🌿 O dia do Aravá 🌿
Aravá: elemento mais humilde das Quatro Espécies de plantas de Sucót
Oshaná Rabá é conhecido como “o dia de bater o Aravá”. O auge das rezas de Oshanot é o bater do feixe de cinco Aravot no chão.
Por que Oshaná Rabá – último dia de Sucot, dia tão importante ao ponto de ser comparado a Yom Kipur – é associado com o Aravá?
Vamos nos lembrar de que um dos principais mandamentos da festa de Sucot é o Mandamento dos Arbaat a Minim, as quatro espécies de plantas.
Nesse Mandamento, cada espécie de planta simboliza um tipo diferente de judeu.
O Lulav, a folha da tamareira, representa o estudioso da Torá.
O Adás representa o judeu que pratica muitas ações boas.
O Etrog representa, o judeu que estuda a Torá e pratica muitos atos de bondade.
O Aravá, representa o judeu que nem estuda muito a Torá nem cumpre muitos mandamentos.
O Aravá, aparentemente, é o menos importante entre os Arbaat a Minim e simboliza aquilo que um judeu não deve ser.
Como, então, explicar que o protagonista de Oshaná Rabá é o Aravá?
Por que usamos o feixe de Aravá e não um feixe das outras três espécies, como antídoto contra as Guevurot que são os rigores Celestiais?
A razão para isso é que em sua simplicidade e humildade, o Aravá triunfa sobre as outras três espécies.
Em muitos casos, a humildade a tudo supera. Nossos Sábios explicam que o maior obstáculo entre o homem e D’us é o nosso ego.
O Aravá, por ser o menos importante das Quatro Espécies, simboliza a antítese do ego.
A Torá nos conta que Moshe Rabenu, o maior líder e profeta judeu dentre todos, a maior Alma que já veio ao mundo, foi o homem mais humilde que já existiu.
Foi sua humildade, sua total falta de ego, o que lhe fez chegar a tão grandes elevações espirituais.
Em Oshaná Rabá, o feixe de Aravá tem um papel central porque simboliza a humildade, essência desse dia. D’us eleva aqueles que aperfeiçoam sua humildade pessoal.
O judeu personificado pelo Aravá, o modesto e humilde Aravá, em virtude de sua humildade e falta de ego, eleva-se espiritualmente cada vez mais alto.
Oshaná Rabá, o Dia do Julgamento Final, nos ensina que se pudermos abrir mão do nosso ego e aceitar o jugo Divino, poderemos influenciar a Corte Celestial a anular qualquer decreto negativo e nos abençoar com um ano bom e doce.
Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você
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