Você é uma parte de Hashem (D’us)

Hai Elul, o dia dezoito do mês de Elul é “o aniversário dos dois grandes Tzadikim”, ou seja, duas pessoas altamente elevadas, o Baal Shem Tov, que nasceu em 1698, e o Alter Rebe, Rabi Shneur Zalman de Liadi, que nasceu em em 1745.

 

A categoria da Torá que mostra a ligação espiritual entre as letras hebraicas e os números é chamada de “Guemátria”.

A Guemátria do número dezoito são as letras hebraicas “ח” e “י” que formam a palavra “Hai”, que em Hebraico quer dizer “vivo”.

 

Por isso, costumamos chamar o décimo oitavo dia de Elul de Hai Elul.

 

O Rebe anterior de Chabad, Rabi Yossef Yitzhak Shneerson, nos ensinou que existe uma conexão direta entre a Guemátria do dia 18 de Elul e a Guemátria do próprio nome do mês de Elul.

 

As letras da palavra Elul em Hebraico são as iniciais das palavras “eu existo para o meu amado e o meu amado existe para mim”, ou seja, a conexão direta entre nós e Hashem, D’us.

 

“Eu sou do meu Amado…” representa a intensificação da ligação entre nós e Hashem que acontece no mês de Elul.

 

O Baal Shem Tov trouxe uma nova vitalidade para todos os aspectos da vida judaica e o Alter Rebe nos ensinou como usar essa vitalidade.

 

A vitalidade que recebemos por meio dos ensinamentos do Baal Shem Tov nos traz uma grande energia no Trabalho Divino especialmente no mês de Elul quando todos os aspectos do nosso Trabalho Divino são feitos em maior intensidade.

 

A diferença entre uma pessoa viva e uma pessoa morta não pode ser medida pelo número de membros da pessoa ou por qualquer outra medida material.

 

A vida não é um ingrediente tangível que pode ser adicionado à matéria de uma entidade: é uma expressão da Alma, uma dimensão espiritual que não pode ser calculada em termos materiais.

 

Essa qualidade espiritual, no entanto, transforma a nossa natureza.

 

Um corpo vivo se identifica tão inteiramente com sua Alma a ponto de assumir as qualidades da Alma.

 

A vitalidade pode, no entanto, ser descrita em diferentes níveis.

 

Quando falamos em sentir-se mais vivo, por exemplo, queremos dizer que um nível superior da Alma se manifesta no corpo.

 

E como nossa alma é “verdadeiramente uma parte de Hashem (D’us)”, sua força vital é infinita, cada um de nós tem um potencial ilimitado sendo que “você é a sua Alma” e o seu corpo sem você nele é um corpo morto.

 

O potencial infinito da alma é espelhado pela natureza infinita da nossa Emuná, da nossa fé.

 

Pelo motivo de estarmos vestidos em um corpo material que, como nossas roupas, não só se move de acordo com os nossos movimentos, mas também limita os nossos movimentos, nosso intelecto e nossas emoções são limitados pelos limites do nosso corpo.

 

Nossa Emuná, nossa fé, ao contrário, é indefinível e infinita, assim como nossa Alma.

 

Por meio da nossa Emuná temos o poder de dar expressão ilimitada ao potencial da Alma, vivendo nossas vidas com uma vitalidade imensurável.

 

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O relacionamento entre Hashem e o povo de Israel

Nossa Parashá começa nos contando sobre as frutas da Terra de Israel, de como devemos expressar a nossa gratidão ao criador lembrando toda a história do nosso povo desde que chegamos ao Egito e fomos escravizados até que Hashem nos tirou do Egito com grandes milagres, agradecemos pelas coisas tão boas que Hashem fez para nós.

 

Depois a Parashá  fala sobre bençãos e maldições e na continuação fala explicitamente sobre as maldições.

 

Dizem nossos Sábios que com o mesmo entusiasmo que agradecemos à D’us pelas coisas boas que ele nos dá temos que agradecer pela coisas ruins, e podemos perguntar, e com razão, qual seria o mínimo motivo para agradecer pelas coisas ruins que nos acontecem?

 

Sobre as coisas boas que ele nos dá temos que agradecer e não podemos ser ingratos, mas será que existe gratidão também pelas coisas ruins?

 

O relacionamento entre Hashem e o povo de Israel.

 

No casamento Judaico o marido assume a responsabilidade pelas despesas da esposa.

 

Entre as obrigações que ele assume está a obrigação de comprar roupas para a esposa, e que mulher não gosta de receber uma roupa nova?

 

Entre essas obrigações está também a obrigação de comprar jóias ou pelo menos semi jóias para a esposa, e que mulher não ama receber uma jóia?

 

E também entre essas obrigações está a obrigação de levar a mulher para o médico caso ela fique doente, e não só a obrigação de pagar o médico caso ele cobre, mas também a obrigação de pagar as despesas dos remédios e do tratamento caso ela precise.

 

Mas será que existe alguma mulher que ama ser internada em um hospital?

 

Muito pelo contrário!

 

Mas sendo que ele é o responsável por ela e ela está doente ele é responsável pelo tratamento dela também.

 

E com certeza depois desse tratamento ele vai dar muitos presentes para ela para e levar ela para muitos passeios para consolar ela pelo que ela sofreu.

 

E o principal, sempre ela vai estar mais agradecida à ele por ter salvo a vida dela, mesmo que essa parte da história do casal foi a mais dolorida.

 

E essa é a mensagem da Parashá:

 

No começo a Parashá nos ensina como devemos agradecer à Hashem (D’us).

 

Devemos ir para Yerushalaim para levar as primeiras frutas que Hashem nos deu e na nossa declaração de agradecimento também lembramos o fato de termos descido para o Egito e os egípcios terem nos escravizado.

 

Em outras palavras, viemos para agradecer pelas frutas, mas nesse agradecimento lembramos que éramos escravos no Egito e que Hashem nos tirou de lá com milagres sobrenaturais e nos deu essa terra maravilhosa para nos consolar de tudo que passamos.

 

Na hora que agradecemos pelas frutas e contamos que éramos escravos no Egito e como Hashem nos salvou de lá, as frutas já perdem a importância em relação aos milagres tão grandes que Hashem fez para nos tirar do Egito.

 

Na continuação a Parashá nos conta sobre as bençãos que virão para nós se fizermos as coisas certas e sobre as maldições se fizermos as coisas erradas.

 

Aprendemos daqui o comprometimento Divino em relação à nós, como a Torá compara Hashem ao marido e o povo de Israel à esposa.

 

Quando fazemos o que é certo estamos espiritualmente saudáveis e recebemos de Hashem tudo de bom como a esposa que recebe do marido as roupas novas e as jóias e está super feliz.

 

Quando nos comportamos errado ficamos espiritualmente doentes, nossa Alma fica doente.

 

Então não é hora de recebermos roupas e jóias porque precisamos de uma coisa muito mais importante do que isso, um tratamento que salve a nossa vida.

 

Nessa hora Hashem assume a responsabilidade que ele tem em relação à nós e nos traz o que chamamos de maldições, mas que na verdade são bondades ocultas, muito superiores às bondades reveladas.

 

Porque elas tem a capacidade de curar a nossa Alma, o que as bondades reveladas não tem.

 

Essas maldições são o bem do mundo oculto, o mundo do “Tohu” que é superior ao mundo revelado e só consegue descer para esse mundo em forma de maldições, mas quando essa embalagem de maldições passa surge o conteúdo que são bençãos muito superiores às bençãos reveladas.

 

Na hora do “tratamento” imaginamos que essas maldições são tão intensas que elas “vieram aqui para ficar”, e por isso antes de chegar às maldições da Parashá, no agradecimento pelas frutas, já fazemos a nossa declaração de que fomos escravizados no Egito mas que no fim Hashem nos tirou de lá com milagres sobrenaturais e nos deu a melhor terra do mundo para compensar o que passamos.

 

Ou seja, temos a garantia antecipada de que as maldições sempre passam, mas o principal, temos a garantia de que depois que elas passam tudo fica muito melhor do que era antes de ela chegarem para nos consolar do que passamos.

 

E esse é o segredo da nossa vida nesse mundo.

 

Passamos por um longo exílio na nossa história de 3500 anos, ficamos mais tempo fora da nossa Terra Prometida do que nela.

 

Mas depois de todo esse “tratamento” chega a Gueulá, nossa redenção final em breve em nossos dias e Hashem nos indeniza por tudo o que passamos.

 

Nossa “Terra Prometida” deixa de ser a dificuldade que é hoje, e no lugar de termos que implorar para pequenos países árabes fazerem conosco acordos de paz dando para eles em troca de um pedaço de papel o lugar do nosso Beit Hamikdash e a terra dos nossos antepassados para eles fazerem um país independente…

 

No lugar disso Hashem vai fazer para nós milagres sobrenaturais à ponto de os milagres da saída do Egito perderem a importância de tão grandes que vão ser os milagres da Gueulá em breve em nossos dias!

 

 

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O refinamento da nossa Alma

Nossa Parashá nos conta, entre muitos assuntos interessantes, sobre bençãos e maldições.

 

D’us é a essência do bem e a natureza do bem é fazer o bem, então o que são essas aparentemente maldições descritas na Torá de maneira tão detalhada?

 

O refinamento da Alma

 

A primeira explicação para isso está no segredo das reencarnações. Nós somos uma Alma Divina jovem e linda dentro de uma roupa às vezes velha e remendada que é o nosso corpo material.

 

Quando cumprimos os mandamentos Divinos nos tornamos uma Alma Divina mais jovem e linda, refinada e reluzente, sendo que os mandamentos Divinos são a sincronização entre nós e a fonte da vida, o mundo de cima.

 

Quando transgredimos os mandamentos Divinos nos sincronizamos com a fonte da morte, o mundo “de baixo” o mundo da impureza que em breve vai desaparecer na época do Mashia’h.

 

Enquanto esse mundo da impureza ainda existe, ainda existe também a possibilidade de fazermos uma transgressão e nos sincronizarmos à ele fazendo grudar na nossa Alma verdadeiras “fezes espirituais” fazendo com que a nossa Alma Divina deixe de ser jovem e linda, pura e reluzente, e se torne somente um bem oculto dentro de toda essa impureza.

 

Para nos limpar de todas essas “fezes espirituais”, principalmente quando já estamos drogados por elas e não temos mais vontade de sair do meio delas mas somente de acrescentar mais impurezas às impurezas que já nos envolvem, Hashem tem que nos fazer um verdadeiro milagre, e isso acontece dessa maneira.

 

Recebemos lá de cima uma revelação Divina enorme, uma enorme fonte de bondade, revestida dentro de uma grande maldição, da mesma maneira que a nossa Alma Divina pura e linda está revestida dentro dessas grandes impurezas.

 

Depois que esse revestimento desaparece, ou seja, que a embalagem em forma de maldição dessa benção enorme desaparece, sobra apenas essa enorme Benção que não teria como descer para esse mundo em outro tipo de revestimento.

 

O revestimento de impurezas que envolve a nossa Alma desaparece dessa forma e voltamos a ser aquela Alma Divina pura e linda que éramos antes, mas agora com um grande acréscimo de revelação Divina que não tinhamos antes.

 

Por isso diz o Zohar que essas maldições representam o bem do mundo oculto que é muito superior ao bem do mundo revelado.

 

Então, quando acontece uma coisa que aparentemente é uma maldição, precisamos ter muita paciência até essa embalagem desaparecer e esse enorme bem oculto se revelar.

 

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Como a bondade Divina chega até nós

Nossa Parashá conta sobre bençãos e maldições. Sabemos que D-us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem , então o que são essas maldições?

 

Rabi Shneor Zalman fazia pessoalmente a leitura do Sefer Torá em Liozna. Uma vez ele não estava na cidade e outra pessoa leu.

 

O filho do Rabi Shneor Zalman que se chamava Dov Ber ficou tão angustiado quando ouviu as maldições que passou mal o mês inteiro.

 

Quando perguntaram para ele porque nos anos anteriores ele não passou mal, ele respondeu :- Quando meu pai lia não se ouvia nenhuma maldição !

 

Quando esse filho cresceu e se tornou o Rebe da cidade de Lubavitch ele deu a seguinte explicação:

 

Dentro de todo acontecimento infeliz está revestida uma bondade enorme, portanto tudo que D’us faz é para o bem e não existe mal que desce lá de cima , e por isso se faz uma benção sobre um acontecimento infeliz da mesma maneira que se faz uma benção sobre um acontecimento feliz.

 

Quando termina esse aspecto negativo, automaticamente se revela o bem que estava oculto nele que é muito superior a uma bondade revelada, como ouvi do meu pai (Rabi Shneor Zalman) sobre a raiz do assunto das maldições da Torá que no final elas se transformam em “super bençãos” por causa da grande intensidade da bondade oculta nelas que se revela quando termina esse revestimento de extrema rigidez”.

 

O Baal Shem Tov deu sobre isso um exemplo de uma pessoa que fez algo contra um Rei muito bondoso e poderoso.

 

Essa pessoa foi condenada a morte pelo tribunal, mas no lugar disso o Rei pediu para darem à ele um cargo no governo e depois ir promovendo ele cada vez para um cargo mais alto e mais próximo Rei.

 

Quanto mais essa pessoa subia e se aproximava do Rei mais ele ficava com vergonha do que tinha feito.

 

Quanto mais ele via a força e o poder do Rei e junto com isso a grande bondade do Rei que usava todo o seu poder para ajudar as pessoas, quanto mais via a honra que todos davam ao Rei, mais ele sofria com a lembrança do que tinha feito.

 

No final ele chegou à conclusão de que não existia castigo pior do que esse!

 

Porque se tivesse sido condenado à morte, não sofreria tanto com esses remorsos.

 

O Rei vendo que essa pessoa se arrependeu do seu comportamento e voltou a se comportar certo o desculpou totalmente.

 

Esse Rei é Hashem e essa pessoa somos nós, a maldição não precisa ser necessariamente uma tragédia para fazermos teshuvá mas podemos cumprir essas maldições dessa forma também, como na estória acima.

 

Por isso está escrito:-“E será quando vier para você a benção e a maldição , você vai colocar no seu coração (se concientizar) etc”.

 

Ou seja, a benção nesse caso pode ser considerada uma maldição por nos trazer à essa conscientização.

 

Conclusão :

 

O acontecimento infeliz é um bem oculto de uma intensidade tão grande que não tem como ele descer para esse mundo de uma forma revelada, e por isso ele desce com um revestimento de maldição.

 

Por isso devemos estar sempre alegres. E mesmo que aparentemente as coisas não estão como deveriam estar, temos que ter uma fé total de que quando esse revestimento terminar e o bem oculto se revelar vamos ver que valeu a pena ter tido um pouquinho paciência para depois usufruir de uma bondade que não teríamos como chegar à ela de outra maneira.

 

Porque tudo o que recebemos lá de cima para pelas Sefirót, e o desencadeamento das Sefirót lá em cima é:

 

Primeiro a Hessed que é a bondade, mas que ainda pode sair dela uma coisa ruim como por exemplo a chuva que é uma grande bondade Divina, mas que pode sair dela também uma inundação.

 

Depois vem a  guevurá que é a rigidez, a dureza, a severidade.

 

Somente depois que passa a guevurá chega a Tiféret que é a bondade intensa, como por exemplo a chuva na hora certa e na medida certa, que faz tudo florescer e que dela não sai nenhuma inundação.

 

Mas para chegarmos à essa bondade intensa , obrigatoriamente temos que passar por um pouquinho de guevurá.

 

Mas logo vai chegar a Gueulá e aí será só bondade intensa e revelada eternamente !

 

 

Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová UMetuká

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Por que precisamos guardar o Shabat?

Por que precisamos guardar o Shabat?

 

D’us criou o mundo em seis dias e no sétimo dia ele não criou nada. A linguagem “descansou” não pode ser aplicada nesse caso sendo que D’us está infinitamente acima dos limites da matéria, e com certeza ele não se cansou para precisar  descansar.

 

Para demonstrarmos claramente que acreditamos somente nesse D’us que criou o mundo em seis dias não fazemos trabalhos no Shabat.

 

Ou seja, o Shabat é o dia do “reconhecimento”.

 

Por causa desse motivo, quando guardamos o Shabat integralmente nos retificamos da idolatria.

 

Por outro lado, por causa desse mesmo motivo, um judeu que ainda não guarda Shabat mesmo por falta de conhecimento, é considerado naquele momento como se fosse um idólatra em relação à comida que ele cozinhou ou ao vinho que ele fez.

 

Ou seja, não podemos usufruir do vinho e de nenhum derivado de uva feito por ele.

 

O motivo para isso é:

 

Na época do Beit Hamikdash, do Templo Sagrado de Jerusalém, o vinho era usado pelos idólatras como oferenda para a idolatria.

 

Hoje em dia essas idolatrias só existem na Índia e nos “confins do norte” como Nepal eTibet

 

Mas sendo que na época do Beit Hamikdash nossos Sábios, usando a força que a Torá deu à eles de que tudo o que eles decretarem aqui no “Tribunal de baixo” , ou seja, no Tribunal Rabínico do Beit Hamikdash, é decretado automaticamente no “Tribunal de Cima, ou seja, no “Tribunal Divino”, decretaram que tanto o vinho feito por alguém que não é judeu quanto todos os derivados de uva feitos por eles, são proibidos para nós

 

Por isso, só podemos usar qualquer produto que contenha vinho ou suco de uva, como vinagre de vinho, bala de uva , geléia de uva, refrigerante de uva, conhaque e outras bebidas que possam ser destiladas ou misturadas com vinho,  quando tiverem uma supervisão rabínica confiável.

 

Vinho feito por um judeu que guarda Shabat , que foi fervido depois de ter sido feito, não poderia ser oferecido para-a idolatria na época antiga, e por isso pode ser servido por alguém que não é judeu.

 

Suco de uva que as uvas foram fervidas antes de o suco ter sido feito é considerado vinho cozido.

 

Atualmente, a maioria dos vinhos Kasher comercializados costumam ser fervidos já na fabrica.

 

Para ter certeza de que o vinho que você comprou foi fervido na fábrica, verifique se na supervisão rabínica que aparece no rótulo dele consta a palavra mevushal (fervido).

 

Como fazer em casa o seu vinho para o Kidush:

 

Pela Hala’há um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho para o Kidush, aqui vai uma receita para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano, principalmente se você tem crianças em casa.

 

Modo de preparo:

 

1- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro de uma panela (de preferência de pressão.

 

2- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão encima para elas não flutuarem encima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.

 

3- Tampe a panela , acenda o fogo e deixe ferver um pouquinho.

 

4- Peneire o conteúdo da panela para uma jarra por meio de um coador de café  ou  apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pelo coador ou pela peneira e sobre dentro do coador ou da peneira somente uma polpa

 

5- Coloque o suco em garrafas ou em uma jarra.

 

6- Mantenha o suco na geladeira e só retire para as refeições.

 

(Agradecemos o Reb Avrohom Arbeter pela receita.)

 

 

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Rosh Hashaná está chegando 🍎🍯


Rosh HaShaná, o ano novo judaico de 5786 começa ao pôr do sol do dia 22 de setembro e termina na saída das estrelas do dia 24 de setembro

 

Nesses dois dias de Rosh Hashaná tocamos o Shofar durante o dia de três formas diferentes

 

O primeiro toque é chamado Tekiá, um toque de nove segundos sem interrupção.

 

O segundo toque é chamado de Shevarim, são três toques de três segundos cada um que parecem como três suspiros.

 

O terceiro toque é chamado Truá, são nove toques de um segundo cada um, que se parecem como soluços breves.

 

O que os Toques do Shofar representam?

 

A Tekiá nos lembra que já fomos um todo. Cada um de nós nasceu inteiro.

 

Os Shevarim nos lembram que conforme vamos crescendo vamos quebrando, nos tornamos fragmentados, dispersos, provocando suspiros existenciais.

 

A Truá nos lembra que nossas vidas foram abaladas e quebradas em pedaços através de várias experiências negativas, e por isso estamos chorando consciente ou inconscientemente.

 

Mas o que fazemos depois de cada vez que tocamos a Truá? Tocamos a Tekiá novamente. Isso nos lembra que podemos ser restaurados novamente à integridade.

 

Tekiá Guedolá toca os sons dispersos… Os locais onde estamos colados juntos são locais onde a luz de Hashem (D’us) pode entrar.

 

Depois de tocarmos todos os toques do shofar, chegamos à Tekiá Guedolá.

 

Atingimos o nível de Tekiá Guedolá, “a grande Tekiá”, um toque que dura enquanto quem toca o Shofar tiver fôlego, um toque muito mais longo do que o toque inicial que iniciou o ciclo.

 

A Guemará nos conta que um vaso de barro pode receber tumá que é a impureza espiritual, através do contato com determinadas substâncias impuras.

 

Se um recipiente de barro se torna tamê, ou seja, impuro, a maneira de deixá-lo novamente tahor, novamente puro, é quebrá-lo e então colar os pedacinhos juntos novamente.

 

Através da quebra do recipiente sua integridade é restaurada, ele se torna puro novamente.

 

Nós também somos feitos de barro, como a Torá nos conta que “D’us criou o ser humano de terra.”

 

Quando aceitamos nossa própria fragilidade, nossa própria vulnerabilidade, chegamos a conclusão de que estamos totalmente quebrados, nos tornamos capazes de uma integridade mais profunda e mais poderosa que aquela que conhecíamos antes.

 

A Tekia Guedola é o último dia toques do Shofar porque ela reúne em um só toque todos os toques que estavam dispersos.

 

Nossos pedacinhos, agora colados juntos, são locais onde a luz de D’us pode entrar.

 

E esse nível tão elevado só vem para nós depois de termos passado por essa quebra em pequenos pedacinhos

 

 

Faça o seu próprio Shofar

O Shofar pode ser feito de chifre de carneiro, antílope, gazela, ou cabra.

 

Esses chifres não são ossos sólidos, mas contém cartilagem que pode ser removida.

 

A palavra shofar significa “oco”. Os animais acima são kosher, uma vez que têm cascos fendidos e ruminam.

 

Chifres de carneiro podem ser obtidos em matadouros. Os donos de açougues podem obtê-los de seus fornecedores.

1- Ferva o chifre em água (em uma panela que não é usada para comida Kasher) entre duas e cinco horas.

 

Um pouco de carbonato de sódio adicionado à água facilita a limpeza posterior.

 

A cartilagem pode ser arrancada com o auxílio de uma ferramenta. Se os chifres forem pequenos, a cartilagem pode ser removida em cerca de meia hora.

 

2- Depois que ele secar corte a ponta dele com uma serra.

3 – Faça um furo de 1/8” com uma furadeira elétrica a partir da extremidade serrada até que a broca atinja a cavidade do chifre.

 

4 – Usando uma furadeira elétrica fure um bocal na extremidade do shofar. Alise as bordas do bocal.

 

Você pode esculpir a parte externa do shofar. Não deve haver nenhum buraco nas laterais do shofar.

 

Não pinte o seu Shofar e nem cole nada sobre ele.

 

Ketivá ve’Hatimá Tová LeShaná Tová Umetuká

 

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data Judaica

O que fazemos agora no mês de Elul



Shalom uVra’há pessoas maravilhosas
🥰🌻❤️

 

Desde o mês de Elul até Hoshaná Rabá que é o último dia da festa de Sucot costumamos ler o Tehilim 27 LeDavid Hashem Ori de manhã e de tarde.

 

O Baal Shem Tov foi um grande Tzadik, uma pessoa altamente elevada, que viveu há mais de trezentos anos atrás.

 

Ele foi o fundador da Hassidut que trouxe para nós os mais profundos segredos cabalísticos em uma linguagem fácil e acessível.

 

Em Rosh Hashaná do ano Judaico de 5.507 (1746) o Baal Shem Tov fez uma subida de Alma para os mundos superiores e depois disso ele escreveu uma carta para o cunhado dele, Rav Guershon de Kitov.

 

Nessa carta o Baal Shem Tov descreve que viu lá pessoas que o Rav Guershon conheceu pessoalmente, pessoas que ninguém nunca imaginaria que estariam lá no Gan Éden, no Paraíso Superior, e que a Teshuvá deles foi aceita.

 

O Baal Shem Tov nos deu uma dica infalível para que a nossa Teshuvá seja aceita também, e a dica é:

 

Acrescentar todo dia três capítulos de Tehilim desde o começo do mês de Elul até Yom kipur. Durante o dia do Yom kipur lemos os trinta capítulos que faltam para terminar todo o Tehilim, e essa é uma dica infalível!

 

No mês de Elul costumamos levar a Mezuzá da porta da nossa casa para um Sofer que é a pessoa que escreve e verifica as Mezuzot (plural de Mezuzá).

 

Uma vez por ano levamos as nossas Mezuzot e o nosso Tefilin para o Sofer verificar para nós se não quebrou nenhuma letra no pergaminho da Mezuzá e se todas as  Mezuzot da nossa casa e também o nosso Tefilin continuam Kasher.

 

No mês de Elul fazemos um balanço espiritual. Durante os trinta dias do mês de Elul fazemos um check-up espiritual anual.

 

Verificamos quais Mitzvót estão saudáveis, quais estão precisando de uma “vitamina”, e quais estão em estado grave e precisam ser “tratadas” imediatamente.

 

Ou seja, a cura da nossa Alma que somos nós próprios, não deve ser menos importante do que a cura do nosso corpo que é somente o acessório da Alma.

 

No mês de Elul acrescentamos na Tzedaká sendo que por meio de três coisas podemos recorrer às “multas do tribunal Divino” que são os maus decretos que pairam sobre nós por coisas que fizemos esse ano, nos anos anteriores ou em vidas anteriores.

 

Esses decretos não desaparecem sendo que eles são representados por anjos promotores que são criaturas espirituais chamados de Kitruguim.

 

Mas por meio de três coisas fazemos esses Kitruguim desaparecerem com tudo o que eles tem vinculado à nós.

 

Por meio da Teshuvá que é o remorso que temos pelas coisas ruins que fizemos e a decisão que tomamos de não fazer novamente essas coisas ruins.

 

Por meio da Tefilá, e por isso acrescentamos tantos Tehilim no mês de Elul.

 

E por meio da Tzedaká que representa que a vitalidade que demos para o lado espiritual ruim por meio das nossas transgressões, agora estamos retificando e dando a nossa vitalidade para o lado bom por meio da nossa Tzedaká.

 

No mês de Elul acrescentamos no estudo da Torá e no cumprimento das Mitzvót.

 

Sendo que nos últimos anos o mundo inteiro se tornou um grande “Home Office”, o costume hoje é participar de um grupo de estudos de Torá como por exemplo o nosso grupo de amigos da ONG, caprichar mais nas Mitzvót que fazemos e acrescentarmos pouco a pouco outras Mitzvót que ainda não fazemos.

 

Na última semana de Elul acrescentamos mais ainda na Tefilá e começamos a falar as rezas chamadas de Seli’hót (pedidos de desculpas) que esse ano começam a partir da meia-noite do dia 13/09

Costumamos ouvir o Shofar durante o mês de Elul com exceção do dia anterior a Rosh Hashaná

 

Na véspera de Rosh Hashaná lemos a Atarat Nedarim que é a declaração de anulação de promessas.

 

Costumamos dizer uns aos outros:

Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová UMetuká

Que todos vocês sejam escritos e selados

para um ano Bom e Doce

🥰🌻❤️

Conselhos

Não deixe a tristeza chegar perto da sua família

 

Não deixe a tristeza chegar perto da sua família.

 

A tristeza chega de mansinho, assim como quem não quer nada.

 

Num dia, você acorda triste, desanimado.

 

No outro, bate uma sensação de vazio e uma vontade incontrolável de chorar, sem qualquer motivo aparente.

 

Previna-se :

 

fortaleça o pensamento positivo que no judaísmo é chamado de Bita’hon, ou seja, confiança em Hashem.

 

Fortaleça a fé que em hebraico é chamada de Emuná.

 

Fortaleça a alegria que em Hebraico é chamada de Sim’há.

 

E assim você se protege contra as tentativas da tristeza de entrar em você.

 

A Guemará nos conta que quando uma pessoa vê um sinal de que coisas ruins virão e esse sinal causa para ela tristeza e sofrimento, o sinal por si só não tem força alguma.

 

Mas a tristeza e o sofrimento causado por ele, isso sim tem a força espiritual de enfraquecer o nosso “Mazal” (DNA espiritual) lá em cima e nos causar uma tragédia para nós aqui em baixo.

 

A regra básica da Torá é de que uma coisa boa tem uma força quinhentas vezes maior do que uma coisa ruim.

 

E se até uma tristeza e sofrimento causados por um erro de avaliação tem a força de mudar a realidade para muito pior, quanto mais (quinhentas vezes mais) a alegria causada pela confiança em Hashem (D’us) e a tranquilidade consequente dela junto com a fé de que mesmo se não merecemos, Hashem (D’us) só vai nos fazer o bem.

 

Isso é o que trás para nós todas as coisas boas nesse mundo.

 

Você está triste porque ficou para trás?

 

Um dos sinais da geração em que o Mashia’h chegará, é que todos os jovens vão fazer todos os velhos passarem vergonha .

 

Em todas as gerações os jovens tinham que se consultar com os velhos, pelo fato de os velhos sempre terem sido mais maduros e experientes.

 

Na “geração digital” , nós adultos estamos passando vergonha em termos que perguntar dezenas de vezes aos nossos filhos, ou até mesmo aos filhos do vizinho, como usar um telefone celular com dezenas de funções que coloca o computador da nossa época junto conosco no jardim da infância da história.

 

E ver que esses adolescentes em segundos manipulam qualquer aparelho e resolvem qualquer problema, invertendo a herança histórica e se tornando adolescentes “maduros e experientes” contra nós, adultos imaturos e inexperientes, isso nos causa desânimo.

 

O que fazer?

 

Se prepare para a Gueulá acrescentando em Bita’hon e Emuná

 

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Emuná e Bita'hon

Fazendo Teshuvá com muita alegria ❤️🌻🥰

Onde há alegria não há tristeza

 

Esse foi o caso do profeta Elishá. Na época dele os países de Israel, Judéia e Edom se uniram para fazer uma guerra contra Moav.

 

Por um erro de avaliação a água desses exércitos acabou no meio do deserto a três dias de distância de qualquer lugar que tivesse um pouquinho de água

 

Os três reis se reuniram e chegaram à conclusão de que se não houver um verdadeiro milagre todos morrerão.

 

O Rei da Judéia que se chamava Yoshafat era um judeu religioso, e em vista à situação ele perguntou se não havia entre eles um profeta de Hashem.

 

Disseram para ele que está aqui no acampamento Elishá, o profeta que ficou famoso por ter feito um grande milagre em relação à água.

 

Ou seja, não só que havia lá um profeta, mas também que esse era exatamente o profeta que eles precisavam naquela hora, e se ele acompanhou o exército não foi por querer participar da guerra mas sim porque ele tinha uma profecia para falar.

 

Elishá foi chamado para a reunião dos reis. Vendo o rei de Israel que era um idólatra e obrigava todo o seu país a fazer idolatria Elishá ficou triste, e como consequência disso a revelação Divina deixou de pairar sobre ele e a profecia o deixou.

 

Sendo que o profeta antigo incorporava a profecia e fazia com que ela descesse para o mundo, se o profeta não ficasse alegre a profecia não pairaria sobre ele e consequentemente não desceria para o mundo e o milagre não aconteceria.

 

Elishá não tinha escolha, ele viu a pessoa ruim e isso despertou nele a tristeza, como tirar essa tristeza agora?

 

Ele teve uma ideia de como fazer isso artificialmente. Pediu para trazerem alguém para tocar uma música.

 

Quando o músico começou a tocar, Elishá ficou alegre e aí pairou sobre ele a presença Divina e ele voltou a ser um profeta.

 

O final dessa história vocês já devem ter imaginado, ele falou a profecia de que Hashem iria trazer muita água para todos esses exércitos e pouco tempo depois aquele lugar virou um lago!

 

Daqui aprendemos que não é o suficiente sermos os juízes e guardas do nosso corpo, de vez em quando deixamos sem querer passar alguma coisa.

 

Então temos que fazer como o profeta Elishá e não viver na tristeza mesmo que ela tenha um motivo espiritual para se revelar dentro de nós, mas despertar a alegria mesmo que para isso precisemos de um artifício.

 

O objetivo de policiarmos nossos cinco sentidos é para que a presença Divina paire sobre cada um de nós e ela só paira onde há alegria, precisamos nos fechar para que as coisas ruins não entrem para dentro de nós mas temos que nos abrir em dobro para as coisas boas, para que elas entrem dentro de nós.

 

Elul é o mês da Teshuvá, e como toda Mitzvá deve ser feita com muita alegria, a Mitzvá da Teshuvá deve ser feita com mais alegria ainda, como a alegria de uma criança perdida na floresta que encontra o caminho para voltar para casa!

 

Então, vamos fazer a nossa Teshuvá com muita alegria e entusiasmo, fazer o balanço anual de tudo o que fizemos de certo e errado, assumir que não voltaremos a fazer as coisas erradas, acrescentar na quantidade e qualidade das coisas certas, e no mérito da nossa correção de rumo Hashem vai dar para cada um de nós um ano bom e doce.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

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Mensagem da Parashá

Ki Tetzê

Ki Tetzê

 

Nossa Parashá nos conta sobre um exército no qual o Cohen antes da guerra anunciava à todos , entre outras coisas , que quem teme morrer na guerra por ter feito um pecado deve voltar para a retaguarda.

 

Ou seja, só participava da guerra quem não fazia pecados e com certeza nem tinha vontade de fazer.

 

Nesse ambiente de guerra feroz contra o inimigo cruel (ambiente nada romântico)  acontece o despertar de uma paixão entre um soldado judeu religioso e a própria inimiga .

 

Como em um ambiente desses um homem religioso se apaixona? E pela inimiga? E a Torá deixa em aberto a opção de eles se casarem!

 

Explica o Ari ZaL que quando o primeiro homem fez a primeira transgressão , misturou o bem e o mal no mundo e muitas Almas que estavam no Adam Harishon (O primeiro homem) caíram no lado mal.

 

O mapa da queda dessas “Almas Divinas”  que afundaram nas impurezas é uma cópia do Adam Harishon chamada “Adam de Bliaal” .

 

A cabeça dele representa o exílio da Babilônia , os braços representam os exílios da Persia e Meda que sucederam o exílio da Babilônia, o corpo representa o império grego que sucedeu a Pérsia.

 

Até aqui tudo bem definido e mapeado, em cada exílio a maior parte da comunidade judaica se encontrava nele e as fronteiras eram bem definidas.

 

As duas pernas representam dois exílios paralelos. O exílio de Edom (descendentes de Essav) e o exílio de Ishmael  , dois exílios totalmente distintos.

 

Ishmael está vinculado ao Irã e aos árabes da área que era a antiga Pérsia e Edom deu origem aos povos  europeus .

 

Por incrível que pareça vemos que os judeus nos últimos dois mil anos viveram em países árabes e europeus.

 

Não ouvimos que tinha alguma Yeshivá na índia, na China ou no Japão , mesmo que judeus fugindo dos nazistas ficaram um tempo na China e na Índia , mesmo assim tiveram que se mudar para países de etnia européia como Estados Unidos e Austrália onde hoje existem comunidades judaicas com toda a estrutura montada, enquanto que na Índia, na Coréia ou no Japão só existem Batei Chabad visados por turistas e comerciantes que ficam temporariamente nesses lugares.

 

Quase seis milhões de judeus moram em Israel que faz parte de um oriente médio, “galut Ishmael” , e outros milhões vivem nos Estados Unidos cujo povo provém de etnia européia, “galut Edom”.

 

Até o Brasil tem três Yeshivot e a Índia com  um bilhão e 451.000 habitantes não tem uma Yeshivá.

 

Diz o Ari ZaL que o motivo do nosso povo ter passado por esses exílios inclusive os que estamos agora de Edom e Ishmael , é para elevar as “centelhas Divinas” que afundaram nas impurezas.

 

De acordo com todos os sinais que traz a Guemará já estamos nos calcanhares dessa figura, ou seja, só sobrou dela os calcanhares, últimos refinamentos.

 

Sobre essa figura dizem os nossos Sábios que Mashia’h não chega até terminarem as almas do corpo, ou seja, até todas as Almas afundadas nesse “corpo espiritual de impureza” serem resgatadas .

 

Diz o Ari ZaL que só dessa maneira dá para entender nossa Parashá. Os judeus que iam para aquela guerra eram Tzadikim perfeitos e não existia a possibilidade de eles se apaixonarem por alguém por motivos de “Yetzer Hará” , consequentemente o que despertou aquela paixão foi a Alma Divina que se misturou naquele povo e estava naquela mulher e tinha um vínculo espiritual com a alma dele, e essa era a única possibilidade de esse amor surgir.

 

Conclusão:

 

O fato de estarmos aqui no galut é para elevarmos as centelhas Divinas que estão no nosso país por meio do estudo da Torá e do cumprimento das Mitzvót que fazemos usando as coisas materiais que temos aqui para o trabalho Divino.

 

Então, no lugar de  pensar no que precisamos e pedir nas nossas rezas só o que precisamos devemos pensar para que precisam de nós!

 

Para que Hashem precisa de nós aqui e agora, e pedir nas nossas rezas para que Mashia’h venha imediatamente e já seja o término do galut !

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

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