www.RabinoGloiber.org

Os fatos por trás do aparente “roubo das Brahot”

 

Adam, o primeiro homem e Hava, a primeira mulher foram abençoados por D’us e a vida no paraíso terrestre era um “verdadeiro Paraíso”.

 

Mas o anjo da morte baixou na cobra que na época tinha forma humana, por meio de trapaça “roubou” deles as bençãos Divinas.

 

O Zohar nos conta que Yaakov tinha a alma do Adam e Essav tinha a alma da cobra. Se Itzhak desse a Brahá, a benção, para Essav, iria causar com que a cobra (Essav) recebesse oficialmente a Brahá que tinha roubado de Adam e Havá.

 

Diz o Zohar que sendo que a cobra tinha tirado a Brahá por trapaça , o único jeito de tirar essa Brahá do poder espiritual da cobra teria que ser também por meio de trapaça .

 

Yaakov não tinha pensado no lado material das Brahot , mas sim na função espiritual que o primogênito receberia que era a de ser o responsável por todo o trabalho espiritual do nosso povo.

 

Yaakov conhecia Essav muito bem e estava consciente de que ser responsável por alguma função religiosa era a última coisa que poderia ser relacionada ao  perfil de Essav, e se isso acontecesse seria uma catástrofe.

 

Sem restar outra opção para fazer isso a não ser a trapaça , Yaakov comprou a primogenitura de Essav em uma hora de aperto para que Essav não fosse mais o responsável pelos assuntos religiosos do nosso povo.

 

A Brahá que foi roubada pela cobra por trapaça agora volta ao seu dono original também por trapaça , único jeito de resgatá-la !

 

Cheiro de “Gan Éden”

 

Quando Yaakov vai receber as Brahot de seu pai que já estava cego, entra fantasiado de Essav vestido com peles de bode recém extraídas e ainda não curtidas (e com certeza ainda com um grande cheirinho de bode).

 

Yaakov ouve do seu pai a seguinte frase:- “O cheiro do meu filho é como o cheiro do campo que D’us abençoou” , referência ao Gan Eden (o paraíso).

 

Parece que Itzchak quis dizer com isso que já entendeu que essa história está cheirando uma continuação do que aconteceu no Gan Éden” entre o Adam e a cobra e por isso deu a Brahá para Yaakov mesmo sentindo que está sendo enganado.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

O Beit a Mikdash vai descer quase pronto do Céu

O Beit Hamikdash, o Terceiro Templo

 

Nossos sábios afirmam que o Terceiro Beit a Mikdash, terceiro e último Templo Sagrado, já está construído pelo próprio D’us, e está aguardando o momento da Gueulá quando será materializado na forma física, no seu lugar designado em Jerusalém,  e ele será eterno.

 

Na verdade, existe uma opinião na Guemará de que um “Kohên” (Sacerdote) deve sempre se manter sóbrio, e assim ele está preparado para, de um momento para outro, participar do trabalho sacerdotal do Templo que pode descer pronto do céu a cada instante.

 

Porque quando Mashia’h se revelar, o Templo será restaurado imediatamente e os Kohanim começarão imediatamente a trabalhar nele.

 

O profeta Isaías descreve Mashia’h:

 

“E um espíríto de D’us (profecia) vai pairar sobre ele, um espírito de sabedoria e compreensão… de conhecimento e temor a D’us… ele será dotado extraordinariamente de sentidos que o habilitarão a perceber o bem e o mal nos homens… e com justiça julgará… Tirará (os maus) da Terra com o bastão (a expressão) de sua boca e com o sopro de seus lábios destruirá os perversos.”

 

A isto segue uma descrição da Era: “E o lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará com o cabrito… e o bezerro com o filhote do leão… e uma criancinha os guiará.

 

Eles não causarão dano nem destruição, pois a Terra estará plena de conhecimento de D’us e de Torá, da mesma maneira que as águas cobrem os oceanos.”

 

De acordo com o hassidismo, esta profecia, além de seu profundo significado, deverá ser tomada literalmente.

 

Onde o conhecimento de D’us não somente elevará a humanidade, mas provocará urna completa mudança até no comportamento da vida animal.

 

O profeta Habakúk diz que a poderosa influência do Mashia’h penetrará até nos domínios vegetais e nas matérias inorgânicas: “porque a pedra (se tiver sido roubada) gritará das paredes, e a viga (roubada) do teto lhe responderá (anunciando que haviam sido roubadas e usadas na construção).”

 

Isto será Possível, porque a “Centelha Divina” que se encontra em cada criatura se revelará.

 

Desta forma todos os males serão conhecidos e consequentemente, retificados.

 

Rabi Yossef Yitzhak, o Rebe anterior de Lubavitch nos contou que hoje as coisas inanimadas, como o solo por exemplo, são silenciosas. Você pisa nelas e elas permanecem caladas.

 

Mas virá o tempo em que a coisa inanimada começará a falar e a contar os fatos.

 

Exigirá uma explicação: Porque as pessoas pisaram nele sem pensar ou conversar sobre assuntos da Torá.

 

É um fato que o ser inanimado na verdade sente quando falamos e pensamos sobre a Torá. Mesmo que hoje se encontre silencioso, no futuro relatará tudo.”

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas Sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

 

Rosh Hodesh – primeira parte

Rosh Hodesh

 

O calendário judaico é baseado na Lua. Ela aparece no céu no início de cada mês judaico como um crescente estreito, que gradualmente se torna mais pleno a cada noite, até ficar perfeitamente cheio e redondo, no meio do mês.

 

Então a Lua “encolhe” até desaparecer totalmente por volta do fim do mês, apenas para reaparecer no começo do novo mês.

 

Quando a Lua surge primeiramente como um estreito crescente, é chamada de  “Molad” que é o “nascimento da Lua”( “novilúnio” ).

 

No Shabat antes da Lua nova, anunciamos e abençoamos o novo mês exceto o mês de Tishrei, que é abençoado unicamente pelo próprio D’us.

 

De um Molad ao seguinte passam-se pouco mais de vinte e nove dias e meio, e essa é a duração do mês judaico.

 

Mas sendo que não podemos ter metade do dia pertencendo a um mês e a outra metade ao seguinte, o calendário foi construído de um jeito que às vezes temos vinte e nove dias no mês, e as vezes, trinta, mas nunca mais do que trinta e nunca menos do que vinte e nove.

 

É por isso que às vezes temos somente um dia de Rosh Hodesh que é o início do mês e às vezes dois.

 

Quando temos somente um dia de Rosh Hodesh, significa que o mês que terminou porque tinha somente 29 dias.

 

Quando temos dois dias de Rosh Hodesh, o primeiro dia de Rosh Hodesh  pertence ao mês anterior, ou seja, é o 30º dia do mês que terminou, e o segundo dia de Rosh Hodesh é o primeiro dia do novo mês.

 

Num ano “comum” temos seis meses “cheios”, ou seja, “completos”, que são os meses de 30 dias cada, e seis meses “curtos” de 29 dias, seguindo-se um ao outro (30, 29, 30, 29, etc).

 

Isso nos dá um total de 354 dias no ano judaico. Em certos anos “perdemos” um dia, e em outros “ganhamos” um, fazendo com que o número total de dias num ano seja de 353, 354, ou 355, conforme o caso.

 

As vezes o motivo para isso é para evitar que o Yom Kipur caia numa sexta-feira, ou num domingo, para não se seguirem dois dias de Shabat.

 

A Torá nos diz que Pessa’h deve ser na primavera, considerando-se as estações do hemisfério norte, que é a estação em que nossos antepassados saíram do Egito

 

Portanto, não devemos ignorar o sistema solar que determina as quatro estações do ano que em Hebraico são chamadas de “Tekufot”.

 

O Ano Solar tem pouco menos de 365 dias e meio, enquanto o Ano Lunar tem cerca de onze dias a menos!

 

Portanto, se ignorássemos inteiramente o Ano Solar, nossas festas não seriam na mesma época a cada ano com relação à estação do ano, e iriam atrasar onze dias.

 

Em cerca de três anos, sairiam fora de sua respectiva estação por aproximadamente um mês e em nove anos, por cerca de três meses. Nesse caso Pessa’h não seria mais na primavera, e sim no inverno!

 

Por isso fazemos a sincronização entre o Ano Lunar e o Ano Solar. fazemos essa sincronização adicionando mais um mês de Adar para empurrar o mês de Nissan para frente, para o seu lugar apropriado na primavera. acrescentando um mês a mais a cada dois ou três anos de acordo com a necessidade, e assim o nosso calendário se sincroniza tanto com o ciclo da lua quanto com o ciclo do Sol.

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas se

Aprendemos com o nosso patriarca Avraham Avinu a base do sucesso nos negócios

Vayerá

 

Aprendemos com o nosso patriarca Avraham Avinu a base do sucesso nos negócios .

 

Avraham não se fechou em um quarto dentro de uma casa esperando alguém bater na porta da casa, depois bater na porta do quarto e depois perguntar qual é a mensagem que ele tem para a humanidade.

 

Mas foi à um lugar onde muita gente passava, abriu sua tenda aos quatro ventos e ainda ficou na porta no sol escaldante chamando as pessoas para comerem em sua tenda e aprenderem a agradecer à D’us que criou o céu e a terra !

 

Daqui aprendemos que:

Se você faz e não divulga, é como se não tivesse feito.

 

Esse é o segredo do sucesso nos assuntos materiais e espirituais , divulgar o que fazemos por todos os meios que temos alcance, sempre fazendo todo mundo saber que você existe e o que você está oferecendo , transformando as pessoas a sua volta em fãs e sempre tomando a iniciativa !

 

Muitos de nós somos limitados por velhos e desatualizados conceitos de sermos divas inacessíveis demonstrando assim nosso alto nível e valor, noções inadequadas para a era atual.

 

Achamos que não precisamos interagir com as pessoas porque que fazer isso é uma atitude que nos rebaixaria ao nível delas , ou porque não damos importância a essa interação , ou porque não nos sentimos confortáveis interagindo , e por final nos fechamos no nosso “mundinho”.

 

Aprendemos com Avraham Avinu a interagir!

 

Quando Avraham recebeu os anjos disfarçados de simples viajantes, foi pessoalmente chamá-los para a sua tenda, pediu à Sarah para fazer bolos, correu para fazer a comida, pediu para seu filho Ishmael ajudar, e por fim ficou em pé ao lado deles pronto para servi-los no que for preciso.

 

No final ele descobriu que eram anjos do céu, e recebeu deles o maior presente da sua vida, ter um filho com Sarah.

 

Aprendemos com ele que quando interagimos com as pessoas só temos a ganhar.

 

Cada pessoa pode ser o anjo que vai te ajudar, ou se não, pelo menos você ganhou uma grande Mitzvá.

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

Mashia’h, Gueulá, e o rio Tietê

Porque a Guemará nos traz sinais para sabermos que estamos na geração da Gueulá, da redenção final?Para fazermos isso acontecer mais rápido acrescentando nas nossas Tefilot e nas nossas Mitzvót.

 

Um dos sinais da Guemará é de que os jovens vão fazer os velhos passarem vergonha.

 

Sempre que compramos um telefone novo e não conseguimos usar ele sem a ajuda de um adolescente para nos explicar com muita paciência dezenas de vezes como ele funciona, sentimos que esse sinal está acontecendo na prática…

 

Outro sinal é de que os principais rios da cidade vão andar como óleo e não vai dar para pescar neles nem um peixe para um doente. Essa é uma das coisas que nem Rashi conseguiu explicar.

 

Rashi tentou imaginar que talvez os rios ficassem semi congelados e andariam devagar como óleo, mas o problema com essa explicação é de que mesmo assim ainda daria para pescar um peixe neles. Quem na idade média poderia imaginar o Rio Tietê? Nem na pior das hipóteses Rashi não conseguiu imaginar uma coisa tão ruim assim.

 

E daí para adiante, todos os sinais da Guemará já aconteceram, e agora veja o que você poderia estar ganhando:

 

D’us tem o poder de te dar coisas mega maravilhosas que são os tempos do Mashia’h e o próximo mundo. Vamos acrescentar no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvót e Mashia’h vai chegar! você só tem a ganhar!

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

O Kidush do Shabat

 

 

O Kidush da noite de Shabat

 

A Guemará nos conta que “aquele que fala o ‘Vaye’hulu’ (o Kidush) na noite do Shabat é considerado como se ele se tornasse parceiro de D’us na criação do mundo”.

 

A leitura do Kidush na noite de Shabat é uma Mitzvá que recai igualmente tanto para os homens quanto para as mulheres

 

A guarda do Shabat é o único ritual judaico que é um dos Dez Mandamentos é um mandamento tanto positivo quanto negativo e por isso recai sobre as mulheres também.

 

A Torá nos ordena “lembrar” (Za’hor) e “guardar” (Shamor) o Shabat.

 

Shamor – guardar

 

“Guardamos” o Shabat por meio de não fazer nenhum dos 39 trabalhos proibidos no Shabat que são chamados de mela’hot.

 

Esses 39 trabalhos proibidos de serem feitos no Shabat são chamados de “pais do trabalho”. Também suas derivações chamados de toladot, ou seja, filhos do trabalho, são proibidas de serem feitas no Shabat por serem ramificações derivadas desses trabalhos.

 

Za’hor – lembrar

 

“lembramos” o Shabat falando o Kidush na noite de sexta-feira e no dia de Sábado

 

Quando fazemos o Kidush cumprimos o mandamento positivo de “lembrar” do Shabat pelo fato de que o texto do Kidush enfatiza a santidade do dia, a distinção entre o Shabat e os seis dias da semana.

 

Sendo que estamos no mundo da ação, para trazer as bênçãos de cima temos que fazer uma ação material que é a sincronização entre o mundo de cima e o mundo de baixo.

 

Assim também em relação ao Shabat. Para trazermos as bênçãos do Shabat para esse mundo fazemos o Kidush com um copo de vinho e duas Halot (plural de Halá) que são nada mais e nada menos do que dois pães.

 

O vinho ou o suco de uva deve ser Kasher, e onde não é encontrado vinho Kasher você pode fazer pessoalmente um suco de uva Kasher para Shabat

 

Para facilitar para quem está começando, lá vão umas dicas básicas. Escrevemos essas dicas principalmente para quem mora no interior e não tem facilidade em comprar as coisas para Shabat.

 

Como fazer em casa o seu vinho para o Kidush:

 

Pela Halachá um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho para o Kidush, aqui vai uma receita para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano, principalmente se você tem crianças em casa.

 

Modo de preparo:

 

1- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro de uma panela (de preferência de pressão.

 

2- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão encima para elas não flutuarem encima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.

 

3- Tampe a panela , acenda o fogo e deixe ferver um pouquinho.

 

4- Peneire o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa

 

5- Coloque o suco em garrafas ou em uma jarra.

 

6- Mantenha o suco na geladeira e só retire para as refeições.

 

Se você não tiver vinho ou suco de uva kosher, você pode fazer o Kidush sobre o pão e, em vez de dizer a bênção Bore Peri HaGuefen, “que cria o fruto da videira”, você diz a benção, Hamotzi Le’hem min Ha’aretz, “que tira o pão da terra”.

 

Quando se usa pão em lugar de vinho, é preciso fazer a Netilat Yadaim antes de fazer o Kidush, para que se possa comer o pão imediatamente quando você termina o Kidush.

 

Netilat Yadaim

 

A Netilat Yadaiim é um jeito específico de se lavar as mãos. Antes de comer o pão, você pega um copo bem grande com a mão direita, enche ele de água e passa esse copo com a água para a mão esquerda.

 

A mão esquerda joga água três vezes sobre a mão direita e passa o copo para a mão direita. A mão direita joga água três vezes sobre a mão esquerda. Você faz a Brahá, a benção de Netilat Yadaiim e começa a falar o Kidush. Nesse caso, no lugar da Brahá do vinho no meio do Kidush você fala a Brahá do pão.

 

Mas em uma situação normal, quando você fez o Kidush sobre o vinho ou suco de uva, você bebe o vinho no final do Kidush e depois faz a Netilat Yadaiim e a Brahá do pão sobre dois pães.

 

Entre a Brahá da Netilat Yadaiim e a ação de comer um pedaço do pão depois da Brahá, não podemos falar para não fazer uma interrupção entre a Brahá e a ação. Depois que você comeu um pedaço do pão já pode falar Novamente.

 

O motivo de enchermos o copo com a mão direita e darmos o copo cheio para a mão esquerda jogar a água três vezes sobre a mão direita é uma sincronização espiritual que está ligada às Sefirót lá em cima.

 

Tanto a água quanto o lado direito estão ligados à Hessed, e o lado esquerdo está sincronizado com a Guevura. Por meio de enchermos o copo de água com a mão direita e passarmos ele para a esquerda para que ela comece o trabalho de purificação, subjugamos a Guevurá e ela se torna um acessório da Hessed 🌻🌻🌻🌻

 

www.RabinoGloiber.org

Rosh Hodesh

Rosh Hodesh

O calendário judaico é baseado na Lua. Ela aparece no céu no início de cada mês judaico como um crescente estreito, que gradualmente se torna mais pleno a cada noite, até ficar perfeitamente cheio e redondo, no meio do mês.

 

Então a Lua “encolhe” até desaparecer totalmente por volta do fim do mês, apenas para reaparecer no começo do novo mês.

 

Quando a Lua surge primeiramente como um estreito crescente, é chamada de  “Molad” que é o “nascimento da Lua”( “novilúnio” ).

 

No Shabat antes da Lua nova, anunciamos e abençoamos o novo mês exceto o mês de Tishrei, que é abençoado unicamente pelo próprio D’us.

 

De um Molad ao seguinte passam-se pouco mais de vinte e nove dias e meio, e essa é a duração do mês judaico.

 

Mas sendo que não podemos ter metade do dia pertencendo a um mês e a outra metade ao seguinte, o calendário foi construído de um jeito que às vezes temos vinte e nove dias no mês, e as vezes, trinta, mas nunca mais do que trinta e nunca menos do que vinte e nove.

 

É por isso que às vezes temos somente um dia de Rosh Hodesh que é o início do mês e às vezes dois.

 

Quando temos somente um dia de Rosh Hodesh, significa que o mês que terminou porque tinha somente 29 dias.

 

Quando temos dois dias de Rosh Hodesh, o primeiro dia de Rosh Hodesh  pertence ao mês anterior, ou seja, é o 30º dia do mês que terminou, e o segundo dia de Rosh Hodesh é o primeiro dia do novo mês.

 

Num ano “comum” temos seis meses “cheios”, ou seja, “completos”, que são os meses de 30 dias cada, e seis meses “curtos” de 29 dias, seguindo-se um ao outro (30, 29, 30, 29, etc).

 

Isso nos dá um total de 354 dias no ano judaico. Em certos anos “perdemos” um dia, e em outros “ganhamos” um, fazendo com que o número total de dias num ano seja de 353, 354, ou 355, conforme o caso.

 

As vezes o motivo para isso é para evitar que o Yom Kipur caia numa sexta-feira, ou num domingo, para não se seguirem dois dias de Shabat.

 

A Torá nos diz que Pessa’h deve ser na primavera, considerando-se as estações do hemisfério norte, que é a estação em que nossos antepassados saíram do Egito

 

Portanto, não devemos ignorar o sistema solar que determina as quatro estações do ano que em Hebraico são chamadas de “Tekufot”.

 

O Ano Solar tem pouco menos de 365 dias e meio, enquanto o Ano Lunar tem cerca de onze dias a menos!

 

Portanto, se ignorássemos inteiramente o Ano Solar, nossas festas não seriam na mesma época a cada ano com relação à estação do ano, e iriam atrasar onze dias.

 

Em cerca de três anos, sairiam fora de sua respectiva estação por aproximadamente um mês e em nove anos, por cerca de três meses. Nesse caso Pessa’h não seria mais na primavera, e sim no inverno!

 

Por isso fazemos a sincronização entre o Ano Lunar e o Ano Solar. fazemos essa sincronização adicionando mais um mês de Adar para empurrar o mês de Nissan para frente, para o seu lugar apropriado na primavera. acrescentando um mês a mais a cada dois ou três anos de acordo com a necessidade, e assim o nosso calendário se sincroniza tanto com o ciclo da lua quanto com o ciclo do Sol.

 

www.RabinoGloiber.org

Shabat Bereshit


O Shabat Mais Impactante!

 

Como nos comportamos nesse Shabat, Shabat Bereshit, é assim que vamos nos comportar durante todo o ano.

 

Este Shabat é chamado de “Shabat Bereshit” e é o Shabat mais especial de todos os Shabatot do ano.

A singularidade deste Shabat se encontra no fato de ele constituir um ponto de conexão entre o mês de Tishrei, um mês cheio de festas Judaicas, cheio de santidade, e o mês de Heshvan que é um mês “vazio” porque não tem festas Judaicas, ele é o mês “mundano”, omês de coisas desse mundo.

 

Sendo que este Shabat inclui esses dois opostos, a alegria e a santidade das festas Judaicas em comparação com a rotina e a mundanidade, ele nos dá forças especiais para continuarmos nosso elevado estado de santidade e alegria do mês de Tishrei, em nosso trabalho diário no mundo, nos “dias mundanos”!

 

Os Rebes de Lubavitch explicam que da maneira que nos comportamos no Shabat Bereshit dessa mesma maneira vamos nos comportar o resto do ano.

 

Por que este Shabat é mais especial do que outros Shabatot?

 

O Rebe explicou que é porque neste Shabat lemos as palavras “Bereshit Bara Elokim et a shamaim v’et a aretz”  (“No princípio D’us criou os céus e a terra”).

 

Isso nos ensina que D’us criou este mundo. É o Seu mundo! Ele o criou do nada. E, além disso, o grande milagre é que a criação do mundo acontece a cada segundo!

 

D’us está recriando o mundo a cada segundo para nos dar a oportunidade de realizar Seu desejo de que sejamos Seus parceiros em tornar este mundo um lugar mais sagrado e melhor, aprendendo Torá e praticando atos de bondade e benevolência.

 

Às vezes, podemos encontrar desafios ao aprender a Torá ou cumprir os Mandamentos Divinos. Podemos até encontrar muitas coisas que parecem ser “obstáculos”.

 

Mas quando nos lembramos de que este é o mundo de D’us, Ele o criou, Ele o recria continuamente, e foi Ele quem nos ordenou a cumprir nossa missão, e Ele não nos pediria para fazer algo impossível, então a questão realmente depende da nossa vontade e dos nossos esforços. E, claro, com a ajuda de D’us, teremos muito sucesso!

 

O primeiro homem recebeu o Mandamento de não comer a fruta da Etz a Daat por três horas. Ou seja, desde o momento no qual ele foi criado até depois do pôr do Sol que era o  momento da entrada do Shabat da criação.

 

Por que Adão fez o que fez? Ele não podia simplesmente esperar algumas horas para comer a fruta daquela árvore?

 

O Rebe explica que quanto maior e a pessoa também maior e a má inclinação dela, ou seja, maior seu yetzer aRá.

 

Aprendemos com isso que quanto mais algo é importante para nós, mais o lado ruim, o Yetzer ará, opõe resistência a ele.

 

E faz com que todos os tipos de desafios e obstáculos pareçam existir.

 

Então vamos ficar muito alegres neste Shabat e não dar importância para os obstáculos desse mundo, e assim vamos continuar o ano inteiro, olhando para as coisas boas que temos a frente e ficando feliz por termos deixado os obstáculos desse mundo para trás.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

 

www.RabinoGloiber.org

www.RabinoGloiber.org

Sheminí Atzéret

Sheminí Atzéret

Em 22 de Tishrei começa a festa de Sheminí Atzéret  que é uma festa à parte ao final de Sucót. Nessa festa também fazemos uma reza especial por chuvas para a Terra de Israel.

Em Sheminí Atzéret fazemos o kidush dentro da Sucá mas não falamos mais a Bra’há da Sucá. No dia de Sheminí Atzéret falamos a reza de Yizcor em memória de entes queridos falecidos.

 

Costumes de Sheminí Atzéret

Akafót

Na noite de Sheminí Atzéret, depois da reza da noite que é chamada de Arvít, fazemos sete Akafót (voltas) segurando o Séfer Torá que é o pergaminho onde estão escritos os cinco livros da Torá.

Damos essas voltas em volta da bimá que é a mesa onde lemos o Séfer Torá. Fazemos essas voltas segurando o Séfer Torá com danças e alegria e o principal é trazer as crianças para participarem das Akafót para que elas cresçam sentindo sempre a alegria do judaísmo.

Em Sheminí Atzéret fora de Israel ainda comemos na Sucá, mas já não falamos a Bra’há Lishév Bassucá. Costumamos fazer as Halot de Sheminí Atzéret redondas.

Proibições

Sheminí Atzéret é uma festa da Torá que se encontra na categoria de Yom Tov

Quando o Yom Tov acontece no Shabat, as mesmas proibições de Shabat recaem sobre ele.

Quando o Yom Tov acontece durante a semana, os  trabalhos proibidos de fazermos no Shabat são proibidos de fazermos em Yom Tov fora as seguintes exceções.

Permissões

No Yom Tov é permitido carregar de casa para o domínio público e vice versa tudo o que você precisa usar no Yom Tov.

No Yom Tov é permitido cozinhar e também fazer outras atividades ligadas à preparação dos alimentos.

Podemos cozinhar no Yom Tov usando o fogo de uma chama acesa na véspera de Yom Tov ou passando a chama desse fogo aceso na véspera de Yom Tov para o fogão por meio de um palito grande, mas não podemos apagar fogo no Yom Tov.

Por isso não podemos apagar o palito que usamos para passar o fogo da vela para o fogão e nem abaixar o fogo.

O lado Sobrenatural de Sheminí Atzéret       

Sucót é uma festa de sete dias e que Sheminí Atzéret é chamada pela Torá de o “oitavo dia”

No judaísmo, o número sete representa um ciclo natural. D’us criou o mundo em sete dias, cada um correspondendo a uma das sete Sefirot emocionais, e é por isso que uma semana que é um ciclo básico e fixo de tempo é composta de sete dias.

Muitos dos mandamentos do judaísmo são associados com o número sete: o Shabat, o ano sabático, as Sheva Bra’hót que são os sete dias que temos que alegrar o noivo e a noiva após o casamento, e etc.

O número oito representa o sobrenatural.

O Brit Milá acontece no oitavo dia do nascimento de um menino porque simboliza a conexão sobrenatural entre nós e D’us.

Hanuká, por exemplo, é celebrado durante oito dias por causa do milagre sobrenatural do azeite. A festa de Hanuká é uma festa Derabanan, ou seja, instituída pelos nossos sábios por causa do milagre de oito dias que aconteceu na época do segundo Beit a Mikdash

Sheminí Atzéret é uma festa Deoráita, uma festa da própria Torá, e ela é a única festa da Torá associada ao número oito.

Pela Torá, a festa de Pessa’h é uma festa de sete dias, e o oitavo dia de Pessa’h que acontece fora da nossa “Terra Santa” é uma Mitzvá Derabanan baseada no direito que a Torá deu aos nossos Sábios de que tudo o que eles vão decretar no Beit a Mikdash não vamos nos desviar nem para a direita e nem para a esquerda.

Sheminí Atzéret  nos ensina, assim como o Brit Milá, que a nossa conexão com D’us é sobrenatural, está acima de todas as limitações.

O tema principal de Sheminí Atzéret é a alegria que representa nossa conexão íntima e sobrenatural com D’us, sendo que sobre D’us está escrito:  עֹז וְחֶדְוָה בִּמְקֹמוֹ.

Que quer dizer “Força e alegria em seu lugar”. Ou seja, não existe tristeza lá em cima mas tudo lá em cima é força e alegria.

A alegria rompe todas as fronteiras, nos dá a capacidade de transcender todas as barreiras e obstáculos do mundo natural e atingir objetivos sublimes tanto no âmbito material quanto no âmbito espiritual.

O quarto Rebe de Lubavitch, Rabi Shmuel Schneerson  nos ensinou: “O mundo diz: ‘Se você não puder passar por baixo de um obstáculo, pule por cima dele. Mas eu digo: “Em primeiro lugar já pule por cima dele”!

Esse conceito de pular por cima dos obstáculos é o que Sheminí Atzéret nos ensina: que por força de nossa Alma e nossa conexão com D’us, temos o poder de transcender o mundo natural e todos os seus limites e limitações.

A vida nesse mundo é uma corrida de obstáculos, e quando fazemos nosso Trabalho Divino com alegria, ou seja, quando servimos a D’us com alegria, conseguimos pular todos os obstáculos.

O número oito no judaísmo, além de representar o milagroso, também simboliza a perfeição.

Outra razão para o Brit Milá se realizar no oitavo dia é porque um dos vários motivos da circuncisão é “completar” o potencial de perfeição no ser humano.

Um dos significados da palavra “Atzéret” é “reter”.  Reter algo para levá-lo ao seu estado de inteireza ou perfeição.

Assim sendo, o nome Sheminí Atzéret significa o oitavo dia, que é o dia adicional que leva o sétimo dia de Sucót a seu estado de perfeição.

E essa é mais uma razão para representar o clímax da nossa alegria em Sheminí Atzéret que é maior do que a nossa alegria em Sucot, porque representa um estado de perfeição da alegria.

A Mitzvá de Sheminí Atzéret

Está escrito: בַּיּוֹם֙ הַשְּׁמִינִ֔י עֲצֶ֖רֶת תִּהְיֶ֣ה לָכֶ֑ם כׇּל־מְלֶ֥אכֶת עֲבֹדָ֖ה לֹ֥א תַעֲשֽׂוּ

Nessa ocasião D’us nos promete que vamos nos alegrar juntos”.

O Rei Shlomó (Salomão) explicou: ‘ Em Você nos alegraremos…’ (Cântico dos Cânticos, 1:4):   ‘Em Você’ quer dizer: na Sua Torá,  nas Suas salvações”. (Pessikta de R. Kahana, seção 30)

Sheminí Atzéret, diferentemente de outras festas do calendário judaico, não possui um ritual especial a não ser um: Sim’há, uma alegria extraordinária.

O mandamento da Sim’há desse dia é ordenado na própria Torá, no versículo: “E você vai ser somente alegre” (Re’ê16:15).

Nossos Sábios nos ensinaram que esse versículo não é apenas um Mandamento, mas também uma promessa Divina: “Se vocês cumprirem o mandamento de Sim’há (estar alegre em Sheminí Atzéret), vocês têm a garantia (Divina) de que estarão alegres para sempre”.

Contam sobre Rabi Yonatan Eybeschutz

que era um grande Tzadik (uma pessoa altamente elevada), que quando ele era criança pediu para o seu pai uma maçã e o painão concordou em dar aquela maçã para ele.

Então o pequeno Yonatan falou a Bra’há que precisamos falar antes de comer uma fruta, e o pai, não querendo que o filho fosse culpado por ter dito uma Bra’há com o nome de D’us em vão, não teve escolha a não será de dar prontamente a maçã ao filho…

E essa é a mensagem de Sheminí Atzéret:

Se nessa data festiva nós nos alegrarmos como nos ordena a Torá, com fé absoluta de que D’us dará para todos nós um ano bom e doce, esta alegria por si só já obriga nosso Pai Celestial a atender os desejos fervorosos de Seus filhos, não permitindo que nossos desejos e o cumprimento do mandamento de sermos felizes, tenham sido em vão.

🌻🌻🌻🌻
Sheminí Atzéret e a Gueulá

Outro significado do termo Atzéret é “final, encerramento”, já que Sheminí Atzéret é a conclusão das festas da Torá que se iniciam com a saída do Egito em Pessa’h.

Rabi Abraham Sabá que foi um grande cabalista refugiado da inquisição portuguesa depois de ter passado por grandes torturas, escreveu que o número oito de Sheminí Atzéret (“o oitavo dia”) se refere às oito impérios que oprimiram o nosso povo durante toda a nossa história e o “oitavo dia” indica o fim de todos esses opressores

Está escrito, ‘No Oitavo Dia será Atzéret para vocês’, nos ensinando que esse é o dia de nossa Gueulá, o dia de nossa redenção final e salvação de nossas Almas” (Tzror Hamor, Pinchas 29:35).

As Festas da Torá celebram eventos do passado do nosso povo:

Pessa’h celebra nossa libertação da escravidão no Egito. Shavuot, a entrega da Torá e Sucot, os 40 anos em que o nosso povo vagou pelo deserto sob a proteção das nuvens do Todo Poderoso.

Sheminí Atzéret, por outro lado, celebra um evento futuro, o mais esperado de toda a história humana.

Shemini Atzéret é a mais alegre das festas da Torá porque ela celebra o que vai acontecer, a chegada do Yom Shekulo Tov, a época inteiramente boa que durará por toda a eternidade.

A Gueulá verdadeira e completa em breve em nossos dias Amén

Não se esqueçam de acender as velas de Yom Tov dezoito minutos antes do pôr do Sol. Junto com as velas de Yom Tov acrescentamos uma vela de sete dias para a partir dela passarmos o fogo para as velas de Sim’hat Torá amanhã depois da saída das estrelas.

Pelo menos a vela de sete dias você tem que acender hoje antes do pôr do Sol e as velas de Yom Tov de hoje você pode acender de noite passando o fogo da vela de sete dias para as velas de Yom Tov

Hag Samea’h

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

www.RabinoGloiber.org

Oshaná Rabá

 

O sétimo e último dia de Sucot, Oshaná Rabá, é considerado o último dia do Julgamento Divino, quando o que foi decretado em Yom Kipur é selado e o destino do novo ano determinado.

 

São chamados de Oshanot que é o plural de Oshaná os pequenos cânticos que falamos diariamente durante a semana de Sucot.

 

A cada dia, uma reza de Oshaná é feita e nessa hora todos dão uma volta com os Arbaat a Minim em volta da Bimá que é a mesa onde lemos a Torá.

 

Em Oshaná Rabá que é o sétimo dia de Sucot, fora os Arbaat a Minim que  usamos durante os dias de Sucot, fazemos um ritual especial com cinco ramos de um tipo de salgueiro que são as aravot, as Oshanot.

 

Esta é a razão pela qual, no Talmud, o sétimo dia de Sucot é chamado de “Dia do Salgueiro” ou “Dia de Oshaná”.

 

Neste dia, com os Arbaat a Minim na mão, falamos sete pequenas rezas que são chamadas de Oshanot , dando sete voltas ao redor da Bimá com os Arbaat a Minim.

 

 

Terminando as Oshanot, nossos  Profetas instituíram o costume judaico de bater estes ramos de salgueiro no chão, cinco vezes, para assim “adoçar as “cinco guevurót” que são cinco tipos de severidade que podem chegar até nós como consequência do nosso Julgamento no Tribunal Divino”.

Em várias comunidades judaicas esse dia é considerado uma espécie de Yom Kipur.

Costumamos permanecer acordados durante toda a noite, estudando a Torá e lendo os Tehilim.

Há os que estudam Torá dentro da sucá, pois há uma tradição segundo a qual os Ushpitzin – que a visitaram durante Sucot – poderiam atuar como advogados de defesa perante a Corte Celestial.

 

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org