Aharei Mot
Nossa Parashá começa nos contando sobre os dois filhos de Aharon que faleceram por terem entrado com um “fogo estranho” na parte mais sagrada do Mishkan
A Parashá termina nos ensinando que existe uma situação em que a Terra Santa “vomita” seus habitantes devido ao comportamento deles em relação a “casamentos” e a santidade daquele lugar
Existe uma ligação entre esses dois assuntos que fazem parte de uma mesma categoria, mas em níveis diferentes
Quando Hashem (D’us) nos deu a Torá no Monte Sinai, pediu para Moshe avisar nosso povo para não subir naquela montanha e nem tocar nela enquanto estivesse acontecendo lá a entrega da Torá
A linguagem do versículo naquele caso é de que todo aquele que tocar em qualquer parte daquela montanha, mesmo em sua parte mais extrema, vai falecer
E também os animais deveriam ser impedidos de pastar no Monte Sinai no momento da entrega da Torá, porque eles morreriam também se estivessem naquele momento naquele local
A Torá nos conta mais adiante que Nadav e Avihu, os dois filhos de Aharon que faleceram por terem entrado no Mishkan com o “fogo estranho”, eram pessoas muito elevadas espiritualmente como o próprio Moshe diz ao seu irmão Aharon que Nadav e Avihu estavam em um nível superior ao deles
O “fogo estranho era o incenso feito de acordo com a Torá, mas esse trabalho deveria ter sido feito pelo pai deles, por Aharon que era o sumo sacerdote, e não pelos seus dois filhos, por uma pessoa e não por duas
Mas o fato de o Midrash ter nos contado que eles faleceram por ter entrado no Mishkan bêbados já nos ensina que o fato de eles terem entrado no Mishkan com o incenso no lugar de Aharon não justificaria a morte deles
Sendo assim, é óbvio que o motivo do falecimento deles naquela ocasião não tinha relação com o nível espiritual deles, que era elevado o suficiente
Pelo fato de Moshe ter avisado os Cohanin para não entrarem “bêbados” no Mishkan, surge a possibilidade de eles terem bebido muito vinho antes de terem entrado lá, e pode ser que foi isso o que causou a morte deles
Essa hipótese trazida pelo Midrash é vista como uma lição de moral, mas não é a prova de que esse foi o motivo verdadeiro, sendo que em relação à conduta moral Nadav e Avihu estavam dentro dos padrões e não havia nenhuma base para suspeitar de alguma conduta negativa em relação à eles
Também o fato de não ter sido possível encontrar vinho naquele lugar nos leva a conclusão de que o Midrash está usando essa hipótese como lição de moral, mas não como prova de que o motivo do falecimento deles foi esse
Então qual foi o motivo real da morte de Nadav e Avihu
A Torá nos conta que no momento da entrega da Torá Hashem (D’us) chamou Moshe para subir na montanha, dando à ele por meio desse chamado uma proteção especial para que ele pudesse presenciar a intensidade da revelação Divina sem que sua Alma deixasse seu corpo
Mas qualquer pessoa ou animal que tocasse naquela montanha naquele momento, mesmo que fosse somente no extremo da montanha, a Alma sairia do corpo devido ao nível da revelação Divina que estava acontecendo lá
Depois da entrega da Torá, a revelação Divina deixou definitivamente o Monte Sinai
O Monte Sinai voltou a ser uma montanha como qualquer outra, e não haveria mais nenhum problema para os pastores com seus animais subirem até o ponto mais alto dela, e eles já poderiam fazer isso sem que nada acontecesse
Aprendemos daqui que quando a revelação Divina paira sobre um lugar, todo o tempo que ela se encontra lá, nem as pessoas e nem os animais conseguem manter as almas nos corpos a não ser que ele seja chamado para, lá como foi o caso de Moshe Rabeinu no Monte Sinai na hora em que a presença Divina pairou sobre ele
Quando o Mishkan, nosso “Templo-móvel” foi construído no deserto, a revelação Divina pairou sobre ele se revelando na sua parte mais sagrada chamada de “Kodesh HaKodashim”
O sinal de que a revelação Divina pairou sobre o Mishkan foi o mesmo que aconteceu no Monte Sinai, a nuvem baixou sobre ele
A regra em relação ao Mishkan foi a mesma que no monte Sinai. Quando a nuvem pairava sobre o Mishkan mostrando claramente que a revelação Divina estava acontecendo lá, Moshe era chamado para o Mishkan e Hashem (D’us) falava com ele. Se Moshe não fosse chamado ele não iria lá por si só,
Por outro lado, Aharon e seus filhos faziam parte da estrutura do Mishkan. Ou seja, o Templo-móvel tinha os seus sacerdotes que eram Aharon e seus filhos, e por isso está escrito em relação à entrada no Kodesh HaKodashim “o estranho que entrar vai falecer. E quem está na categoria de estranho
A Guemará nos conta que certa vez alguém estava passando por trás de uma Sinagoga, escutou do lado de fora uma descrição sobre as roupas do Cohen, entrou na Sinagoga e perguntou :- Quem vai vestir essas roupas? :- O Cohen Gadol, respondeu o professor
A pessoa que não era judeu tomou uma decisão consigo próprio: – vou me converter ao judaísmo com a condição de ser o Cohen Gadol
Chegou ao tribunal rabínico onde se encontrou com Shamai, que ouvindo esse argumento concluiu que a pessoa não tinha uma boa intenção
Mas aquela pessoa não desistiu e foi procurar o outro grande Rabino da época que se chamava Hilel. Hilel fez para ele um curso de Cohen Gadol
Quando chegaram nesse assunto de “o estranho que se aproximar vai morrer” a pessoa perguntou:- Quem é considerado “estranho” em relação ao “Kodesh HaKodashim”
Até David, o rei de Israel que também era a pessoa mais elevada espiritualmente da sua geração e também a mais rica e poderosa, nada disso adiantaria em relação ao “Kodesh HaKodashim”, e se ele entrasse lá ele morreria como qualquer outro
Aquela pessoa descobriu que não poderia ser Cohen Gadol e se tornou um bom judeu
Nadav e Avihu não estavam na classificação de “o estranho que se aproximar vai morrer” sendo que eles eram Cohanin, eles eram os sacerdotes
Mesmo assim, a permissão para eles entrarem lá era restrita aos trabalhos específicos que deveriam fazer. Incluindo detalhes como roupas específicas para eles poderem trabalhar lá
Cada ação no nosso mundo material tem uma sincronização com o mundo espiritual, e de acordo com essa sincronização acontece uma reação
O Cohen, por meio do seu trabalho, sincroniza entre o mundo de baixo e o mundo de cima, trazendo para cá fartura e abundância
Isso acontece por meio da sincronização entre as Dez Sefirót lá em cima. A fartura e abundância lá de cima é repassada por meio da Sefirá chamada de Yessod para a Sefirá chamada de Mal’hut, a Mal’hut transforma a abundância espiritual em bens materiais
Um exemplo para isso é uma mãe que após comer um jantar de Shabat completo, com vinho, pão, peixe e saladas, carne com batata, sucos e sobremesa, transforma em seu corpo tudo isso em leitinho para o nenê
Se ela desse todo esse jantar de Shabat para o nenê do jeito que foi oferecido para ela, o nenê simplesmente morreria de fome. Não por causa da qualidade desses alimentos, mas por causa da incapacidade do nenê em relação a esse nível de alimentação
Então a mãe come toda essa comida, transforma ela em leitinho e depois dá de mamar para ele. Assim o nenê cresce saudável
Dessa maneira a Sefirá chamada de Mal’hut transforma a fartura e abundância espiritual em bens materiais. Mas para que o repasse dessa fartura do Yessod para o Mal’hut aconteça, nós precisamos merecer
E aí entra o trabalho do Cohen. Ele faz o trabalho Divino nos representando como se cada um de nós estivesse lá fazendo esse trabalho junto com ele. Esse trabalho é feito totalmente em sincronização com as forças ocultas espirituais
Quando Moshe Rabeinu trouxe as dez pragas para o Egito, ele teve que fazer ação material que causasse a reação espiritual para cada uma das dez pragas separadamente
Na primeira praga, quando Hashem (D’us) pediu para ele dar uma cajadada no Rio Nilo, Moshe respondeu que não vai poder dar essa cajadada porque esse rio salvou a sua vida quando sua mãe o colocou lá em uma cestinha
Hashem não cancelou a ordem da cajadada para trazer a praga, mas pediu para Moshe pedir ao seu irmão Aharon para ele dar essa cajadada
Porque para trazer algo lá de cima precisamos fazer uma ação nesse mundo material para que aconteça a reação no mundo superior
E essa ação precisa ser de acordo com os detalhes da ordem Divina que no caso da primeira praga foi a cajadada
No caso da praga dos piolhos, Hashem pediu para Moshe jogar a terra do Egito para o alto. Moshe novamente se desculpou de não poder fazer isso sendo que aquela terra o ajudou quando ele salvou um judeu de ser assassinado por um soldado egípcio
Novamente Hashem não cancelou essa ação, mas pediu para Moshe pedir à seu irmão Aharon para ele fazer esse ato material de jogar a terra do Egito para cima e assim começou a praga dos piolhos
Se Aharon tivesse invertido a ordem Divina e tivesse jogado a água do Rio Nilo para cima e dado uma cajadada na terra, nada aconteceria
E assim é o trabalho dos nossos Cohanin que são os nossos sacerdotes. Cada trabalho tem que ser feito da maneira correta, e se não for feito da maneira correta a sincronização não acontece e nada de bom desce para baixo
Sendo que é permitido para o cohen entrar no Mishkan e ele não está na classificação de “o estranho que entrar vai falecer”, e se o trabalho dele não for feito certo ele não traz as bênçãos celestiais para nós, o fato de Nadav e Avihu terem falecido ainda precisa de uma explicação
Por isso, dia o Zohar, o motivo que restou foi o fato de eles não terem se casado
E por esse motivo, quando a Torá se refere a pessoa que vai fazer o korban, o sacrifício, ela usa a palavra Adam
Quando Hashem criou o ser humano, diz o Zohar, ele fez uma pessoa que era um lado homem e o outro mulher. Essa pessoa foi chamada de Adam
Hashem fez Adam adormecer profundamente, separou entre os dois lados, e assim surgiu Hava, a Eva da Torá
(A estória de que D’us criou a mulher da costela não tem fonte judaica)
Por isso Nadav e Avihu faleceram, diz o Zohar, eles eram somente “meio corpo”. Cada um deles era “meio corpo”, e mesmo assim eles decidiram fazer o trabalho mais sagrado de todos os trabalhos do Mishkan
E por causa do contraste entre a fraqueza de eles serem “meio corpo”, de não serem casados, e a intensidade do Ketoret, do trabalho de trazer o incenso para o Kodesh HaKodashim que deveria ter sido feito pelo pai deles, eles faleceram
E por isso, diz Rabi Aba no Zohar, pelo fato de eles serem “meio corpo” e terem feito o mais importante de todos os trabalhos do Mishkan, por isso eles faleceram
Mas se eles fossem casados ou se tivessem feito outro trabalho do Mishkan que não fosse esse, não teriam falecido
Nossa Parashá começa nos contando os procedimentos tomados depois que faleceram os dois filhos de Aharon, e termina nos contando sobre as relações íntimas proibidas
Nos revelando por meio disso que de acordo com o nosso comportamento a Terra Santa pode chegar ao extremo de “Vomitar os seus habitantes como vomitou os povos que estavam lá antes de nós” por terem tido essas relações íntimas proibidas
Daqui aprendemos que da mesma maneira que aqueles povos foram tirados da nossa terra por meio de sete anos de guerra que fizemos com eles, nós também podemos ser tirados de lá da mesma forma, e isso é a expressão do conceito da Torá de “a terra vomitar os seus habitantes”
Sendo que a Torá não está falando sobre outras terras mas somente sobre a “Terra Santa”, entendemos que também no nosso nível pode acontecer um curto circuito espiritual, entre a santidade da terra e a falta de santidade do nosso comportamento.
Por isso a Torá nos avisa isso antecipadamente. Para sabermos que cada ação no mundo material causa uma reação no mundo espiritual.
Quando essa ação aqui embaixo se compara ao comportamento dos povos que foram “vomitados” da nossa terra, estamos trazendo para nós por meio desse comportamento essa mesma consequência que esse comportamento trouxe para eles.
Então vamos estudar muita Torá e fazer muitas Mitzvot para trazer imediatamente a Gueulá
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Kedoshim
Nossa Parashá nos conta (entre inúmeros assuntos) sobre a proibição de guardar rancor.
Toda pessoa que guarda rancor contra um judeu principalmente se ele for o cônjuge, transgride uma Mitzvá da Torá, como está escrito na nossa Parashá: “Ló titor”, não guarde rancor.
Exemplo: Você pede um favor para alguém e a pessoa não quis fazê-lo.
No dia seguinte, essa pessoa precisou de você e você responde: “Eu não sou como você. Eu não vou lhe negar um favor como você me fez”!
Isso acontece porque a pessoa estava guardando aquele rancor e achou o momento exato para revelar isso.
Em outras palavras, “jogar na cara” é proibido pela Torá.
O Baal Shem Tov explicou que nossos sábios comparam a pessoa que fica brava a alguém que está fazendo idolatria porque no momento da fúria, a fé em D’us desaparece automaticamente, e quando não se acredita em D’us consequentemente se está acreditando em outra coisa”.
Porque se ele soubesse que tudo o que acontece com ele vem de D’us, ele nunca ficaria bravo.
E mesmo que uma pessoa que por livre-arbítrio optou por fazer-lhe o mal, e amaldiçoa ou bate nele, ou lhe causa prejuízo monetário sendo condenada pelo tribunal humano ou Divino pela maldade da sua escolha, mesmo assim, à quem foi prejudicado já estava decretado pelos Céus que assim seria.
O tribunal Divino apenas usou a pessoa ruim para cumprir o decreto Divino por meio dela, e mesmo nesse momento em que a pessoa bate em alguém ou o amaldiçoa, o pensamento que cai na cabeça dessa pessoa para nos prejudicar ou o sentimento que a impulsionou a fazer isso veio lá de cima.
D’us faz as coisas boas acontecerem por meio de pessoas boas e as coisas ruins por meio de pessoas ruins.
O agente causador do nosso infortúnio foi apenas uma ferramenta usada por D’us para cumprir o decreto Divino que veio para nos purificar de alguma coisa ruim que fizemos na reencarnação atual ou em outra.
Tudo vem lá de cima, e as pessoas que nos fazem o mal são os verdadeiros “bobos” que estão sendo usados para nos prejudicar e depois serem castigados por terem nos prejudicado.
Se tudo isso foi dito sobre qualquer pessoa, imagine marido e mulher ou pais e filhos que são o grupo de risco nesse assunto por terem mais intimidade entre si, quanto temos que tomar cuidado com isso.
Então, não vamos ser bobos de brigar em casa!
Vort israelense: (dugri)
O rancor é comparado à fezes espirituais. Guardar rancor é prisão de ventre espiritual, você está com rancor de alguém? Baixe a descarga! Porque quanto mais acumula pior fica!
Nossa Parashá nos conta entre muitos assuntos interessantes que não devemos olhar para a idolatria.
Diz o Ari Zal que quando olhamos para alguém ou para alguma coisa, recebemos a “energia” dessa pessoa ou dessa coisa ruim.
Quando olhamos para uma coisa boa, a energia boa que tem nela se une à nós e gera dentro de nós uma energia positiva.
Mas se olhamos para uma coisa ruim recebemos dela a energia ruim que ela contém. Essa energia ruim se une à nós tirando de nós a energia boa.
E esse é o segredo que está por trás desse mandamento da Torá de não olhar para a idolatria. Porque quando olhamos para uma coisa impura como a idolatria, a impureza dela se adere à nós tirando a nossa santidade e nos atraindo para a impureza.</p
Vamos encher a nossa casa de quadros de Tzadikim que hoje na nossa geração Google é fácil de baixar, mandar revelar e colocar uma moldura.
Perguntei para vários rabinos de Israel se é permitido baixar uma foto do Rebe pelo Google. A resposta foi sempre a mesma: O Rebe pertence aos Hassidim!
E fora isso, com certeza ninguém nunca pagou ao Rebe direitos autorais pela foto que tirou dele. Isso se refere somente à fotos e não à desenhos, pinturas, ou fotos decoradas.
Certa vez o Rebe disse sobre o Rabino que eu tinha escolhido para fazer as minhas perguntas difíceis, o Rav Moshe Weber de Yerushaláim (Jerusalém): “É o suficiente olhar para ele para receber “Irát Shamaim” (temor aos céus, ou seja, reverência à D’us)
Rav Moshe Weber
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Nossa Parashá nos conta sobre a Mitzvá de amar ao próximo como a si mesmo.
O Ari Zal explica que está por trás disso se encontra o segredo de que todo o povo de Israel é uma Alma só e cada um de nós é uma ramificação dessa Alma Divina que Hashem (D’us) deu ao Adam Harishon (o primeiro homem) e por isso cada um de nós é responsável pela transgressão do outro.
Por isso, diz o Ari Zal, a reza chamada de “Vidui” na qual falamos uma lista de pecados (que geralmente não fizemos) foi instituída no plural, sendo que temos cumplicidade pelas transgressões de todos os judeus por fazermos parte de uma Alma só.
Por isso, mesmo quando rezamos sozinhos falamos essa reza no plural, sendo que o pecado que um judeu faz é como se todos nós tivéssemos feito, pelo motivo de sermos a mesma Alma ramificada.
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Nossa Parashá também nos ensina que devemos dar uma advertência à qualquer judeu que está fazendo uma coisa ruim.
Na maioria dos casos a pessoa se comporta errado por não saber o que é certo, e por isso, no lugar de dar uma bronca causando uma revolta nessa pessoa, devemos ensinar à ela com muito amor e carinho o que é certo e assim estamos cumprindo essa Mitzvá com eficiência.
Isso também aprendi com o Rav Moshe Weber, que com oitenta anos de idade dedicava várias horas do dia para ensinar os soldados israelenses a colocarem Tefilin, e muitas vezes ele me contou sobre soldados que colocaram o Tefilin pela primeira vez na vida.
Ou seja, temos que advertir cada judeu, mas dessa maneira. Ensinando ele a cumprir as Mitzvót (Mandamentos Divinos) com muito amor e carinho.
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Nossa Parashá nos conta que devemos amar o “guer” (alguém que se converteu ao judaísmo).
O Rebe de Lubavitch nos ensina que a linguagem da Torá que se refere ao “guer” diz “guer shemitgaier” (convertido que se converte) nos ensinando que ele já tinha uma Alma judia, mas que se revelou no dia da sua conversão.
Sendo assim, tudo o que o Ari Zal explicou sobre o mandamento de amar ao próximo como a si mesmo se aplica ao guer também, mas com mais intensidade sendo que a Torá acrescenta no caso do guer mais uma Mitzvá.
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Nossa Parashá nos conta que é proibido se vingar e proibido guardar rancor. Sendo que a Torá já nos proíbe assassinar, ferir e etc, e não podemos pegar a lei com as mãos, mas temos que procurar o tribunal rabínico que vai cobrar do agressor o que é devido pela Torá, então o que sobrou para nós nos vingarmos que a Torá precisa acrescentar esses dois mandamentos?
O Midrash Sífra nos traz a explicação para esses dois mandamentos.
O que é considerado vingança pela Torá?
Uma pessoa disse para a outra :- Me empresta a sua foice. Mas a outra pessoa não emprestou.
No outro dia aconteceu o contrário. A pessoa que não emprestou a foice pediu a enxada emprestada para aquele que tinha pedido a foice.
A resposta foi:- Não vou te emprestar a minha enxada da mesma maneira que você não quis me emprestar a sua foice. Sobre isso foi dito : “É proibido se vingar”.
O que é considerado guardar rancor pela Torá?
Uma pessoa disse para a outra :- Me empresta a sua foice? A outra pessoa não emprestou.
No outro dia aconteceu o contrário. A pessoa que não emprestou a foice pediu a enxada emprestada para aquele que tinha pedido a foice, e a resposta foi:- pode pegar, não sou como você que não quis me emprestar a sua foice. Sobre isso foi dito : “É proibido guardar rancor”.
Em outras palavras, o rancor é comparado à uma “prisão de ventre” espiritual. Você só tem a perder com isso, nesse mundo você sofre e no próximo você ainda é julgado por causa disso.
Se até uma prisão de ventre material quanto mais tempo passa mais duro fica de tirar e mais perigoso fica, quando mais uma prisão de gente espiritual!
Então vamos fazer todo dia a nossa higiene espiritual e baixar a descarga sobre todas as nossas mágoas antes que elas fiquem duras demais e precisemos de mais esforço para removê-las!
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