Mensagem da Parashá

Você é uma parte de Hashem (D’us)

Hai Elul, o dia dezoito do mês de Elul é “o aniversário dos dois grandes Tzadikim”, ou seja, duas pessoas altamente elevadas, o Baal Shem Tov, que nasceu em 1698, e o Alter Rebe, Rabi Shneur Zalman de Liadi, que nasceu em em 1745.

 

A categoria da Torá que mostra a ligação espiritual entre as letras hebraicas e os números é chamada de “Guemátria”.

A Guemátria do número dezoito são as letras hebraicas “ח” e “י” que formam a palavra “Hai”, que em Hebraico quer dizer “vivo”.

 

Por isso, costumamos chamar o décimo oitavo dia de Elul de Hai Elul.

 

O Rebe anterior de Chabad, Rabi Yossef Yitzhak Shneerson, nos ensinou que existe uma conexão direta entre a Guemátria do dia 18 de Elul e a Guemátria do próprio nome do mês de Elul.

 

As letras da palavra Elul em Hebraico são as iniciais das palavras “eu existo para o meu amado e o meu amado existe para mim”, ou seja, a conexão direta entre nós e Hashem, D’us.

 

“Eu sou do meu Amado…” representa a intensificação da ligação entre nós e Hashem que acontece no mês de Elul.

 

O Baal Shem Tov trouxe uma nova vitalidade para todos os aspectos da vida judaica e o Alter Rebe nos ensinou como usar essa vitalidade.

 

A vitalidade que recebemos por meio dos ensinamentos do Baal Shem Tov nos traz uma grande energia no Trabalho Divino especialmente no mês de Elul quando todos os aspectos do nosso Trabalho Divino são feitos em maior intensidade.

 

A diferença entre uma pessoa viva e uma pessoa morta não pode ser medida pelo número de membros da pessoa ou por qualquer outra medida material.

 

A vida não é um ingrediente tangível que pode ser adicionado à matéria de uma entidade: é uma expressão da Alma, uma dimensão espiritual que não pode ser calculada em termos materiais.

 

Essa qualidade espiritual, no entanto, transforma a nossa natureza.

 

Um corpo vivo se identifica tão inteiramente com sua Alma a ponto de assumir as qualidades da Alma.

 

A vitalidade pode, no entanto, ser descrita em diferentes níveis.

 

Quando falamos em sentir-se mais vivo, por exemplo, queremos dizer que um nível superior da Alma se manifesta no corpo.

 

E como nossa alma é “verdadeiramente uma parte de Hashem (D’us)”, sua força vital é infinita, cada um de nós tem um potencial ilimitado sendo que “você é a sua Alma” e o seu corpo sem você nele é um corpo morto.

 

O potencial infinito da alma é espelhado pela natureza infinita da nossa Emuná, da nossa fé.

 

Pelo motivo de estarmos vestidos em um corpo material que, como nossas roupas, não só se move de acordo com os nossos movimentos, mas também limita os nossos movimentos, nosso intelecto e nossas emoções são limitados pelos limites do nosso corpo.

 

Nossa Emuná, nossa fé, ao contrário, é indefinível e infinita, assim como nossa Alma.

 

Por meio da nossa Emuná temos o poder de dar expressão ilimitada ao potencial da Alma, vivendo nossas vidas com uma vitalidade imensurável.

 

Rabino Gloiber

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O relacionamento entre Hashem e o povo de Israel

Nossa Parashá começa nos contando sobre as frutas da Terra de Israel, de como devemos expressar a nossa gratidão ao criador lembrando toda a história do nosso povo desde que chegamos ao Egito e fomos escravizados até que Hashem nos tirou do Egito com grandes milagres, agradecemos pelas coisas tão boas que Hashem fez para nós.

 

Depois a Parashá  fala sobre bençãos e maldições e na continuação fala explicitamente sobre as maldições.

 

Dizem nossos Sábios que com o mesmo entusiasmo que agradecemos à D’us pelas coisas boas que ele nos dá temos que agradecer pela coisas ruins, e podemos perguntar, e com razão, qual seria o mínimo motivo para agradecer pelas coisas ruins que nos acontecem?

 

Sobre as coisas boas que ele nos dá temos que agradecer e não podemos ser ingratos, mas será que existe gratidão também pelas coisas ruins?

 

O relacionamento entre Hashem e o povo de Israel.

 

No casamento Judaico o marido assume a responsabilidade pelas despesas da esposa.

 

Entre as obrigações que ele assume está a obrigação de comprar roupas para a esposa, e que mulher não gosta de receber uma roupa nova?

 

Entre essas obrigações está também a obrigação de comprar jóias ou pelo menos semi jóias para a esposa, e que mulher não ama receber uma jóia?

 

E também entre essas obrigações está a obrigação de levar a mulher para o médico caso ela fique doente, e não só a obrigação de pagar o médico caso ele cobre, mas também a obrigação de pagar as despesas dos remédios e do tratamento caso ela precise.

 

Mas será que existe alguma mulher que ama ser internada em um hospital?

 

Muito pelo contrário!

 

Mas sendo que ele é o responsável por ela e ela está doente ele é responsável pelo tratamento dela também.

 

E com certeza depois desse tratamento ele vai dar muitos presentes para ela para e levar ela para muitos passeios para consolar ela pelo que ela sofreu.

 

E o principal, sempre ela vai estar mais agradecida à ele por ter salvo a vida dela, mesmo que essa parte da história do casal foi a mais dolorida.

 

E essa é a mensagem da Parashá:

 

No começo a Parashá nos ensina como devemos agradecer à Hashem (D’us).

 

Devemos ir para Yerushalaim para levar as primeiras frutas que Hashem nos deu e na nossa declaração de agradecimento também lembramos o fato de termos descido para o Egito e os egípcios terem nos escravizado.

 

Em outras palavras, viemos para agradecer pelas frutas, mas nesse agradecimento lembramos que éramos escravos no Egito e que Hashem nos tirou de lá com milagres sobrenaturais e nos deu essa terra maravilhosa para nos consolar de tudo que passamos.

 

Na hora que agradecemos pelas frutas e contamos que éramos escravos no Egito e como Hashem nos salvou de lá, as frutas já perdem a importância em relação aos milagres tão grandes que Hashem fez para nos tirar do Egito.

 

Na continuação a Parashá nos conta sobre as bençãos que virão para nós se fizermos as coisas certas e sobre as maldições se fizermos as coisas erradas.

 

Aprendemos daqui o comprometimento Divino em relação à nós, como a Torá compara Hashem ao marido e o povo de Israel à esposa.

 

Quando fazemos o que é certo estamos espiritualmente saudáveis e recebemos de Hashem tudo de bom como a esposa que recebe do marido as roupas novas e as jóias e está super feliz.

 

Quando nos comportamos errado ficamos espiritualmente doentes, nossa Alma fica doente.

 

Então não é hora de recebermos roupas e jóias porque precisamos de uma coisa muito mais importante do que isso, um tratamento que salve a nossa vida.

 

Nessa hora Hashem assume a responsabilidade que ele tem em relação à nós e nos traz o que chamamos de maldições, mas que na verdade são bondades ocultas, muito superiores às bondades reveladas.

 

Porque elas tem a capacidade de curar a nossa Alma, o que as bondades reveladas não tem.

 

Essas maldições são o bem do mundo oculto, o mundo do “Tohu” que é superior ao mundo revelado e só consegue descer para esse mundo em forma de maldições, mas quando essa embalagem de maldições passa surge o conteúdo que são bençãos muito superiores às bençãos reveladas.

 

Na hora do “tratamento” imaginamos que essas maldições são tão intensas que elas “vieram aqui para ficar”, e por isso antes de chegar às maldições da Parashá, no agradecimento pelas frutas, já fazemos a nossa declaração de que fomos escravizados no Egito mas que no fim Hashem nos tirou de lá com milagres sobrenaturais e nos deu a melhor terra do mundo para compensar o que passamos.

 

Ou seja, temos a garantia antecipada de que as maldições sempre passam, mas o principal, temos a garantia de que depois que elas passam tudo fica muito melhor do que era antes de ela chegarem para nos consolar do que passamos.

 

E esse é o segredo da nossa vida nesse mundo.

 

Passamos por um longo exílio na nossa história de 3500 anos, ficamos mais tempo fora da nossa Terra Prometida do que nela.

 

Mas depois de todo esse “tratamento” chega a Gueulá, nossa redenção final em breve em nossos dias e Hashem nos indeniza por tudo o que passamos.

 

Nossa “Terra Prometida” deixa de ser a dificuldade que é hoje, e no lugar de termos que implorar para pequenos países árabes fazerem conosco acordos de paz dando para eles em troca de um pedaço de papel o lugar do nosso Beit Hamikdash e a terra dos nossos antepassados para eles fazerem um país independente…

 

No lugar disso Hashem vai fazer para nós milagres sobrenaturais à ponto de os milagres da saída do Egito perderem a importância de tão grandes que vão ser os milagres da Gueulá em breve em nossos dias!

 

 

Rabino Gloiber
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O refinamento da nossa Alma

Nossa Parashá nos conta, entre muitos assuntos interessantes, sobre bençãos e maldições.

 

D’us é a essência do bem e a natureza do bem é fazer o bem, então o que são essas aparentemente maldições descritas na Torá de maneira tão detalhada?

 

O refinamento da Alma

 

A primeira explicação para isso está no segredo das reencarnações. Nós somos uma Alma Divina jovem e linda dentro de uma roupa às vezes velha e remendada que é o nosso corpo material.

 

Quando cumprimos os mandamentos Divinos nos tornamos uma Alma Divina mais jovem e linda, refinada e reluzente, sendo que os mandamentos Divinos são a sincronização entre nós e a fonte da vida, o mundo de cima.

 

Quando transgredimos os mandamentos Divinos nos sincronizamos com a fonte da morte, o mundo “de baixo” o mundo da impureza que em breve vai desaparecer na época do Mashia’h.

 

Enquanto esse mundo da impureza ainda existe, ainda existe também a possibilidade de fazermos uma transgressão e nos sincronizarmos à ele fazendo grudar na nossa Alma verdadeiras “fezes espirituais” fazendo com que a nossa Alma Divina deixe de ser jovem e linda, pura e reluzente, e se torne somente um bem oculto dentro de toda essa impureza.

 

Para nos limpar de todas essas “fezes espirituais”, principalmente quando já estamos drogados por elas e não temos mais vontade de sair do meio delas mas somente de acrescentar mais impurezas às impurezas que já nos envolvem, Hashem tem que nos fazer um verdadeiro milagre, e isso acontece dessa maneira.

 

Recebemos lá de cima uma revelação Divina enorme, uma enorme fonte de bondade, revestida dentro de uma grande maldição, da mesma maneira que a nossa Alma Divina pura e linda está revestida dentro dessas grandes impurezas.

 

Depois que esse revestimento desaparece, ou seja, que a embalagem em forma de maldição dessa benção enorme desaparece, sobra apenas essa enorme Benção que não teria como descer para esse mundo em outro tipo de revestimento.

 

O revestimento de impurezas que envolve a nossa Alma desaparece dessa forma e voltamos a ser aquela Alma Divina pura e linda que éramos antes, mas agora com um grande acréscimo de revelação Divina que não tinhamos antes.

 

Por isso diz o Zohar que essas maldições representam o bem do mundo oculto que é muito superior ao bem do mundo revelado.

 

Então, quando acontece uma coisa que aparentemente é uma maldição, precisamos ter muita paciência até essa embalagem desaparecer e esse enorme bem oculto se revelar.

 

Rabino Gloiber
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Como a bondade Divina chega até nós

Nossa Parashá conta sobre bençãos e maldições. Sabemos que D-us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem , então o que são essas maldições?

 

Rabi Shneor Zalman fazia pessoalmente a leitura do Sefer Torá em Liozna. Uma vez ele não estava na cidade e outra pessoa leu.

 

O filho do Rabi Shneor Zalman que se chamava Dov Ber ficou tão angustiado quando ouviu as maldições que passou mal o mês inteiro.

 

Quando perguntaram para ele porque nos anos anteriores ele não passou mal, ele respondeu :- Quando meu pai lia não se ouvia nenhuma maldição !

 

Quando esse filho cresceu e se tornou o Rebe da cidade de Lubavitch ele deu a seguinte explicação:

 

Dentro de todo acontecimento infeliz está revestida uma bondade enorme, portanto tudo que D’us faz é para o bem e não existe mal que desce lá de cima , e por isso se faz uma benção sobre um acontecimento infeliz da mesma maneira que se faz uma benção sobre um acontecimento feliz.

 

Quando termina esse aspecto negativo, automaticamente se revela o bem que estava oculto nele que é muito superior a uma bondade revelada, como ouvi do meu pai (Rabi Shneor Zalman) sobre a raiz do assunto das maldições da Torá que no final elas se transformam em “super bençãos” por causa da grande intensidade da bondade oculta nelas que se revela quando termina esse revestimento de extrema rigidez”.

 

O Baal Shem Tov deu sobre isso um exemplo de uma pessoa que fez algo contra um Rei muito bondoso e poderoso.

 

Essa pessoa foi condenada a morte pelo tribunal, mas no lugar disso o Rei pediu para darem à ele um cargo no governo e depois ir promovendo ele cada vez para um cargo mais alto e mais próximo Rei.

 

Quanto mais essa pessoa subia e se aproximava do Rei mais ele ficava com vergonha do que tinha feito.

 

Quanto mais ele via a força e o poder do Rei e junto com isso a grande bondade do Rei que usava todo o seu poder para ajudar as pessoas, quanto mais via a honra que todos davam ao Rei, mais ele sofria com a lembrança do que tinha feito.

 

No final ele chegou à conclusão de que não existia castigo pior do que esse!

 

Porque se tivesse sido condenado à morte, não sofreria tanto com esses remorsos.

 

O Rei vendo que essa pessoa se arrependeu do seu comportamento e voltou a se comportar certo o desculpou totalmente.

 

Esse Rei é Hashem e essa pessoa somos nós, a maldição não precisa ser necessariamente uma tragédia para fazermos teshuvá mas podemos cumprir essas maldições dessa forma também, como na estória acima.

 

Por isso está escrito:-“E será quando vier para você a benção e a maldição , você vai colocar no seu coração (se concientizar) etc”.

 

Ou seja, a benção nesse caso pode ser considerada uma maldição por nos trazer à essa conscientização.

 

Conclusão :

 

O acontecimento infeliz é um bem oculto de uma intensidade tão grande que não tem como ele descer para esse mundo de uma forma revelada, e por isso ele desce com um revestimento de maldição.

 

Por isso devemos estar sempre alegres. E mesmo que aparentemente as coisas não estão como deveriam estar, temos que ter uma fé total de que quando esse revestimento terminar e o bem oculto se revelar vamos ver que valeu a pena ter tido um pouquinho paciência para depois usufruir de uma bondade que não teríamos como chegar à ela de outra maneira.

 

Porque tudo o que recebemos lá de cima para pelas Sefirót, e o desencadeamento das Sefirót lá em cima é:

 

Primeiro a Hessed que é a bondade, mas que ainda pode sair dela uma coisa ruim como por exemplo a chuva que é uma grande bondade Divina, mas que pode sair dela também uma inundação.

 

Depois vem a  guevurá que é a rigidez, a dureza, a severidade.

 

Somente depois que passa a guevurá chega a Tiféret que é a bondade intensa, como por exemplo a chuva na hora certa e na medida certa, que faz tudo florescer e que dela não sai nenhuma inundação.

 

Mas para chegarmos à essa bondade intensa , obrigatoriamente temos que passar por um pouquinho de guevurá.

 

Mas logo vai chegar a Gueulá e aí será só bondade intensa e revelada eternamente !

 

 

Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová UMetuká

Rabino Gloiber

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Ki Tetzê

Ki Tetzê

 

Nossa Parashá nos conta sobre um exército no qual o Cohen antes da guerra anunciava à todos , entre outras coisas , que quem teme morrer na guerra por ter feito um pecado deve voltar para a retaguarda.

 

Ou seja, só participava da guerra quem não fazia pecados e com certeza nem tinha vontade de fazer.

 

Nesse ambiente de guerra feroz contra o inimigo cruel (ambiente nada romântico)  acontece o despertar de uma paixão entre um soldado judeu religioso e a própria inimiga .

 

Como em um ambiente desses um homem religioso se apaixona? E pela inimiga? E a Torá deixa em aberto a opção de eles se casarem!

 

Explica o Ari ZaL que quando o primeiro homem fez a primeira transgressão , misturou o bem e o mal no mundo e muitas Almas que estavam no Adam Harishon (O primeiro homem) caíram no lado mal.

 

O mapa da queda dessas “Almas Divinas”  que afundaram nas impurezas é uma cópia do Adam Harishon chamada “Adam de Bliaal” .

 

A cabeça dele representa o exílio da Babilônia , os braços representam os exílios da Persia e Meda que sucederam o exílio da Babilônia, o corpo representa o império grego que sucedeu a Pérsia.

 

Até aqui tudo bem definido e mapeado, em cada exílio a maior parte da comunidade judaica se encontrava nele e as fronteiras eram bem definidas.

 

As duas pernas representam dois exílios paralelos. O exílio de Edom (descendentes de Essav) e o exílio de Ishmael  , dois exílios totalmente distintos.

 

Ishmael está vinculado ao Irã e aos árabes da área que era a antiga Pérsia e Edom deu origem aos povos  europeus .

 

Por incrível que pareça vemos que os judeus nos últimos dois mil anos viveram em países árabes e europeus.

 

Não ouvimos que tinha alguma Yeshivá na índia, na China ou no Japão , mesmo que judeus fugindo dos nazistas ficaram um tempo na China e na Índia , mesmo assim tiveram que se mudar para países de etnia européia como Estados Unidos e Austrália onde hoje existem comunidades judaicas com toda a estrutura montada, enquanto que na Índia, na Coréia ou no Japão só existem Batei Chabad visados por turistas e comerciantes que ficam temporariamente nesses lugares.

 

Quase seis milhões de judeus moram em Israel que faz parte de um oriente médio, “galut Ishmael” , e outros milhões vivem nos Estados Unidos cujo povo provém de etnia européia, “galut Edom”.

 

Até o Brasil tem três Yeshivot e a Índia com  um bilhão e 451.000 habitantes não tem uma Yeshivá.

 

Diz o Ari ZaL que o motivo do nosso povo ter passado por esses exílios inclusive os que estamos agora de Edom e Ishmael , é para elevar as “centelhas Divinas” que afundaram nas impurezas.

 

De acordo com todos os sinais que traz a Guemará já estamos nos calcanhares dessa figura, ou seja, só sobrou dela os calcanhares, últimos refinamentos.

 

Sobre essa figura dizem os nossos Sábios que Mashia’h não chega até terminarem as almas do corpo, ou seja, até todas as Almas afundadas nesse “corpo espiritual de impureza” serem resgatadas .

 

Diz o Ari ZaL que só dessa maneira dá para entender nossa Parashá. Os judeus que iam para aquela guerra eram Tzadikim perfeitos e não existia a possibilidade de eles se apaixonarem por alguém por motivos de “Yetzer Hará” , consequentemente o que despertou aquela paixão foi a Alma Divina que se misturou naquele povo e estava naquela mulher e tinha um vínculo espiritual com a alma dele, e essa era a única possibilidade de esse amor surgir.

 

Conclusão:

 

O fato de estarmos aqui no galut é para elevarmos as centelhas Divinas que estão no nosso país por meio do estudo da Torá e do cumprimento das Mitzvót que fazemos usando as coisas materiais que temos aqui para o trabalho Divino.

 

Então, no lugar de  pensar no que precisamos e pedir nas nossas rezas só o que precisamos devemos pensar para que precisam de nós!

 

Para que Hashem precisa de nós aqui e agora, e pedir nas nossas rezas para que Mashia’h venha imediatamente e já seja o término do galut !

 

Rabino Gloiber

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Shoftim


Nossa Parashá é Shoftim

 

D’us a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveis.

 

Mesmo que às vezes, para o nosso bem, essa ajuda se compara à uma mãe bondosa e generosa, mas junto a isso obrigada a trocar a fralda da criança contra a vontade da própria criança que preferiria continuar com a fraldinha “cheia” sem estar consciente do que isso poderia causar para ela…

 

E sendo Moshe Rabeinu o mais humilde de todos os homens que já existiram sobre a face da terra, o líder que não pensa no próprio bem, mas somente no bem do povo, como pode ser a linguagem da Torá às vezes tão ameaçadora ?

 

A ponto de dar uma impressão de D’us e de Moshe totalmente contrária ao que vimos anteriormente, dando margem a erros de avaliação de achar que D’us é cruel, o que é o contrário da essência Divina.

 

A resposta para isso está na nossa Parashá, que diz: “…e todo o povo vai escutar e ver, e não vão fazer o mal novamente”.

 

Ou seja, a Torá faz uma enorme propaganda da gravidade de certos assuntos para que o povo fique longe das coisas erradas.

 

Contudo, essa linguagem preventiva não deve nos dar a impressão de D’us como alguém autoritário e rancoroso, ou de Moshe como um líder severo.

 

Mas a cada instante devemos nos lembrar de que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveis.

 

Moshe sempre foi e sempre será o mais humilde de todos os homens, o líder bondoso, sempre pensando no bem de todos nós.

 

É importante sempre nos lembrarmos disso e também repassarmos para as crianças o conceito certo desde o começo para não causar um trauma para as nossas crianças de terem uma idéia errada do que é D’us e de quem é Moshe.

 

Nossa Parashá nos conta sobre os direitos e deveres do Rei, terminando com o versículo de que esses direitos e deveres são para que ele tenha um longo reinado.

 

Imediatamente depois disso, a Parashá conta sobre direitos e deveres do Cohen e do Levi. O denominador comum entre eles é o de que eles têm o patrocínio do povo.

 

Sobre o rei está escrito que ele não pode ter mais cavalos do que o necessário, ou seja, realeza não é exibicionismo.

 

O Rambam diz que hoje em dia, todos aqueles que se dedicam ao estudo e ensino da Torá e à divulgação do judaísmo estão fazendo o trabalho daquela tribo de Levi que ensinava a Torá para o povo, e portanto podem receber o patrocínio do povo.

 

Como o Levi que não recebeu uma parte na terra de Israel mas a parte dele era o trabalho Divino patrocinado pelo povo.

 

O Rebe nos conta que o motivo desse denominador comum é o de nos ensinar que da mesma maneira que o rei não poderia ter mais cavalos do que o necessário, também as pessoas que se ocupam com o estudo e ensino da Torá e a divulgação do judaísmo tem o direito de receber o patrocínio da comunidade, mas junto à isso também tem todo o dever de usar esse patrocínio apenas da maneira correta.

 

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Nossa Parashá diz: “Seja Tamim com Hashem seu D’us.” A palavra “Tamim” quer dizer: inocente, puro, simples, íntegro.

 

O Shul’han Aru’h coloca esse versículo na prática determinando que não é permitido para nós judeus consultarmos astrólogos, e quanto mais feiticeiros e videntes.

 

A Guemará nos conta que quando nasceu o grande Sábio de Israel, Rabi Na’hman bar Itzhak, os astrólogos disseram para a mãe dele :- Seu filho vai ser um ladrão!

 

Ouvindo isso, ela decidiu que nunca iria deixar ele andar com a cabeça descoberta, e dizia para ele :- cubra a sua cabeça para que você tenha “Irat Shamaim”, temor à D’us, e peça sempre à D’us para que o seu “yetzer hará”, sua má inclinação, não te domine.

 

Ele não sabia porque ela insistia tanto nisso. Certo dia ele estava sentado embaixo de uma tamareira que não era dele, e a “glimá”, a kipá da época, que cobria a cabeça dele, caiu.

 

O “yetzer hará” despertou, e por incrível que pareça ele conseguiu escalar a tamareira e arrancar um cacho de tâmaras com os próprios dentes!

 

Afinal de contas, ele continuou seguindo os conselhos da sua mãe e se tornou um dos maiores Tzadikim da Guemará e Rosh Yeshivá de Pumbedita, uma das comunidades judaicas mais importantes da Babilônia.

 

Surge a pergunta:

 

Se é proibido consultar os astrólogos, porque a mãe de Rabi Na’hman bar Itzhak levou em conta o que eles disseram e fez com que ele se esforçasse tanto para que isso não acontecesse?

 

O próprio Shul’han Aru’h, na continuação desse assunto nos conta que, nas coisas que já sabemos que o “Mazal”, o destino, não é bom, temos que levar isso em conta e nos proteger, e não confiar em um milagre.

 

Mas o que é proibido fazer é o ato de nós próprios verificarmos as coisas dessa maneira.

 

Ou seja, se os astrólogos da Babilônia verificaram isso para ela, mesmo que ela, por motivos religiosos, não pediu para eles verificarem.

 

Ou seja, quando a coisa já está verificada, temos que fazer o que precisamos para nos proteger e não esperar por um milagre.

 

Conclusão: Não tenha vergonha de andar na rua com a kipá, pode ser um boné também, porque isso nos traz “Irat Shamaim”

 

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Leitura de mãos

 

Os livros de Kabalá trazem assuntos como leitura de mãos.

 

O fato de isso estar na Kabalá mostra que isso não entra nessa proibição mas diz o Rebe que isso se refere somente à alguém que tem esse recebimento de Kabalá prática de mestre para aluno desde a época em que os livros de Kabalá que tratam desse assunto foram escritos.

 

Mas diz o Rebe, hoje em dia já não existem mais pessoas que tenham esse recebimento direto, e sendo que nesse caso não adianta estudar diretamente dos livros, a leitura de mãos atualmente é inválida.

 

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Nossa Parashá diz que devemos colocar juízes e guardas em todos os nossos portões.

 

O Rav Haim Vital que foi o principal aluno do Ari ZaL nos conta que a palavra portões aparece aqui no plural para nos indicar uma coisa mais profunda:

 

Os portões do nosso corpo!

 

1- O portão da visão, que são nossos olhos:

 

Não olhar para coisas que a Torá, nosso referencial do que é luz e o que é escuridão, recomenda não olharmos, principalmente hoje na era do internet !

 

2- O portão da audição que são nossos ouvidos:

 

Não dar ouvidos a coisas inadequadas como ouvir leshon hará, ouvir alguém falando mal das pessoas (principalmente hoje, na era da informação).

 

3- O portão da fala que é a nossa boca:não falar coisas feias e nem “leva e traz”, falar “leshon hará” (principalmente hoje na nossa era do Facebook).

 

4- O portão do olfato que é o nosso nariz:

 

Não cheirar o perfume da pessoa proibida à você (bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica).

 

5- O portão do tato, do contato físico, que são nossas mãos e pés:

 

Não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento).

 

Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu :

 

-“Abram os portões e entre o povo sagrado … ”Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.

 

Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão.

 

Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo (e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar) esses anjos nos verificam.

 

Se tivermos mérito, eles abrem os portões e nos deixam entrar.

 

Se não tivermos, eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar.

 

Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões”. Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida neste mundo teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro.

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

 

 

Mensagem da Parashá

Astrologia e leitura de mãos na visão judaica

Astrologia e leitura de mãos

 

A Guemará nos conta que quando nasceu o grande Sábio de Israel, Rabi Na’hman bar Itzhak, os astrólogos disseram para sua mãe:- seu filho vai ser um ladrão!

 

Ela nunca o deixou andar com a cabeça descoberta, e dizia sempre para ele:- Cubra a sua cabeça para que você tenha “Irat Shamaim” (temor à D’us), e peça sempre à D’us para o seu “yetzer hará” (má inclinação) não te dominar

 

Ele não sabia por que ela insistia tanto nisso.

 

Um dia ele estava sentado embaixo de uma tamareira (que não era dele) e a “glimá” (a kipá da época) que cobria a cabeça dele caiu

 

O “yetzer hará” despertou nele, ele escalou aquela tamareira que não era dele e arrancou dela um cacho de tâmaras com os próprios dentes, prova de que os astrólogos estavam certos!

 

Claro que depois disso ele colocou a Kipá de volta e foi devolver o cacho de tâmaras para o seu dono, mas vemos dessa “recaída” que os astrólogos estavam certos em relação à ele

 

Afinal das contas ele continuou seguindo os conselhos de sua mãe e se tornou um dos maiores Tzadikim da Guemará e Rosh Yeshivá de Pumbedita (em aramaico Boca do Rio) que era uma cidade importante da Babilônia antiga

 

Surge a pergunta: Se é proibido consultar os astrólogos, porque a mãe de Rabi Na’hman bar Itzhak levou em conta o que eles disseram e fez com que ele se esforçasse tanto para que a previsão deles não acontecesse?

 

O próprio Shul’han Aru’h na continuação nos conta que quando acontece de já sabermos que o “Mazal” não é bom em uma certa coisa (como na história de Rabi Na’hman bar Itzhak) temos que levar isso em conta e nos proteger, e não confiar em um milagre.

 

Mas o que é proibido fazer é o ato de nós próprios verificarmos.

 

Ou seja, se os astrólogos da Babilônia verificaram isso para ela sem que ela tivesse pedido, mesmo que ela, por motivos religiosos judaicos não pediu para eles verificarem, quando a coisa já está verificada temos que fazer o que precisamos para nos proteger e não esperar por um milagre

 

Conclusão: não tenha vergonha de andar na rua com a kipá. Pode ser um boné também sendo que nossos Sábios pediram para cobrirmos a cabeça, e para isso qualquer coisa serve!

Leitura de mãos de acordo com a Torá

 

Os livros de Kabalá trazem assuntos como leitura de mãos. Aparentemente o fato de esse assunto estar escrito nos livros de Kabalá mostra que isso não entra nessa proibição

 

Mas o Rebe de Lubavitch nos ensinou que isso é permitido somente quando alguém tem esse recebimento de Kabalá prática de mestre para aluno desde a época da escrita daqueles primeiros livros de Kabala, e hoje não existem mais pessoas que tem esse recebimento direto.

 

E sendo que nesse caso não adianta estudar diretamente dos livros, a leitura de mãos atualmente é inválida.

 

Conclusão: Pare de ler o horóscopo e acrescente na fé em Hashem (D’us), você só tem a ganhar!

 

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

 

Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová Umetuká

 

 

Mensagem da Parashá

Os juízes e guardas do nosso corpo

Nossa Parashá diz que devemos colocar juízes e guardas em todos os nossos portões.

 

O Rav Haim Vital que foi o principal aluno do Ari HaKadosh nos conta que a palavra portões aparece aqui no plural para nos indicar uma coisa mais profunda:

 

Os portões do nosso corpo!

 

1- o portão da visão, que são nossos olhos:

 

Não olhar para coisas que a Torá, nosso referencial do que é luz e o que é escuridão, recomenda não olharmos, principalmente hoje na era do internet !

 

2- o portão da audição que são nossos ouvidos:

 

Não dar ouvidos a coisas inadequadas como ouvir leshon hará, ouvir alguém falando mal das pessoas (principalmente hoje, na era da informação).

 

3- o portão da fala que é a nossa boca:não falar coisas feias e nem “leva e traz”, falar “leshon hará” (principalmente hoje na nossa era do Facebook)

 

4- o portão do olfato que é o nosso nariz:

 

Não cheirar o perfume da pessoa proibida à você (bons e velhos tempos quando não havia poluição e nem rinite alérgica)

 

5- o portão do tato, do contato físico, que são nossas mãos e pés:

 

Não tocar a pessoa proibida (fácil), não ir à um lugar inadequado que pode nos despertar desejos proibidos (principalmente na era do entretenimento)

 

Quando protegemos nossos “portões” das coisas ruins recebemos um enorme presente de Hashem, como diz o profeta Yashaiahu :

 

-“Abram os portões e entre o povo sagrado …”Quando fechamos os nossos “portões” para as coisas ruins os portões celestiais se abrem para nós e ganhamos no paraíso futuro 310 mundos paradisíacos no qual cada mundo tem um portão que se abre para nós.

 

Continua o rav Haim Vital que daqui para o paraíso celestial existem muitos tipos de “anjos” que tentam nos impedir de chegar lá, também os sete céus tem muitos e muitos portões com muitos guardas celestiais em cada portão e portão

 

Depois dos 120 quando a nossa Neshamá deixa esse mundo

 

(e infelizmente hoje em dia os 120 estão ficando modo de falar sendo que a média de vida em qualquer país do mundo é entre 70 e 80)

 

Chegamos no mundo de cima e esses anjos nos verificam.

 

Se tivermos mérito, eles abrem os portões e nos deixam entrar.

 

Se não tivermos, eles nos empurram para fora e trancam os portões na nossa frente não nos deixando entrar.

 

Por isso devemos ter a sabedoria de demarcar nossos limites e proteger nossos “portões”.

 

Quando nos conscientizamos disso durante a nossa vida nesse mundo teremos o mérito de todos os portões celestiais serem abertos para nós no mundo vindouro

Ketivá Ve’Hatimá Tová Leshaná Tová Umetuká

Rabino Gloiber
Sempre correndo
Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

 

Mensagem da Parashá

Hashem (D’us) é a essência do bem. Porque a Torá usa uma linguagem tão dura?

Shoftim

 

Frequentemente nos perguntam:

 

Sendo D’us a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveis

 

mesmo que às vezes para o nosso bem essa ajuda se compara à uma mãe boa e generosa, mas obrigada a trocar a fralda da criança contra a vontade da própria criança que preferiria continuar com a fralda “cheia” sem estar consciente do que isso poderia causar para ela…

 

E sendo Moshe Rabeinu o mais humilde de todos os homens que já existiram sobre a face da terra, o líder que não pensa no próprio bem mas só no bem do povo

 

Como pode ser a linguagem da Torá as vezes tão ameaçadora dando uma impressão de D’us e de Moshe totalmente contrária do que vimos anteriormente, dando margem à erros de avaliação de achar que D’us é cruel, o que é o contrário da essência Divina?

 

E a resposta para isso está na nossa Parashá, que diz:

 

“…e todo o povo vai escutar e ver, e não vão fazer o mal novamente”

 

Ou seja, a Torá faz uma enorme propaganda da gravidade de certos assuntos para que o povo fique longe das coisas erradas.

 

Contudo, essa linguagem preventiva não deve nos dar a impressão de D’us como alguém autoritário e rancoroso ou de Moshe como um líder severo

 

mas a cada instante devemos nos lembrar de que D’us é a essência do bem e a natureza de quem é bom é fazer o bem, e toda a intenção Divina é sempre a de nos ajudar de todas as formas possíveis e imagináveis

 

e Moshe sempre foi e sempre será o mais humilde de todos os homens, o líder bondoso, sempre pensando no bem de todos nós

 

É importante sempre nos lembrarmos disso e também repassarmos para as crianças o conceito certo desde o começo para não causar um trauma para às nossas crianças de terem uma idéia errada do que é D’us e de quem é Moshe

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

 

 

Mensagem da Parashá

Elul

Elul

Segundo o Sêfer Yetzirah, cada mês do ano judaico tem uma letra do alfabeto hebraico, um signo do Zodíaco, uma das doze tribos de Israel, um sentido e um membro controlador do corpo que correspondem a ele.

Elul é o sexto mês do calendário judaico

Em Elul nos preparamos para a chegada dos Grandes Dias festivos, tocando o shofar todas as manhãs, tendo nossas mezuzot e nossos tefilin examinados para ter certeza de que ainda estão adequados, tendo mais cuidado com a Kashrut e falando seli’hot especiais à medida que se aproxima o final do mês.

Por que fazemos tudo isso no mês de Elul? Não podemos esperar até mais próximo de Rosh Hashaná e Yom Kipur?

De qualquer forma, a maioria de nós “trabalha” melhor sob pressão!

Estas questões podem ser explicadas por uma linda parábola:

Uma vez por ano, um rei muito poderoso deixa seu palácio, seus guardas, seu luxo e vai até o campo para encontrar seus súditos.

No campo, as pessoas podem perguntar o que quiserem ao rei. Não precisam esperar em longas filas, passar por revistas de segurança, ser anunciados com cerimônia. Podem falar com ele sem hesitação.

Mas quando o Rei volta  para o seu palácio, os súditos terão novamente que passar por todos os tipos de protocolo para encontrá-lo. Portanto, obviamente, seus súditos aproveitam essa oportunidade ao máximo.

Elul é chamado “mês do arrependimento”, “da bondade” e “das desculpas”. Elul segue os dois meses anteriores de Tamuz e Av, os meses das duas grandes transgressões de Israel, o bezerro de ouro e o caso dos espiões.

As quatro letras do nome Elul são um acrônimo para as letras iniciais da frase em Shir Hashirim (6:3): “Sou do meu amado e meu amado é meu.”

“Sou do meu amado” em desejo determinado de retornar à raiz de minha Alma em Hashem (D’us). “E meu amado é meu” com expressão Divina de bondade e desculpas.

Este é o mês que “o Rei está no campo”. Todos podem aproximar-se d’Ele, e Seu semblante reluz para todos.

Elul é o mês de preparação para os grandes Dias Festivos de Tishrei. Foi neste mês que Moshê subiu ao Monte Sinai pela terceira vez por um período de quarenta dias, de Rosh Hodesh Elul a Yom Kipur, quando ele desceu com as segundas “Lu’hot”. Nestes dias Hashem (D’us) revelou sua grande bondade ao nosso povo.

Na guematria, Elul equivale a 13, aludindo aos 13 princípios da bondade Divina que são revelados no mês de Elul.

Letra: Yud

O yud é a primeira letra do tetragrama, o Nome essencial de Hashem (D’us), esse nome é conhecido como Shem Havayah, o Nome de Hashem vinculado a bondade.

É também a letra final do Nome Adnut, o Nome que encerra o Nome Havayah para revelar e expressá-lo ao mundo. Assim, o yud é o início da essência da Divina bondade, Havayah, e o yud é o fim da manifestação da Divina bondade, Adnut.

Toda forma criada começa com um “ponto” essencial, de energia e força de vida, o ponto da letra yud. O fim do processo criativo é também um “ponto” de consumação e satisfação, um yud. “No princípio D’us criou…” é o ponto inicial; “e D’us concluiu no sétimo dia…” é o ponto final.

A palavra yud significa “mão”. Nossos Sábios interpretam o versículo: “Até Minha mão fundou a terra, e Minha mão direita desenvolveu os céus” – que D’us estendeu Sua mão direita para criar os céus e estendeu Sua mão esquerda para criar a terra.” A mão direita é o ponto de início; a mão esquerda é o ponto do final.

No versículo acima citado, a mão esquerda (à qual se refere como “Minha mão” sem qualquer designação definida de esquerda ou direita) aparece antes da mão direita. Isso combina com a opinião de Hillel de que “a terra precedeu [os céus].” A terra representa a consumação da Criação – “o fim da ação vem primeiro no pensamento”.

O yud de Elul é, especificamente, a mão esquerda, o controlador do sentido do mês, o sentido da ação e retificação. Este é o ponto final da Criação atingindo seu supremo objetivo e fim, o yud de Adnut refletindo-se perfeitamente na realidade criada, o yud de Havayah.

Continua…