Mensagem da Parashá

O acordo entre os animais divididos

Na Parashá anterior D’us faz um acordo com Noa’h de que não vai mandar novamente um dilúvio para toda a humanidade. O sinal desse acordo é o Arco-íris.

 

O motivo desse acordo ter sido necessário é para que, caso a humanidade se comporte novamente como a geração que causou o dilúvio, mesmo assim não haverá mais dilúvio, mas se não tivesse o acordo haveria novamente um dilúvio.

 

O acordo entre os animais divididos

 

Nossa Parashá nos conta que D’us tinha prometido para Avraham que seus descendentes iriam herdar a terra onde ele se encontrava. D’us pede para oficializar isso por meio de um acordo.

 

Esse acordo foi feito exatamente da mesma forma que os reis daquela época faziam acordos de cooperação militar entre duas nações, passando entre animais divididos para oficializar o acordo.

 

E assim D’us pede para Avraham passar entre os animais divididos e o acordo começa.

 

Avrahamadormece profundamente e tem uma revelação profética que consiste nos detalhes desse pacto que está acontecendo.

 

D’us diz para Avraham que seus descendentes serão escravizados e sofrerão por quatrocentos anos em uma terra estranha. O povo que os afligirá será sentenciado e eles sairão de lá com grandes riquezas.

 

É revelado para Avraham que ele vai ter o mérito de falecer em paz e cheio de satisfação, ou seja, isso não vai acontecer enquanto ele estiver vivo.

 

D’us revela para ele que a quarta geração dos seus descendentes voltarão para essa terra porque só então as transgressões dos povos dessa terra chegarão ao limite que justifique o final da permanência deles lá.

 

Depois que isso foi revelado para Avraham, fumaça e fogo passaram entre os animais divididos para concluir o pacto.

 

Logo após, a Torá nos traz os detalhes desse acordo entre D’us e Avraham determinando as fronteiras da terra que é dada à Avraham por meio desse acordo, com as palavras “para a sua descendência eu dei”, determinando que por meio desse acordo nos foi dada a terra que antes D’us tinha somente dito que iria dar.

 

A partir desse acordo recebemos irreversívelmente essa terra todo o tempo que estivéssemos sobre ela.

 

Rabi Moshe ben Na’hman, também chamado de Ramban, foi um grande Tzadik que viveu na Espanha há 800 anos atrás.

 

Ele explicou que quando Avraham chegou à terra prometida, D’us disse à ele: -“Para os seus descendentes eu vou dar essa terra”, e não deu detalhes sobre as fronteiras dela.

 

Poderíamosentender desse versículo que se tratava somente dos lugares que D’us mostrou para Avraham, que andou até Sh”hem chamado também de Elon Moré.

 

Depois disso, diz o Ramban, quando aumentaram os méritos de Avraham naquela terra, D’us aumentou a promessa dizendo:- “Levante os seus olhos e veja o norte, o sul, o oriente e o ocidente”, mostrando para ele os pontos cardeais e indicando com isso que também o espaço que está além da sua visão será dado à sua descendência.

 

Naquela segunda promessa D’us acrescentou que vai dar essa terra para a sua descendência para sempre, e que a descendência dele seria tão numerosa como o pó da terra.

 

Agora, no acordo que foi feito entre as partes dos animais, na terceira vez que D’us fala com ele sobre a terra que vai ser dada.

 

As fronteiras dessa terra que D’us prometeu para Avraham  começam  no rio Eufrates, chamado de Prat em hebraico.

 

Este rio é um dos principais da Ásia Ocidental, fluindo pela Turquia, Síria e atravessando o Iraque, onde se une ao rio Tigre antes de desaguar no Golfo Pérsico.

 

A fronteira passa por Israel e chega até o Rio do Egito que é a parte do rio Nilo que passa dentro do Egito.

 

Cada um dos dez povos que morava dentro dessas fronteiras foi citado para não deixar nenhuma dúvida sobre essa demarcação.

 

O motivo do acordo entre os animais divididos

 

A necessidade de ter sido feito um acordo foi para que caso nosso comportamento não fosse adequado, isso já não poderia mudar a determinação Divina em relação à herdarmos a terra de Israel desde o rio Eufrates em toda a extensão até o rio Nilo na extensão dele dentro do Egito. Como vemos em relação ao acordo que D’us fez com Noa’h, que mesmo as pessoas se comportando novamente como na época do dilúvio não haverá outro dilúvio por causa daquele acordo, essa mesma regra recai sobre nós.

 

Ou seja, dentro dessa demarcação há espaço para um povo só, o povo de Israel.

 

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

 

www.RabinoGloiber.org

 

O Pacto da Brit Milá

https://youtu.be/J0GtIXHQTz4

 

O pacto do Brit Milá

 

No final da nossa Parashá, quando D’us pede para Avraham fazer o Brit Milá, faz com ele mais um pacto.

 

Esse pacto vem acrescentar que essa terra é nossa eternamente, caso ela seja conquistada por outros povos mesmo assim ela continuará sendo nossa e voltaremos à herdá-la.

 

D’us também acrescenta que ele vai ser sempre o nosso D’us e que ele pessoalmente vai nos dirigir, e não seremos dirigidos por intermediários como os astros ou os anjos responsáveis pelos setenta povos.

 

Assim Avraham se torna o primeiro judeu, diretamente ligado à D’us, sem intermediários.

 

Porque D’us teve que acrescentar nesse pacto feito no Brit Milá que essa terra, de acordo com essas fronteiras citadas no pacto anterior entre o rio Prates e o rio do Egito e que são bem maiores do que o estado de Israel de hoje, será nossa herança eterna?

 

A regra da Torá é de que quando um povo conquista uma terra ela passa a ser dele, como no caso de Si’hon rei dos emoreus que conquistou parte de Moav.

 

Naquele caso, mesmo que para nós seria proibido conquistar uma parte de Moav porque D’us deu a terra de Moav aos filhos de Lot e fomos proibidos pela Torá de conquistá-la, quando Sihon à conquistou, ela deixou de pertencer à Moav e passou a pertencer aos emoreus, e por isso nos foi permitido conquistar essa terra de Si’hon.

 

Quando a Torá traz uma regra geral, para algo sair dessa regra a própria Torá tem que trazer um versículo determinando essa exceção.

 

E por isso foi necessário esse pacto do Brit Milá, para tirar a nossa terra dessa regra geral e torná-la uma exceção de regra.

 

Ou seja, mesmo que hoje existem outros países nesses lugares que D’us deu à nós, descendentes de Avraham, mesmo assim essa terra não deixou de ser nossa e no futuro nós a herdaremos.

 

Por isso na primeira vez o versículo diz:- “para a sua descendência eu vou dar”. Uma linguagem que indica uma coisa que ainda vai acontecer.

 

Também na segunda vez que D’us promete a terra à Avraham é usada essa mesma linguagem, porque até aquele momento ela não tinha sido totalmente dada.

 

Na terceira vez, na hora do pacto entre as partes dos animais, D’us diz:- “Para a sua descendência eu dei”, determinando que está fazendo um pacto sobre a terra que já nos foi dada.

 

Na hora da Brit Milá, quando D’us diz sobre a terra prometida “para herança eterna”, ele usa o termo “dei para você” em relação ao futuro.

 

Ou seja, ela continua sendo nossa mesmo quando não está nas nossas mãos, mesmo quando está conquistada por outros povos, mesmo assim ela continua nossa.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

Galut Ishmael, o exílio entre os árabes 

Galut Ishmael, o exílio entre os árabes 

 

Rabi Yehuda no Zoar diz que não existe uma Galut tão difícil como a Galut Ishmael.

 

Quando D’us acrescentou a letra H nos nomes de Avraham e Sarah e revelou para Avraham que ele vai ter um filho com Sarah, Avraham pediu para D’us para que Ishmael viva com temor Divino.

 

Ou seja, ele pediu para que Ishmael fosse o seu sucessor.

 

D’us não concordou com isso mas revelou para ele que ele vai ter um filho com a Sarah, esse filho vai se chamar Itzhak, e ele vai dar continuidade ao pacto feito entre D’us e Avraham.

 

Mas por causa do pedido de Avraham D’us concordou em fazer de Ishmael um grande povo, mas deixou claro que a continuação do pacto Divino é com Itzhak que vai nascer de Sarah nessa época no próximo ano.

 

Diz o Zoar que pelo motivo de Avraham ter pedido por Ishmael e Ishmael ter feito o Brit Milá antes de Itzhak nascer, o anjo responsável pelo povo de Ishmael pediu para D’us durante quatrocentos anos para que os descendentes de Ishmael fossem comparados à nós no mundo superior.

 

O que fez D’us? Afastou o povo de Ishmael lá de cima como tinha sido determinado desde o começo, mas para compensar isso deu a parte deles aqui embaixo na Terra Santa por causa do Brit Milá deles.

 

Disse o Zoar aproximadamente no ano 150 da era comum, que futuramente os árabes irão dominar a Terra Santa por muito tempo quando ele estiver vazia, como o Brit Milá deles é vazio e sem perfeição, e eles vão impedir o povo de Israel à voltar para o seu lugar até terminar o mérito do povo de Ishmael.

 

Quem na época do Zoar na qual Israel fazia parte de um império romano europeu, com equipamentos extremamente avançados em relação aos árabes, quem poderia imaginar naquela época que no ano 636 aqueles árabes conquistariam Israel e estariam lá até agora?

 

Com certeza na época do Zoar todos achavam que isso era uma metáfora ou coisa parecida.

 

Ninguém imaginaria uma autonomia árabe na própria Judéia que era o principal da nossa civilização incluindo os túmulos dos nossos patriarcas e matriarcas e que por isso somos chamados de judeus. Em resumo, esse é o Galut Ishmael existe de verdade, aqui e agora, hoje em nossos dias.

 

Então vamos fazer tudo o que podemos trazer o Mashia’h e esse Galut Ishmael terminar imediatamente.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

Será que podemos confiar em milagres?

 

Nossa Parashá nos conta sobre a descida do nosso patriarca Avraham ao Egito.

 

Os egípcios antigos eram obcecados por mulheres e Sarah, nossa matriarca era uma mulher linda.

 

A estatística egípcia de maridos assassinados por terem mulheres lindas seria considerada hoje “risco não segurável” !

 

Avraham pede à Sarah dizer que é sua irmã por motivos de perigo de vida e para ganharem presentes.

 

Essas duas coisas não fazem parte do perfil de Avraham que estava em um nível espiritual elevadíssimo.

 

Em Ur preferiu ser jogado ao fogo do que fazer idolatria, e quando salvou o rei de Sodoma, não aceitou nem um cordão de sapato de presente.

 

Como então Avraham usa agora essas duas coisas como argumento?

 

O Tana’h traz muitos casos parecidos à esse mas vamos analisar dois deles.

 

Quando D’us pediu para Moshe ir ao Faraó e fazer milagres, os próprios milagres eram o objetivo dessa empreitada, mas quando D’us pediu ao profeta Shmuel ir para Beit Le’hem nomear um rei no lugar de Shaul, o profeta pergunta :- Como irei, Shaul vai ouvir e me matar!

 

D’us diz para ele levar uma bezerra e dizer que está indo para lá fazer um korban.

 

Ou seja, o próprio D’us dá uma justificativa para ele. No caso de Shmuel o milagre seria apenas uma necessidade particular e poderia ser evitado com uma desculpa , e D’us diz para ele justificar dessa maneira para não precisar do milagre.

 

Conclusão:

 

Quando uma pessoa pode fazer algo de maneira natural mas no lugar disso ela espera um milagre, o milagre pode não acontecer , ou acontecer mas ser descontado dos méritos dela, e isso não é bem visto pela Torá.

 

Mas quando estamos em uma situação que não há outro jeito a não ser um milagre , nesse caso o milagre pode acontecer sem ser descontado dos nossos méritos.

 

No caso do nosso patriarca Avraham, D’us não tinha pedido para ele descer ao Egito e fazer milagres, então ele deu um jeito para não precisar dos milagres dizendo que Sarah era sua irmã até eles se acostumarem com a presença dela e “esfriarem” tentando ser apresentados pelo “irmão” que os enrolaria até passar o entusiasmo da chegada da “miss universo” na cidade. E recebendo presentes dos ricos ela estaria protegida contra os assédio dos pobres.

 

Aprendemos com o nosso patriarca Avraham uma grande regra da Torá.

 

Que junto com a reza e confiança em D’us devemos fazer meios naturais para receber as bençãos Divinas e mesmo os Tzadikim precisam fazer isso.

 

No caso de Avraham foi feito dessa forma, e todo o Tana’h está cheio de exemplos assim.

 

Os meios honestos de como ganhar nosso dinheiro não só que não estão em desacordo com a reza e a confiança em D’us mas ainda são um complemento à ela sendo que está escrito que D’us vai nos abençoar em tudo o que fizermos e não em tudo o que não fizermos.

 

Por meio da nossa confiança em D’us, por meio das nossas rezas e das nossas Mitzvot é decretado lá em cima quanto vamos receber aqui embaixo, e por isso o trabalho deve ser feito somente após cumprirmos nossas obrigações espirituais sendo que ele é só o meio de retirar o que entrou na nossa conta lá encima.

 

Temos que fazer nosso trabalho somente porque é uma ordem Divina , e junto com isso termos fé em D’us e não ver o próprio trabalho em si como algo que pode nos ajudar ou nos prejudicar.

 

Sendo que a ordem Divina é só em relação ao que podemos fazer e D’us não se comporta com tirania com as suas criaturas , quando não temos a possibilidade de fazer o receptáculo, não só que isso não enfraquece a confiança que D’us vai nos dar o nosso pedido, mas serve como prova de que nesse caso específico não precisamos de receptáculo.

 

Por isso quando Sarah foi levada ao palácio do Faraó Avraham ficou confiante que o milagre iria acontecer porque nesse caso ele não tinha o que fazer de uma maneira natural e sabia que restou para D’us fazer um grande milagre.

 

Porque D’us pede para fazermos o receptáculo se o receptáculo por si só aparentemente nem ajuda e nem prejudica?

 

Por causa de uma intenção Divina profunda que determina que tudo o que desce de lá de cima para o nosso “mundo da Assiá” vem revestido nas vestimentas da natureza , portanto nós que somos criados à exemplo de cima também precisamos fazer uma “vestimenta” natural para podermos receber as bençãos Divinas.

 

Esses meios naturais são o trabalho , os cuidados com saúde , segurança e etc.

 

Quando não fazemos isso estamos roubando de nós próprios o que D’us quer nos dar ou obrigando D’us a nos fazer milagres e descontar dos nossos méritos e com certeza ainda vamos reclamar que D’us cuida melhor do vizinho.

 

Mas quando vemos que de verdade não há o que fazer e o único jeito é o milagre, podemos ficar confiantes, os milagres vão acontecer!

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

 

www.RabinoGloiber.org

Dinossauros na visão Judaica

A Torá nos conta a idade de cada uma das pessoas mais importantes das dez gerações entre Adão e Noa’h mas não comenta sobre o tamanho dessas pessoas, como se existisse uma escala óbvia entre idade e tamanho.

 

Foram encontrados ossos de dinossauros, mas não foram encontrados desenhos deles entre os desenhos da antiguidade, nos indicando que eles viveram antes do dilúvio.

 

O Zohar nos conta que Rabi Hiya e Rabi Yehuda estavam andando nos “Montes Altos” e encontraram lá ossos de pessoas que morreram no dilúvio.

 

Eles resolveram medir um osso desses e andaram sobre ele trezentos passos (150 metros).

 

Então, imagine o erro dos cientistas quando colocam os ossos dos dinossauros ao lado dos ossos de alguns macaquinhos da época antiga (que eles dizem ser o macaco que virou homem e já o consideram homem).

 

O motivo principal do erro deles nessas proporções é que eles nunca encontraram um esqueleto de verdade de seres humanos que viveram antes do dilúvio, mas se encontrassem veriam que o maior dinossauro em relação aos seres humanos daquela época seria como uma galinha em relação a nós.

 

“Cúbito de Noa’h”:

 

A medida da arca é em ”amot”. Traduzido pelos portugueses antigos como cúbito, é a medida do antebraço entre o cotovelo e o pulso, nas pessoas de hoje é uma média de 50 centímetros.

 

Mas sendo que não sabemos o tamanho de Noa’h e a “escala métrica” do “amá” no caso dele é relativa ao tamanho do antebraço dele , com certeza a Arca era muito maior do que imaginamos.

 

O que é a benção Divina que te enriquece

 

Nossa Parashá nos conta que AShem (D’us) abençoou Noa’h e seus filhos.

 

O Zoar nos conta sobre o que escreveu o rei Salomão, que “a benção Divina é quem nos traz as riquezas e não precisamos acrescentar sofrimentos e esforço para receber essas riquezas, porque é suficiente a benção Divina, porque somente dela vem as riquezas.”

 

E como essa benção Divina que nos enriquece desce para o nosso mundo material?

 

A She’hiná 

 

A “She’hiná”, traduzido como “a presença Divina”, é a Sefirá chamada de Mal’hut.

 

Ela é comparada pelo Zoar a uma grande represa que recebe águas de muitos lugares e repassa essas águas para nós de acordo com as nossas necessidades, sem nos causar uma inundação.

 

A palavra “represa”,  em hebraico  bre’há בְּרֵכָה ,  vem da mesma raiz que a palavra benção em hebraico, Bra’há בְּרָכָה, nos mostrando que a Mal’hut é uma represa em relação às Sefirot que a antecedem, e isso se transforma para nós na benção Divina que nos traz todas as riquezas.

 

Zeir Anpin, a “Pequena Face”

 

O conjunto de Sefirot (plural de Sefirá) chamado de Zeir Anpin é composto pelas Sefirot: Hessed, Guevura, Tiferet, Netza’h Od e Yessod.

 

Esse conjunto de Sefirot que também é chamado de “Kudsha Brih’u”, repassa para a Mal’hut, que também é chamada de “She’hinta”, todas as coisas boas lá de cima.

 

Esse repasse acontece quando o Zeir Anpin e a Mal’hut se unem.

 

O Zeir Anpin é comparado ao noivo, a Mal’hut comparada a noiva, e a união dessas Sefirót lá em cima é comparada ao casamento.

 

Y’hud (a união) de Kudsha Brih’u e She’hinta

 

A união do Zeir Anpin e Mal’hut lá em cima só acontece no mérito do nosso estudo da Torá e do nosso cumprimento das Mitzvot que são os Mandamentos Divinos, aqui no nosso mundo da Assiá que é o mundo da ação.

 

Quando estudamos Torá e cumprimos os Mandamentos Divinos, estamos fazendo o “vestido” e as “jóias” da noiva.

 

Espiritualmente falando, estamos preparando a noiva para o casamento.

 

Quando essa união acontece, a Mal’hut recebe a fartura do Zeir Anpin por meio da Yessod e a repassa para nós, e essa é a benção Divina que nos trás as riquezas.

 

Podemos comparar a Mal’hut a uma mãe amamentando seu nenê.

 

Depois que ela comeu tudo o que precisava, ela repassa tudo aquilo para o nenê, mas no nível dele.

 

Naquele leitinho que ele está mamando estão todas as variedades de comida que ela comeu, e ela consegue fazer com que tudo isso chegue até o nenê, mas no nível dele.

 

Se ela desse para o nenê diretamente os alimentos que ela recebeu, ele não conseguiria comer e morreria de fome na frente de todos aqueles alimentos.

 

E essa é a característica da mãe, o pai não conseguiria fazer isso.

 

A capacidade de transformar o espiritual em bens materiais e repassar tudo isso para nós no nosso nível é a característica da Mal’hut e não do Zeir Anpin.

 

Essa formação de Sefirot chamado de Zeir Anpin representa o lado espiritual masculino, o pai que traz a comida para casa.

 

A Mal’hut nas Sefirot representa o lado espiritual feminino, a mãe que, depois de ter comido, amamenta o nenê repassando para o nível dele a comida que ela recebeu do marido.

 

Ou seja, não temos como receber a fartura lá de cima a não ser dessa forma.

 

Depois que essa fartura chega à Mal’hut, a Mal’hut nos repassa tudo isso em forma de bens materiais.

 

Somente assim conseguimos usufruir aqui nesse mundo o que recebemos do mundo de cima. E essa é a benção Divina que nos traz as riquezas.

 

Mas se a mãe não se alimenta, ela não tem como amamentar.

 

Por isso, quando não estudamos Torá e não cumprimos os Mandamentos Divinos, causamos a separação entre o Zeir Anpin e a Mal’hut.

 

A Mal’hut não recebe do Zeir Anpin e não tem como nos repassar o que ela não recebeu.

 

E esse é o segredo da benção Divina que te enriquece 🌻

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.org

 

Mensagem da Parashá

Porque Noa’h não ensinou os sete mandamentos dos filhos de Noa’h?

 

A Torá nos conta em duas Parashiót uma história de vinte gerações de Adão que foi o primeiro homem até o nascimento de Avraham Avinu .

 

Ou seja, em duas Parashiót a Torá nos conta o que aconteceu de importante em quase dois mil anos de história.

 

Depois disso a Torá nos conta a história do nosso patriarca Avraham que se estende por três parashiot.

 

Aprendemos daqui que uma história de mil anos de atrocidades de Adam até Noa’h termina em dilúvio, e mais mil anos sem D’us , de Noa’h até Avraham só não terminou em dilúvio porque D’us prometeu para Noa’h que não iria mais ter dilúvio.

Depois de dois mil anos , chega o nosso primeiro patriarca , Avraham Avinu ensinando as pessoas a rezarem para D’us e fazerem boas ações , e aí tudo mudou!

 

Noa’h era um Tzadik na geração dele, Avraham Avinu seria um Tzadik em qualquer geração.

 

Noa’h não fez o mal, mas também não fez o bem.

 

Não rezou pela sua geração, não tentou ensinar sua geração a se comportar de maneira melhor.

 

Noa’h construía a arca , e se alguém perguntasse para ele porque ele estava construindo essa arca, ele respondia que AShem (D’us) vai mandar um dilúvio por causa das atrocidades que eles estavam cometendo, e ele e sua família iriam se salvar.

 

Entre ele e as outras pessoas havia uma barreira, ele não tomava a iniciativa de ensinar as pessoas a se comportarem melhor e a rezarem para D’us, e também não rezava por elas.

 

Ele não se importava com elas.

 

Noa’h fez uma arca e salvou a sua família e os animais.

 

Está escrito que Noa’h era um Tzadik na geração dele (porque nela não tinha ninguém melhor) mas se ele estivesse na geração de Avraham Avinu já não seria tão importante assim.

 

Então porque ele foi chamado de Tzadik na geração dele?

 

Porque pelo menos ele tinha os valores certos , sabia o que era certo e o que era errado.

 

Noa’h não diria que cada um tem a sua opinião e está no direito de fazer o que quiser e se casar com o que quiser, mas respondia a quem perguntava que as más ações teriam como consequência um dilúvio.

 

Sabemos que existem sete mandamentos de bnei Noa’h, e quando temos a oportunidade ensinamos aos povos do mundo esses mandamentos, principalmente que não se deve fazer idolatria e que um homem deve se casar com uma mulher (os maiores problemas  da nossa geração).

 

Mas Noa’h não teve essa atitude de divulgar as próprias sete Mitzvot de bnei Noa’h.

 

Avraham Avinu foi o primeiro judeu , ele ensinou aos bnei Noach as Mitzvot deles .

 

Em outras palavras , aprendemos de Noach que não devemos ser como Noa’h mas temos que ter atitude como Avraham.

 

Por isso o dilúvio é chamado de “as águas de Noa’h”

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você

 

www.RabinoGloiber.org

Mensagem da Parashá

Bereshit

Bereshit

 

Nossa Parashá nos conta como D’us criou o mundo em seis dias há menos de 5800 anos atrás.

 

Se um cientista estivesse com todo o seu equipamento nos seis dias da criação, iria analisar uma pedra e dizer que ela tem milhões de anos.

 

Ele iria cortar uma árvore, contar quantos anéis há nela, e concluir que ela tem mil anos.

 

e por final entrevistar Adão e Eva e concluir que eles são dois adultos falando hebraico clássico fluentemente, e não dois bebês recém-nascidos.

 

Assim D’us criou o universo. Tudo em seis dias, mas com tanta qualidade que parece até que levou milhões de anos para fazer!

 

O cientista ficaria espantado com a capacidade Divina de conseguir criar tudo em seis dias há menos de 5800 anos atrás e não precisar esperar milhões de anos para ver se algo absurdamente surge sozinho.

 

Se os dinossauros foram cruzamentos híbridos que morreram no dilúvio, ou se foram criados originalmente nos seis dias da criação, entraram na arca de Noé mas não se adaptaram ao clima pós dilúvio, isso fica em aberto.

 

Mas o fato de D’us ter criado lugares no mundo como o Grand Canyon, com certeza foi para nos dar o livre arbítrio para podermos escolher entre D’us e as “teorias da criação”!

 

No primeiro dia da criação é usada a palavra “D’us criou”, no terceiro dia está escrito “a terra tirou”. Rashi explica que tudo foi criado potencialmente no primeiro dia, mas a terra foi tirando por ordem Divina a criação de cada dia .

 

Daqui vemos que tudo saiu da nossa terra, ou seja, a galáxia inteira!

 

O Sol, a lua, as estrelas e os planetas e que D’us colocou no céu no quarto dia foram tirados da terra e colocados no céu. Talvez até com as plantas que “a terra tirou” no terceiro dia. E assim poderíamos encontrar vegetação em outros planetas e em outras galáxias.

 

Mas uma coisa é certa e não “talvez”, quando chegamos à criação do homem tudo muda. D’us faz um homem de terra e “sopra” nele uma Alma Divina, diferente dos outros dias da criação.

 

Ou seja, ser humano, vida inteligente, isso D’us criou separadamente no sexto dia e somente aqui na nossa terra.

 

Então como pode ser que pessoas fotografaram discos voadores no céu e coisas desse gênero? Voltamos para o assunto do Grand Canyon: isso vem para nos dar o livre arbítrio e a possibilidade de escolha.

 

O Midrash nos conta que quando Moshe Rabeinu (Moisés) estava no monte Sinai, o anjo da morte fez um filme no céu mostrando o enterro de Moshe.

 

Todos viram, e se tivessem celular naquela época poderiam até ter filmado e colocado no YouTube. Mas tudo era uma ilusão. No outro dia Moshe desceu do Monte Sinai, cheio de vida e com muita energia!

 

Ou seja, o “outro lado” pode usar esse recurso também em certas ocasiões e fazer discos voadores no céu para usarmos o nosso livre arbítrio e optarmos pela verdade de que vida material inteligente existe somente no nosso planeta, ou pelas “teorias” inventadas pelos homens.

 

Sabemos que os dias da criação foram de 24 horas mesmo nos dias em que não havia sol e lua, sendo que D’us vincula a guarda do Shabat especificamente aos dias da criação, e se eles fossem maiores do que os atuais teríamos que esperar um período maior entre um Shabat e outro.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você 🥰

 

www.RabinoGloiber.org

 

Mensagem da Parashá

Nitzavim – Rosh Hashaná

Nossa Parashá essa semana é Parashat Nitzavim

 

 Ela sempre é lida no Shabat antes de Rosh Hashaná.

 

O motivo é porque o Shabat envolve espiritualmente os dias posteriores e Rosh Hashaná é o dia do julgamento no qual todas as Neshamot (nossas Almas Divinas) se apresentam na frente de Hashem.

 

Tanto os presidentes das tribos (que representam as pessoas mais importantes) quanto o lenhador e o aguadeiro, (que representam as pessoas menos importantes) são julgados juntos com total igualdade sendo que somos comparados à um corpo onde cabeça e pés se completam , nenhuma parte pode faltar e cada uma é julgada de acordo com a sua função.

 

O dia de Rosh Hashaná foi escolhido por D’us para ser o aniversário da criação do mundo .

 

O mundo foi criado em seis dias e cada um deles é o dia da criação do mundo, mas o sexto dia que é o dia no qual o homem foi criado, foi escolhido para ser o aniversário do mundo, porque o ser humano é o objetivo da criação.

 

Porque então D’us falou para os anjos façamos o homem? O Midrash diz que foi para nos ensinar a importância da humildade.

 

Se até D’us quando fez o homem compartilhou essa informação com os anjos porque eles teriam ligação com essa nova criatura, quanto mais nós devemos nos comportar com humildade.

 

Um dos vínculos que encontramos entre nós e os anjos é o chamado “Tribunal Divino”.

 

Ele é composto de anjos e Neshamot de Tzadikim. Quando fazemos uma coisa boa criamos naquele tribunal um anjo à nosso favor, quando fazemos algo ruim criamos um anjo contra nós, consequentemente o Tribunal Divino de cada um de nós é personalizado.

 

Diferente das outras “religiões” onde a divindade faz o que quer, no judaísmo antes de D’us nos criar ele já tinha criado o tribunal Divino que fiscaliza nossas ações usando a Torá como referencial, e por mais que D-us seja a essência do bem ele não pode ser tirano com esse tribunal e obrigá-los a mudar um decreto à nosso favor.

 

Rezando por nós próprios

 

Sendo assim , como conseguimos por meio das nossas rezas anular os decretos do tribunal Divino?

 

Rabi Yossef Albo que viveu na Espanha no ano de 1400 nos explica que quando nos arrependemos do que fizemos e rezamos, nos tornamos pessoas melhores e aquele decreto que tinha sido feito para uma pessoa pior perde o efeito porque essa pessoa pior deixou de existir, e para a pessoa melhor que você ficou agora é feito um decreto melhor .

 

Rezando por outras pessoas

 

O Baal Shem Tov tinha um mestre que descia do céu para ensinar a ele Torá. Esse mestre era o profeta Ahia Hashiloni que viveu na época do Rei Salomão e foi posteriormente o mestre de Eliahu Hanavi.

 

Disse o Baal Shem Tov que o profeta Ahia revelou para ele que a Sefirá chamada de Mal’hut é chamada de din (decreto rígido) e a raíz dos dinim é a sefira chamada de Bina.

 

Por meio da reza elevamos o “din” até a biná e lá adoçamos ele, ou seja, transformamos ele em bondade.

 

Quando rezamos por outra pessoa ligamos ela a raíz, à Biná, e lá ela já é outra pessoa.

 

Então vamos aproveitar e rezar bastante para que nós e todos tenhamos um ano bom e doce e Mashiach chegue já!!!

 

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas Sempre rezando por você

www.RabinoGloiber.com

Mensagem da Parashá

Você é uma parte de Hashem (D’us)

Hai Elul, o dia dezoito do mês de Elul é “o aniversário dos dois grandes Tzadikim”, ou seja, duas pessoas altamente elevadas, o Baal Shem Tov, que nasceu em 1698, e o Alter Rebe, Rabi Shneur Zalman de Liadi, que nasceu em em 1745.

 

A categoria da Torá que mostra a ligação espiritual entre as letras hebraicas e os números é chamada de “Guemátria”.

A Guemátria do número dezoito são as letras hebraicas “ח” e “י” que formam a palavra “Hai”, que em Hebraico quer dizer “vivo”.

 

Por isso, costumamos chamar o décimo oitavo dia de Elul de Hai Elul.

 

O Rebe anterior de Chabad, Rabi Yossef Yitzhak Shneerson, nos ensinou que existe uma conexão direta entre a Guemátria do dia 18 de Elul e a Guemátria do próprio nome do mês de Elul.

 

As letras da palavra Elul em Hebraico são as iniciais das palavras “eu existo para o meu amado e o meu amado existe para mim”, ou seja, a conexão direta entre nós e Hashem, D’us.

 

“Eu sou do meu Amado…” representa a intensificação da ligação entre nós e Hashem que acontece no mês de Elul.

 

O Baal Shem Tov trouxe uma nova vitalidade para todos os aspectos da vida judaica e o Alter Rebe nos ensinou como usar essa vitalidade.

 

A vitalidade que recebemos por meio dos ensinamentos do Baal Shem Tov nos traz uma grande energia no Trabalho Divino especialmente no mês de Elul quando todos os aspectos do nosso Trabalho Divino são feitos em maior intensidade.

 

A diferença entre uma pessoa viva e uma pessoa morta não pode ser medida pelo número de membros da pessoa ou por qualquer outra medida material.

 

A vida não é um ingrediente tangível que pode ser adicionado à matéria de uma entidade: é uma expressão da Alma, uma dimensão espiritual que não pode ser calculada em termos materiais.

 

Essa qualidade espiritual, no entanto, transforma a nossa natureza.

 

Um corpo vivo se identifica tão inteiramente com sua Alma a ponto de assumir as qualidades da Alma.

 

A vitalidade pode, no entanto, ser descrita em diferentes níveis.

 

Quando falamos em sentir-se mais vivo, por exemplo, queremos dizer que um nível superior da Alma se manifesta no corpo.

 

E como nossa alma é “verdadeiramente uma parte de Hashem (D’us)”, sua força vital é infinita, cada um de nós tem um potencial ilimitado sendo que “você é a sua Alma” e o seu corpo sem você nele é um corpo morto.

 

O potencial infinito da alma é espelhado pela natureza infinita da nossa Emuná, da nossa fé.

 

Pelo motivo de estarmos vestidos em um corpo material que, como nossas roupas, não só se move de acordo com os nossos movimentos, mas também limita os nossos movimentos, nosso intelecto e nossas emoções são limitados pelos limites do nosso corpo.

 

Nossa Emuná, nossa fé, ao contrário, é indefinível e infinita, assim como nossa Alma.

 

Por meio da nossa Emuná temos o poder de dar expressão ilimitada ao potencial da Alma, vivendo nossas vidas com uma vitalidade imensurável.

 

Rabino Gloiber

Sempre correndo

Mas sempre rezando por você ❤️🥰🌻

 

www.RabinoGloiber.org