaica

Bein HaMeitzarim בין המיצרים (entre os apertos)

 

 

Bein HaMeitzarim בין המיצרים (entre os apertos)

 

As “Três Semanas” entre os dias 17 de Tamuz e 9 de Av representam um período de luto anual no qual lembramos a destruição do primeiro e do segundo Beit HaMikdash (o Templo Sagrado de Jerusalém) e o início de nosso exílio.

 

Nessas três semanas não fazemos casamentos e nem cortamos o cabelo, também não ouvimos musicas tocadas por instrumentos musicais verdadeiros e ao vivo.

 

Esse período tem início no dia 17 do mês hebraico  de Tamuz, data que marca a destruição das muralhas de Jerusalém pelos romanos em 69 da EC.

 

Essa época termina com o jejum de Tishá BeAv,  dia 9 do mês de Av, data da destruição do Beit Hamikdash.

 

Este é o dia mais triste do calendário judaico, e é também a data em que muitas outras tragédias aconteceram para o  nosso povo

 

Um pouquinho de Guemátria

 

O número 21 que é a soma dos dias dessas “Três Semanas” forma a palavra hebraica A’h que significa somente

 

O dia 17 de Tamuz tem o valor numérico da palavra hebraica “Tov”, que quer dizer “bondade”

 

Essas duas palavras juntas são o começo do versículo : “A’h tov Leisrael”, que quer dizer “Apenas o bem para Israel”

 

Isto mostra que, de modo mais profundo, os acontecimentos desagradáveis das Três Semanas, na realidade, levarão somente à coisas boas.

 


17 de Tamuz

 

Cinco acontecimentos trágicos aconteceram nesse dia na história do nosso povo:

 

No dia 6 de Sivan recebemos os Dez Mandamentos no Monte Sinai. No dia 7 de Sivan Moshe Rabeinu subiu bem cedinho no Monte Sinai para receber o resto da Torá, e ficou lá quarenta dias e quarenta noites.

 

No dia 17 de Tamuz Moshe Rabeinu desceu do Monte Sinai, depois de 40 dias de “altas revelações” carregando as duas Lu’hot que eram lousas de pedra preciosa gravadas por Hashem (D’us) com os Dez Mandamentos e juntas formavam um cubo de pedra preciosa.

 

Quando Moshe viu o povo dançando em volta do Bezerro de Ouro, as essas Lu’hot que Moshe Rabeinu conseguia carregar somente por milagre de Hashem, caíram das suas mãos e se quebraram. Essa tragédia aconteceu no dia 17 de Tamuz.

 

Na época do primeiro Beit Hamikdash que era o Templo Sagrado de Jerusalém, no dia de 17 de Tamuz as oferendas do Beit Hamikdash foram anuladas por causa do cerco em volta da cidade.

 

Nesse dia de 17 de Tamuz, Nebuzaradan, que era o general da Babilônia, quebrou a muralha de Jerusalém e seu exército invadiu a cidade de Jerusalém onde todos os judeus tinham se refugiado, fazendo um verdadeiro holocausto, assassinando uma quantidade enorme de pessoas.

 

Nesse dia de 17 de Tamuz foi colocada uma estátua no Beit Hamikdash.

 

 

O Talmud Yerushalmi nos traz duas opiniões em relação a essa estátua:

 

Uma opinião é de que na época do primeiro Beit Hamikdash, Menashe, que era o rei da Judéia  naquela época, colocou um ídolo no Beit Hamikdash, e isso aconteceu no dia 17 de Tamuz.

 

Outra opinião é de que “Apostomos o Rashá” (Apostomos o criminoso) que era um governador dos gregos da Síria que dominava a nossa terra na época do segundo Beit Hamikdash, colocou uma estátua no Beit HaMikdash.

 

Nesse dia de 17 de Tamuz “Apostomos o Rashá” ordenou queimar o Sefer Torá.

 

Não sabemos se o motivo para esse acontecimento ter entrado na nossa história é pelo fato de isso ter acontecido pela primeira vez ou pelo fato de eles terem confiscado nossos Sifrei Torá durante muito tempo e no dia 17 de Tamuz terem feito um evento público de queima de todos os Sifrei Torá apreendidos.

 

A diferença entre as primeiras e as últimas Lu’hot :

 

As primeiras eram a obra de Hashem (D’us) , as segundas eram obra de Moshe, como está escrito:“faça para você” (Moshe as fez).

 

A milagrosa escrita Divina gravada nas primeiras Lu’hot nunca mais foi recuperada.
Essa forte revelação Divina cujas letras estavam gravadas de lado à lado de forma legível sob qualquer ângulo e cuja mensagem podia ser claramente transmitida, sem qualquer possibilidade de distorção da escrita

 

Quando as primeiras Lu’hot foram dadas, nosso povo estava em um nível de “Tzadikim” (pessoas altamente elevadas) porque ao acamparem em frente ao Monte Sinai, a impureza que eles tinham antes desapareceu.
Quando eles receberam as segundas Lu’hot eles estavam em um nível de Baalei Teshuvá, ou seja, de pessoas que ficaram com remorso do que fizeram.

 

Mas as segundas Lu’hot tinham uma grande qualidade: elas foram dadas com as Hala’hot, o Midrash e as Agadot. Elas foram assim “uma dupla doação de sabedoria da Torá”, como o explica a Guemará em Nedarim (22B).

 

Além disso, a partir da hora que recebemos essas segundas Lu’hot, um raio de luz iluminou o rosto de Moshe.

 

Em breve em nossos dias todos esses dias de sofrimento vão se transformar em dias de festa com a chegada do Mashia’h e a Gueulá, nossa redenção final .

 

Rabino Gloiber
sempre correndo
Mas sempre rezando por você

 

www.RabinoGloiber.com