Author page: Rabino Gloiber

O Kidush do Shabat

 

 

O Kidush da noite de Shabat

 

A Guemará nos conta que “aquele que fala o ‘Vaye’hulu’ (o Kidush) na noite do Shabat é considerado como se ele se tornasse parceiro de D’us na criação do mundo”.

 

A leitura do Kidush na noite de Shabat é uma Mitzvá que recai igualmente tanto para os homens quanto para as mulheres

 

A guarda do Shabat é o único ritual judaico que é um dos Dez Mandamentos é um mandamento tanto positivo quanto negativo e por isso recai sobre as mulheres também.

 

A Torá nos ordena “lembrar” (Za’hor) e “guardar” (Shamor) o Shabat.

 

Shamor – guardar

 

“Guardamos” o Shabat por meio de não fazer nenhum dos 39 trabalhos proibidos no Shabat que são chamados de mela’hot.

 

Esses 39 trabalhos proibidos de serem feitos no Shabat são chamados de “pais do trabalho”. Também suas derivações chamados de toladot, ou seja, filhos do trabalho, são proibidas de serem feitas no Shabat por serem ramificações derivadas desses trabalhos.

 

Za’hor – lembrar

 

“lembramos” o Shabat falando o Kidush na noite de sexta-feira e no dia de Sábado

 

Quando fazemos o Kidush cumprimos o mandamento positivo de “lembrar” do Shabat pelo fato de que o texto do Kidush enfatiza a santidade do dia, a distinção entre o Shabat e os seis dias da semana.

 

Sendo que estamos no mundo da ação, para trazer as bênçãos de cima temos que fazer uma ação material que é a sincronização entre o mundo de cima e o mundo de baixo.

 

Assim também em relação ao Shabat. Para trazermos as bênçãos do Shabat para esse mundo fazemos o Kidush com um copo de vinho e duas Halot (plural de Halá) que são nada mais e nada menos do que dois pães.

 

O vinho ou o suco de uva deve ser Kasher, e onde não é encontrado vinho Kasher você pode fazer pessoalmente um suco de uva Kasher para Shabat

 

Para facilitar para quem está começando, lá vão umas dicas básicas. Escrevemos essas dicas principalmente para quem mora no interior e não tem facilidade em comprar as coisas para Shabat.

 

Como fazer em casa o seu vinho para o Kidush:

 

Pela Halachá um suco de uva verdadeiro também é considerado vinho para o Kidush, aqui vai uma receita para fazer o seu suco de uva “bore pri hagafen” para todos os Shabatot do ano, principalmente se você tem crianças em casa.

 

Modo de preparo:

 

1- Compre uvas de qualquer tipo, lave as uvas, separe elas dos galhos e coloque elas dentro de uma panela (de preferência de pressão.

 

2- coloque a mão sobre as uvas e adicione água e açúcar . Essa água e açúcar tem que preencher somente os espaços entre as uvas e você coloca a mão encima para elas não flutuarem encima da água com açúcar sendo que a água com açúcar tem que preencher somente os “buraquinhos” entre as uvas mas não pode cobrir elas por cima nem se acumular separadamente no espaço de baixo caso elas flutuem, por isso você não deixa elas flutuarem.

 

3- Tampe a panela , acenda o fogo e deixe ferver um pouquinho.

 

4- Peneire o conteúdo da panela para uma jarra apertando e amassando totalmente as uvas dentro da peneira com uma colher até que todo o suco passe pela peneira e sobre dentro da peneira somente uma polpa

 

5- Coloque o suco em garrafas ou em uma jarra.

 

6- Mantenha o suco na geladeira e só retire para as refeições.

 

Se você não tiver vinho ou suco de uva kosher, você pode fazer o Kidush sobre o pão e, em vez de dizer a bênção Bore Peri HaGuefen, “que cria o fruto da videira”, você diz a benção, Hamotzi Le’hem min Ha’aretz, “que tira o pão da terra”.

 

Quando se usa pão em lugar de vinho, é preciso fazer a Netilat Yadaim antes de fazer o Kidush, para que se possa comer o pão imediatamente quando você termina o Kidush.

 

Netilat Yadaim

 

A Netilat Yadaiim é um jeito específico de se lavar as mãos. Antes de comer o pão, você pega um copo bem grande com a mão direita, enche ele de água e passa esse copo com a água para a mão esquerda.

 

A mão esquerda joga água três vezes sobre a mão direita e passa o copo para a mão direita. A mão direita joga água três vezes sobre a mão esquerda. Você faz a Brahá, a benção de Netilat Yadaiim e começa a falar o Kidush. Nesse caso, no lugar da Brahá do vinho no meio do Kidush você fala a Brahá do pão.

 

Mas em uma situação normal, quando você fez o Kidush sobre o vinho ou suco de uva, você bebe o vinho no final do Kidush e depois faz a Netilat Yadaiim e a Brahá do pão sobre dois pães.

 

Entre a Brahá da Netilat Yadaiim e a ação de comer um pedaço do pão depois da Brahá, não podemos falar para não fazer uma interrupção entre a Brahá e a ação. Depois que você comeu um pedaço do pão já pode falar Novamente.

 

O motivo de enchermos o copo com a mão direita e darmos o copo cheio para a mão esquerda jogar a água três vezes sobre a mão direita é uma sincronização espiritual que está ligada às Sefirót lá em cima.

 

Tanto a água quanto o lado direito estão ligados à Hessed, e o lado esquerdo está sincronizado com a Guevura. Por meio de enchermos o copo de água com a mão direita e passarmos ele para a esquerda para que ela comece o trabalho de purificação, subjugamos a Guevurá e ela se torna um acessório da Hessed 🌻🌻🌻🌻

 

Horários Judaicos

 

Horários Judaicos

 

Os meses judaicos são Lunares e é por meio deles que são determinadas as festas judaicas, o horário das Tefilot (rezas) e outras Mitzvót.

 

O mês judaico se inicia com o nascimento da lua que aparece no céu como um crescente estreito que gradualmente se torna mais pleno a cada noite, até ficar perfeitamente cheio e redondo, no meio do mês.

 

Então, a Lua “encolhe” até desaparecer totalmente por volta do fim do mês, para reaparecer novamente no começo do novo mês.

 

Quando a Lua surge primeiramente como um estreito crescente, é chamada em hebraico de Molad que é o nascimento da Lua.

 

No Shabat anterior a Lua nova, anunciamos e abençoamos o novo mês (exceto o mês de Tishrei, que é abençoado unicamente pelo próprio D’us).

 

De um nascimento da lua ao seguinte passam-se pouco mais de 29 dias e meio e essa é a duração do mês judaico.

 

Mas sendo que não podemos ter metade do dia pertencendo a um mês e a outra metade pertencendo ao mês seguinte, o calendário foi construído de maneira a termos, às vezes 29 dias, e às vezes 30 dias no mês judaico.

 

Nunca mais, nem menos.

 

E é por isso que às vezes, temos um dia de Rosh Hodesh (início do mês) e às vezes dois.

 

Quando temos um dia de Rosh Hodesh, significa que o mês que está terminando tem 29 dias.

 

Se temos dois dias de Rosh Hodesh, o primeiro pertence ao mês anterior, ou seja, é o 30º dia do mês que está terminando, enquanto que o segundo dia de Rosh Hodesh é o primeiro dia do novo mês.

 

Em um ano “comum” temos seis meses de 30 dias que são chamados de meses  “cheios” ou “completos”, e seis meses “curtos” de 29 dias, sempre um mês de trinta dias ao lado de um de 29, completando um total de 354 dias no ano lunar.

 

Em certos anos “perdemos” um dia, e em outros “ganhamos” um, fazendo com que o número total de dias do ano lunar  seja às vezes 353 dias, às vezes, 354 e às vezes 355.

 

O nosso calendário fixo foi montado dessa forma por vários motivos , entre eles o de evitar que Yom Kipur caia na sexta-feira, ou no domingo, para não acontecer de termos dois dias nos quais não se pode cozinhar um em seguida do outro .

 

É importante ter sempre o calendário judaico em mãos , para saber quando chegam as nossas festas religiosas.

 

 

Tekufot

 

A Torá nos traz as datas das festas judaicas, e às vezes até a estação do ano em que ela deve ser comemorada, como é o caso da festa de Pessa’h que deve ser comemorada explicitamente na primavera.

 

Sendo que nossos antepassados saíram do Egito na primavera levamos em conta para isso a primavera do hemisfério norte.

 

As estações do ano são chamadas de  Tekufot e estão ligadas ao ano solar que tem pouco menos de 365 dias e meio, enquanto que o ano lunar tem cerca de 11 dias a menos!

 

Se não levássemos em conta o ano solar, a festa de Pessa’h que pela Torá tem que ser na primavera cairia no Inverno !

 

Por isso, no calendário judaico o ano lunar e o ano solar devem estar sincronizados.

 

Para equilibrar entre o ciclo da lua e o ciclo do sol, o calendário judaico tem um mês a mais a cada três anos.

 

Ou seja, os 11 dias de diferença a cada três anos formam um novo mês de Adar antes de Adar, e nesse caso o mês de Adar normal se torna Adar 2 , empurrando o mês de Nissan para a Primavera.

 

E assim todas as outras festas cairão na época certa e nas estações adequadas.

 

A sincronização entre o ano lunar e o ano solar é um ciclo que se renova a cada 19 anos.

 

Portanto, o calendário judaico está dividido em ciclos de 19 anos nos quais sete têm um mês de Adar a mais. Esses anos são chamados de “Shaná Meuberet” e eles são o 3º, 6º, 8º, 11º, 14º, 17º e 19º ano.

 

Assim fica fácil descobrir se aquele ano judaico vai ter dois meses de Adar ou um só.

 

Dividimos o ano judaico daquele ano por 19; se o resto for 3, 6, 8, 11, 14, 17 ou 19 (no último caso, não sobrará resto), este será um ano com dois meses de Adar.

 

Por exemplo, nosso ano atual è 5786. Dividido por 19 fica 1099,34. Ou seja, vamos ter um Adar só.

 

Rabino Gloiber

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Rosh Hodesh

Rosh Hodesh

O calendário judaico é baseado na Lua. Ela aparece no céu no início de cada mês judaico como um crescente estreito, que gradualmente se torna mais pleno a cada noite, até ficar perfeitamente cheio e redondo, no meio do mês.

 

Então a Lua “encolhe” até desaparecer totalmente por volta do fim do mês, apenas para reaparecer no começo do novo mês.

 

Quando a Lua surge primeiramente como um estreito crescente, é chamada de  “Molad” que é o “nascimento da Lua”( “novilúnio” ).

 

No Shabat antes da Lua nova, anunciamos e abençoamos o novo mês exceto o mês de Tishrei, que é abençoado unicamente pelo próprio D’us.

 

De um Molad ao seguinte passam-se pouco mais de vinte e nove dias e meio, e essa é a duração do mês judaico.

 

Mas sendo que não podemos ter metade do dia pertencendo a um mês e a outra metade ao seguinte, o calendário foi construído de um jeito que às vezes temos vinte e nove dias no mês, e as vezes, trinta, mas nunca mais do que trinta e nunca menos do que vinte e nove.

 

É por isso que às vezes temos somente um dia de Rosh Hodesh que é o início do mês e às vezes dois.

 

Quando temos somente um dia de Rosh Hodesh, significa que o mês que terminou porque tinha somente 29 dias.

 

Quando temos dois dias de Rosh Hodesh, o primeiro dia de Rosh Hodesh  pertence ao mês anterior, ou seja, é o 30º dia do mês que terminou, e o segundo dia de Rosh Hodesh é o primeiro dia do novo mês.

 

Num ano “comum” temos seis meses “cheios”, ou seja, “completos”, que são os meses de 30 dias cada, e seis meses “curtos” de 29 dias, seguindo-se um ao outro (30, 29, 30, 29, etc).

 

Isso nos dá um total de 354 dias no ano judaico. Em certos anos “perdemos” um dia, e em outros “ganhamos” um, fazendo com que o número total de dias num ano seja de 353, 354, ou 355, conforme o caso.

 

As vezes o motivo para isso é para evitar que o Yom Kipur caia numa sexta-feira, ou num domingo, para não se seguirem dois dias de Shabat.

 

A Torá nos diz que Pessa’h deve ser na primavera, considerando-se as estações do hemisfério norte, que é a estação em que nossos antepassados saíram do Egito

 

Portanto, não devemos ignorar o sistema solar que determina as quatro estações do ano que em Hebraico são chamadas de “Tekufot”.

 

O Ano Solar tem pouco menos de 365 dias e meio, enquanto o Ano Lunar tem cerca de onze dias a menos!

 

Portanto, se ignorássemos inteiramente o Ano Solar, nossas festas não seriam na mesma época a cada ano com relação à estação do ano, e iriam atrasar onze dias.

 

Em cerca de três anos, sairiam fora de sua respectiva estação por aproximadamente um mês e em nove anos, por cerca de três meses. Nesse caso Pessa’h não seria mais na primavera, e sim no inverno!

 

Por isso fazemos a sincronização entre o Ano Lunar e o Ano Solar. fazemos essa sincronização adicionando mais um mês de Adar para empurrar o mês de Nissan para frente, para o seu lugar apropriado na primavera. acrescentando um mês a mais a cada dois ou três anos de acordo com a necessidade, e assim o nosso calendário se sincroniza tanto com o ciclo da lua quanto com o ciclo do Sol.

 

Dinossauros na visão Judaica

A Torá nos conta a idade de cada uma das pessoas mais importantes das dez gerações entre Adão e Noa’h mas não comenta sobre o tamanho dessas pessoas, como se existisse uma escala óbvia entre idade e tamanho.

 

Foram encontrados ossos de dinossauros, mas não foram encontrados desenhos deles entre os desenhos da antiguidade, nos indicando que eles viveram antes do dilúvio.

 

O Zohar nos conta que Rabi Hiya e Rabi Yehuda estavam andando nos “Montes Altos” e encontraram lá ossos de pessoas que morreram no dilúvio.

 

Eles resolveram medir um osso desses e andaram sobre ele trezentos passos (150 metros).

 

Então, imagine o erro dos cientistas quando colocam os ossos dos dinossauros ao lado dos ossos de alguns macaquinhos da época antiga (que eles dizem ser o macaco que virou homem e já o consideram homem).

 

O motivo principal do erro deles nessas proporções é que eles nunca encontraram um esqueleto de verdade de seres humanos que viveram antes do dilúvio, mas se encontrassem veriam que o maior dinossauro em relação aos seres humanos daquela época seria como uma galinha em relação a nós.

 

“Cúbito de Noa’h”:

 

A medida da arca é em ”amot”. Traduzido pelos portugueses antigos como cúbito, é a medida do antebraço entre o cotovelo e o pulso, nas pessoas de hoje é uma média de 50 centímetros.

 

Mas sendo que não sabemos o tamanho de Noa’h e a “escala métrica” do “amá” no caso dele é relativa ao tamanho do antebraço dele , com certeza a Arca era muito maior do que imaginamos.

 

O que é a benção Divina que te enriquece

 

Nossa Parashá nos conta que AShem (D’us) abençoou Noa’h e seus filhos.

 

O Zoar nos conta sobre o que escreveu o rei Salomão, que “a benção Divina é quem nos traz as riquezas e não precisamos acrescentar sofrimentos e esforço para receber essas riquezas, porque é suficiente a benção Divina, porque somente dela vem as riquezas.”

 

E como essa benção Divina que nos enriquece desce para o nosso mundo material?

 

A She’hiná 

 

A “She’hiná”, traduzido como “a presença Divina”, é a Sefirá chamada de Mal’hut.

 

Ela é comparada pelo Zoar a uma grande represa que recebe águas de muitos lugares e repassa essas águas para nós de acordo com as nossas necessidades, sem nos causar uma inundação.

 

A palavra “represa”,  em hebraico  bre’há בְּרֵכָה ,  vem da mesma raiz que a palavra benção em hebraico, Bra’há בְּרָכָה, nos mostrando que a Mal’hut é uma represa em relação às Sefirot que a antecedem, e isso se transforma para nós na benção Divina que nos traz todas as riquezas.

 

Zeir Anpin, a “Pequena Face”

 

O conjunto de Sefirot (plural de Sefirá) chamado de Zeir Anpin é composto pelas Sefirot: Hessed, Guevura, Tiferet, Netza’h Od e Yessod.

 

Esse conjunto de Sefirot que também é chamado de “Kudsha Brih’u”, repassa para a Mal’hut, que também é chamada de “She’hinta”, todas as coisas boas lá de cima.

 

Esse repasse acontece quando o Zeir Anpin e a Mal’hut se unem.

 

O Zeir Anpin é comparado ao noivo, a Mal’hut comparada a noiva, e a união dessas Sefirót lá em cima é comparada ao casamento.

 

Y’hud (a união) de Kudsha Brih’u e She’hinta

 

A união do Zeir Anpin e Mal’hut lá em cima só acontece no mérito do nosso estudo da Torá e do nosso cumprimento das Mitzvot que são os Mandamentos Divinos, aqui no nosso mundo da Assiá que é o mundo da ação.

 

Quando estudamos Torá e cumprimos os Mandamentos Divinos, estamos fazendo o “vestido” e as “jóias” da noiva.

 

Espiritualmente falando, estamos preparando a noiva para o casamento.

 

Quando essa união acontece, a Mal’hut recebe a fartura do Zeir Anpin por meio da Yessod e a repassa para nós, e essa é a benção Divina que nos trás as riquezas.

 

Podemos comparar a Mal’hut a uma mãe amamentando seu nenê.

 

Depois que ela comeu tudo o que precisava, ela repassa tudo aquilo para o nenê, mas no nível dele.

 

Naquele leitinho que ele está mamando estão todas as variedades de comida que ela comeu, e ela consegue fazer com que tudo isso chegue até o nenê, mas no nível dele.

 

Se ela desse para o nenê diretamente os alimentos que ela recebeu, ele não conseguiria comer e morreria de fome na frente de todos aqueles alimentos.

 

E essa é a característica da mãe, o pai não conseguiria fazer isso.

 

A capacidade de transformar o espiritual em bens materiais e repassar tudo isso para nós no nosso nível é a característica da Mal’hut e não do Zeir Anpin.

 

Essa formação de Sefirot chamado de Zeir Anpin representa o lado espiritual masculino, o pai que traz a comida para casa.

 

A Mal’hut nas Sefirot representa o lado espiritual feminino, a mãe que, depois de ter comido, amamenta o nenê repassando para o nível dele a comida que ela recebeu do marido.

 

Ou seja, não temos como receber a fartura lá de cima a não ser dessa forma.

 

Depois que essa fartura chega à Mal’hut, a Mal’hut nos repassa tudo isso em forma de bens materiais.

 

Somente assim conseguimos usufruir aqui nesse mundo o que recebemos do mundo de cima. E essa é a benção Divina que nos traz as riquezas.

 

Mas se a mãe não se alimenta, ela não tem como amamentar.

 

Por isso, quando não estudamos Torá e não cumprimos os Mandamentos Divinos, causamos a separação entre o Zeir Anpin e a Mal’hut.

 

A Mal’hut não recebe do Zeir Anpin e não tem como nos repassar o que ela não recebeu.

 

E esse é o segredo da benção Divina que te enriquece 🌻

 

Rabino Gloiber

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Porque Noa’h não ensinou os sete mandamentos dos filhos de Noa’h?

 

A Torá nos conta em duas Parashiót uma história de vinte gerações de Adão que foi o primeiro homem até o nascimento de Avraham Avinu .

 

Ou seja, em duas Parashiót a Torá nos conta o que aconteceu de importante em quase dois mil anos de história.

 

Depois disso a Torá nos conta a história do nosso patriarca Avraham que se estende por três parashiot.

 

Aprendemos daqui que uma história de mil anos de atrocidades de Adam até Noa’h termina em dilúvio, e mais mil anos sem D’us , de Noa’h até Avraham só não terminou em dilúvio porque D’us prometeu para Noa’h que não iria mais ter dilúvio.

Depois de dois mil anos , chega o nosso primeiro patriarca , Avraham Avinu ensinando as pessoas a rezarem para D’us e fazerem boas ações , e aí tudo mudou!

 

Noa’h era um Tzadik na geração dele, Avraham Avinu seria um Tzadik em qualquer geração.

 

Noa’h não fez o mal, mas também não fez o bem.

 

Não rezou pela sua geração, não tentou ensinar sua geração a se comportar de maneira melhor.

 

Noa’h construía a arca , e se alguém perguntasse para ele porque ele estava construindo essa arca, ele respondia que AShem (D’us) vai mandar um dilúvio por causa das atrocidades que eles estavam cometendo, e ele e sua família iriam se salvar.

 

Entre ele e as outras pessoas havia uma barreira, ele não tomava a iniciativa de ensinar as pessoas a se comportarem melhor e a rezarem para D’us, e também não rezava por elas.

 

Ele não se importava com elas.

 

Noa’h fez uma arca e salvou a sua família e os animais.

 

Está escrito que Noa’h era um Tzadik na geração dele (porque nela não tinha ninguém melhor) mas se ele estivesse na geração de Avraham Avinu já não seria tão importante assim.

 

Então porque ele foi chamado de Tzadik na geração dele?

 

Porque pelo menos ele tinha os valores certos , sabia o que era certo e o que era errado.

 

Noa’h não diria que cada um tem a sua opinião e está no direito de fazer o que quiser e se casar com o que quiser, mas respondia a quem perguntava que as más ações teriam como consequência um dilúvio.

 

Sabemos que existem sete mandamentos de bnei Noa’h, e quando temos a oportunidade ensinamos aos povos do mundo esses mandamentos, principalmente que não se deve fazer idolatria e que um homem deve se casar com uma mulher (os maiores problemas  da nossa geração).

 

Mas Noa’h não teve essa atitude de divulgar as próprias sete Mitzvot de bnei Noa’h.

 

Avraham Avinu foi o primeiro judeu , ele ensinou aos bnei Noach as Mitzvot deles .

 

Em outras palavras , aprendemos de Noach que não devemos ser como Noa’h mas temos que ter atitude como Avraham.

 

Por isso o dilúvio é chamado de “as águas de Noa’h”

 

 

Rabino Gloiber

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Shabat Bereshit


O Shabat Mais Impactante!

 

Como nos comportamos nesse Shabat, Shabat Bereshit, é assim que vamos nos comportar durante todo o ano.

 

Este Shabat é chamado de “Shabat Bereshit” e é o Shabat mais especial de todos os Shabatot do ano.

A singularidade deste Shabat se encontra no fato de ele constituir um ponto de conexão entre o mês de Tishrei, um mês cheio de festas Judaicas, cheio de santidade, e o mês de Heshvan que é um mês “vazio” porque não tem festas Judaicas, ele é o mês “mundano”, omês de coisas desse mundo.

 

Sendo que este Shabat inclui esses dois opostos, a alegria e a santidade das festas Judaicas em comparação com a rotina e a mundanidade, ele nos dá forças especiais para continuarmos nosso elevado estado de santidade e alegria do mês de Tishrei, em nosso trabalho diário no mundo, nos “dias mundanos”!

 

Os Rebes de Lubavitch explicam que da maneira que nos comportamos no Shabat Bereshit dessa mesma maneira vamos nos comportar o resto do ano.

 

Por que este Shabat é mais especial do que outros Shabatot?

 

O Rebe explicou que é porque neste Shabat lemos as palavras “Bereshit Bara Elokim et a shamaim v’et a aretz”  (“No princípio D’us criou os céus e a terra”).

 

Isso nos ensina que D’us criou este mundo. É o Seu mundo! Ele o criou do nada. E, além disso, o grande milagre é que a criação do mundo acontece a cada segundo!

 

D’us está recriando o mundo a cada segundo para nos dar a oportunidade de realizar Seu desejo de que sejamos Seus parceiros em tornar este mundo um lugar mais sagrado e melhor, aprendendo Torá e praticando atos de bondade e benevolência.

 

Às vezes, podemos encontrar desafios ao aprender a Torá ou cumprir os Mandamentos Divinos. Podemos até encontrar muitas coisas que parecem ser “obstáculos”.

 

Mas quando nos lembramos de que este é o mundo de D’us, Ele o criou, Ele o recria continuamente, e foi Ele quem nos ordenou a cumprir nossa missão, e Ele não nos pediria para fazer algo impossível, então a questão realmente depende da nossa vontade e dos nossos esforços. E, claro, com a ajuda de D’us, teremos muito sucesso!

 

O primeiro homem recebeu o Mandamento de não comer a fruta da Etz a Daat por três horas. Ou seja, desde o momento no qual ele foi criado até depois do pôr do Sol que era o  momento da entrada do Shabat da criação.

 

Por que Adão fez o que fez? Ele não podia simplesmente esperar algumas horas para comer a fruta daquela árvore?

 

O Rebe explica que quanto maior e a pessoa também maior e a má inclinação dela, ou seja, maior seu yetzer aRá.

 

Aprendemos com isso que quanto mais algo é importante para nós, mais o lado ruim, o Yetzer ará, opõe resistência a ele.

 

E faz com que todos os tipos de desafios e obstáculos pareçam existir.

 

Então vamos ficar muito alegres neste Shabat e não dar importância para os obstáculos desse mundo, e assim vamos continuar o ano inteiro, olhando para as coisas boas que temos a frente e ficando feliz por termos deixado os obstáculos desse mundo para trás.

 

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Mensagem da Parashá

Bereshit

Bereshit

 

Nossa Parashá nos conta como D’us criou o mundo em seis dias há menos de 5800 anos atrás.

 

Se um cientista estivesse com todo o seu equipamento nos seis dias da criação, iria analisar uma pedra e dizer que ela tem milhões de anos.

 

Ele iria cortar uma árvore, contar quantos anéis há nela, e concluir que ela tem mil anos.

 

e por final entrevistar Adão e Eva e concluir que eles são dois adultos falando hebraico clássico fluentemente, e não dois bebês recém-nascidos.

 

Assim D’us criou o universo. Tudo em seis dias, mas com tanta qualidade que parece até que levou milhões de anos para fazer!

 

O cientista ficaria espantado com a capacidade Divina de conseguir criar tudo em seis dias há menos de 5800 anos atrás e não precisar esperar milhões de anos para ver se algo absurdamente surge sozinho.

 

Se os dinossauros foram cruzamentos híbridos que morreram no dilúvio, ou se foram criados originalmente nos seis dias da criação, entraram na arca de Noé mas não se adaptaram ao clima pós dilúvio, isso fica em aberto.

 

Mas o fato de D’us ter criado lugares no mundo como o Grand Canyon, com certeza foi para nos dar o livre arbítrio para podermos escolher entre D’us e as “teorias da criação”!

 

No primeiro dia da criação é usada a palavra “D’us criou”, no terceiro dia está escrito “a terra tirou”. Rashi explica que tudo foi criado potencialmente no primeiro dia, mas a terra foi tirando por ordem Divina a criação de cada dia .

 

Daqui vemos que tudo saiu da nossa terra, ou seja, a galáxia inteira!

 

O Sol, a lua, as estrelas e os planetas e que D’us colocou no céu no quarto dia foram tirados da terra e colocados no céu. Talvez até com as plantas que “a terra tirou” no terceiro dia. E assim poderíamos encontrar vegetação em outros planetas e em outras galáxias.

 

Mas uma coisa é certa e não “talvez”, quando chegamos à criação do homem tudo muda. D’us faz um homem de terra e “sopra” nele uma Alma Divina, diferente dos outros dias da criação.

 

Ou seja, ser humano, vida inteligente, isso D’us criou separadamente no sexto dia e somente aqui na nossa terra.

 

Então como pode ser que pessoas fotografaram discos voadores no céu e coisas desse gênero? Voltamos para o assunto do Grand Canyon: isso vem para nos dar o livre arbítrio e a possibilidade de escolha.

 

O Midrash nos conta que quando Moshe Rabeinu (Moisés) estava no monte Sinai, o anjo da morte fez um filme no céu mostrando o enterro de Moshe.

 

Todos viram, e se tivessem celular naquela época poderiam até ter filmado e colocado no YouTube. Mas tudo era uma ilusão. No outro dia Moshe desceu do Monte Sinai, cheio de vida e com muita energia!

 

Ou seja, o “outro lado” pode usar esse recurso também em certas ocasiões e fazer discos voadores no céu para usarmos o nosso livre arbítrio e optarmos pela verdade de que vida material inteligente existe somente no nosso planeta, ou pelas “teorias” inventadas pelos homens.

 

Sabemos que os dias da criação foram de 24 horas mesmo nos dias em que não havia sol e lua, sendo que D’us vincula a guarda do Shabat especificamente aos dias da criação, e se eles fossem maiores do que os atuais teríamos que esperar um período maior entre um Shabat e outro.

 

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Sheminí Atzéret

Sheminí Atzéret

Em 22 de Tishrei começa a festa de Sheminí Atzéret  que é uma festa à parte ao final de Sucót. Nessa festa também fazemos uma reza especial por chuvas para a Terra de Israel.

Em Sheminí Atzéret fazemos o kidush dentro da Sucá mas não falamos mais a Bra’há da Sucá. No dia de Sheminí Atzéret falamos a reza de Yizcor em memória de entes queridos falecidos.

 

Costumes de Sheminí Atzéret

Akafót

Na noite de Sheminí Atzéret, depois da reza da noite que é chamada de Arvít, fazemos sete Akafót (voltas) segurando o Séfer Torá que é o pergaminho onde estão escritos os cinco livros da Torá.

Damos essas voltas em volta da bimá que é a mesa onde lemos o Séfer Torá. Fazemos essas voltas segurando o Séfer Torá com danças e alegria e o principal é trazer as crianças para participarem das Akafót para que elas cresçam sentindo sempre a alegria do judaísmo.

Em Sheminí Atzéret fora de Israel ainda comemos na Sucá, mas já não falamos a Bra’há Lishév Bassucá. Costumamos fazer as Halot de Sheminí Atzéret redondas.

Proibições

Sheminí Atzéret é uma festa da Torá que se encontra na categoria de Yom Tov

Quando o Yom Tov acontece no Shabat, as mesmas proibições de Shabat recaem sobre ele.

Quando o Yom Tov acontece durante a semana, os  trabalhos proibidos de fazermos no Shabat são proibidos de fazermos em Yom Tov fora as seguintes exceções.

Permissões

No Yom Tov é permitido carregar de casa para o domínio público e vice versa tudo o que você precisa usar no Yom Tov.

No Yom Tov é permitido cozinhar e também fazer outras atividades ligadas à preparação dos alimentos.

Podemos cozinhar no Yom Tov usando o fogo de uma chama acesa na véspera de Yom Tov ou passando a chama desse fogo aceso na véspera de Yom Tov para o fogão por meio de um palito grande, mas não podemos apagar fogo no Yom Tov.

Por isso não podemos apagar o palito que usamos para passar o fogo da vela para o fogão e nem abaixar o fogo.

O lado Sobrenatural de Sheminí Atzéret       

Sucót é uma festa de sete dias e que Sheminí Atzéret é chamada pela Torá de o “oitavo dia”

No judaísmo, o número sete representa um ciclo natural. D’us criou o mundo em sete dias, cada um correspondendo a uma das sete Sefirot emocionais, e é por isso que uma semana que é um ciclo básico e fixo de tempo é composta de sete dias.

Muitos dos mandamentos do judaísmo são associados com o número sete: o Shabat, o ano sabático, as Sheva Bra’hót que são os sete dias que temos que alegrar o noivo e a noiva após o casamento, e etc.

O número oito representa o sobrenatural.

O Brit Milá acontece no oitavo dia do nascimento de um menino porque simboliza a conexão sobrenatural entre nós e D’us.

Hanuká, por exemplo, é celebrado durante oito dias por causa do milagre sobrenatural do azeite. A festa de Hanuká é uma festa Derabanan, ou seja, instituída pelos nossos sábios por causa do milagre de oito dias que aconteceu na época do segundo Beit a Mikdash

Sheminí Atzéret é uma festa Deoráita, uma festa da própria Torá, e ela é a única festa da Torá associada ao número oito.

Pela Torá, a festa de Pessa’h é uma festa de sete dias, e o oitavo dia de Pessa’h que acontece fora da nossa “Terra Santa” é uma Mitzvá Derabanan baseada no direito que a Torá deu aos nossos Sábios de que tudo o que eles vão decretar no Beit a Mikdash não vamos nos desviar nem para a direita e nem para a esquerda.

Sheminí Atzéret  nos ensina, assim como o Brit Milá, que a nossa conexão com D’us é sobrenatural, está acima de todas as limitações.

O tema principal de Sheminí Atzéret é a alegria que representa nossa conexão íntima e sobrenatural com D’us, sendo que sobre D’us está escrito:  עֹז וְחֶדְוָה בִּמְקֹמוֹ.

Que quer dizer “Força e alegria em seu lugar”. Ou seja, não existe tristeza lá em cima mas tudo lá em cima é força e alegria.

A alegria rompe todas as fronteiras, nos dá a capacidade de transcender todas as barreiras e obstáculos do mundo natural e atingir objetivos sublimes tanto no âmbito material quanto no âmbito espiritual.

O quarto Rebe de Lubavitch, Rabi Shmuel Schneerson  nos ensinou: “O mundo diz: ‘Se você não puder passar por baixo de um obstáculo, pule por cima dele. Mas eu digo: “Em primeiro lugar já pule por cima dele”!

Esse conceito de pular por cima dos obstáculos é o que Sheminí Atzéret nos ensina: que por força de nossa Alma e nossa conexão com D’us, temos o poder de transcender o mundo natural e todos os seus limites e limitações.

A vida nesse mundo é uma corrida de obstáculos, e quando fazemos nosso Trabalho Divino com alegria, ou seja, quando servimos a D’us com alegria, conseguimos pular todos os obstáculos.

O número oito no judaísmo, além de representar o milagroso, também simboliza a perfeição.

Outra razão para o Brit Milá se realizar no oitavo dia é porque um dos vários motivos da circuncisão é “completar” o potencial de perfeição no ser humano.

Um dos significados da palavra “Atzéret” é “reter”.  Reter algo para levá-lo ao seu estado de inteireza ou perfeição.

Assim sendo, o nome Sheminí Atzéret significa o oitavo dia, que é o dia adicional que leva o sétimo dia de Sucót a seu estado de perfeição.

E essa é mais uma razão para representar o clímax da nossa alegria em Sheminí Atzéret que é maior do que a nossa alegria em Sucot, porque representa um estado de perfeição da alegria.

A Mitzvá de Sheminí Atzéret

Está escrito: בַּיּוֹם֙ הַשְּׁמִינִ֔י עֲצֶ֖רֶת תִּהְיֶ֣ה לָכֶ֑ם כׇּל־מְלֶ֥אכֶת עֲבֹדָ֖ה לֹ֥א תַעֲשֽׂוּ

Nessa ocasião D’us nos promete que vamos nos alegrar juntos”.

O Rei Shlomó (Salomão) explicou: ‘ Em Você nos alegraremos…’ (Cântico dos Cânticos, 1:4):   ‘Em Você’ quer dizer: na Sua Torá,  nas Suas salvações”. (Pessikta de R. Kahana, seção 30)

Sheminí Atzéret, diferentemente de outras festas do calendário judaico, não possui um ritual especial a não ser um: Sim’há, uma alegria extraordinária.

O mandamento da Sim’há desse dia é ordenado na própria Torá, no versículo: “E você vai ser somente alegre” (Re’ê16:15).

Nossos Sábios nos ensinaram que esse versículo não é apenas um Mandamento, mas também uma promessa Divina: “Se vocês cumprirem o mandamento de Sim’há (estar alegre em Sheminí Atzéret), vocês têm a garantia (Divina) de que estarão alegres para sempre”.

Contam sobre Rabi Yonatan Eybeschutz

que era um grande Tzadik (uma pessoa altamente elevada), que quando ele era criança pediu para o seu pai uma maçã e o painão concordou em dar aquela maçã para ele.

Então o pequeno Yonatan falou a Bra’há que precisamos falar antes de comer uma fruta, e o pai, não querendo que o filho fosse culpado por ter dito uma Bra’há com o nome de D’us em vão, não teve escolha a não será de dar prontamente a maçã ao filho…

E essa é a mensagem de Sheminí Atzéret:

Se nessa data festiva nós nos alegrarmos como nos ordena a Torá, com fé absoluta de que D’us dará para todos nós um ano bom e doce, esta alegria por si só já obriga nosso Pai Celestial a atender os desejos fervorosos de Seus filhos, não permitindo que nossos desejos e o cumprimento do mandamento de sermos felizes, tenham sido em vão.

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Sheminí Atzéret e a Gueulá

Outro significado do termo Atzéret é “final, encerramento”, já que Sheminí Atzéret é a conclusão das festas da Torá que se iniciam com a saída do Egito em Pessa’h.

Rabi Abraham Sabá que foi um grande cabalista refugiado da inquisição portuguesa depois de ter passado por grandes torturas, escreveu que o número oito de Sheminí Atzéret (“o oitavo dia”) se refere às oito impérios que oprimiram o nosso povo durante toda a nossa história e o “oitavo dia” indica o fim de todos esses opressores

Está escrito, ‘No Oitavo Dia será Atzéret para vocês’, nos ensinando que esse é o dia de nossa Gueulá, o dia de nossa redenção final e salvação de nossas Almas” (Tzror Hamor, Pinchas 29:35).

As Festas da Torá celebram eventos do passado do nosso povo:

Pessa’h celebra nossa libertação da escravidão no Egito. Shavuot, a entrega da Torá e Sucot, os 40 anos em que o nosso povo vagou pelo deserto sob a proteção das nuvens do Todo Poderoso.

Sheminí Atzéret, por outro lado, celebra um evento futuro, o mais esperado de toda a história humana.

Shemini Atzéret é a mais alegre das festas da Torá porque ela celebra o que vai acontecer, a chegada do Yom Shekulo Tov, a época inteiramente boa que durará por toda a eternidade.

A Gueulá verdadeira e completa em breve em nossos dias Amén

Não se esqueçam de acender as velas de Yom Tov dezoito minutos antes do pôr do Sol. Junto com as velas de Yom Tov acrescentamos uma vela de sete dias para a partir dela passarmos o fogo para as velas de Sim’hat Torá amanhã depois da saída das estrelas.

Pelo menos a vela de sete dias você tem que acender hoje antes do pôr do Sol e as velas de Yom Tov de hoje você pode acender de noite passando o fogo da vela de sete dias para as velas de Yom Tov

Hag Samea’h

Rabino Gloiber

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Oshaná Rabá

 

O sétimo e último dia de Sucot, Oshaná Rabá, é considerado o último dia do Julgamento Divino, quando o que foi decretado em Yom Kipur é selado e o destino do novo ano determinado.

 

São chamados de Oshanot que é o plural de Oshaná os pequenos cânticos que falamos diariamente durante a semana de Sucot.

 

A cada dia, uma reza de Oshaná é feita e nessa hora todos dão uma volta com os Arbaat a Minim em volta da Bimá que é a mesa onde lemos a Torá.

 

Em Oshaná Rabá que é o sétimo dia de Sucot, fora os Arbaat a Minim que  usamos durante os dias de Sucot, fazemos um ritual especial com cinco ramos de um tipo de salgueiro que são as aravot, as Oshanot.

 

Esta é a razão pela qual, no Talmud, o sétimo dia de Sucot é chamado de “Dia do Salgueiro” ou “Dia de Oshaná”.

 

Neste dia, com os Arbaat a Minim na mão, falamos sete pequenas rezas que são chamadas de Oshanot , dando sete voltas ao redor da Bimá com os Arbaat a Minim.

 

 

Terminando as Oshanot, nossos  Profetas instituíram o costume judaico de bater estes ramos de salgueiro no chão, cinco vezes, para assim “adoçar as “cinco guevurót” que são cinco tipos de severidade que podem chegar até nós como consequência do nosso Julgamento no Tribunal Divino”.

Em várias comunidades judaicas esse dia é considerado uma espécie de Yom Kipur.

Costumamos permanecer acordados durante toda a noite, estudando a Torá e lendo os Tehilim.

Há os que estudam Torá dentro da sucá, pois há uma tradição segundo a qual os Ushpitzin – que a visitaram durante Sucot – poderiam atuar como advogados de defesa perante a Corte Celestial.

 

 

 

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