Rabi Menachem Mendel Schneerson – O Rebe de Lubavitch
Nosso Rebe nasceu em 11 de Nissan, 5662 (18 de abril de 1902) em Nicolaiyev na Ucrânia. Seus pais, o grande Cabalista Rabi Levi Yitzhak Schneerson e sua mãe, a Rabanit Hana Yanovsky, se casaram em Nicolaiyev em 13 de Sivan de 5660 (10 de junho de 1900).
O pai da Rabanit Hana, Rabi Meir Shlomo Yanovsky, era o rabino da cidade de Nicolaiyev, e Rabi Levi Yitzhak se tornou o Rabino de Yecatrinoslav de 1907 a 1939. Hoje essa cidade se chama Dnipro, formalmente Dnipropetrovsk.
O Rebe com dois aninhos de idade
Desde pequeno o Rebe era uma criança super dotada. Aos nove anos, o diretor do heider que era a escola Judaica religiosa local, disse a seus pais que não havia mais nada que pudesse lhe ensinar e seu pai que era um grande Cabalista se tornou o seu professor.
Em 1939 Rabi Levi Yitszhak foi preso pelo governo russo comunista por divulgar o judaísmo entre os judeus, e exilado para o vilarejo distante de Chiali no Kazakhstan.
Devido aos grandes sofrimentos que passou, ele faleceu em 20 de Menachem-Av, 1944, aos 66 anos, em Alma Ata que é a cidade vizinha ao vilarejo onde ele estava exilado.
דעֶר פריעֶרדיקעֶר רבי
O Rebe Anterior
O sogro do Rebe
Rabbi Yosef Yitzchak Schneersohn (1880-1950)
O Rebe se encontrou com o Rebe Yossef Yitzhak Schneerson, o sexto Rebe de Lubavitch, em 1923, em Rostov na Rússia.
Rabi Yossef Yitzhak foi o Sexto Rebe de Lubavitch. Ele nasceu na cidade de Lubavitch no dia 12 de Tamuz. Esse dia também se tornaria 47 anos mais tarde a data de sua libertação.
O Trabalho Divino da geração anterior era a resistência. Ou seja, permanecer judeu fiel ao judaísmo em situações drásticas. Essa era a missão do Rebe e isso foi o que marcou a sua vida.
O Rebe anterior recebeu essa missão no testamento de seu pai, Rebe Shalom Dover, o quinto Rebe de Lubavitch, que lhe repassou a difícil missão de fortalecer o judaísmo em uma época em que tudo levava a crer que ele desapareceria.
O império russo se tornou a união soviética que tinha como ideal o ateísmo e o materialismo, e como meta apagar todos os vestígios de que D’us criou o mundo.
O governo impôs um enorme temor sobre o povo e deixou claro que se há alguém que dirige o mundo são eles.
E o judaísmo que representava o oposto disso, se tornou o principal problema para essa ideologia ateísta que se sentia toda poderosa em um país onde todos tinham medo de tudo
Para assimilar o nosso povo e transformá-los em ateus materialistas, o governo criou uma repartição formada por judeus anti religiosos com o objetivo de divulgar a mentira de que um judeu pode ser ateu e mesmo assim continuar sendo judeu, e para isso eles fizeram até um estado para a etnia judaica na Rússia asiática.
Essa repartição foi chamada de Yevsketzia. A Yevsketzia era uma repartição judaica do partido comunista e tinha como objetivo a assimilação do nosso povo dentro da cultura russa soviética.
Eles fizeram um jornal em Yiddish chamado “Emes” que em Yiddish quer dizer verdade. Sendo que um jornal chamado verdade mas que tudo o que está escrito nele é mentira, não era o suficiente para assimilar um povo inteiro, eles apelaram para a força.
Essa repartição governamental chamada de Yevsketzia que era totalmente formada por judeus anti religiosos, chegou a conclusão de que o sexto Rebe de Lubavitch, Rebe Yossef YItzhak, era o responsável pelo fortalecimento do judaísmo dentro de toda a união soviética.
Para conseguir alcançar o objetivo de assimilar o nosso povo e transformá-lo em ateus materialistas, eles precisavam destruir o judaísmo.
O Rebe Yossef YItzhak era o principal fortalecedor do judaísmo na união soviética, e por causa de suas atividades para preservar o Judaísmo em toda a União Soviética, o Rebe foi preso.
Na terça-feira, 14 de Sivan de 5687 (14 de junho de 1927) Rabi Yossef Yitzhak foi preso pelos agentes da Yevsketzia, oficialmente “Seção Judaica” do Partido Comunista.
Primeiramente ele foi condenado à morte.
Uma pressão internacional forçou os soviéticos a comutar essa sentença, e em 3 de Tamuz a pena de morte foi trocada por uma sentença de exílio no interior da Rússia.
Em 12 de Tamuz de 1927 Rabi Yossef Yitzhak Schneersohn, foi oficialmente liberado desta sentença também. Mas a liberdade em si ocorreu somente no dia 13 de Tamuz.
Três meses depois ele se mudou para o país vizinho, Látvia por causa do perigo que permaneceu sobre ele na união soviética.
Por isso os dias 12 e 13 de Tamuz são celebrados como “uma festa da libertação” pela comunidade Chabad-Lubavitch.
A filha do Rebe Yossef YItzhak
A Rabanit Haya Mushka
A Rabanit Haia Mushka era uma grande erudita da Torá e junto com isso ela era uma pessoa de extrema humildade.
Rebetsin Chaya Mushka (1901– 1988)
A Rabanit de Lubavitch
25 Adar 5661-1901, 22 de Shvat de 5748 – 1988
A Rabanit Haya Mushka nasceu no Shabat 25 Adar, em Babinovitch, nas proximidades de Lubavitch.
A pedido de seu avô, o Rebe Rashab, ela recebeu o nome da esposa do Tzemach Tzedek que foi o terceiro Rebe de Lubavitch
Quando ela nasceu, seu avô, o Rebe Rashab, estava no exterior. Ele enviou para seu filho, o Rabbi Rayatz, a seguinte carta:
“Com muita alegria, eu recebi hoje o telegrama que anuncia que minha nora teve um filho. Eu expresso minha bênção do Mazal Tov para vocês, para sua filha que acaba de nascer, Mazal Tov, Mazal Tov.
Se vocês ainda não lhe deram um nome, devem chamá-la de Haya Mushka. Me avisem qual nome foi dado, em um bom momento.”
Quando ele ficou sabendo qual nome ela tinha recebido, o Rebe Rashab escreveu mais uma vez:
“Eu expresso minha bênção do Mazal Tov a vocês pelo nome que vocês deram à minha neta, sua filha, que se chama Haya Mushka.
Possa D’us fazer com que ela viva longos dias e bons anos, espirituais e materiais.
Ela será uma mulher virtuosa, que temerá D’us sinceramente, e que vocês tenham dela muita satisfação, espiritual e material”.
Desde jovem, a Rabanit se destacou por sua santidade e sua pureza, na casa de seu avô, o Rebe Rashab e na casa de seu pai, o Rabbi Rayats, que dedicava um afeto especial por ela.
Na quinta-feira, 22 de Shvat, 4 de fevereiro, 22 de Shvat de 5748 – 1988 a esposa do Rebe, Rabanit Chaia Mushka, filha do Rebe Yossef Yitzhak de Lubavitch conhecido como Rebe Rayats , deixou este mundo.
A Rabanit Chaya Mushka era a segunda filha do Rebe Rayats. Ela distinguiu-se pelo seu profundo conhecimento da Torá, sua grande inteligência e seu comportamento majestoso.
Seu sentido de humor refinado e sua atitude positiva com cada detalhe a tornavam agradável a todos. Ela assumia sua missão com uma profunda humildade.
O Rebe observou que o Rebe Rayats havia deixado este mundo em Shvat, bem como sua avó, a Rabanit Rifka, sua mãe, a Rabanit Shterna Sara e sua filha, a Rabanit Chaya Mushka.
Existe ainda outro laço entre as três Rabaniot. Quando a Rabanit Rifka deixou este mundo, pediu um copo de água e imediatamente devolveu a alma.
Assim também ocorreu com a Rabanit Shterna Sara que, exatamente antes de morrer, também pediu um copo de água.
E a Rabanit Chaya Mushka fez o mesmo pedido pouco antes de deixar este mundo.
Certa vez, as mulheres de Chabad enviaram um buquê de flores à Rabanit na ocasião do seu aniversário.
Também lhe dirigiram uma lista com o nome de mulheres que tinham necessidade de uma bênção.
O secretário recebeu o buquê e transmitiu a carta ao Rebe que, observando o envelope, viu inscrito no mesmo o nome da sua esposa.
Pediu então que ele fosse transmitido à Rabanit, mas o secretário explicou que se tratava de uma lista de pessoas solicitando uma bênção.
O Rebe disse então:
“Ela pode igualmente abençoar.”
Durante o processo que estabeleceu a propriedade dos livros da biblioteca Lubavitch, a Rabanit foi convidada para testemunhar.
O advogado da parte contrária perguntou-lhe:
“O que a senhora pensa? A quem pertencem esses livros? Ao vosso pai ou aos Chassidim?”
A Rabanit respondeu: -“Meu pai e todos os seus livros pertencem aos Chassidim.”
Essas palavras exerceram uma profunda impressão sobre o juiz e foram determinantes para a vitória final.
O Rebe fez esse relato na saída do Shabat da Parashá Terumá 5748-1988, após os sete dias de luto.
A Rabanit deixou este mundo na quarta feira da Parashat Mishpatim, 22 de Shvat 5788-1988, após uma curta enfermidade.
Seu enterro ocorreu algumas horas após o seu decesso, na presença de quinze mil pessoas. Ela está enterrada ao lado do túmulo da sua avó, a Rabanit Shterna Sara e em frente ao túmulo do seu pai, o Rebe Rayats.
“Rebetsin” é um título em iídiche derivado da palavra hebraica “rabino”. Geralmente conota uma mulher casada com um rabino e/ou sábia e instruída por esfoço e mérito próprio. Rebetsin Haya Mushka Schneerson era a segunda de três filhas do Rabino Yosef Yitzchak (o sexto Rebe de Chabad) e Rebetsin Ne’hama Dina Schneersohn. Seu marido, um primo distante, tornou-se o sétimo Rebe, Rabi Menachem M. Schneerson.
A Rebetsin Haya (Moussia) Mushka Schneerson nasceu em Babinovich, próxima à cidade russa de Lubavitch no Shabat, 25 de Adar, 1901. Era a segunda das três filhas do Sexto Rebe de Lubavitch, Rabi Yossef Yitzhak Schneersohn.
Quando nasceu, seu avô, o Quinto Rebe de Lubavitch, Rabi Shalom DovBer, que estava no exterior, telegrafou ao pai dela nos seguintes termos: “…Mazal tov pelo nascimento de sua filha… se ela ainda não recebeu um nome, deve se chamar Chaya Mushka (o nome da esposa do Tzemach Tzedek).”
Desde seus tenros anos, a Rebetsin absorveu a pureza e santidade que a rodeava, tanto na casa de seu avô quanto na de seu pai.
Quando ela nasceu (25 de Adar de 1901), seu avô, o quinto Rebe Chabad, Rabino Shalom DovBer, estava viajando para o exterior e ele telegrafou para seu pai:
“… Mazal tov pelo nascimento de sua filha… se ela ainda não recebeu um nome, ela deveria ser chamada Chaya Mushka (o nome da esposa do Tzemach Tzedek [o terceiro Rebe Chabad]).”
Entre familiares e amigos próximos, ela era conhecida como “Mussia”, um equivalente russo/iídiche de Mushka. Nos documentos legais estava escrito: Moussia.
Ela Incentivou Suas Amigas a Acenderem velas de Shabat
Desde cedo ela seguiu o costume (que seu marido mais tarde transformou em uma campanha internacional) de que as meninas acendessem uma única vela de Shabat, mesmo antes do casamento.
Ela incentivava suas amigas a acender também, independentemente de havia precedentes para agir assim em suas famílias.
Enquanto o comunismo apertava o cerco e perseguições à comunidade judaica, Rabino Yosef Yitzchak corajosamente liderou a luta para manter a observância judaica e o estudo da Torá. Então, com 20 e poucos anos, Chaya Mushka estava ao lado de seu pai em seu ativismo.
Equilibrada e corajosa, seu pai a autorizou a agir em seu nome em todos os assuntos.
Quando os soviéticos prenderam seu pai e o condenaram ao exílio na distante Kostroma, ela o acompanhou a seu pedido. No dia 12 de Tamuz, ela foi a portadora da boa notícia da libertação de seu pai.
Enquanto morava em Rostov, ela contrabandeava regularmente comida e velas para a yeshivá Novardok, uma instituição não chassídica de aprendizado de Torá localizada na cidade.
Seus Sogros Não Puderam Comparecer ao Seu casamento. No outono de 1927, no dia seguinte a Simchat Torá, a família Schneersohn deixou a União Soviética e mudou-se para Riga, Letônia. Chaya Mushka já estava noiva do rabino Menachem M. Schneerson, que deixou a Rússia com sua família.
O casamento ocorreu em Varsóvia em 1928. As autoridades não permitiram que os pais do Rebe, Rabi Levi Yitzchak e Rebetsin Chana Scheerson, deixassem a União Soviética, e eles realizaram uma celebração paralela em seu apartamento em Dnepropetrovsk (Yekatrinoslav), que durou ao longo da noite.
Logo após o casamento em Varsóvia, na Polônia, o casal recém-casado se estabeleceu em Berlim, mas com a ascensão do nazismo, mudou-se para Paris. Em maio de 1940, a França foi invadida por forças alemãs e, como muitos judeus franceses, o casal fugiu para Nice, no sul da França.
Durante a fuga, houve um bombardeio devastador. Enquanto as pessoas corriam em todas as direções, Chaya Mushka notou uma bomba indo em direção a um homem ao lado dela.
Empurrando-o rapidamente para o chão, ela salvou sua vida. Recontando essa história décadas depois, a Rebetsin disse: “É verdade, eu salvei a vida dele, mas para derrubar um judeu é preciso fazer teshuvá”.
Ela e Seu Marido Perderam Irmãos Vítimas do Nazistas
Embora Chaya Mushka e seu marido tenham chegado às costas americanas na primavera de 1941, sua irmã mais nova, Sheina, e seu marido, o rabino Menachem Mendel Horenstein, ainda estavam presos na Polônia. Após a guerra, descobriu-se que eles morreram nas câmaras de gás de Treblinka.
Quando a guerra estourou, seus sogros estavam na aldeia de Chiili, (atual Shieli) Cazaquistão, onde o rabino Levi Yitzchak foi forçado ao exílio como punição por seus esforços em prol do judaísmo. Ironicamente, isso os salvou do ataque nazista. Seu filho, DovBer, no entanto, foi assassinado pelos nazistas e enterrado em uma vala comum.
Após o falecimento de seu pai em 1950, a liderança do movimento Chabad-Lubavitch mundial passaria para o marido de Rebetsin Chaya Mushka. Apesar do Rebe inicialmente relutar em aceitar o manto da liderança, foi sua esposa, a Rebetsin, que, apesar do grande sacrifício pessoal que isso acarretaria, finalmente o convenceu a assumir o cargo.
Após a morte de seu pai em 1950, a liderança do movimento Chabad-Lubavitch mundial passou para o marido de Rebetsin Chaya Mushka. Apesar de sua recusa inicial em aceitar o manto, foi sua esposa, a Rebetsin, que, apesar do grande sacrifício pessoal que isso acarretaria, finalmente o convenceu a aceitar o cargo.
Por décadas, o Rebe chegou ao seu escritório no meio da manhã e lá permanecia até bem depois da meia-noite. Nas noites em que recebia pessoas para audiências privadas (yechidut), o Rebe costumava chegar em sua casa às sete da manhã. Auxiliares e confidentes lembram que a Rebetsin muitas vezes ficava acordada a noite toda, pronta para receber seu marido.
Ela se Orgulhava das campanhas de Seu Marido
Aqueles que conheciam a Rebetsin atestam que ela se orgulhava muito das campanhas de Mitsvá iniciadas por seu marido; ela, mais do que ninguém, compreendia o pensamento que estavam incutidos neles.
Ela costumava se referir a si mesma como ‘Sra. Schneerson’
A Rebetsin Chaya Mushka evitava os holofotes e raramente aparecia em público, onde sem dúvida seria recebida como a reverenciada Rebetsin. Em vez disso, ela optou por permanecer dentro de um pequeno círculo social onde seria tratada com discrição. Ao fazer ligações telefônicas, ela geralmente se referia a si mesma simplesmente como “Sra. Schneerson da President Street.”
Ela Não Foi Abençoada com Filhos, Mas Possuía Milhares de Descendentes
A Rebetsin não tinha filhos, mas quando uma criança a visitava em sua casa e lhe perguntava: “Onde estão seus filhos?” ela respondia que os chassidim, aqueles que seguiram os caminhos ensinados por seu marido, eram seus filhos.
Certa ocasião, a Organização das Mulheres de Lubavitch lhe enviou um buquê de flores, junto com uma lista de pessoas para as quais foram solicitadas bênçãos. Deixando de lado as flores para a Rebetsin, o secretário passou a carta ao Rebe que, observando que era endereçada à sua esposa, pediu ao seu secretário que a entregasse a ela, dizendo: “Ela também pode dar bênçãos”.
A Rebetsin faleceu na quarta-feira, 22 de Shevat, em 1988, após uma breve doença. Seu enterro ocorreu algumas horas depois na seção Chabad do Montefiore Cemetery no Queens, Nova York. Pouco antes de sua morte, Rebetsin Chaya Mushka pediu um copo de água. Depois de recitar a bênção, “… por cuja palavra todas as coisas vêm a existir”, ela devolveu sua alma ao seu Criador.
A data de seu falecimento foi posteriormente escolhida para anualmente ocorrer a Conferência Mundial (Kinus HaShluchot) das mulheres emissárias de Chabad Lubavitch.
Após o falecimento da Rebetsin, o Rebe solicitou que as meninas recebessem o nome dela. Até hoje, milhares de jovens levam orgulhosamente o n
ome de Chaya Mushka, continuando seu legado de devoção e inspiração.
O casamento do Rebe
Em 14 de kislev (27 de novembro de 1928) o Rebe se casou com a Rabanit Haya Mushka (1901-1988), que era segunda filha do Rabi Yossef Yitzhak.
O casamento do nosso Rebe com a Rabanit Haya Mushka aconteceu em Varsóvia, Polônia, na terça-feira à tarde, em 14 de Kislêv de 1928.
Centenas de hassidim da Polônia , da Lituânia e da Rússia Branca vieram para o casamento, e também grandes Rebes e grandes rabinos.
Logo após o casamento, o pai da Rabanit Haya Mushka, o Rebe Yossef Itzhak, pediu para o jovem casal morar em Berlim que era naquela época a capital intelectual da Europa Ocidental.
Em Berlim o Rebe atuou como Tzadik Nistar, um Tzadik oculto. Tudo o que o jovem casal fez em Berlim foi orientado pelo seu sogro. Uma dessas missões ocultas foi o fato de o Rebe ter ido estudar na universidade de Berlim.
Rabi Yossef Ber Soloveichik também se encontrava em Berlim naquela época e os dois estudaram na universidade juntos.
Rabi Soloveichik contou que o Rebe trazia uma Guemará ou outros livros sagrados nas aulas da universidade, e o colocava o livro dentro dos livros da universidade.
Uma vez um dos professores viu que o Rebe estava lendo um livro judaico no falta no meio da sua palestra, e disse ao Rebe:- “você pode repetir alguma palavra daquilo que eu disse?” Humildemente, o Rebe se levantou e repetiu a palestra inteira, palavra por palavra!
Em 1933 o Rebe teve que deixar a Alemanha por causa do nazismo. Em Heidelberg o Rebe recebeu um diploma de engenharia superior, e de lá o jovem casal se mudou para Paris.
Em Paris o Rebe entrou na universidade de Sorbonne e recebeu um diploma de engenharia mecânica, com especialização em engenharia naval.
Em Paris o Rebe dava aulas de Guemará, e o rabino Eliyáhu Reichman contou que quando era jovem participava todo dia da aula de Guemará do Rebe.
Uma vez, depois da aula, foram à estante do Rebe para ver o livro de Guemará que ele estava usando para dar a aula, e descobriram que o livro do Rebe não era aquela Guemará que o Rebe estava ensinando.
Ou seja, para que os alunos pudessem usar a Guemará certa, o Rebe usava outro livro, fingia que estava lendo aquela Guemará, mas na verdade ele estava falando tudo decor!
O estudo na universidade de Berlim e Sorbonne ajudou o Rebe a resolver dúvidas halá’hicas que surgiram com a fundação do Estado de Israel nos anos posteriores, problemas halá’hicos que não existiram antes disso, aí entendemos porque o Rebe teve que estudar nesses lugares.
Muitos desses problemas foram em relação à frota israelense de navegação. Os capitães dos navios alegaram que um navio com tripulação de judeus poderia viajar no Shabat por motivos de perigo de vida.
Sendo que eram problemas de segurança em alto mar, o Rebe era obrigado a ter um diploma de engenharia mecânica e naval de uma universidade renomada para que a sua opinião disse levada em conta pelos responsáveis pela frota.
O Rebe publicou que a alegação de que certos trabalhos proibidos poderiam ser realizados automaticamente no navio, e de que o navio não poderia parar no meio do mar, demonstrava não somente a ignorância do capitão do navio em relação aos princípios halá’hicos sobre trabalhos automáticos, mas também uma ignorância total em relação à engenharia naval.
Com esses diplomas o Rebe conseguiu convencer os rabinos de Israel a não acreditarem nas justificativas dos capitães dos navios israelenses que tinha outros interesses e se aproveitavam da ignorância do rabinato em relação à engenharia naval para acionar os navios no Shabat e até destilar água do mar para o consumo dos passageiros no meio do próprio Shabat .
O Rebe anterior, Rabi Yossef Itzhak, o Rayatz
Em 1950, Rabi Yossef Itzhak faleceu. Devido a sua extrema humildade, o Rebe não se achava digno de ocupar o lugar do seu sogro. Somente um ano depois do falecimento do rebe anterior, no dia 10 de Shevat de 5710, (28 de janeiro) ele finalmente aceitou o título de “Rebe de Lubavitch” que era o título do seu sogro
Em seu primeiro discurso como Rebe, ele afirmou que a missão da nossa geração é a de trazer Mashiach (Messias).
O Rebe organizou um corpo de shlu’him – emissários de Lubavitch – e os encarregou de estabelecer centros Chabad-Lubavitch no mundo.Hoje milhares de instituições Chabad-Lubavitch cobrem o planeta.
Além de se preocupar com cada um e com cada uma de nós, o Rebe dava atenção especial a órfãos e viúvas de soldados israelenses, as crianças de Chernobyl, entre outros. Mais de 1300 crianças recebem tratamento médico em Kfar Chabad e até chegar a criança 1.000 eu trabalhei pessoalmente nesse projeto.
Para os meninos órfãos, são celebradas anualmente cerimônias de bar-mitsvá, no Muro das Lamentações. Além disso, foram criados vários centros de reabilitação para pessoas viciadas em drogas.
O Rebe estabeleceu cerca de 60 instituições de ensino judaico na Comunidade dos Estados Independentes e na Letônia. Centenas de emissários visitam regularmente e muitos outros estabelecem lá suas residências para promover as atividades judaicas. A organização Ezrat Achim envia toneladas de alimentos para os judeus destes países.
O Rebe foi quem iniciou o movimento de Teshuvá que é o retorno ao judaísmo autêntico, através de uma forma revolucionária de difundir o judaísmo para todos os judeus com a sua famosa campanha das Mitzvót:
“Campanhas das Mitzvót” a campanha das boas ações.
1- Amar ao próximo
Rabi Akiva (um dos grandes Sábios do Talmud) explicou que amar o irmão judeu é “um dos princípios mais importantes da Torá”. Uma campanha para Ahavat Yisrael significa fazermos um esforço para que nosso pensamento, palavra e ação seja permeado com um real interesse e sensibilidade pelo bem-estar de nossos irmãos judeus. O Báal Shem Tov ensinou que o indivíduo deve ter Ahavat Yisrael até por um judeu que nunca viu na vida. O raciocínio por trás disso é explicado no capítulo 32 do Tanya.
2.Educação judaica
A campanha para a educação de Torá procura envolver toda criança judia num programa educacional que ensinará o que significa viver como judeu. A educação não é somente para crianças; os adultos são encorajados a se matricularem em grupos de estudo e seminários de acordo com sua educação e conhecimento.
3.Estudo de Torá
A Torá é o meio de comunicação através do qual D’us permite ao homem conhecê-Lo e servi-Lo. A campanha pelo estudo de Torá encoraja cada indivíduo a estabelecer um horário fixo para estudar Torá todos os dias, de modo que nosso crescimento espiritual possa ser sistemático e dirigido.
Rabi Shneur Zalman de Liadi explicou que o estudo de Torá deveria ser fixo não apenas no tempo mas também na alma. Seria um eixo ao redor do qual gira todo o espectro da nossa experiência do dia-a-dia.
4.Tefilin
A Torá descreve o tefilin como um sinal, uma declaração pública do compromisso judaico. Ao colocar tefilin diariamente, um indivíduo expressa seu sentimento básico de identidade judaica. Os tefilin são colocados no braço, de frente para o coração, e sobre a cabeça. Isso significa a conexão dos poderes emocionais e intelectuais do homem ao serviço de D’us.
As correias, que vão do braço até a mão e da cabeça até as pernas, significam a transmissão da energia intelectual e emocional para as mãos e pés, simbolizando a ação.
Nossos Sábios explicam que o versículo: “E todas as nações do mundo verão que o nome de D’us está sobre vocês, e eles os temerão”, aplica-se ao tefilin.
Os tefilin são um meio de trazer segurança aos judeus na era atual e apressar a vinda da suprema segurança, que será vivenciada quando Mashiach chegar.
Rebe instituiu esta campanha na véspera da Guerra dos Seis Dias, e requisitou especificamente que os soldados das Forças de Defesa Israelenses colocassem tefilin, pois isso os protegeria na batalha.
5.Mezuzá
“E vocês os inscreverão nos batentes de suas casas e sobre os seus portões.” (Devarim 6:9, 11:20)
Uma mezuzá casher é um pequeno rolo de pergaminho, escrito à mão por um escriba especializado, contendo duas passagens bíblicas, uma delas o Shemá Yisrael. No lado oposto do pergaminho estão escritas as três letras hebraicas, Shin, Dalet e Yud. Isso é um acrônimo para as palavras hebraicas que significam: “Guardião das portas de Israel”. Uma mezuzá é afixada do lado direito de toda porta da casa (exceto a do banheiro), e protege seus habitantes ao entrarem e saírem de casa.
Uma mezuzá designa uma casa (ou aposento) como judaica, lembrando-nos da nossa conexão com D’us e nosso legado.
Ao colocá-la no batente, declaramos que esta é uma casa ou aposento onde a palavra de D’us e Sua Torá influenciam nosso comportamento, assim tornando a morada sagrada.
Os tefilin e as mezuzot precisam ser certificadas como casher por um escriba autorizado. Precisam também de uma conferência periódica. Em muitos casos, quando o Rebe recebia um pedido de bênção (especialmente em questões de saúde), ele sugeria que os tefilin e mezuzot fossem examinados.
6.Tzedacá
Devemos doar aos outros por um senso de responsabilidade, entendendo que aquilo que temos também é um presente de D’us, confiado a nós com um propósito: ajudarmos os outros.
Nossa prosperidade é um fundo que devemos dirigir e generosamente partilhar com aqueles que precisam. A campanha de tsedacá clama por um aumento na doação, bem como a colocação de uma caixa de tsedacá visível para servir de lembrete para doar com freqüência, todos os dias da semana, exceto Shabat e Yom Tov, quando antecipamos este ato colocando tsedacá antes do horário de acendimento das velas.
Nossos Sábios disseram: “A tsedacá é notável, porque aproxima a Redenção.”
7 . Um lar repleto de livros judaicos
ambiente ensina. Aquilo que você tem em casa ajuda a determinar que tipo de lar você terá. Ao ter livros judaicos à vista em casa, sua família e os visitantes serão motivados a usá-los. Além disso, sua própria presença nos lembra seu conteúdo e a importância dos valores judaicos. Obviamente, quanto mais livros, melhor. No entanto, sugerimos um mínimo de um Chumash (os Cinco Livros de Moshê), um Tehilim (Livro dos Salmos) e um Sidur (livro de orações).
8. Acendimento das velas de Shabat e Yom Tov
Shabat é um dia de luz; um dia com padrão diferente dos demais dias comuns da semana. Todo Shabat é um precursor da Era de Mashiach. O acendimento das velas 18 minutos antes do pôr-do-sol introduz e inspira este estado de conscientização. A responsabilidade pelo acendimento das velas e por induzir esta mudança de perspectiva cabe à mulher. É ela também que dá as boas vindas à Rainha Shabat ao lar. Meninas a partir dos três anos também são encorajadas a acenderem sua própria vela, para que tomem parte na criação deste ambiente.
9. Comida kasher
Comer comida casher permite que nos identifiquemos com nosso Judaísmo num nível básico e fundamental. Quando nosso envolvimento judaico está limitado à prece, estudo ou atos rituais específicos, ele é espiritual, acima da nossa realidade do dia-a-dia. Mas quando você se alimenta de maneira diferente porque é judeu, seu compromisso é não apenas metafísico, mas uma parte integrante de seu próprio ser.
A observância da Cashrut consiste em comer apenas alimentos casher em casa e fora dela. Significa também não comer juntos laticínios e alimentos à base de carne, e separar louças, talheres e utensílios para carne e leite.
10 – Pureza Familiar , Taharat Hamishpachá
As atitudes e práticas que a Torá prescreve para a vida conjugal – ajudam a desenvolver uma comunicação genuína e o amor entre marido e mulher, e trazem ao mundo filhos saudáveis e amorosos.
Casais de todas as esferas da vida adotaram esta mitsvá como um meio para realçar e enriquecer sua vida conjugal. É necessário consultar um rabino para saber os detalhes destas leis.
A colocação dos Tefilin, o acendimento das velas de Shabat e Yom Tov pelas mulheres judias, a kashrut, a prática da Tzedaká, a educação baseada na Torá, entre outras.
Na época foi duramente criticado, enfrentando forte oposição, ao dizer que esta era a única maneira de salvar o judaísmo da assimilação. Suas campanhas inovadoras hoje servem de modelo a diversas instituições judaicas que atraem judeus de volta a sua herança exatamente como o Rebe já fazia há 5 décadas.
Sua preocupação com a educação e o futuro da humanidade foi reconhecida nos Estados Unidos. A data de nascimento do Rebe, 18 de abril,(11 de Nissan) foi transformada pelo Presidente Ronald Reagan em “Dia Nacional da Educação”.
Previsões
Entre as previsões que fez sobre situações mundiais as que mais repercutiram foram a abertura da Cortina de Ferro, com a emigração maciça de judeus soviéticos para Israel, ao alertar o governo israelense para a construção de casas e condições de emprego para estes judeus. E isto aconteceu numa época em que tal possibilidade era impensável.
Outra previsão fantástica: durante a Guerra do Golfo, em 1991, o Rebe foi o único a dizer que esta guerra não atingiria o povo judeu, declarando que as máscaras de gás não seriam necessárias. Ele declarava isso enfaticamente mesmo durante o contínuo bombardeio de scuds sobre israel, pois lá “é o lugar mais seguro do mundo.”
Conscientizou sobre a iminente vinda de Mashiach (Messias) e da importância de “recepcioná-lo” apropriadamente, principalmente através de um estudo intensivo dos assuntos relativos à era messiânica, contidos na Torá, Talmud, e outras fontes judaicas, como no código de leis de Maimônides.
Todos os domingos o Lubavitcher Rebe costumava receber e abençoar as vastas multidões que vinham buscar as suas palavras de sabedoria e bênção. A cada uma das milhares de pessoas que o procuravam entregava uma nota de um dólar para ser doada a uma instituição de caridade à critério da pessoa. Além de pessoas comuns, diversas personalidades judias e não-judias pediam seu conselho e bênção.
Alguns ensinamentos do Rebe
A finalidade de toda a Criação é declarada quase que imediatamente na hora do Gênesis: E D’us disse: “Que haja Luz!”
O propósito da Criação é que todo o mundo – até a escuridão – se transforme em luz.
Lutar contra o mal é uma atividade muito nobre quando necessária. Porém não é nossa missão na vida. Nosso trabalho é trazer mais luz.
O Baal Shem Tov nos conta que em tudo que uma pessoa vê ou ouve neste mundo, deve encontrar um ensinamento sobre como o Homem deve servir a D’us. Na verdade, este é todo o significado do serviço a D’us.
Quando as coisas não dão certo, confie em D’us e fique calmo. Mesmo que tenha sido tudo por sua culpa e você mereça o que está recebendo, confie em D’us que tudo é para o bem, e permaneça calmo.
Quando Ele vê o quanto você confia Nele, Ele transforma tudo para o bem.
Confiar no Único D’us não significa esperar por milagres, significa ter confiança naquilo que você está fazendo agora mesmo. Porque você sabe que Ele o colocou no caminho certo e tudo que você fizer estará repleto com energia Divina e bênçãos do Alto.
Muitas pessoas que escreveram ao Rebe falando sobre seu desespero receberam uma resposta semelhante a esta:
O desespero é totalmente oposto a tudo aquilo em que acreditamos – em outras palavras, uma negação da realidade.
É negar que existe um D’us que dirige toda a Sua criação e observa cada indivíduo, e assiste cada um naquilo que deve realizar.
Você pergunta: “Como posso ser feliz?” Certo, você não pode controlar a maneira como se sente, mas tem controle sobre o seu pensamento, fala e ação conscientes.
Faça algo simples: Cultive bons pensamentos, fale coisas boas, e comporte-se como uma pessoa alegre – mesmo que por dentro não se sinta totalmente assim. Com o tempo, a alegria interior da alma vai se manifestar.
Onde seus pensamentos estão – é onde você está, você por inteiro. Tente estar sempre em locais bons.
O estado natural do Homem, a maneira em que D’us o criou, é ser feliz. Observe uma criança e você verá.
O intelecto e o entusiasmo são dois mundos: o intelecto, um mundo frio e sereno, e o entusiasmo, um mundo efervescente e impetuoso (impulsivo).
Esta é a avodá, o trabalho Divino do homem: integrá-los para que sejam um.
Nesse momento a impetuosidade se converte em aspiração, e o intelecto torna-se um guia para uma vida de avodá (serviço a D’us) e ação prática.
Apenas com suspiros não seremos salvos.
O suspiro é apenas a chave para abrir o coração e os olhos para não ficarmos de braços cruzados, mas para planejar um trabalho e atividade sistemáticos.
Cada um de nós deve atuar e fazer uma campanha para fortalecer e divulgar a Torá e o cumprimento das Mitzvót. Há quem consiga fazer isso através da sua escrita; outros, através de sua oratória, e outros com a sua Tzedaká.
O Rebe Rashab disse em um farbrenguen: Assim como colocar Tefilin todo dia é uma Mitzvá, uma obrigação que nos foi ordenada pela Torá e aplica-se a todos os judeus, independentemente de seu nível de Torá, seja ele um grande erudito ou um homem simples, da mesma forma é uma obrigação e dever absoluto de cada pessoa pensar meia hora por dia, todos os dias, sobre a educação de Torá dos nossos filhos e fazer tudo o que estiver ao seu alcance, e também além de suas possibilidades, para inspirar e fazer com que as crianças sigam no caminho em que estão sendo guiadas.
O Alter Rebe disse: As coisas físicas e materiais de um judeu também são espirituais. D’us nos dá o material para que façamos dele algo espiritual. Às vezes não é bem assim, mas devemos dar a D’us aquilo que nos for possível, mesmo que seja somente uma “oferenda de pobre”, e então Ele nos restitui com abundância.
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Modé aní – As rezas do dia começam com Modé Aní (“eu agradeço na sua frente, Rei vivo e existente, que você me devolveu a minha alma com bondade; grande é nossa fé em você”).
Falamos essa reza antes de fazer a Netilat Yadaiim, antes de lavar as mãos, mesmo que as mãos ainda estejam impuras, pois todas as impurezas do mundo não conseguem impurificar o nosso Modé Aní, o nosso agradecimento à Hashem por mais um dia de vida.
Podemos estar incompletos nisso ou naquilo, mas o Modé Aní [ou seja, gratidão e reconhecimento a D’us] permanece sempre intacto.
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Está escrito:
“Conheça o D’us do seu pai, e faça o “Trabalho Divino” com coração íntegro, ou seja, de todo o coração
Tudo o que se conhece, inclusive em termos de Torá, nos conceitos mais profundos deve expressar-se na avodá, ou seja, deve causar um refinamento e melhoria nos traços de caráter e produzir uma conexão interior com D’us, e isto é o que se chama de “avodá”, de “Trabalho Divino” em termos de Hassidut.
Resposta do Tzema’h Tzedek ao seu filho caçula, o futuro Rebe Maharash, quando este tinha sete anos:
“A bondade Divina e a vantagem que D’us deu ao ser humano de nos fazer de forma que possamos andar erguidos e não ‘de quatro’ , está justamente no fato de que, apesar de estarmos andando sobre a terra, mesmo assim estamos vendo os Céus, nos lembrando que D’us existe
O mesmo não ocorre com o quadrúpede, que não enxerga nada além da terra, da materialidade.
Existem dois tipos de decretos:
a) decretos que criam a vida
b) decretos que são criados pela vida.
As leis humanas são criadas pela vida, e por isso diferem de um país para outro, de acordo com circunstâncias particulares.
A Torá do Todo-Poderoso é a lei Divina que cria a vida.
A Torá de D’us é a Torá da verdade, por isso a Torá é a mesma em todos os lugares e em todas as épocas.
A Torá é eterna.
Em relação às kavanot, às intenções místicas e cabalísticas, que devemos ter em mente quando rezamos , há um princípio:
Quem não está intelectualmente capacitado a fazer as kavanot, seja por falta de conhecimento ou por não conseguir recordar as kavanot específicas de cada reza, basta ter em mente a kavaná genérica de que sua reza seja ouvida por D’us de acordo com todas as intenções (Kavanot) descritas nos livros de kabalá.
A bênção Divina precisa recair sobre algo, necessita de um recipiente, assim como a chuva, que só traz benefício quando cai sobre o campo arado e semeado.
Mas, um campo árido, não arado e não semeado, não recebe nenhum benefício , nem das chuvas brandas, nem das chuvas fortes.
O Rebe Shalom Dov Ber, conhecido como “Rashab” disse que “a divisória que separa a frieza da heresia muito fina .
Está escrito: ’Pois o Eterno, teu D’us, é um fogo que consome…’.
A Divindade é uma labareda de fogo. O estudo da Torá e a Tefilá, a reza, precisam ser feitos com todo o fervor do coração, de modo que ‘todos meus ossos dirão’ as palavras de D’us em Torá e Tefilá.
Cada um de nós é um emissário de D’us, que é o “Senhor de tudo”, e que em qualquer lugar que nos encontramos somos encarregados de realizar lá a vontade e propósito para o qual D’us criou o mundo.
Nossa missão é iluminar o mundo com a luz da Torá e do nosso Trabalho Divino.
Isto se faz através do cumprimento das Mitzvot e do refinamento do nosso caráter .
Quando Mashia’h chegar é que nós perceberemos a grandeza da hodaá, do nosso reconhecimento à D’us, e da temimut, da nossa sinceridade no Trabalho Divino
A compreensão humana, mesmo a de nível mais elevado, é limitada.
Porém a hodaá, quando temos reconhecimento por D’us, isso é um sentimento sem limites.
O Rei Mashia’h irá explicar a grandeza da Temimut, a Avodá, o Trabalho Divino sincero que flui do coração.
Cada um de nós precisa saber que somos emissários de D’us que é o “dono de tudo”
E que onde quer que você se encontre, você é encarregado de realizar lá a vontade e propósito para o qual D’us criou o mundo
Ou seja, nossa missão é iluminar o mundo com a luz da Torá e da das Mitzvót.
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Você deve ter sempre coisas boas para pensar. Uma mente vazia é um vácuo esperando pensamentos destrutivos.
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Em 1976, em meio a múltiplos litígios, o recluso e excêntrico multimilionário Howard Hughes faleceu.
O Rebe falou sobre ele: Ele sentia não poder confiar em ninguém, pois estavam todos atrás do seu dinheiro. Durante os últimos vinte anos de sua vida, tudo que ele fazia era se esconder do mundo, sem um amigo, e sem qualquer tipo de divertimento na vida.
Era um homem que tinha tudo, e tudo que ele possuía serviu somente para deixá-lo trancado. Ele era igual a qualquer um de nós. Temos as chaves da nossa liberdade, mas as usamos para nos trancar.
YUD SHVAT – DEZ DE SHVAT
10 Shvat 5710-1950
O Rabi Raiat’z, antecessor do Rebe de Lubavitch, líder da nossa geração, “deixou” este mundo físico material. O Rebe atual, Rabi Menachem Mendel Schneerson, genro do Rabi anterior, se tornou o líder do povo Judeu até hoje.
Embora só tenha sucedido oficialmente o seu sogro apenas um ano depois, a partir do 10 de Shvat 5710-1950 o Rebe se tornou para todos os hassidim aquele que era o “Moshe rabeinu da geração”, o chefe da nossa geração, o pilar do mundo, consultado para fazer uma pergunta ou solicitar uma bênção, e ativar a vinda da Gueulá.
10 Shvat 5711-1951 – O Rebe atual falou seu primeiro discurso hassídico, introduzido pelo versículo “vim para meu jardim”..
10 Shvat 5730-1970 – Pela primeira vez o discurso do Rebe foi retransmitido no mundo inteiro. Assim começou a conquista da terra pela difusão da hassidut.
Em menos de meio século ele se tornou o Tzadik da nossa geração até a Gueulá, nossa redenção final, para o qual uma geração inteira se dirigiu.
Quem não pediu uma bênção para ele? Quem não conhece alguém que foi milagrosamente salvo por ele? Nunca na história do povo Judeu, um Tzadik alcançou uma tal notoriedade em sua geração.
Após a revelação Divina no Monte Sinai, Moshe, definindo seu papel ao povo Judeu, disse: “Eu estou entre D’us e vocês para transmitir para vocês a Palavra de Hashem”.
Rashi, o comentarista tradicional da Torá, diz: “transmitir a vocês: colocar ao alcance de vocês”.
Assim, cada um de nós tem o mérito de viver numa época literalmente ao alcance de cada Judeu. Temos o direito então de perguntar-nos: será que cada um de nós está compenetrado das formidáveis forças que o Rebe distribui amplamente?
Será que elas foram usadas na sua justa medida, para participar da revolução da Teshuvá, o fato marcante da presente geração?
O Rebe anunciou a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final. A profecia do Rebe salvou milhares de Judeus com suas orações e com suas bênçãos. O Dia dez de Shvat é certamente um dia propício para a meditação: será que temos o comportamento de um Judeu de Mashia’h?
Aquele que compara a atitude do Rebe com a dos grandes do nosso povo, como por exemplo o Hafets Haim, que, em outras épocas, estavam animados por um intenso desejo de conhecer a libertação, a Gueulá, comete um profundo erro.
O Rebe não se limita a reavivar a esperança. Ele anunciou claramente a iminência da libertação, da nossa Gueulá, a redenção final, repetidas vezes.
A vinda de Mashia’h não é uma esperança, é uma realidade.. Ele profetizou claramente a sua vinda. O Rebe proclamou: “O TEMPO DA SUA LIBERTAÇÃO CHEGOU” e “EIS QUE MASHIA’H ESTÁ CHEGANDO”. A redenção é iminente e é preciso preparar-se para ela.
O Rebe pediu que cada um de nós se reforçasse na espera ativa de Mashia’h aumentando o trabalho Divino em três categorias:
TORÁ (estudo de assuntos religiosos judaicos) TEFILOT (rezas)
TZEDACÁ (Ajuda ao Próximo)
E proclamando: LONGA VIDA AO REBE, O REI MASHIA’H PARA SEMPRE.
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BATI LEGANI
….vim ao meu jardim… (Cântico dos Cânticos, 5:1). Não está escrito no jardim e sim no MEU jardim, na Minha residência, no lugar onde me encontrava anteriormente. (Midrash Rabá sobre o versículo).
Este versículo evoca o reaparecimento da presença Divina sobre a terra no momento em que Moshé edifica o Mishkan, o Templo móvel do deserto.
A luz que o Midrash projeta sobre este versículo está na fonte dos ensinamentos mais fundamentais do Hassidismo.
É também a este versículo que se refere o último ensinamento escrito pelo Rebe anterior, o Rebe Yossef Yitzhak, do qual comemoramos a Hilula no dia 10 de Shvat.
Também, a cada ano, o Rebe, no seu discurso público de 10 de Shvat, extrai deste versículo (a partir da explicação dada pelo Rebe anterior) novos ensinamentos cujo alcance se estende à vida judaica de todos os dias.
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Um dos 13 princípios da fé judaica é que Mashia’h vai chegar.
Esse princípio consiste em que no fim do “Galut” (exílio) um descendente direto do rei David que se iguala ao rei David no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, constrói o Beit Hamikdash (Templo Sagrado de Jerusalém) no lugar sagrado chamado o “Monte do Templo” onde hoje se encontra o Kotel, vence as guerras contra os povos do mundo que se opõem à Gueulá e traz todos os judeus de volta para Israel.
Fazendo isso ele se torna o Mashia’h que em hebraico quer dizer simplesmente o “rei ungido”, sendo que ele é um descendente direto do rei David o qual foi ungido rei de Israel pelo profeta Shmuel e portanto não precisa de uma segunda unção para ser o rei de Israel
Daqui aprendemos que a solução para o fim do problema do exílio judaico não é um presidente eleito mas sim o Mashia’h
Na época da Guemará os alunos dos grandes Sábios que estavam dentro desse critério, ou seja, eram descendentes do rei David e eram grandes como ele no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvot, diziam que o Rebe deles era o Mashia’h, como vemos na Guemará em Sanhedrin
Com isso queriam dizer que caso acontecesse a Gueulá naquela época, o candidato mais adequado para ser o Mashia’h seria aquele sábio
Na nossa geração o Rebe de Lubavitch foi apontado como candidato dentro desses critérios dos antigos sábios da Guemará.
Quando acontecer a Gueulá, o Beit Hamikdash for reconstruído em Jerusalém e as guerras vencidas, o candidato a Mashia’h se torna o Mashia’h na prática
Antes disso, os alunos do Rabi Hanina na Guemará ou os alunos do Rabi Inon puderam dizer que o Rebe deles era o Mashia’h (dentro dessa intenção) e isso não consistiu em um problema de lei judaica.
O mesmo se aplica hoje à quem aponta o Rebe de Lubavitch como candidato a Mashia’h da nossa geração
A Guemará em Sanhedrin também diz que o fato de o Mashia’h ser dos vivos ou dos mortos não é de relevante nesse caso, contanto que a Gueulá aconteça na geração dele, ou seja, enquanto ainda existem alunos dele que ouviram pessoalmente os ensinamentos dele.
Nesse caso é necessário que ele se revele, construa o Beit Hamikdash, vença as guerras de Hashem e traga o nosso povo de volta para a terra prometida.
Passando depois junto com todo o povo de Israel para a etapa em que a vida será eterna
Os romanos antigos copiaram também esse aspecto da religião judaica e aplicaram ele inadequadamente à alguém que não era um descendente do rei David, não cumpriu a Torá e as Mitzvot como o rei David, e que na época dele o Beit Hamikdash foi destruído, as guerras perdidas e o povo se espalhou para fora de Israel, não tendo qualquer relação ou comparação com o princípio judaico da vinda do Mashia’h e com o fato de os alunos dos Sábios de Israel dizerem que o Rebe deles era o Mashia’h
Em resumo, dizer que o Rebe é Mashia’h não é contra a lei judaica sendo que a intenção é de apontá-lo como candidato aos grandes milagres da Gueulá que estão para acontecer
Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
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GUIMEL TAMUZ
O dia Guimel Tamuz é o dia em que infelizmente deixamos de ver o Rebe com os nossos olhos físicos, 1994. Isso, porém, é temporário, para dar a possibilidade a cada judeu de se esforçar e de se preparar, abrindo os olhos para ver que Moshia’h já está aqui, e sair do Galut (exílio) para a redenção final.
O que é um Rebe?
O Rebe é o Tzadik que mantém o mundo, é o Moshe Rabeinu da geração e nutre cada judeu com a fé, Emunah, em Hashem, o Criador.
Orienta cada um em particular e a todos em geral, para que cada um atinja seu objetivo particular e cumpra a missão para a qual sua Alma desceu para esse mundo.
O Rebe orienta e ajuda cada um de nós a contribuir do nosso jeito a alcançar o principal objetivo das nossas vidas que é trazer a Gueulá e a revelação do Moshia’h.
Na verdade, não é possível definir racionalmente e entender exatamente o que é um Rebe porque antes da Gueulá ainda não chegamos a esse nível.
Sua experiência com Hashem é tão próxima, transparente e evidente, que obviamente não estamos no nível para entender materialmente como “funciona”.
A superioridade do Rebe da geração, é mais do que a de um rei, e junto com isso ele é mais do que um pai espiritual para nós. Cada um de nós para ele é seu filho único e sua filha única.
Ninguém para ele é esquecido, o Rebe considera cada um de nós como parte da Alma dele próprio.
Aprendendo sua Torá e seguindo seus ensinamentos ao pé da letra sem mudar nada, seremos um bom recipiente para receber tudo o que precisamos receber dele e participar do objetivo essencial da criação do mundo.
Realizar nesse mundo o que Hashem quer e transformar esse mundo em um mundo melhor, um mundo bom, um mundo digno de ser chamado uma casa para Hashem.
Afinal, o que é um Rebe?
Esta pergunta foi respondida em uma carta que o Rebe escreveu em Guimmel Tammuz, 1950, após o histalkus, após seu mestre e sogro, o Rebe anterior ter “deixado” este mundo material.
Nessa carta onde o Rebe fala sobre o Rebe anterior, ele explica que um Rebe é importante para cada judeu! O Rebe providencia todas as forças e bênçãos que todos os judeus de sua geração precisam.
As Almas de todos os judeus são comparadas a um grande corpo espiritual. Um Rebe (letras que compõem o acróstico que significa as palavras “Rosh Bnei Yisrael,” cabeça dos filhos de Israel) é a cabeça desse conjunto de todas as Almas Divinas da geração.
Assim como a cabeça distribui a vitalidade para todo o corpo, o Rebe traz a vitalidade de Hashem para o povo judeu.
O trabalho do Rebe é garantir que sua geração tenha o que precisa para cumprir o objetivo da geração .
O Rebe pede algo a Hashem e Hashem decreta, Hashem dá o que precisa e ajuda materialmente e espiritualmente.
O objetivo desta geração é, como o Rebe nos disse, trazer a Geula, a Redenção, a Libertação
O Rebe cuidando pessoalmente de cada um de nós
Rabino, o Sr lembra que apareceram umas bolinhas no olho do Hilel meu marido, quando iniciamos as primeiras reformas aqui na ONG?
Apareceram umas bolas brancas no fundo do olho dele e o Hilel não quis ir ao médico, porque falei que tinha que remover cirurgicamente, Hilel não quis ….
Ele foi deitar e sonhou com o Rebe. No sonho o Rebbe entregou pra ele um papel com uma Brachá. Entregou pra mim, e pediu pra eu entregar a Brachá para o Hilel…
Depois disso o Rebbe passou um lenço branco no olho do Hilel, nos dois olhos, e quando o Hillel acordou simplesmente as bolas brancas não estavam mais lá, simplesmente curou …
Mas como nada fica sem resposta, o hilel foi ao oftalmologista ontem, fez um exame minucioso de fundo de olho e constou uma dobra no fundo do olho dele que talvez seja um glaucoma. O Dr Jaques pediu para ele acompanhar por 6 meses, indo lá no consultório tirar a pressão dos olhos de Hilel para monitorar o progresso disso.
O Dr Jaques falou que é estranho que parece que algo foi removido 😭😭😭
Como se uma cirurgia tivesse acontecido alí para retirada de um tumor! E justo no consultório do Dr Jaques tem uma foto do Rebe ! Milagres verdadeiros
O Dr Jaques falou que a pressão dos olhos dele não deveria estar normal, e estava normal 16/17. O Dr Jaques achou muito grave, não estava acreditando no que estava vendo e marcou para setembro outra consulta
Ainda bem que temos uma testemunha nesse caso, o Kalil que está agora na Yeshivá em Israel, que viu pessoalmente as bolas dentro do olho de Hillel e viu que elas não estavam mais lá depois que acordou. Hilel acordou e contou o sonho , fomos olhar e não tinha mais nada lá!
Agora Hilel terá que fazer tonometria por 6 meses. Tonometria refere-se a medidas de pressão intraocular que podem diagnosticar condições como o glaucoma.
Outro fato curioso que aconteceu, o meu grau e o grau do Hillel estão normal , compatível com o óculos que estamos usando , Dr Jaques disse que nem com o grau nem com nossos óculos não tem nada errado. Absolutamente nada , tudo em ordem
Rabino, tenho certeza absoluta que o Rebbe curou o Hillel,aconteceu um grande milagre nos olhos dele 😭😭😭
Sabe quando a pessoa faz sessões de quimioterapia, depois de acabada as sessões , ela precisa ficar um ano indo ao médico e monitorando o local onde foi retirado o tumor e feito quimioterapia
É mais ou menos isso que o Hilel vai fazer , vai fazer esse monitoramento, mas a verdade é essa, quem fez a cirurgia foi o Rebe ❤️
Rifka Haia Eitan Katan
Você está linda maravilhosa!
Muitas alegrias, saúde e dinheiro.
Ontem li o seu relato sobre a cura do Hilel. A noite tive uma subida de pressão e pedi a Hashem que pelos méritos do Rebe eu melhorasse. A pressão baixou e consegui dormir.
Suzy Mello
Amiga da ONG
🌴🌴🌴🌴
Dia 20 de Av, Yhortzait do pai do nosso querido Rebe de Lubavitch.
O Rabino Levi Yitzchak Schneerson, conhecido como Reb Levik, nasceu no dia 18 Nissan de 5638 (1878) e faleceu no dia 20 de Av de 5704 (1944)
Ele foi o pai do nosso Rebe de Lubavitch, Rabino-Chefe de Dnepropetrovsk, um grande cabalista e um dos rabinos e líderes espirituais mais proeminentes da União Soviética.
Ele foi preso e exilado por suas atividades na disseminação do judaísmo e faleceu no exílio.
Reb Levik nasceu em um domingo, dia 18 de Nissan de 5638 (21 de abril de 1878) na cidade de Podovronka, perto de Homel, Bielorrússia, filho do Rabi Baru’h Shneur Schneerson e da Rebetzin Zelda Ra’hel Schneerson.
Rabi Levi Yitzhak recebeu o nome de seu avô, Rabi Levi Yitzhak, que faleceu muito jovem. Ele era filho de Rabi Baru’h Shalom que era filho do terceiro Rebe de Lubavitch que se chamava Tzema’h Tzedek.
Amãe de Reb Levik, Rebetsin Zelda Rachel, era filha do rabino hassidídico Zalman Haikin, que era ligado ao Rebe Tzema’h Tzedek e ao Rebe Maharash.
Em sua juventude, Reb Levik estudou Torá com seu tio-avô, o rabino Yoel Haikin, rabino de Podovronka.
Ainda jovem, sua grandeza e brilhantismo já eram evidentes. Em sua juventude, recebeu ordenação rabínica de importantes estudiosos da Torá de sua época, incluindo o rabino Haim de Brisk oe o rabino Eliyahu Haim Meisel de Lodz.
Mais tarde, também recebeu uma nomeação rabínica da cidade de Jaffa para o cargo de Rabino-Chefe.
Quando Rabi Levi Yitzchak atingiu a idade de casar, o Rebe Rashab sugeriu o casamento entre ele e a Rebetzin Hana, filha do Rabi Meir Shlomo Yanovsky, Rabino de chefe de Nikolayev.
A data do casamento foi marcada para a quinta-feira após Shavuot, mas devido à doença da noiva, seu pai quis adiá-la.
O pai da noiva, Rabino Meir Shlomo Yanovsky, enviou um mensageiro especial ao Rebe Rashab para obter seu consentimento para o adiamento do casamento, mas o Rebe instruiu que o casamento fosse realizado conforme o planejado e deu sua bênção.
O casamento ocorreu na sexta-feira, 11 de Sivan de 5660 (1900), em Nikolayev, na casa de um judeu rico chamado Brishkovsky.
Em suas memórias, Rebetzin Hana mencionou três vezes o dia 11 de Sivan como a data de seu casamento.
Após o casamento, o Rebe Rashab enviou uma carta de bênção ao pai do noivo, Rabino Baru’h Shneur Schneerson, além do telegrama que ele enviou no dia do casamento.
O rabino Levi Yitzhak foi apoiado por seu sogro, Rabi Meir Shlomo Yanovsky, rabino de Nikolayev, por 10 anos até 5669 (1909), e sentou-se e estudou a Torá dia e noite.
A partir de 1902, participou de assembleias públicas onde eram formuladas atividades em prol do judaísmo russo.
Algumas dessas assembleias foram organizadas pelo Rebe Rashab.
Durante a Guerra Russo-Japonesa, teve um papel fundamental no envio de Matzót aos soldados judeus no campo de batalha, bem como na coleta de material para a defesa de Beilis no famoso julgamento.
Como rabino de Yekaterinoslav
Em 1908, o Rabino Dov Zev Kozevnikov que era o rabino hassídico de Yekaterinoslav (hoje Dnipro), faleceu.
O rabino “Ashkenazi” da cidade também era idoso e frágil. Diante da situação, os líderes comunitários se apressaram em escolher novos rabinos.
Os Misnagdim escolheram o Rabino Pinchas Gelman como seu rabino, enquanto que para os hassidim, o Rebe Rashab sugeriu a nomeação do Rabino Levi Yitzchak Schneerson, que na época servia como rabino de Nikolayev, também na Ucrânia.
Alguns líderes do movimento sionista na cidade desconfiavam dele, visto que, durante aqueles anos, o Rebe Rashab se opusera fortemente ao movimento sionista, e temiam que o indicado pelo Rebe Rashab também fizesse parte de seu grupo.
Por isso, o Rebe Rashab escreveu uma carta em 6 de Adar I de 5668 ao rico Sr. Feitel Paley, um dos respeitados membros da comunidade em Yekaterinoslav, solicitando que trabalhasse para a nomeação do Rabino Levi Yitzchak como rabino da cidade.
No início da carta, o Rebe Rashab expressa pesar pelo falecimento do Rabino Kozevnikov.
A carta então aborda a nomeação do Rabino Levi Yitzchak:
E como agora vocês têm comigo meu parente, o famoso Rabino Levi Yitzchak Schneerson, um homem que tem espírito dentro de si, e como eu o conheço bem, a coroa do rabinato lhe convém em todos os aspectos necessários.
Ele é um grande erudito e completamente temente a D’us, puro de pensamento e gentil de temperamento, possuindo traços de caráter muito bons e elevados, sabe liderar com conhecimento e sabedoria e não há ninguém melhor do que ele.
Depois de listar suas qualidades e talentos, o Rebe acrescenta:
“De fato, com base na experiência que vi em diversas cidades que fizeram isso de forma inteligente, eles fizeram com que os assuntos da cidade fossem corrompidos além da possibilidade de reparo.”
A chave para sua aceitação como rabino estava nas mãos de Shmaryahu, filho de um hassid que estudou na educação hassídica, mas que, após o casamento, se desviou do caminho e mudou seu nome para Sergey Wolfovich.
Ele administrava um grande moinho de farinha e uma serraria. Além disso, era um dos líderes do movimento sionista na cidade.
Apesar de sua distância do mundo hassídico, parece que em seu coração permaneceu um canto acolhedor para o Rebe e o hassidismo.
Após receber a carta do Rebe Rashab, ele convidou o Rabino Levi Yitzhak para uma conversa em sua casa que durou seis horas contínuas.
A conversa deixou-lhe uma forte impressão e, ao final, decidiu lutar por sua nomeação como rabino da cidade entre seus amigos sionistas.
Sua luta, que durou cerca de um ano, finalmente obteve sucesso, e o rabino Levi Yitzhak foi nomeado rabino chefe da cidade.
O Rebe Rashab lhe escreveu uma carta de agradecimento por isso.
E assim, com apenas trinta e um anos, no final de 1909, Rabi Levi Yitzhak passou a servir como rabino da cidade, cargo que durou trinta anos, até sua prisão em 1939.
Durante os trinta anos em que serviu como rabino da cidade, ele trabalhou para fortalecer os assuntos judaicos de todas as maneiras possíveis.
Logo após sua chegada, reuniu os líderes comunitários e discutiu com eles como fortalecer os judeus da cidade, apesar das dificuldades físicas e espirituais.
Juntos, tomaram uma série de decisões para fortalecer as instituições da Torá na cidade. Também foi decidido aumentar a atividade entre os jovens.
Um de seus primeiros passos foi lidar com a Mikve local, que não estava mais em condições de uso.
Ele reuniu os líderes comunitários e os convenceu da gravidade da situação, mas estes se esquivaram, alegando falta de fundos no tesouro comunitário.
O jovem rabino não se impressionou. Ele se ergueu em toda a sua altura e tirou o casaco novo que havia comprado pouco tempo antes de assumir o cargo: “Aqui está este casaco que vale uma quantia considerável, e seu valor será sagrado como contribuição inicial para a construção de uma Mikve.”
As palavras do rabino Levi Yitzhak causaram uma forte impressão e os líderes da comunidade começaram a se preparar para estabelecer uma nova Mikve.
🌻🌻🌻🌻
Reb Levik tentou emigrar para a Terra Santa logo após seu irmão, o Rabino Shalom Shlomo Schneerson, imigrar para Israel.
Os documentos pertinentes foram apresentados ao Rabinato Chefe de Israel e, por meio deles, os vistos foram aprovados para o Rabino e a Rebetzin.
O Rabinato Chefe de Israel anunciou isso em uma carta enviada ao Rabino Levi Yitzchak em Yekaterinoslav:
“1 Kislev 5686”
Em homenagem ao famoso Rabino, Rabino Levi Yitzhak Schneerson, Rabino e Av Beit Din de Yekaterinoslav
Paz e benção.
Vossa Excelência receberá, anexa, uma carta do Governador do Distrito, em resposta à nossa solicitação de visto para Vossa Excelência e sua família, segundo a qual o representante dos Assuntos Britânicos em Moscou foi solicitado a conceder um visto para Vossa Excelência e sua família virem a Israel.
De agora em diante, Vossa Excelência deverá dirigir-se diretamente a esse local e receberá o visto sem demora, se D’us quiser.
Informamos a Vossa Excelência que o prazo para obtenção do visto foi reduzido recentemente e, portanto, ele precisa ser processado rapidamente, dentro dos primeiros três meses após a notificação sobre ele ser emitida.
Desejamos seu bem-estar e esperamos vê-los pessoalmente na Terra Santa em breve, se D’us quiser.” (Final da carta)
Mas a imigração do rabino Levi Yitzchak e sua família acabou não se concretizando, por uma razão que desconhecemos hoje.
🌻🌻🌻🌻
Após a revolução comunista, ele lutou com toda a dedicação e empenho pela observância da Torá, apesar da proibição das autoridades.
Suas atividades em prol do judaísmo eram conhecidas por todos, e houveram atritos frequentes com as autoridades até que se decidiu prendê-lo.
Na noite de 9 de Nissan de 5699 (1939), às 3h00, quatro homens da NKVD (polícia secreta) foram à sua casa na Rua Barrikadnaya, 13, com um mandado de busca.
Quando a Rebetzin chegou no dia seguinte à sede da polícia secreta para levar comida ao marido, foi ignorada com evasivas, dizendo que ele não estava lá.
Só depois de vários dias foi informada de que o marido estava na prisão local e que ela poderia transferir comida e dinheiro para ele.
Mas sempre que pedia para vê-lo, era-lhe dito que ele não estava, apesar de o promotor afirmar que ele de fato estava.
Após vários dias, as autoridades transferiram Rabi Levi Yitzhak para a prisão de Kiev para criminosos condenados por crimes graves.
Rabi Levi Yitzhak foi preso pelas autoridades, que o viam como substituto do Rebe Rayatz e como alguém que incentivava e impulsionava toda a atividade judaica na Rússia.
Os policiais secretos que prenderam Rabi Levi Yitzhak tentaram de todas as formas forçá-lo a confessar que agiu contra as autoridades, impondo condições prisionais muito severas, transferindo-o de uma prisão para outra.
Certa vez, chegaram a colocá-lo em confinamento solitário por 32 dias, mas Rabi Levi Yitzchak se manteve firme e não admitiu qualquer culpa que lhe fosse atribuída.
Após vários meses de investigação, ele foi condenado a cinco anos de exílio no Cazaquistão.
Durante um mês, o Rabi Levi Yitzhak viajou de trem para prisioneiros, partindo da prisão de Yekaterinoslav.
Apesar das difíceis condições de viagem, a única coisa que mais o incomodava era a falta de água para lavar as mãos pela manhã.
Durante onze dias, não houve água. Até mesmo água potável era fornecida aos prisioneiros em pequenas quantidades.
Rabi Levi Yitzchak, que mesmo nessa situação difícil se preocupava em observar os mandamentos menores como se fossem maiores, abriu mão de sua escassa água potável para cumprir apenas o mandamento de lavar as mãos.
Ao chegarem à Alma-Ata, os prisioneiros receberam regras restritivas para sua permanência no local.
Imediatamente após a chegada, os prisioneiros foram enviados em grupos para lugares remotos no Cazaquistão, onde foram condenados a viver vários anos em exílio.
Em 19 de Shvat de 5700 (1940), Rabi Levi Yitzhak chegou ao seu local de exílio em Chi’ili, no Cazaquistão.
Nos primeiros dias, ele ficou com um não judeu que se compadeceu dele, juntamente com outro judeu que foi enviado para o local.
As torturas sofridas durante sua prisão, as dificuldades da jornada, as duras condições do lugar e a solidão prejudicaram muito sua saúde.
Sua situação melhorou quando Rebetzin Hana chegou a Chi’ili.
Mesmo em Chi’ili, ele continuou a espalhar o judaísmo, garantindo o enterro judaico para muitos judeus falecidos e também orações com um minyan.
Por mais de quatro anos, o Rabino Levi Yitzhak esteve exilado em Chi’ili.
Após a Pessa’h de 5704 (1944), Rabi Levi Yitzhak chegou exausto e fraco de seu exílio em Chi’ili à cidade de Alma-Ata, capital do Cazaquistão.
Lá também trabalhou intensamente para fazer a vida judaica florescer e chegou a servir como rabino na sinagoga local.
Pouco tempo depois, uma doença maligna o atingiu (que o acompanhava há muitos anos), e seu estado de saúde piorou dia após dia, até que, na quarta-feira, dia 20 de Av de 5704, sua alma ascendeu aos céus.
O funeral foi realizado no dia seguinte, com a presença de uma pequena multidão, devido ao medo das autoridades.
Sobre seu túmulo, foi erguida uma lápide com um texto especialmente breve, e ao longo dos anos a lápide foi recolocada em uma operação especial
Continua….
Rabino Gloiber
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Mas sempre rezando por você
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Ketivá ve’Hatimá Tová Leshaná Tová uMetuká

Rabi Israel Abuhatzeira
O grande Tzadik Rabi Israel Abuhatzeira conhecido como “Baba Sali”, nasceu em 1890 na cidade de Rissani na região de Tafilalet no Marrocos
Ele faleceu em 1984 em israel com 94 anos. Seu túmulo se encontra na cidade de Netivot.
Estive muitas vezes com ele e presenciei lá Grandes Milagres, parte dessa história eu conto no vídeo abaixo.
Após tensões entre os habitantes locais e os franceses, que levaram à execução de seu irmão mais velho, o rabino David, em 1919, a família fugiu para a aldeia de Boudenib, onde Baba Sali foi nomeado rabino de toda a região.
Em 1922, Baba Sali viajou para a Terra Santa e estudou na Beit Keil, Yeshivá para Cabalistas.
Foi então chamado de volta ao seu antigo cargo em Boudenib e voltou para o Marrocos
Depois disso ele voltou ovamente para a Terra Santa, onde permaneceu antes de retornar ao Marrocos mais uma vez.
Em 1951, ele e sua família imigraram novamente para a Terra Santa, mas logo se mudaram para a França e depois voltaram novamente para o Marrocos.

O Baba Sali em sua juventude
Mesmo enquanto magnatas, autoridades eleitas e lideranças afluíam à sua porta, Baba Sali permaneceu simples como sempre, vestindo o mesmo manto e capuz de estilo marroquino que usou durante toda a Sua vida
Os cheques oferecidos por doadores ávidos e os presentes luxuosos enviados para ele não significavam nada para ele.
Baba Sali estava satisfeito com seu tapete simples e seu pequeno quarto, onde poderia servira D’us em paz.
Desde muito jovem tornou-se famoso como sábio, fazedor de milagres e mestre cabalista.
Em 1964 ele se mudou para a Terra Santa, estabelecendo-se no assentamento sul que ele tornaria famoso, Netivot.
Baba Sali faleceu em 4 de Shevat de 1984. Seu túmulo em Netivot tornou-se um local sagrado, visitado anualmente por milhares de pessoas.
Em 1950, o Rebe de Lubavitcher enviou o primeiro Shliach (emissário) ao Morrocos.
Seu nome era rabino Matussof e sua missão era criar muitas escolas e yeshivot em todo o país.
Ele viajava muito para visitar as comunidades e chegou à cidade onde o famoso cabalista Baba Sali morava.
Ele foi ao líder da comunidade e apresentou seu projeto. Este lhe disse que, nessa questão, o Baba Sali devia ser consultado.
Uma reunião foi organizada entre Rabino Matusof e Baba Sali.
O Baba Sali ficou muito feliz com a ideia e deu suas bênçãos.
O Baba Sali apreciava muito os ensinamentos hassídicos de Chabad e disse: “Eu não vou dormir diariamente sem estudar o Tanya, pois é impossível ter o verdadeiro temor a D’us sem o estudo do Tanya”.
Céu e Terra
O livro do Tanya ensina a reconhecer que o mundo espiritual e o material coexistem.
Não são dois mundos separados, mas um só. Com esse entendimento, podemos perceber a proximidade que existe entre nós e D’us. D’us não se limita a certas áreas, mas está em todos os lugares, especialmente dentro de nós.
Os ensinamentos do Tanya dão uma mudança de paradigma na abordagem da vida, e aqui segue um exemplo.
Antes de aprender seus ensinamentos a pessoa pode pensar que o mundo inteiro está contra ela.
Seus concorrentes, chefe, governo, bancos e outros que desejam que ela falhe.
Depois de compreender o Tanya, entenderá que o mundo inteiro está no controle de D’us, e tudo o que é necessário é confiar Nele.
Isso é algo difícil de ser obtido quando a pessoa acredita que há muitos fatores contra ela.
No entanto, quando a pessoa estuda Tanya sua confiança em D’us se fortalece, tornando-se muito mais forte.
Tão forte que, mesmo durante tempos desafiadores, estará confiante, como se já tivesse superado o desafio.
🌻🌻🌻🌻
Don Yitzhak ben Yehuda Abarbanel (יצחק בן יהודה אברבנאל)
foi um grande Sábio do nosso povo. Ele nasceu em 1437 em Lisboa, filho de Yehuda Abarbanel que era o tesoureiro (ministro da finanças) do rei Afonso V de Portugal. A família de Don Itzhak Abarbanel tinha ascendência até o Rei David.
Depois do falecimento de seu pai, o rei Afonso V o nomeou como ministro das finanças de Portugal. Sua alta posição e as grandes riquezas herdadas do seu pai só aumentaram nele o amor pelos pobres e oprimidos
Em 24 de agosto de 1471, durante o reinado de Afonso V, a cidade de Arzila no Marrocos foi conquistada pelos portugueses que empregaram nesse assalto cerca de 500 navios e 30.000 soldados.
Arzila era uma cidade estratégica nas rotas comerciais antigas e por isso viviam naquela cidade centenas de judeus que foram aprisionados pelos portugueses e colocados à venda como escravos
Don Itzhak Abarbanel contribuiu largamente com os fundos necessários para os libertar e organizou também coletas em favor dessa causa nobre entre todos os judeus de Portugal. Centenas de judeus foram resgatados e ele os bancou até que pudessem se manter sozinhos
Após a morte do rei Dom Afonso V, seu filho, Dom João II, se tornou o novo rei de Portugal. Ele foi um grande tirano, concentrou o poder em volta de si retirando-o da aristocracia por meio de muitas penas de morte por qualquer mínima suspeita possível e imaginável
Nas conspirações que se seguiram suprimiu o poder da casa de Bragança e apunhalou pelas suas próprias mãos o seu primo, o Duque de Viseu, e assim, depois de assassinar todos os seus opositores João II governou o país sem nenhuma oposição
Don Itzhak Abarbanel foi obrigado a fugir de Portugal, tendo sido acusado pelo rei de cumplicidade com o Duque de Bragança que o rei executou por suspeita de conspiração.
Avisado a tempo ele conseguiu fugir com a sua família para Toledo no reino de Castela. De Toledo, Don Itzhak Abarbanel enviou uma carta ao rei provando a sua inocência. O rei se recusou a ouvir e a grande fortuna de Don Itzhak Abarbanel foi confiscada por decreto real.
Depois disso o rei João II perdeu o herdeiro do seu trono, seu filho único de 16 anos que morreu em uma misteriosa queda de cavalo, e por fim o próprio rei João II morreu com 40 anos de idade provavelmente envenenado)
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O Ari HaKadosh
Um pouquinho sobre Kabalá
https://youtu.be/VSjd9NghlkQ
לזכות הגביר הנדיב
ר’ יצחק בן אסתר
ובתו אסתר בת אביבה רבקה
Rabi Itzhak Luria Askenazi se tornou famoso como o “Ari HaKadosh” que quer dizer “O Leão Sagrado”.
A palavra Ari é o acrônimo de “Askenazi Rabi Itzhak”.
Ele nasceu em Jerusalém em 1534.
Seu pai, Rabi Shlomo Luria era descendente de Rashi, e por meio de Rashi era também descendente do Rei David.
Rabi Shlomo Luria veio da Lituânia para a Terra de Israel acompanhando seu mestre e sogro, Rabi Kalman Kalonymus Haberkasten.
A pequena comunidade judaica em Jerusalém deu à cada um desses imigrantes o apelido de ‘Ashkenazi’ por terem vindo da Europa, e assim Rabi Shlomo Luria se tornou Rabi Shlomo Luria Ashkenazi.
Depois que sua primeira esposa, filha de Rabi Kalman Kalonymus faleceu, Rabi Shlomo se casou novamente.
Ele se casou em Jerusalém com Sarah Francis que pertencia a uma família de judeus sefaradim.
Quando o pequeno Itzhak tinha oito aninhos de idade, seu pai faleceu.
Rabi Kalman Kalonymus que tinha trazido Rabi Shlomo Luria com ele da Lituânia, apoiou a viúva e os pequenos órfãos.
Quando o pequeno Itzhak cresceu, todos viram que ele era super dotado.
Com três aninhos ele já lia fluentemente o Sidur inteiro, e com 14 anos ele já tinha estudado tudo o que um grande rabino precisaria estudar para se tornar um grande rabino.
Nessa época Rabi Kalman Kalonymus faleceu e a família órfã ficou novamente sem condições.
Sarah não queria usufruir da Tzedaká, da caridade pública, porque sabia que a arrecadação da Tzedaká era pequena e a demanda era grande.
Ela não queria que outras pessoas necessitadas recebessem menos ajuda por causa dela.
Por isso ela se mudou com as crianças para o Egito para viver perto do irmão de sua mãe, o Rav Mordehai Francis.
O Rav Mordehai era um judeu rico e assumiu sua irmã com suas crianças com muito amor e carinho.
Itzhak se tornou aluno de Rabi David ben Zimra, o “Radbaz”, e também de Rabi Bezalel Ashkenazi que escreveu o famoso livro “Shitá Mekubetzet” .
Com 15 anos ele se casou com sua prima, filha do Rav Mordehai que continuou bancando o jovem casal depois do casamento para que ele pudesse continuar seus estudos sem ter que se preocupar com as despesas da família.
No ano de 1570, com 36 anos de idade ele se mudou para Tzfat na Alta Galiléia com sua esposa e crianças onde viveu por mais dois anos, dois anos que terminariam no final dos poucos anos da sua vida.
Em seu primeiro ano em Tzfat, o Ari conheceu vários Sábios e transmitiu à eles suas grandes inovações nos estudos da Kabala.
Estudou com Rabi Moshe Cordovero, ensinou Rabi Eliahu de Vidash, Rabi Gedaliah Halevi, Rabi Yonatan Sagis, Rabi Yosef Tubul o Mughrabi (ocidental), Rabi Yitzhak Cohen Ashkenazi, Rabi Israel Saruk, Rabino Moshe Alshei’h, Rabi Moshe Mashlim, Rabi Shlomo Elkabetz, Rabi Shmuel Ozida, e o principal de todos, Rabi Haim Vital.
Rabi Haim Vital foi nomeado pelo Ari HaKadosh como seu aluno principal e seu sucessor, repassando para ele muitos ensinamentos profundos do lado oculto da Torá.
Esses estudos serviram posteriormente de base para a série das escrituras do Ari que foram escritos e editados pelo Rabi Haim Vital, seu aluno principal.
Suas duas filhas se casaram em Tzfat.
Sua filha A’hssa, se casou com Rabi Shlomo Sagis que era o Rosh Yeshiva de Tzfat e rabino do Maharit.
Sua outra filha se casou com o filho de Rabeinu Yossef Karo que escreveu o Shul’han Aru’h.
O Ari também teve dois filhos, um chamado Shlomo em nome do seu pai, e outro chamado Moshe.
Segundo a tradição, seu filho Moshe faleceu após o Ari ter revelado profundos segredos da Kabalá para os seus alunos.
O Ari faleceu aos 38 anos no dia 5 de Av de 1572, na grande peste que então atingiu a Galileia, e foi sepultado no antigo cemitério de Tzfat, ao lado do túmulo do seu filho Moshe e do seu mestre, o Ramak .
Durante este tão breve período de vida, o Ari revolucionou o estudo da Kabalá.
Ele nos revelou que a partir de agora não só temos permissão de revelar esta sabedoria, mas o principal: agora também temos a obrigação de revelar a todos o lado oculto da Torá”.
Rabino Gloiber
Sempre correndo
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ר’ יצחק בן אסתר
ובתו אסתר בת אביבה רבקה