Nossa Parashá nos conta que Balak, o rei de Moav, depois de ver as grandes vitórias que tivemos sobre os mais poderosos e invencíveis reis da região que eram Sihon rei dos emoreus, e Og rei de Bashan, viu que não teria a mínima chance de vitória se fosse atacado por nós.

 

Mesmo que era público o fato de termos uma meta pela frente que não incluía a conquista de Moav, mesmo assim ele não tinha como confiar.

 

Balak fez uma ampla pesquisa para descobrir como pode um povo sair da escravidão, passar quarenta anos no deserto como se nada tivesse acontecido, e ainda vencer as maiores potências mundiais da época?

 

Ele descobriu o segredo da “bomba atômica” judaica: A Tefilá (a Reza).

 

Balak descobriu que o nosso povo saiu do Egito porque rezou para Hashem (D’us).

 

Hashem mandou Moshe tirar nosso povo do Egito com palavras!

 

Mesmo que em cada uma das pragas que Hashem trouxe para o Egito era obrigatório ter uma ação para sincronizar o mundo de cima com o nosso mundo de baixo que é o mundo da ação, mesmo assim o lado mais relevante foi a fala

 

Moshe disse que o rio Nilo iria virar sangue e ele virou sangue, mesmo que para isso foi necessário a “cajadada” de Aharon somente para motivos de sincronização.

 

Moshe disse que viriam rãs e vieram rãs!

 

Moshe disse que viriam piolhos e vieram piolhos!

 

Moshe falava e as pragas aconteciam !

 

O faraó prometia que iria deixar nosso povo sair e pedia para Moshe rezar para parar a praga. Moshe rezava e a praga parava, e nesse caso não precisava de “cajadada”.

 

Balak descobriu que a nossa força está nas palavras que falamos.

 

Nenhum judeu deu uma única flechada em nenhum egípcio. O Egito que era a superpotência mundial da época foi destruído com palavras! As palavras trouxeram as pragas e as palavras tiraram as pragas.

 

E no caso de Sihon e Og foi exatamente igual. Não tínhamos um exército treinado e nem equipado que justificasse vencer as maiores potências do mundo. Nossa Tefilá trouxe esses milagres. Nossa força está nas nossas palavras!

 

Balak contra atacou da maneira correta. Ele descobriu que não tinhamos força a não ser por meio das nossas palavras, então ele foi chamar o maior feiticeiro da época para nos atacar também com palavras. Bomba atômica contra bomba atômica!

 

A Torá nos conta que não existiu no povo de Israel um profeta tão grande como Moshe. No povo de Israel não existiu mas entre os povos do mundo sim. E quem era ele? Bil’am!

 

Para os povos do mundo não dizerem que se eles tivessem um profeta tão grande como Moshe Rabeinu eles se comportariam melhor, Hashem deu para eles Bil’am. Mas por causa dele, não só que eles não se comportaram melhor, mas ao contrário, eles se comportaram pior ainda!

 

Bil’am era mundialmente conhecido. Quem ele abençoava era abençoado e quem ele amaldiçoava morria.

 

Da mesma maneira que nós, a força de Bil’am estava nas palavras que ele dizia.

 

Existe um pequeno instante em que a Sefirá da Guevurá desperta lá encima. Bil’am sabia qual era esse instante. Quando a Guevurá despertava ele começava a sua maldição, e quem é amaldiçoado nesse pequeno instante não escapa.

 

A tal ponto que o próprio D’us foi obrigado a impedir o despertar da Guevurá todo o tempo que Bil’am tentou amaldiçoar o nosso povo.

 

Daqui aprendemos que nunca devemos falar palavras ruins, principalmente dentro da família, porque se, D’us nos livre, acertamos sem querer esse instante, estaremos causando um prejuízo irreversível. E depois que a briga terminar não adianta chorar….

 

Hashem trocou a maldição de Bilam por Bençãos.
Bilam profetiza sobre o Rei David e sobre o Mashiach

 

Por que a Benção de Bilam e suas profecias foram necessárias para nós?

 

Para entender isso vamos votar na nossa história até a época do nosso patriarca Yaakov que lutou contra uma criatura espiritual que era o próprio anjo de Essav. Essav era o patriarca de Edom que mais futuramente deu origem que países europeus.

 

Yaakov pediu para o anjo de Essav abençoar ele. O anjo de Essav abençoou Yaakov dizendo que seu nome não será mais Yaakov mas sim Israel.

 

Poderíamos e com razão dizer que o anjo foi forçado a abençoar Yaakov. Aí vem Bilam e diz : Quanto são boas suas tendas Yaakov, suas moradias Israel. O reconhecimento final vem por meio de Bilam que representa todos os povos do mundo

 

A profecia de Bilam continua revelando o futuro Rei David e o mais futuro ainda, o descendente do Rei David, o Mashiach.

 

O Rei David subjugou todos os povos à nossa volta, e o Mashiach vai subjugar o mundo inteiro.

 

E por que essa profecia tinha que vir por meio de Bilam?

 

Da mesma maneira que a profecia do término de Edom tinha que vir por meio do profeta Ovadiahu (Abadias) que tinha se convertido ao judaísmo e era proveniente de Edom.

 

Diz o Zohar que o fato de o anjo de Essav ter ferido a perna de Yaakov não foi um simples ferimento material, mas foi um ferimento espiritual profundo que se revelou materialmente.

 

Esse ferimento espiritual teve como consequência o fato de que qualquer profeta judeu que tentasse falar a profecia da destruição de Edom cairia antes de dizê-la.

 

Por isso ela teve que ser dita pelo profeta Ovadiahu que não era um descendente de Yaakov mas sim de Essav.

 

E assim conseguimos entender a necessidade das Bençãos de Bilam e de suas profecias.

 

Conclusão

 

Nunca devemos amaldiçoar ninguém por pior que seja a situação, sendo que nossas palavras têm uma sincronização espiritual. Se acertamos sem querer o momento em que a Guevurá está revelada podemos causar uma tragédia mesmo não tendo intenção.

 

Sempre devemos dar Bençãos à todos sem limites🌻🥰❤️

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você ❤️

 

www.RabinoGloiber.org

 

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