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Guia de Hanuká
Este ano, 2025, a festa de Hanuká que é uma festa de oito dias começa ao pôr do sol de domingo, dia 14 de dezembro, e termina só no dia 22

 

 

Hanuká

A partir do pôr do Sol de domingo dia 14 de dezembro

acendemos as velas de Hanuká na seguinte ordem

 

 

Hanuká comemora a reinauguração do Templo Sagrado de Jerusalem após a vitória dos macabeus e é celebrada durante oito dias através do acendimento da hanukiá.

 

Hanuká significa, literalmente, “Inauguração”.

 

A festa recebeu este nome em comemoração ao fato histórico de que os Macabeus “hanu”,descansaram das batalhas no “ká” (25º dia) de Kislêv.

 

 

Por que comemoramos Hanuká

 

Durante o período do segundo Templo Sagrado, Antiohus, o rei da Síria grega, governou a Terra de Israel depois da morte de Alexandre, o Grande.

 

Ele pressionou os judeus a aceitarem a cultura grega proibindo o cumprimento dos mandamentos da Torá e forçando a prática da idolatria.

 

Os gregos da Síria fizeram decretos rigorosos contra o nosso povo, proibindo nossas práticas religiosas e nos proibindo de estudar Torá e cumprir as Mitzvot.

 

Eles roubaram nosso dinheiro e nossas filhas, entraram no Beit a Mikdash, nosso Templo Sagrado de Jerusalém, e profanaram tudo que era puro.

 

Eles causaram um grande sofrimento a ao nosso povo e nos oprimiram, até que D’us nos libertou e nos salvou das mãos dos inimigos.

 

 

A revolução dos Macabeus

 

Há aproximadamente 2.200 anos atrás, os Macabeus que eram uma família sacerdotal do nosso povo, se revoltaram contra o inimigo e os venceram milagrosamente.

 

O Beit a Mikdash, o Templo Sagrado de Jerusalém que tinha sido violado pelos rituais idólatras foi purificado e a Menorá reacesa com o azeite de oliva puro que foi descoberto no Templo.

 

A quantidade de azeite encontrada era suficiente para apenas um dia, mas milagrosamente durou 8 dias, até que um novo azeite puro pudesse ser produzido e trazido ao Beit a Mikdash.

 

Em lembrança destes milagres comemoramos Hanuká durante oito dias.

 

 


O que é Hanuká 

 

Os gregos da Síria que dominavam o nosso povo são representados pela escuridão.

 

Eles queriam acabar com a nossa identidade.

 

Não importava para eles que tivéssemos nossa própria cultura contando que tirássemos D’us dela.

 

Para tirar D’us da nossa vida, eles decretaram que não poderíamos fazer o Brit Milá que é a circuncisão.

 

Não poderíamos mais guardar Shabat porque por meio de guardar o Shabat estamos mostrando para o mundo que acreditamos no D’us que criou o mundo em seis dias e no sétimo dia não criou nada.

 

Não poderíamos mais fazer o Rosh Hodesh, porque sem o Rosh Hodesh não saberíamos o dia certo das festas judaicas.

 

Para comemorarmos a nossa vitória contra eles, sendo que não poderíamos comemorar a vitória da guerra com uma festa porque muitos judeus apoiavam a cultura grega e se alistaram no exército deles contra nós, D’us nos fez um milagre de oito dias.

 

Oito dias nos lembra o Brit Milá que é feito no oitavo dia, dentro de oito dias têm um Shabat, e dentro desses oito dias de Hanuká que parte deles é no mês de Kislev e parte deles no mês de Tevet, temos um Rosh Hodesh, Rosh Hodesh Tevet.

 

 

Nossos Sábios na Guemará Shabat 21b perguntaram: – O que é Hanuká?

 

E nos ensinam: A partir do vigésimo quinto dia de Kislev, são comemorados oito dias de Hanuká, durante os quais não são feitos discursos fúnebres e nem jejuns.

 

Quando os gregos entraram no Templo Sagrado de Jerusalém profanaram todos os azeites usados para acender a Menorá.

 

E quando a família dos Hasmoneus lutou contra eles e os expulsou, procuraram e encontraram apenas um potinho de azeite com o selo do Cohen Gadol que tinha azeite suficiente para um dia.

 

O milagre do primeiro dia foi que encontraram aquele potinho que tinha azeite o suficiente para ficar aceso um dia, e o milagre dos outros sete dias foi que a Menorá, o candelabro do Beit a Mikdash, continuou acesa por milagre milagre mais sete dias.

 

Tem quem diz que dividiram o conteúdo desse potinho em oito partes e cada um dos oito dias aconteceu um milagre que aquela pequena quantidade de azeite ficou acesa durante 24 horas.

 

No ano seguinte, os Sábios da época instituíram estes oito dias como uma festa, com cânticos de louvor e agradecimentos. e que se acendessem luzes na entrada das casas em cada uma dessas oito noites, para divulgar o milagre.

 

Estes dias são chamados de Hanuká que quer dizer inauguração.

 

Pode-se também interpretar a palavra como “hanu”= eles descansaram “ka”= no vigésimo quinto, porque no vigésimo quinto dia eles descansaram da batalha contra seus inimigos.

 

A Guemará nos conta que esses dias foram  transformados em dias de “reza e agradecimento”.

 

Cumprimos a obrigação de “louvor” recitando Hallel completo durante a reza da manhã, Shaharit, em todos os oito dias de Hanuká.

 

A obrigação de “agradecimento” é cumprida por meio da leitura do Al haNissim na reza da Amidá, e também no Bircat Hamazon que é a Bênção que fazemos depois de comer o pão.

 

 

 

Você não precisa ter um candelabro, uma Hanukiá ou velas coloridas. O Mandamento de Hanuká é acender uma vela no primeiro dia, duas no segundo, três no terceiro, quatro no quarto, cinco no quinto, seis no sexto, sete no sétimo e oito no oitavo.

 

O importante é que essas velas estejam em uma linha reta e não formem uma meia lua ou um círculo porque aí elas receberiam a classificação de fogueira e não de velas.

 

Essa é a Mitzvá de Hanuká e é uma Mitzvá que cada um de nós pode cumprir em qualquer lugar.

 

Hoje ao por do Sol é o primeiro dia de Hanuká, compre uma vela no supermercado e acenda ela hoje há noite dizendo as seguintes Bra’hót:

 

 

Os Rabinos portugueses de centenas de anos atrás usaram a letra “H” para a transliteração da letra “ח” em Hebraico que equivale a dois erres “rr” em português

 

Na transliteração do hebraico nessa página vamos usar a letra “h” com um apóstrofo ( ‘ ) como dois erres (rr) assim: ‘h

 

🌻🌻🌻🌻🌻

 

Primeiro, acendemos o shamash e depois vamos dizer as seguintes bênçãos:

 

בָּרוּךְ אַתָּה אֲדֹנָי אֱלֹהֵינוּ מֶלֶךְ הָעוֹלָם אֲשֶׁר קִדְּשָׁנוּ בְּמִצְוֹתָיו וְצִוָּנוּ לְהַדְלִיק נֵר חֲנֻכָּה

 

Baru’h Atá A-do-nai, E-lo-hêi-nu Mêle’h a olam, asher kideshanu bemitsvotav, vetzivanu lehadlik ner hanuká

 

Bendito é Você A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus Mandamentos, e nos ordenou acender a vela de hanuká.

 

בָּרוּךְ אַתָּה אֲדֹנָי אֱלֹהֵינוּ מֶלֶךְ הָעוֹלָם שֶׁעָשָׂה נִסִּים לַאֲבוֹתֵינוּ בַּיָּמִים הָהֵם בַּזְּמַן הַזֶּה

 

Baru’h Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech a olam, sheassá nissim laavotêinu, bayamim haêm, bizman a zé

 

Bendito é Você, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que fez milagres para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época.

 

Na primeira noite ou na primeira vez que você acende as velas de Hanuká esse ano , acrescentamos:

 

בָּרוּךְ אַתָּה אֲדֹנָי אֱלֹהֵינוּ מֶלֶךְ הָעוֹלָם שֶׁהֶחֱיָנוּ וְקִיְּמָנוּ וְהִגִּיעָנוּ לַזְּמַן הַזֶּה

 

Baru’h Atá A-do-nai, E-lo-hei-nu Mele’h a olam, shehe’heyanu vekiymanu vehiguianu lizman a zé

 

Bendito é Você, A-do-nai, nosso D’us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até esse tempo

 

Em seguida, acendem-se as velas da hanukiá com o shamash, da esquerda para a direita.

 

Depois de acender as velas, colocamos o shamash à esquerda da hanukiá de modo que fique mais alto do que as chamas da hanukiá, e dizemos:

 

הַנֵּרוֹת הַלָּלוּ אָנוּ מַדְלִיקִין עַל הַנִּסִּים וְעַל הַנִּפְלָאוֹת וְעַל הַתְּשׁוּעוֹת וְעַל הַמִּלְחָמוֹת. שֶׁעָשִׂיתָ לַאֲבוֹתֵינוּ בַּיָּמִים הָהֵם בַּזְּמַן הַזֶּה. עַל יְדֵי כֹּהֲנֶיךָ הַקְּדוֹשִׁים. וְכָל מִצְוַת שְׁמוֹנַת יְמֵי חֲנֻכָּה. הַנֵּרוֹת הַלָּלוּ קֹדֶשׁ הֵם. וְאֵין לָנוּ רְשׁוּת לְהִשְׁתַּמֵּשׁ בָּהֶם. אֶלָּא לִרְאוֹתָם בִּלְבָד. כְּדֵי לְהוֹדוֹת וּלְהַלֵּל לְשִׁמְךָ הַגָּדוֹל עַל נִסֶּיךָ וְעַל נִפְלְאוֹתֶיךָ וְעַל יְשׁוּעָתֶךָ.

 

Transliteração

 

A nerot alálu ánu madlikin al a teshuot, veal a nissim, veal a niflaot, sheassíta laavotêinu, bayamim a êm, bizman a zé, al yedei cohanei’ha a kedoshim. Ve’hol shemonat yemei hanuká, a nerot alálu kodesh em, vein lanu reshut leishtamesh baen, éla lir’otan bilvad, kedêi leodot ulealel leshim’há a gadol, al nissêi’ha, veal nifleotêi’ha, veal yeshuotêi’ha.

 

Tradução

 

Essas velas nós acendemos por causa dos milagres, das redenções, e maravilhas que Você fez para os nossos antepassados, naqueles dias, nesta época, por intermédio de seus sacerdotes sagrados

 

Receitas de Hanuká 

 

 

Durante todos os oito dias de hanuká, estas luzes são sagradas, e não é permitido para nós fazermos qualquer uso delas, só olhar para elas para que possamos agradecer e louvar seu grande nome, por seus milagres, seus feitos maravilhosos e suas salvações.

 

Na festa de Hanucá há o costume de comer comidas fritas em óleo como bolinhos de batata (levivot ou latkes), e sonhos (sufganiyot).

 

Estes alimentos são servidos e em honra ao milagre que ocorreu com o azeite.

 

Pratos à base de laticínios, como bolinhos de queijo também são servidos em Hanuká para nos lembrarmos da história de Yehudit que teve uma participação tão importante nessa guerra.

 

Ela se apresentou ao general dos gregos como alguém que está muito a favor deles e trouxe à eles informações muito importantes

 

Deu a ele queijo salgado para comer, acompanhado de vinho forte para eliminar sua sede. O vinho o “derrubou” fazendo-o cair em sono profundo.

 

Yehudit então pegou a própria espada do general e cortou a cabeça dele e assim ganhamos a guerra .

 

 

https://rabinogloiber.org/receitas-de-chanuca/

 

Trouxemos aqui para vocês a receita principal de Hanuká que é o Sonho de Hanuká

 

https://rabinogloiber.org/receitas-de-chanuca/

 

Por Rifka Haia Eitan

 

Rifka Haia Eitan

 

INGREDIENTES

 

(Consulte a lista kosher no final desta página.)

 

Massa

 

400 g de farinha de trigo

 

4 colheres de sopa de açúcar

 

10g de fermento biológico seco

 

½ colher de chá de extrato de baunilha

 

1 ovo

 

50 g de manteiga

 

180ml de leite morno

 

1 pitada de sal

 

Primeiramente a massa: em uma tigela grande misture metade da farinha, o açúcar e o fermento.

 

Em seguida abra um buraquinho no meio da tigela adicione o leite morno, a manteiga, o ovo, o extrato de baunilha e a pitada de sal. Misture bem com uma espátula.

 

Junte o restante da farinha de trigo e quando a massa começar a ficar pesada comece a sova – por 15 minutos ou até que fique homogênea.

 

Coloque a massa de volta na tigela, cobra com um pano e deixe crescer por 30 minutos ou até dobrar de volume.

 

Após esse tempo divida a massa no tamanho que desejar e boleie cada pedaço.

 

Deixe crescer por mais 30 minutos e em seguida frite em óleo novo e limpo até dourar de todos os lados.

 

Recheio

 

180ml de leite integral

 

12 gramas de amido de milho

 

2 gemas verificadas

 

½ colher de sopa de manteiga Kasher

 

3 colheres de sopa de açúcar

 

1 colher de chá de extrato de baunilha

 

Modo de preparar o Recheio

 

Coloque um pouquinho do leite em uma tigela e dissolva o amido de milho.

 

É importante fazer isso agora para o creme não empelotar depois.

 

Em seguida junte as gemas e misture muito bem. Reserve em uma panela misture o restante do leite, o açúcar e a manteiga e leve ao fogo até ferver.

 

Tire do fogo e acrescente aos poucos na mistura de leite com amido e gemas que preparamos anteriormente. Mexa sem parar a cada adição.

 

Volte a mistura para a panela e leve ao fogo até engrossar.

 

Mexa sempre para não grudar o fundo – essa etapa é bem rápida, então não saia de perto do fogão!

 

Desligue o fogo, acrescente o extrato de baunilha e mexa bem.

 

Essa receita rende 18 sonhos médios .

 

Se você quiser bastante recheio dobre a receita do Recheio.

 

Hag Hanuká Samea’h

🌻🧁🧆🥂

 

Hanuká nas Sefirót

 

Em Hanuká costumamos durante oito dias acender a Hanukiá que é o candelabro de Hanuká com óleo de oliva, mas também podemos acender com qualquer óleo de cozinha ou velas.

 

Suas luzes nos fazem lembrar e celebrar o milagre que aconteceu logo após a vitória dos Macabeus contra os gregos da Síria que dominavam o nosso povo.

 

Quando os Macabeus recapturaram o Templo Sagrado de Jerusalém, encontraram um único pote com azeite de oliva não profanado para com ele acender a Menorá.

 

E  D’us fez para nós um milagre:

 

Aquele único pote de azeite, que deveria durar apenas um dia, ficou aceso ininterruptamente durante oito dias que foi o tempo suficiente para que o Povo Judeu pudesse produzir mais azeite considerado puro de acordo com os Mandamentos de pureza e impureza da Torá.

 

Para celebrar a vitória dos Macabeus, simbolizado pelo milagre do azeite que manteve a Menorá acesa por oito dias, nossos Sábios instituíram a Festa das Luzes, Hanuká.

 

Como se trata de uma festa de oito dias, o candelabro que usamos durante a festa, a hanukiá, tem oito braços. Mas a Menorá do Beit a Mikdash tinha sete braços.

 

Na Torá, o número sete é altamente significativo, sendo uma das razões o fato de D’us ter criado o universo em um processo que durou sete dias.

 

Os sete braços da Menorá representam os sete líderes do nosso povo, Avraham, Yitzhak, Yaakov, Moshe, Aharon, Yossef e David.

 

Eles aparecem em diferentes contextos e ocasiões como por exemplo, eles são os Ushpizin, os visitantes celestiais, que visitam toda Sucá durante os sete dias da festa de Sucot, a festa das cabanas.

 

Os sete braços da Menorá representam cada uma de suas contribuições espirituais singulares.

 

Cada um deles personifica um dos sete atributos da Árvore da Vida da Kabalá, também conhecidos como as Sete Sefirot emocionais.

 

O estudo das Sefirot é um dos alicerces do lado oculto da Torá. Elas são modos ou atributos mediante os quais D’us se manifesta – três delas são intelectuais e sete, emocionais.

 

As Sefirot não representam D’us, mas sim, o meio pelo qual a Torá atribui à D’us qualidades e atributos específicos.

 

D’us é a essência do bem, Infinito e Indefinível de tão elevado. O amor, uma manifestação da Sefirá de Hessed, é uma emanação de D’us.

 

Esse mesmo conceito se aplica para todas as Sefirót, elas são emanações Divinas por meio das quais D’us cria e se relaciona com toda a sua criação.

 

As Sefirot constituem a composição espiritual de cada ser humano, e sobre isso está escrito que D’us criou o homem à Sua imagem e semelhança.

 

Porque da mesma forma que D’us interage com o mundo por meio das Sefirot, o ser humano também interage com o mundo por meio de dez Sefirót.

 

Quando uma pessoa utiliza as Sefirot que tem dentro de si, ou seja, os poderes de sua alma, para fazer o Trabalho Divino aqui no nosso mundo, ela desperta essas mesmas Sefirót nos mundos superiores.

 

Hessed

 

O primeiro braço da Menorá representa a primeira Sefirá emocional que é a Hessed, fonte do amor, da bondade, da generosidade e da benevolência.

 

A Hessed também é conhecida como Guedulá, grandeza, porque a vida provém de D’us e é dirigida a um número quase ilimitado de mundos e criaturas.

 

O Zohar, livro clássico da Kabalá, se refere a Hessed como “o primeiro dia da criação, o primeiro atributo, que acompanha todos os demais dias da Criação” (Zohar 1, 46a).

 

Representa a benevolência ilimitada com que D’us criou tudo o que existe, como descreve um versículo do Tehilim (89-3): “O mundo foi construído com Hessed”.

 

O livro clássico da Kabalá chamado de Etz Haim nos ensina que a Hessed foi o motivo da Criação do mundo. “Fazer o bem é da natureza d’Aquele que é bom”.

 

Cada dia da semana corresponde a uma das sete Sefirot emocionais. Como nos ensina a Torá, no Primeiro Dia, D’us criou a luz.

 

O primeiro braço da Menorá, que simboliza Hessed, a primeira Sefirá emocional, está ligado ao nosso primeiro patriarca, Avraham Avinu.

 

Ele é a personificação desse atributo. Ele foi o exemplo vivo do “homem de bondade e benevolência”, que amava D’us e todas as pessoas, e praticava uma ilimitada generosidade material e espiritual.

 

Em nosso relacionamento com D’us expressamos nossa Hessed por meio do nosso amor por Ele e ao próximo.

 

Como nos ensina a Guemará, uma das formas de se unir a D’us é se comportar como D’us, e as qualidades Divinas são as Sefirot.

 

Quando uma pessoa pratica a Hessed, realizando atos de bondade, amor e generosidade, ela está fazendo como D’us, e unindo-se, assim, a Ele.

 

Guevurá

 

O segundo braço da Menorá simboliza a segunda Sefirá emocional, a Guevurá – que significa disciplina, força, bravura e justiça.

 

Guevurá é um movimento que segue em direção oposta a Hessed. A Hessed representa doação e compartilhamento, mesmo quando de forma incondicional e não criteriosa.

 

Guevurá representa a retenção e retraimento que é o contrário da Hessed. Como um poder da alma, representa o atributo emocional da reverência, do temor e da restrição.

 

Hessed é atração e Guevurá é repulsa

 

Hessed determina que se deve doar generosa e incondicionalmente, sem considerar o mérito de quem irá receber.

 

Guevurá argumenta contra a doação àquele que não a merece ou que fará mau uso do que receber.

 

Contudo, Guevurá também possui um aspecto essencial da bondade Divina, pois se a Hessed de D’us fosse irrestrita, provocaria o anulamento de toda a existência como no primeiro dia da criação onde o mundo todo era água que é a maior manifestação da Hessed. Água é vida, mas água sem limites não dá espaço à vida.

 

Sendo assim, tanto a Guevurá quanto a Hessed, mantém a existência do mundo.

 

A Sefirá de Guevurá é a manifestação do poder Divino em restringir e ocultar Sua Luz Infinita, possibilitando que Suas criaturas recebam a Hessed Divina segundo a capacidade de cada criatura, sem serem anulados pela Infinitude Divina.

 

A Sefirá de Guevurá é a manifestação Divina que por meio dela D’us fez o segundo dia da Criação, quando D’us criou o firmamento, em hebraico, Rakía, que são os limites materiais que sem a qual a vida na Terra não seria possível.

 

A Guevurá é a Sefirá associada a Yitzhak Avinu, nosso segundo Patriarca

 

O evento paradigmático na vida de Yitzhak foi quando ele anulou sua vontade, permitindo ser amarrado no altar a fim de ser sacrificado por seu pai, Avraham.

 

O Midrash descreve como Yitzhak estava em completo controle de si mesmo.

 

Ele personificou a bravura, a Guevurá, em sua capacidade e força de dominar seu sentido natural de autopreservação, exercendo total disciplina e resiliência ao se dispor a sacrificar sua vida em obediência à ordem de D’us.

 

Servimos D’us com Guevurá por temor e reverência a Ele. Servir a D’us com Guevurá consiste em usar a disciplina para cumprir os Mandamentos Divinos, não cedendo à tentação.

 

O Zohar nos ensina que assim como um pássaro necessita duas asas para voar, também nós, seres humanos, devemos amar e temer a D’us, ao mesmo tempo, ou seja, servindo a D’us com os atributos de Hessed e de Guevurá.

 

Tiferet

 

O terceiro braço da Menorá simboliza a terceira Sefirá emocional, a Tiferet, que tem várias definições: beleza, harmonia, compaixão, misericórdia, verdade e paz.

 

A Tiferet faz a harmonia entre a Hessed e a Guevurá. Se D’us emanasse apenas Hessed, o mundo seria anulado perante sua Guedulá, sua Grandeza Infinita.

 

Por outro lado, se D’us manifestasse apenas Guevurá, se Ele Se contivesse totalmente, o mundo deixaria de existir.

 

Nosso mundo somente pode existir se Hessed e a Guevurá se equilibrarem, uma à outra. Tem de haver uma constante interação, uma reciprocidade, entre essas duas Sefirot.

 

Tiferet possibilita que as duas se auto equilibrem uma à outra, a fim de que este nosso mundo finito possa absorver a Infinita benevolência Divina, sem deixar de existir.

 

No Terceiro Dia da Criação, D’us determinou um equilíbrio entre água e terra, de forma que ambos sustentassem o reino vegetal, animal e humano.

 

Yaakov Avinu, nosso terceiro e último Patriarca, personifica a Sefirá chamada de Tiferet.

 

Yaakov foi a primeira pessoa na Torá a revelar o espectro total das emoções humanas. Ele combina a Hessed de seu avô Avraham, com a Guevurá de seu pai, Yitzhak.

 

Em nosso relacionamento com D’us, expressamos Tiferet ao estudar a Sua Torá, que representa a busca pela harmonia, verdade, compaixão e paz.

 

Também exercitamos esta Sefirá glorificando D’us por meio do embelezamento do cumprimento dos mandamentos de Sua Torá.

 

Netza’h

 

O quarto braço da Menorá representa a quarta Sefirá emocional, Netza’h, que significa “conquistar” ou “vencer”.

 

A Netza’h expressa a ideia de dominação, ambição e a iniciativa necessária para se chegar à vitória.

 

Esta Sefirá caracterizou o Quarto Dia da Criação – quando D’us criou as estrelas e os corpos celestes que são uma expressão de Netza’h pelo fato de exercitarem uma medida de dominação sobre todos os seres vivos.

 

Como por exemplo, a luz do Sol que é essencial para a existência de vida na Terra.

 

Dia e noite, as quatro estações, o Shabat e os Haguim que são os dias festivos no calendário judaico dependem do ciclo lunar e do ciclo solar.

 

Os corpos celestes expressam Netza’h de uma outra forma: eles não se desviam de sua missão, seguindo as rígidas leis que lhes foram impostas por D’us.

 

Entre os sete líderes do nosso povo, Moshe Rabenu, o maior de todos os líderes e profetas que nosso povo já teve, personificou a Sefirá de Netza’h.

 

Todas as ações de Moshé foram duradouras, especialmente ao trazer a Torá à Terra e a transmitir ao Povo Judeu.

 

Aquele que serve a D’us com o atributo de Netza’h está determinado a cumprir Sua Vontade, quaisquer que sejam os desafios ou dificuldades.

 

A qualidade de Netza’h que reside na alma de cada um de nós depende da confiança que ela tem na missão Divina que lhe cabe.

 

E essa pessoa a executará com total determinação até chegar à vitória.

 

Hod

 

A quinta Sefirá emocional é a Hod, traduzida como humildade, entrega, gratidão e aceitação. Hod representa o poder da alma que complementa Netza’h.

 

Enquanto Netza’h nos impele para a frente, vencendo barreiras, Hod assegura que nosso sucesso se baseie em nosso reconhecimento da origem Divina de nosso poder e força. Assim sendo, Hod representa sinceridade, humildade e gratidão.

 

É a Sefirá de Netza’h que energiza nossa ambição. Mas é a Sefirá de Hod que nos obriga a reconhecer que devemos nosso sucesso à Providência Divina.

 

A Hod desperta dentro de nós a humildade de reconhecer que não somos senhores únicos de nossa vida e nosso destino. Netza’h se expressa por meio de dominação, e Hod por meio de submissão.

 

Às vezes temos que exercitar nossa Netza’h e impor nossa vontade, e outras vezes temos que agir com Hod, submetendo-nos à vontade dos outros.

 

A Sefirá de Hod caracterizou o Quinto Dia da Criação. Neste dia, D’us criou as aves e as criaturas marinhas que foram os primeiros seres que receberam a benevolência Divina.

 

Entre os sete líderes do nosso povo, Aharon, irmão de Moshe, que foi o primeiro Cohen Gadol, primeiro Sumo Sacerdote, é quem personifica a Sefirá de Hod.

 

Sua capacidade de fazer a paz entre as pessoas era proveniente de seu desejo de se submeter aos outros em troca de promover a união entre eles.

 

Em nosso relacionamento com D’us, expressamos a Sefirá de Hod por meio do autocontrole e o reconhecimento da transcendência Divina que está infinitamente acima do nosso entendimento.

 

Exercitamos Hod em nosso Trabalho Divino por meio do reconhecimento de que, apesar de nosso grande empenho e determinação, a Vontade de D’us sempre prevalecerá.

 

Por meio de Hod, nós, seres humanos, reconhecemos depender totalmente de D’us. E percebemos que nossa visão limitada se deve à nossa perspectiva material e finita.

 

Expressamos nossa gratidão a D’us por todos os favores que Ele nos concede e a Ele agradecemos por tudo. Hod significa ser sincero em nossos atos de gratidão.

 

Yessod

 

O sexto braço da Menorá representa a sexta Sefirá emocional chamada de Yessod, que significa “a base, o fundamento”.

 

A Sefirá de Tiferet que está acima da Yessod harmoniza e equilibra a Hessed e a Guevurá.

 

Dessa mesma forma a Sefirá de Yessod faz a harmonia e o equilíbrio entre a Netza’h e a Hod.

 

Netza’h e Hod têm a ver com dominação ou submissão, a Yessod se expressa por meio do equilíbrio entre a dominação e a submissão na nossa personalidade tanto no relacionamento entre o ser humano e D’us como na interação que temos com as outras pessoas.

 

O Sexto Dia da Criação foi feito por meio da revelação da Yessod, quando D’us criou o primeiro ser humano.

 

O homem e a mulher constituem a base da Criação. D’us dá a todas as suas criaturas tudo o que elas precisam para a sua sobrevivência, mas os seres humanos retribuem cumprindo o seu propósito na Criação.

 

O homem e a mulher expressam a Yessod por meio do livre arbítrio. Temos a possibilidade de fazer o mal mas optamos por fazer o bem.

 

A Sefirá de Yessod une D’us e Sua Criação em um vínculo de empatia e amor.

 

Yossef a Tzadik, o José da Torá, filho do nosso patriarca Yaakov, foi a revelação da Sefirá de Yessod no nosso mundo.

 

Com a sua integridade e retidão, Yossef resistiu à tentação e teve sucesso em todos os seus esforços, trazendo bênçãos, salvação e prosperidade para o mundo, pelo fato de estar constantemente conectado com D’us.

 

Utilizamos o poder de Yessod em nossa alma ao sermos fiéis a D’us com intensa vontade e temos o prazer em cumprirmos os Mandamentos Divinos que nos conectam à ele.

 

O Midrash nos conta que os seis primeiros dias da Criação constituem dois conjuntos de três dias cada, sendo que o segundo conjunto aperfeiçoa e complementa o primeiro.

 

A primeira composição espiritual das Sefirot Hessed, Guevurá e Tiferet se compara à segunda que é o conjunto de Netzach, Hod e Yessod.

 

No primeiro dia da criação que foi feito por meio da revelação da Sefirá de Hessed, D’us criou a luz.

 

No quarto dia da criação, que foi feito por meio da Sefirá de Netzach, D’us criou as fontes de luz que são o Sol, a lua que nos repassa um pouquinho da luz do sol, e as estrelas.

 

No segundo dia da criação, que foi feito por meio da revelação da Sefirá de Guevurá, D’us criou os oceanos quando criou a força da gravidade e outras forças materiais que separaram  as águas de cima das águas de baixo.

 

No quinto dia da criação, que foi feito por meio da revelação da Sefirá chamada de Hod, Ele criou os peixes.

 

No terceiro dia da criação, que foi feito por meio da revelação da Sefirá chamada de Tiferet, D’us criou a terra seca.

 

No no sexto dia da criação que foi feito por meio da revelação da Sefirá chamada de Yessod, Ele criou o ser humano

 

Mal’hut

 

O sétimo braço da Menorá representa a sétima Sefirá emocional, a Mal’hut.

 

Traduzida como “realeza”, essa Sefirá é única entre as sete Sefirot emocionais:

 

as seis primeiras são ativas ao passo que Malchut é passiva, transmitindo a ideia de receber.

 

A Yessod, a sexta Sefirá, combina todas as demais Sefirot e as conecta a Mal’hut.

 

Tendo recebido a luz de todas as demais Sefirot, a Mal’hut canaliza e direciona uma luz unificada ao mundo, harmonizando todos os diversos atributos das demais Sefirot e os projetando para baixo, para a Criação.

 

A Mal’hut é comparada à lua, que não tem nenhuma luz de si própria, mas toda a sua luz é somente a luz que ela recebe do Sol.

 

Diferentemente das demais Sefirot, Mal’hut não tem nenhuma característica nem mesmo uma qualidade própria, e isto lhe permite unificar todas as Sefirot dentro de si e as projetar para nosso mundo.

 

Mal’hut é o instrumento por meio do qual todo o plano da Criação passa a existir.

 

A Mal’hut sozinha é chamada de “Nukva” que é o “aspecto feminino” das Sefirót , o lado receptor. A Mal’hut é comparada à uma jovem mãe, que depois de comer qualquer coisa ela transforma isso em leitinho e dá de mamar para o nenê.

 

A revelação Divina na Mal’hut é chamada de “Sh’hinta” que quer dizer “a presença Divina”. A Mal’hut é representada pela letra Hei que se encontra no final do nome de D’us.

 

A Kabalá nos ensina que “nada ocorre com os seres inferiores a não ser que seja através de Mal’hut” (Tikunei Zohar 19:40b, Zohar hadash, 11a). Esta Sefirá é conhecida como “o arquiteto mediante o qual se fez toda a Criação” (Pardes Rimonim 11:2).

 

A receptividade inata em Mal’hut, que chega mesmo à sensação de vazio, é personificada pelo rei judeu ideal, que deve ser excessivamente humilde.

 

Ele precisa estar constantemente ciente de sua nulidade perante o verdadeiro Rei dos Reis.

 

A humildade é como um copo vazio, pronto para receber.

 

A humildade de um rei é o portão que se abre para que ele possa receber o influxo Divino, o qual ele, por sua vez, pode compartilhar com os demais.

 

David HaMele’h, o Rei David, é o sétimo líder do nosso povo e personifica a Sefirá de Mal’hut.

 

Em seus Tehilim, ele se auto descreve como “pobre e carente”, apesar de descender de uma das famílias judias mais ricas e distintas.

 

No entanto, ele se considerava pobre, pois assim como alguém que nada possui depende da generosidade dos demais, o Rei David reconhecia que todas as suas posses, seu reino, suas riquezas, seu poder, provinham exclusivamente de D’us.

 

Mal’hut é o poder que D’us nos dá para que possamos receber d’Ele. Essa Sefirá expressa um relacionamento no qual o que recebe pode retribuir, tornando-se um doador.

 

A Sefirá de Mal’hut caracteriza o Sétimo Dia da Criação, o Shabat.

 

As seis primeiras Sefirot emocionais são ativas, ao passo que a sétima, Mal’hut, é passiva.

 

Essa ideia se aplica ao ciclo semanal. A Torá nos pede para trabalhar somente nos seis dias da semana e descansar no sétimo.

 

O Shabat, o sétimo dia, o Shabat Sagrado, recebe bênçãos dos outros seis dias que o precedem, assim como a Mal’hut recebe das demais seis Sefiro, e retribui, tornando-se, pelo fato de abençoar os dias da semana que a seguem, uma doadora.

 

O Zohar justamente nos ensina que “Através dos dias de Shabat, todos os outros dias se tornam abençoados”.

 

Nós expressamos a Mal’hut por meio da aceitação da soberania Divina e do cumprimento dos Mandamentos Divinos. Quando fazemos o Trabalho Divino com humildade estamos manifestando o poder da Mal’hut

 

Continua……